Maria Inês Nassif: O uso do cachimbo pode entortar a boca

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Maria Inês Nassif – O uso do cachimbo pode entortar a boca

do Valor Econômico, em 22.07.2010

A incorporação do discurso udenista ao arsenal dos candidatos à Presidência é tão velha quanto a relativamente nova democracia brasileira. Aliás, até mais velha. O padrão da UDN, criada em 1945 e extinta em 1965 pela ditadura militar que ajudou a implantar, tem interditado o debate político desde a redemocratização, em 1985. Em 2010, 35 anos após a sua extinção, ainda é o padrão de discurso oposicionista. 55 anos depois de sua criação, com uma ditadura de 21 anos no meio, volta invariavelmente em períodos eleitorais.

O PT cumpriu seu destino de oposição udenista de 1989 a 2002, quando, enfim, tornou-se governo pelo voto direto. No caso, prevaleceu o discurso moral. A partir de 2003, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu o governo, os partidos excluídos do poder assumiram, eles próprios, o udenismo como padrão de comportamento oposicionista. Trazido das eleições anteriores, o udenismo pós-Lula, comandado pelo PSDB e pelo ex-PFL, além da referência moral, vem carregado de conservadorismo. O período pós-2002, com um partido de esquerda no poder, trouxe à cena um padrão UDN completo, com barba, cabelo e bigode: discurso moral, agressividade, anticomunismo e conservadorismo de costumes.

É quase um atavismo: o partido mais udenista da política brasileira, o ex-PFL, hoje DEM, renovou quadros, pôs gente nova à frente da direção e o discurso continua o mesmo. Indio da Costa, o jovem vice-candidato do candidato a presidente pelo PSDB, José Serra, entrou no cenário nacional acusando o PT de ligação com a guerrilha colombiana, as Farc. Além de ser uma afirmação temerária, ela tem por objetivo provocar o velho anticomunismo que todo mundo supunha estar enterrado com o próprio comunismo, depois do fim da União Soviética. Mas isso é mais que um atavismo. É um discurso destinado a uma faixa do eleitorado conservador que rejeita ideologicamente o PT. PSDB e DEM embarcaram na retórica anticomunista para manter um eleitor que já é sua reserva de mercado.

O problema de adotar esse tipo de discurso é que isso provoca confusão de personagens e da história. Por essa retórica, estão a salvo do julgamento da história personagens que até hoje perambulam pela cena política, políticos gestados pela ditadura e que deram apoio ao governo autoritário que matou, torturou, censurou e cerceou os poderes do Legislativo e do Judiciário. Estão a salvo também os que se aliaram a eles – mesmo aqueles que, no passado, tiveram passagens pelos movimentos de resistência à ditadura. Como esse é um discurso maniqueista, traz, implícita ou explicitamente, a condenação àqueles que se opuseram ao regime. A anistia que esse pensamento conservador tanto defende para os agentes públicos que torturaram e mataram é negada aos que lutaram contra o regime militar e permaneceram à esquerda do espectro político depois da redemocratização.

Se a referência for a história, os três candidatos melhor colocados na disputa presidencial estão no mesmo barco. José Serra (PSDB) foi da Ação Popular, um racha da Juventude Universitária Católica (JUC) que flertou com o marxismo e, posteriormente, acabou se incorporando ao PCdoB – embora Serra não tenha se incorporado, ele próprio, à luta armada. Dilma Rousseff fez a opção pela luta armada contra a ditadura e cumpriu alguns anos de cadeia por isso, além de ter sido barbaramente torturada – e embora não tenha participado diretamente de nenhuma ação. Marina Silva militou no Partido Revolucionário Comunista (PRC), já no período em que a oposição havia abandonado a via armada como tática de contraposição ao regime.

Sem o viés conservador, essas informações são muito mais um sinal de que o país cumpre o seu destino democrático do que uma “denúncia”. Graças a pessoas como Serra, Dilma e Marina, o país vive uma democracia. Graças a eles, em outubro acontecerá o primeiro turno das eleições presidenciais. Por causa da luta que eles participaram, alguém será eleito pelo voto direto e secreto. Pela ação de pessoas como eles, a imprensa terá plena liberdade para cobrir o pleito. Os candidatos poderão fazer comícios, ocupar as ruas e falar o que pensam nos palanques, no rádio e na TV.

A eleição de 2010 se deve àqueles que lutaram contra a ditadura, militando no partido de oposição permitido pelo regime, o MDB, ou nos partidos clandestinos que optaram ou não pela luta armada. Isso não é uma denúncia, é uma feliz constatação. O país agradece, comovido, a pessoas como o deputado José Aníbal (PSDB-SP), companheiro de Dilma na Polop; ao candidato ao Senado Aloysio Nunes (PSDB-SP), que militou na ALN; ao candidato ao governo do Rio, Fernando Gabeira (PV), que foi do MR-8. Aos ex-comunistas do velho Partidão, o PCB, organização que rejeitou a via armada – o governador Alberto Goldman (PSDB-SP), o ex-prefeito César Maia (DEM-RJ), o senador Arthur Virgílio Neto (PSDB-AM), o ex-deputado Roberto Freire (PPS-SP), entre tantos outros. Aos hoje petistas que vieram de organizações que optaram pelo confronto armado com a ditadura – José Genoíno (que participou da Guerrilha do Araguaia), José Dirceu, Fernando Pimentel, Marco Aurélio Garcia, Ricardo Zarattini, Rui Falcão, Franklin Martins, Carlos Minc, entre outros. E a outros que botaram a cara para bater mobilizando grandes contingentes de trabalhadores em greves que colocaram profundamente em xeque o regime autoritário – como o próprio presidente Lula.

Deve-se o presente a muitos, muitos mesmo, que hoje apoiam o governo ou estão na oposição, mas igualmente, e no mesmo momento, enfrentaram riscos, viram companheiros morrer, perderam amigos ou pessoas da família – e chegaram, juntos, ao momento em que a sociedade brasileira comemorou a democracia.

Em eleições, existe espaço para qualquer discurso ideológico. Isso é democracia. O que não convém é manipular a história, nem relativizá-la. Não são tantos anos que separam as eleições de 2010 dos movimentos pela democracia, onde muitos tucanos e petistas que hoje se batem estavam no mesmo barco.


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Comentários

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JOACIL CAMBUIM

A aprovação do governo Lula na região Nordeste é a maior do País. Por quê? Porque a população de lá é ignorante, como escreveu, no "painel" da Folha de São Paulo, um antigo Procurador de Justiça aposentado? Não, simplesmente porque a população do Nordeste está vivendo melhor. Só por isso. Aliás, estive recentemente no Sertão da Paraíba, na capital, João Pessoa, e em Natal – RN, e fiquei impressionado com o interesse que as pessoas daquela região demonstram pela política. Ignorantes, isto sim, são aqueles que, a pretexto de se dizerem "instruídos", acreditam em tudo que o PIG noticia, sempre de forma parcial.

dukrai

Não sei se era exatamente um discurso udenista que movia o PT, e o Brizola que estava no mesmo barco, na oposição ao governo do FHC. Não concordo que fosse um discurso moralista, mesmo que de esquerda, que denunciou o crime de lesa-pátria das privatizações, os equívocos da política econômica que levaram o país à bancarrota e o alinhamento uribista dos pefêlê-tucanos aos EUA.
Até mesmo as críticas ao Plano Real, considerado um erro estratégico-eleitoral do PT, estão sendo reavaliadas positivamente na razão da sua restrita função de controle da inflação, discurso monotemático que persiste até hoje no governo Lula e que pretende legitimar a usura dos rentistas agraciados pelas estratoféricas taxas de juros do Meirelles.
A razão da legitimidade do governo Lula, e que inclui até mesmo a remuneração ilegítima do capital, é de que as suas propostas não fizeram parte apenas da montagem de um palanque eleitoral e dando uma no cravo e outra na ferradura os resultados foram distintos.

    Valmont

    Os resultados do governo Lula demonstram plenamente que ele fez a opção correta, quando decidiu não morrer na praia da eterna oposição e assumiu um projeto dito pragmático para mudar o rumo do Brasil.
    Ele conseguiu em grande medida aquilo a que se propôs: combater a miséria neste país desigual e injusto.
    Fez a sua parte, sem dúvida.
    Hoje o Brasil tem muito mais possibilidades de enfrentar a hegemonia dos rentistas e do capital financeiro internacional, e um bom exemplo disto foi a taxação das aplicações estrangeiras na bolsa, além da pressão contra os absurdos spreads praticados pelos bancos (ainda que não se tenha conseguido avançar neste ponto).

MILA

E o discruso do odio e preconceito, da irracionalidade. Coo exemplo recente temos o nazifacismo. Esse discurso adotado pela direita revive o que tem de pior na humanidade, responsavel por duas guerras mundiais e inumeros genocidio. É o discurso da raça superior´. Se necessário para que cumpram o seu destino eliminam o que se atreverem a atravessar seu caminho. Foi assim com a raça superior alemã, Roma, imperio britanico, etc. É impossivel ter uma debate minimamente racional com quem é movido pelo odio e preconceito.

Marcelo de Matos

A jornalista mostrou que políticos dos grandes partidos flertaram com o comunismo ou participaram de movimentos revolucionários. Acontece que a mídia tem um modo especial de tratar a questão: passa a idéia de que Aloysio Nunes, José Serra, Roberto Freire, Alberto Goldman e outros já fizeram o “mea culpa”, renegaram suas crenças anteriores ou se banharam no rio Jordão. Serra foi da AP, presidente da UNE, amigão de Brizola? Isso foi no passado: agora ele afilhado dos Mesquita do Estadão. Alberto Goldman foi dirigente do PCB? Esqueça: agora ele é da Agnus Dei, TFP ou coisa assim.

Glecio_Tavares

Azenha, SOCORRO!

Ninguém está dando a menor atenção a este assunto, mas é inconcebível que o PSDB faça isso com a TV cultura.
Vão sucatea-la e entregar aos amiguinhos de sempre. http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-clima-

    Marcelo J.

    A Yeda fez isso no sul, sucateou a TVE, imagina se isso não faz parte do plano de governo do PSDB.

    beattrice

    Deveria haver algum recurso legal para bloquear esse desmantelamento, e não somente da Cultura, é bastante provável que diante do SEGUNDO TURNO em SP, e com ele a perspectiva clara de derrota, as aves bicudas agravem a política, que já praticam, de terra arrasada no estado.

    silvio merengue

    Esse tipo de protesto que começa com "estão sucateando a TV Cultura" induz as pessoas a crerem que, antes, a TV Cultura de SP prestou, prestava ou teria prestado. A TV Cultura SEMPRE foi o que é hoje e continuará a ser: quando foi melhor, foi há muito tempo — e mesmo quando foi melhor sempre foi A CARA dos tucanos paulistas.

    Todo o jornalismo brasileiro é muito ruim. E não haveria meios de alguma TV — seja pública ou privada — prestar, no Brasil pós-ditadura e pós desgraceira geral do Brasil, nos anos tucanos chamados de 'pós-ditadura', mas sem qquer verdadeira redemocratização e com NENHUMA DEMOCRATIZAÇÃO do jornalismo, cursos, empresas e tudo .

    O caso é que antes houve tucanos paulistas um pouco melhores do que os que há hoje. Isso não implica dizer que a TV Cultura SP algum dia tenha sido ótima, pq nunca foi. Mas, sim, ela nunca foi tão ruim quanto passou a ser no e depois do governo Alckmin. E depois, no governo Serra, só fez piorar.

    Acho que muito empenho em 'salvar' a TV Cultura é coisa de jornalista, defendendo empregos possíveis. Tudo bem, todos podem defender empregos para si. Mas isso NÃO É DEFESA de interesse público: é defesa de interesse privados de jornalistas. Por mim, a TV Cultura que se dane. Pouco se perde, em termos de civilização, cultura ou democracia que preste.

    Glecio_Tavares

    Acho que voce não tem filhos. A TV cultura pode melhorar. O que não pode é entregar outra concessão pública ao PiG.

Klaus

Ao ler o texto e ver que a articulista colocava numa outra perspectiva a atuação de Serra na época da ditadura e a atuação do PT na oposição, imaginei que muita gente não ia concordar, pois qualquer coisa positiva (ou neutra) e m relação ao Serra e qualquer coisa negativa (ou neutra) em relação ao PT e ao Lula não é bem vista aqui. Mas até que foi comedido. O mesmo texto assinado por PiG seria mais virulentamente combatido.

    silvio merengue

    Sr. Klaus,

    o meu problema não é 'alguma coisa boa em relação ao Serra'.

    O meu problema é MENTIRAS em relação ao Serra e à tucanaria uspeano pefelê paulista.

    Onde, quando, como, em que planeta eu algum dia pensei como algum Gabeira, algum Aloysio Nunes ou algum José Aníbal (por exemplo) ou algum Serra? NUNCA, nem por um minuto, e nem quando eu e o
    Serra tínhamos 11 anos de idade (no tempo que Serra foi 'de oposição' — porque "de esquerda" a sério, o cara JAMAIS FOI.

    Outra coisa: o texto FOI ASSINADO "por um PIG". Só um PIG diria que a democracia que temos seria obra do Aloysio Nunes, do Zé Aníbal e do Serra [chega a soar cômico!]. ANOTE AÍ: a democracia que temos é obra dos eleitores que elegemos o presidente Lula DUAS VEZES, e agora vamos eleger Dilma, e SEMPRE CONTRA esses Serras, Aloysios, Goldmans e tais.

    Klaus

    Entendi, a democracia não começou na Grécia, mas no Brasil em 2002.

    Heleno S. Camargo

    Sr. Klaus,

    a democracia *grega* começou na Grécia, claro, e era MUITO pouco democrática: só votavam os patrícios, não votavam os escravos, nem as mulheres nem os pobres. Quero dizer: o senhor não se meteria a fazer ironias gregas, se soubesse pelo menos disso. Então, já sei: o senhor é dos que acha que democracia rima com privataria. Assim não pode. Assim não dá, como dizia aquele ex-presidente e atual NADA.

    É claro que a democracia brasileira só recomeçou a recomeçar em 2002, depois de ter sido DETONADA pela ditadura e RE-DETONADA, depois da ditadura, pela privataria da tucanaria uspeano-udenista, sempre paulista, hoje tudo isso, + pefelê. Qualquer Platão sabe disso, Sr, Klaus, data venia (é latim).

Marat

Esse discurso da extrema direita, que alegra tanto pessoas como Diogo Mainard, Reinaldo Azevedo e outros, um pouco mais inteligentes (mas não menos radicais), como Olavinho, realmente, não trará mais votos para a candidatura tucana. Aqueles que se consideram de esquerda não votam em candidatos conservadores/neoliberais, e os indecisos, geralmente se assustam com radicalismos, como os do Índio…

    silvio merengue

    Ainda estou IMPRESSIONADO com o sucesso que esse artigo fez nas hostes ditas democráticas.
    Ou a dita 'esquerda' emburreceu de vez, ou sempre foi burra, ou, então, a direita ganhou a guerra.
    Esse artigo é o FIM DO MUNDO! Esse artigo opera o golpe de MENTIR que todo mundo é (seria) igual a todo mundo!
    Eu NÃO SOU NEM NUNCA FUI IGUAL A NENHUM Aloysio Nunes! Mas… será que todo mundo emburreceu, de vez?

    Só queria saber o seguinte: o que, diabos, eu teria alguma obrigação de agradecer ao… Aloysio Nunes?! Ao… Zé Aníbal?!

    Outra coisa: NÓS elegemos o presidente Lula, já DUAS vezes, e CONTRA essa turma 'igual', aí. IGUAL COMO?! IGUAL ONDE?! O Brasil elegeu o presidente Lula duas vezes — e vai eleger Dilma — SEMPRE CONTRA esses 'iguais' que a jornalista está inventando. Acordem! Achei esse artigo UMA PORCARIA FASCISTIZANTE. Acordem!

Marcio Gaspar

"O PT cumpriu seu destino de oposição udenista de 1989 a 2002". Udenista? Acho que udenista eh meio forcado para o PT, ainda mais um partido que nasceu do sindicalismo. De resto o texto eh muito bom, mas udenista, nao.

    Edson Augusto

    Caro Marcio: a Maria Inês quiz dizer destino de oposição ao udenismo.

    beattrice

    Não, ela quis dizer que o PT fez oposição "à la UDN". O que é um completo despautério.

Neyde Castro

Maria Inês, desde os 17 anos (faço setenta neste final de julho) que me considero uma comunista de carteirinha e continuo com a mesma ideologia: "de cada um segundo sua capacidade, a cada um segundo sua necessidade." Não pertenço a nenhum partido político e votei com o Governador Leonel Brizola, desde sua eleição para Deputado Federal pelo Estado da Guanabara em 1962. Não mudei de campo até hoje, considero o Brasil o melhor lugar para se viver, apesar de ele ainda não ser o que eu gostaria que fosse. Mas, sei que o grande Presidente Lula mostrou a nós, brasileiros, que sim, sim nós podemos fazer um país mais justo, mais humano, que podemos ter orgulho do que somos, uma sociedade multifacetada, rica, nobre, que temos recursos (humanos, morais, físicos) que poucos países podem se orgulhar de ter. Depois de viver alguns anos em Nova Iorque, voltei para o Brasil com a certeza de que não éramos vira-latas, que nosso país um dia mostraria ao mundo o seu valor. Dilma – Presidente.

beattrice

A frase "Graças a pessoas como Serra…o país vive uma democracia." mostra um completo desconhecimento da prática tucana e serrista na administração pública do estado de SP, para não falar do passado na esfera federal que igualmente as condena.
Depois dessa análise estilo "balaio de gatos" acrescentar o quê?

    Marcelo Fraga

    Concordo com a Beattrice. Apesar de ter certeza que a Maria Inês Nassif ter conhecimento das práticas serristas de politicagem. Só acho que ela quis soar menos "petista" na visão tucana. Abdicar de suas aspirações apenas para não ser rejeitado e criticado é simplesmente errado. Foi o que Lula fez na Carta ao Povo Brasileiro. Mas claro que eram outros tempos, em um país acostumado com as políticas neoliberais.

maria regina

As vezes me vem à mente se o Serra do passado e do presente não é aquele que embora esteja no lugar certo, na hora certa, aproveita-se do momento e "parece que é, mas não é"; "parece que fez, mas não fez". Se apropria dos "louros" daqueles que não fazem questão de aparecer. Do tipo que trabalha em pról de si mesmo, perseguindo apenas a hora e o lugar certos.

VanderResende

Como já foi dito anteriormente, poucos relacionam hoje em dia as FARCs ao comunismo. Os comentários de Serra e Indio da Costa sobre a associação do PT com as FARCS está sendo em relação a questão da criminalidade, trafico de drogas e conflitos interno contra governos "democráticos" (será que tem relação com as acusações contra Dilma, por ter sido uma terrorista !!!).
Na Reuters.com.br podemos ler: "o grupo guerrilheiro é "sequestrador, terrorista e corta cabeças"".

    Valmont

    Pelo que eu saiba, Dilma nunca foi chamada de "terrorista", nem pela Falha de São Paulo, nem pelos demais militantes do PIG.

    dukrai

    acorda, trollzinho, e vai trabalhar

joão

por que o atavismo não está também, sei lá, no discurso do brasil grande, de "o petróleo é nosso"? e o nacional-desenvolvimentismo da ditadura? foi transmitido a quem?, quem o celebra hoje?

e como, me digam os comentaristas por a + b, não se pensa na mais mínima possibilidade de uma ameaça comunista diante de um programa de "direitos humanos" que faz com que a independência de juizes seja eliminada quanto a emitir liminares para uma desocupação de terra e é transmitida a um "conselho"? lembram do conselho federal de jornalismo? o que era aquilo? tem um punhado a mais de coisas — agora acá só lembro desses dois fatos que anotei neste parágrafo –, mas, putz, esse governo sempre tenta passar alguma coisa stalinista na surdina.

e por esse discurso, foi mal, ninguém está a salvo de nada, não. será que toda vez que alguém criticar o comunismo, as relações do pt com as farc ou qualquer coisa parecida isso contanto que seja o lado mais sujo da esquerda vindo à luz, alguém terá de lembrar, não sei, daquele tal coronel que torturou alguém, do desaparecimento de algum ativista durante a ditadura ou, quem sabe, daquilo que justifica tudo: a exploração do proletariado. aliás, eu nem acho isso muito aconselhável: o saldo de mortes provocado pelas ditaduras comunistas é incrivelmente maior aos provocados pelas outras ditaduras.

    assalariado.

    João,explica ai,o que é "ditaduras comunistas"(aspas por minha conta),aonde voce viu esta coisa? Mas primeiro defina,o que é comunismo,falo isto como proletário explorado. Abraços.

    joão

    Aquele velho papo de que nunca se chegou ao 'comunismo'. Você realmente acredita que através de umas tantas etapas, entre elas esta que, resumidamente, é a da socialização dos meios de produção e da economia planejada, chegaríamos ao fim do estado e a um mundo sem propriedade e sem classes? Digamos que eu aceite, para fins de argumentação, a possibilidade desse 'fim'. Mesmo que existisse esse 'fim', o caminho da economia *inteiramente planejada* já foi descartado — se não é *inteiramente planejada*, existe propriedade e esse tanto de coisas horríveis da civilização capitalistaudenistacristãocidental — pela grande e incontornável maioria dos economistas. A argumentação mais famosa parte da escola austríaca — Mises, Hayek e cia — que, entre um bocado de outras afirmações, postula que não existe um computador central ou um planejador central que conheça alguma coisa como as utilidades individuais de cada um dos membros da sociedade em questão (o problema da informação), i.e. o planejador central, acho que eu posso colocar assim, desconhece a totalidade da demanda na sociedade em questão; se o planejador desconhece a demanda, não existe justiça social em sua alocação. Na prática, e basta estudar cada um dos caso particulares para comprovar, nunca se deixou de ter inteiramente o capitalismo em nenhum lugar desde que o capitalismo surgiu em cada um dos respectivos lugares.

    Da minha parte não só acho um 'final' que resulte na inexistência de classes, propriedade e estado como delirante e esquizofrênica — teríamos de ser esses indivíduos com complexidades biológicas inferiores às das formigas –, como também considero o plano para se chegar a tanto como papo furado. Aliás, desconsiderando o 'final' em sua possibilidade, o seu plano, logicamente, tem de ser papo furado.

    Daí a chegada ao comunismo, do ponto de vista liberal-conservador, durante a maior parte do século xx, foi tida simplesmente como papo furado. Chamar as ditaduras alinhadas ao modelo soviético ou chinês de 'comunista' era e é uma desmoralização deliberada. Tirando, sim, a camada desinformada, 'assalariado', os 'nomes aos bois' não eram dados por imprecisão ou desconhecimento, mas por um cálculo político. Não se derrota um adversário político, no quadro do longo prazo, aceitando a sua 'língua' ou os seus símbolos.

    assalariado.

    João,não vivo de simbolos politicos,não sou idolatra,sigo idéias,e estas tem nome,idéias socialistas.No socialismo(de fato),a propriedade dos meios de produção(fabricas,latifundio,grande comércio,enfim…),são bens coletivo,portanto,Marx não falava de qualquer propriedade.A economia planejada faz parte logica da teoria socialista,que diz,a produção tem que estar voltada no primeiro momento para as necessidades basicas da população,e quem decide isto é o povo organizado,nas fabricas,bairros,escolas,enfim,… e não como aconteceu na antiga União Sovietica(capitalismo de Estado).O que esta em jogo o tempo todo neste embate politico é o nosso ego(egoismo),por isso,o delirio,esquizofrenia e outros bichos mais,serão superados na medida que deixemos nossos egos pra depois,neste caso,sim construiremos uma sociedade socialista e em seguida a sociedade comunista,tem coragem… Abraços.

    Marcelo Fraga

    Lá vem aquela velha história udenista-fascista de ditadura comunista, stalinismo, liberdade de imprensa, PNDH e blá blá blá.

    Fala como se o PNDH fosse uma ditadura comunista comedora de criancinhas. Mas se são adotadas práticas políticas dignas de Reagan e Thatcher, aí vocês não se manifestam, como se não fossem tão nocivas quanto.

    Aliás, se a imprensa fosse massivamente petista vocês estariam aplaudindo a simples regulamentação e democratização dos meios de comunicação. É simplesmente trololó tucano XD

    beattrice

    Aliás o trolloló cinco tacapes [não mais cinco estrelas] continua na página do curumin merendinha hoje no twitter, o moço faz apologia sistemática ao Olavo de Carvalho que não é palatável nem à direita com conteúdo.

    joão

    quem é o curumin merendinha? eu, por exemplo, 'vou xingar muito no twitter' hoje — na real, vou ficar na biblioteca pelo restante do dia, abraço.

    joão

    a imprensa não é petista. mas tem medo de ser chamada de tucana. e é, na minha opinião, muito tímida em sua oposição.

    mas, entre o serra e a dilma, fi, eu tomo um engov, mas voto no serra. e é esse o meu ponto: eu acho razoável desconsiderar um voto no pt pelo tanto de louquinhos ali dentro. eu não gosto do serra, mas eu penso o pt de hoje como um bando de jacobinos. temos, entre os caciques, aquilo que era mais ou menos o espírito de um robespierre, o humanista solidário de início da revolução. e por outro lado temos a gritaria de um marat, vinda de grupos como, por exemplo, o mst. no final das contas, sabemos, robespierre também acaba querendo ver cabeças rolando; se a cabeça dele não rolar antes.

    Luis

    Os dados relativos ao seu comentário são verdadeiramente ordinários. Estudar história deve ser um exercício de honestidade para buscadores da verdade e não para "louquinhos pretensiosos" que não sabem dizer para si mesmos em detalhes o que se passou em suas próprias vidas há um mês. O que você pensar por si mesmo, exponha, será muito bem-vindo. Isso aí acima e este artigo daqui, valha-nos Deus! Quanta confusão! Barbaridade!

    joão

    E eu posso te chamar de burrinho, Luis. Veja só como as coisas são: você me chama de 'louquinho pretensioso' e eu te chamo de burrinho. 'Os dados relativos ao seu comentário são verdadeiramente ordinários' — quais dados? Por que são ordinários? Onde está a confusão? Será que está na sua cabeça? Ah, o esquerdista e o seu ritual de purificação: ou ele nega e expurga ao modo esquizofrênico ou transforma os fatos. Ah, claro, os fatos. Ou, melhor, 'dados'. Retorno às duas perguntas anteriores: quais dados? Por que são ordinários? Você simplesmente não soube expressar o porquê da 'barbaridade'.

    Ademais, só para constar: eu fico muito perplexo com o tipo de comentário acima. É praticamente um teste: 'se eu xingá-lo, será que ele peida?' é o que todo pivete esperto pensa todo dia na rua e não é diferente com alguns comentaristas, mesmo aqueles que escrevem 'valha-nos Deus!'. Por sinal, achei 'valha-nos Deus!' tão falso. Aliás, voltando a ti, Luis, acho que você não acredita em Deus como também achei a expressão nada natural da sua parte. Me permita achar isso tudo porque você fez um parágrafo inteiro que é, por inteiro, um xingamento e sequer aponta direito o que xinga. Como se esquivasse de pensar, a percepção de um conflito. O ritual de purificação . . . valha-nos Deus!, amizade, barbaridade! Tenho que ir e tenha um bom fim de semana!

    Luis

    Apontei suficientemente bem porque não sabes nem quem, nem quando te trocaram a última fralda do pacote. Tua vida desde sempre foi uma mixórdia de dados ordinários e falsos. Aprende isso e não bufes.

    Marcelo Fraga

    Mas você me interpretou errado. Eu disse SE a imprensa fosse petista. Sabemos que ela é majoritariamente tucana. Acredito que todos aqui gostariam que fosse isenta, nem petista e nem tucana. Tem que apresentar os erros e os acertos de todos, sem tirar nem pôr.

    Aliás, respeito a sua opinião de votar em Serra ao invés de Dilma. É o mínimo que eu tenho o dever de fazer. Mas discordo, pois acho que o que você chama de gritaria para mim é a vontade do povo, e na democracia o povo é deus.

ivonildo dourado

Acredito que a intenção dos demotucanos não é reativar a velha luta contra o comunismo e sim tenatr ligar Dilama e o PT ao narcotráfico.

Mah_Zinha

Sei, não caríssimos.
Não acredito muito em tiros a esmo.

Quem é que liga a FARC de hoje ao comunismo?
Ligam-na a seqüestros, narcotráfico e terrorismo. Estou errada?

Tá lá no texto:

"…entrou no cenário nacional acusando o PT de ligação com a guerrilha colombiana, as Farc. Além de ser uma afirmação temerária, ela tem por objetivo provocar o velho anticomunismo que todo mundo supunha estar…"

Muito pior, creio eu, cara articulista…o tal Índio tenta associar o PT, e por tabela a Dilma, ao CRIME.

Esse é o mote…que Serra já tentou ao criticar Evo Morales, chamando-o de cúmplice do narcotráfico, de propor a criação de ministério da segurança pública. Por acasoé o mesmo discurso que deu gás na campanha de Piñera no Chile.

O lance do comunismo x capitalismo não sensibiliza mais ninguém.
O buraco é mais embaixo…abaixo da linha da cintura…como convém aos Neo-demos e Retro-Tucanos, que estão sem horizonte na paisagem.

Curioso é que estiveram no poder por oito longos anos e nada fizeram de sério para estancar o problema…agora vem jogar a questão da criminalidade no colo do governo atual , como se nunca tivessem estado lá.

No mais, belíssimo texto. Parabéns.

    Mah_Zinha

    Afff…o que faz uma vírgula no lugar errado.

    Onde se lê : "Sei, não caríssimos", leia-se "Sei não, caríssimos".
    hahaha…perdoem essa exausta trabalhadora recém chagada do batente…todos vocês são super caríssimos. :)

Gildo Araújo

Leonel Brizola já dizia: "O PT é a UDN de macacão". Muitos já se esqueceram que a culpada pelo surgimento do político José Sarney, foi justamente a UDN, então tá explicado porquê Sarney é o mais novo aliado do Presidente Lula da Silva e Brizola acertou mais uma.

    Valmont

    Raciocínio absolutamente equivocado, pois Brizola também errou ao chamar Lula de "sapo barbudo" e posteriormente ao apoiar Collor por ocasião do impeachment.

EDSON HAUTSCH

Afinal, estamos em guerra !

assalariado.

É bom não esquecer,que a luta por uma sociedade igualitária,sem exploradores,nem explorados,vem desde a queda do comunismo primitivo.Desde então,em nome da exploração e da ganância entre os seres humanos,a trairagem não teve mais fim. A questão central que movimenta a luta de classes é a propriedade privada dos meios de produção(fabricas,terras),este é o combustivel que movimenta a luta politica entre as nações/povos.Em resumo,a luta é entre a direita e esquerda –(numa tradução ideologica)–,por isso,prefiro continuar acreditando em poemas como de Brechet;

Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém há os que lutam toda a vida
Estes são os imprescindíveis

Bertolt Brechet

Herminio

Dizer que o Serra participou de alguma luta , acho um pouco precipitado, o que se sabe é que ao saber que o golpe militar seria eminente ele deu no pé e foi se "refugiar" e ficar até sua volta pro Brasil no pais onde a ditadura foi uma das mais sangrenta. O governo do ditador pinochet sabendo que em seu pais havia pessoas contrarias às ditaduras no mínimo mandaria prender essas pessoas e por que não o fez? é meio estranho isso. de qualquer forma esses da oposição participantes ou não da resistência, hoje estão contaminados por idéias não favoráveis ao Brasil e seu povo.

    Maria José Rêgo

    Falou e disse, Herminio. Eu também tenho uma pulga atrás da orelha em relação ao refúgio do Serra e do FHC no Chile, depois do FHC receber uma bolada da Fundação Ford sem precisar comprovar a aplicação da grana.

    Heitor Rodrigues

    Não esqueça de César Maia, que também exilou-se no Chile de Pinochet.

edu marcondes

Duas observações. Podemos dizer que existe uma cultura udenista n apolítica nacional caracterizada pelo golpismo, pelo moralismo fundamentalista e por um certo coronelismo, tudo bem temperado pela corrupção política. Essa cultura, que poderiamos chamar de proto undenismo já é perceptível de forma esparça e imperfeita ainda nos tempos da República Velha. Foi aperfeiçoada com a própria UDN, após 1945, e mantem seu ranço nas ações e pensamentos de seus herdeiros mais lídimos, os políticos do DEM (e outros tantos espalhados por partidos como PMDB e PSDB…), que até poucos anos tinha em suas fileiras udenistas históricos, como An tonio Carlos Magalhães.
Outro aspecto, é o fato de que muitos que fizeram oposição à Ditadura o fizeram pelos mais variados motivos pessoais sem consistência político-ideológica de modo que com a chamada redemocratização trataram mesmo de enveredar pela luta política pragmática ( por cargos, poder, status) a ponto de renegar seu passado e suas idéias e até a condenar os que com eles resistiram ao autoritarismo. Daí, a assumir certas práticas e pensamentos udenistas foi um pulo.

Elias São Paulo SP

Com todo o respeito que Maria Inês e seus leitores merecem, devo dizer que falar em UDN no século 21 é tão démodé quanto à frase do cachimbo e a boca torta. Mal comparando, é como se disséssemos que os republicanos estadunidenses são adeptos do macarthismo. Nem udenismo, nem macarthismo significam alguma coisa para a juventude de hoje. Aliás, Brizola Neto também bateu nessa tecla ao apontar no Tijolaço que a oposição age como a UDN. Isso faz cinqüenta anos. Serve apenas para os livros de História. Interessante é o fato de que o adjetivo arenista, muito mais recente, não pegou. E os arenistas José Sarney e Marco Maciel estão aí, apoiando PT e PSDB. (continua)

Elias São Paulo SP

Mas voltando ao texto de Maria Inês. "Graças a pessoas como Serra, Dilma e Marina, o país vive uma democracia." Precepitoso engano. Serra vivia em gabinetes com almofadinhas de veludo quando o povo na rua batalhava para reconquistar a democracia. O soldado desconhecido sim deve ser lembrado e agradecido pela liberdade que hoje desfrutamos. O soldado civil que lutou e morreu anonimamente. Por fim, colocar todos esses nomes do 7º parágrafo no mesmo balaio me parece um equívoco ainda maior. PS: Dilma presidente!

Thiago

O discurso petista na oposição não pode ser taxado de udenista.

Primeiro porque vinha somado à uma crítica e a propostas de administrar o brasil de outro jeito. Prova disso é que o PT administrou de maneira diferente o país; depois que há na militância petista um lastro para se falar de ética. Se houve desvios no alto escalão e táticas excusas para se chegar ao poder, não se pode dizer que elas contaminaram a militância.

O discurso moralista da ética sem lastro não serve ao PT, talvez até para uma parte dele.

Os partidos da direita são basicamente fisiológicos e verticalizados, então qualquer discurso do alto escalão pode ser tomado como discurso do partido.

Esse tipo de alegação ao PT, soa superficial.

Abraços a todos!

@tjesperandio

    Valmont

    O texto é realmente maravilhoso e traz informações importantes sobre a história dos atuais personagens da cena política atual.
    É válida a observação do Thiago, de que, embora possa ter ocorrido alguma prática desse discurso dito moralista por parte do PT, quando na oposição, não se pode equiparar, de forma generalizada, ao moralismo udenista. Não se pode esquecer que a ditadura militar deixou crias comprovadamente corruptas e nefastas como Maluf, ACM, dentre muitas outras. Então, as denúncias do PT não eram "moralistas", pois se fundamentavam na realidade, em fatos.
    No meu entender, moralismo é algo falso, sem fundamento na realidade, uma hipocrisia, Denunciar corrupção de fato não é moralismo, muito pelo contrário, é moralidade verdadeira e correta.
    Parebenizo a autora pelo excelente texto e a Thiago pela pertinente observação.

O Brasileiro

A Arena está bem representada nos dois principais candidatos à presidência, apesar de pesar mais de um dos lados!

P.S.: Eu gostaria de saber se a rejeição ao PT e às políticas sociais é igual à que existia em 2002…

laura

Desta vez, não dá. Maria Inês Nassif defende relativamente bem a questão democrática em relação a ditadura e os personagens e protagonistas de então e agora, colocando alguns pingos nos is. Contando quem era quem Mas .. confundir udenismo como "discurso moralista " sem estabelecer o que e quem é esquerda e direita é muito ruim.Mais confunde do que esclarece.Há um leve sabor de que todo mundo é igual e está no mesmo barco. Sim todo mundo foi de esquerda, mas não é todo mundo não que continua na esquerda. O passado de esquerda não redime ninguém e é, sim, um fato digamos pitoresco para to atual udenismo escancarado,no sentido de estarmos frente a uma direita insana, inclusive do PSDB( não é mais só o PFL não).

    George Vdidipó

    Ela já falou sobre o tema em um artigo anterior. Mas do que entendi e que o moralismo é recorrente tanto da esquerda qd na direita. Na verdade se fizessemos uma retrospectiva histórica veremos que vem na historia brasileira desde o tempo colonial: a relação com a coisa pública. Basta dizer que uma das justificativa para a queda de D. Pedro II foi o discurso monaralista e anti corrupção, coisa que acussado o primeiro presidente. Log…

Almeida Bispo

Não esqueçamos que a UDN, União Democrática Nacional, que nem nome de partido teve, foi uma frente – logo, não foi um partido – de direita comandada pelo velho e rançoso PRP que liderou toda a direita supostamente esclarecida brasileira. A ARENA foi a UDN ampliada e por isso mesmo quando virou PDS se despedaçou, restando o PFL que ora se recompôs com o velho PRP: o PSDB, partido tipicamente paulistista nos moldes dos velhos tempos de outras conspirações.

maria regina

Como sempre, uma visão ampla e precisa dos fatos. O que no passado uniu tais personagens, hoje, os distancia claramente. Por conta do do caminho escolhido pelo PT (políticas públicas), penso que este partido tenha mantido parte do ideal daquela época. Nunca passei fome, frio, sede. Nunca dormi ao relento em consequência da miséria ou enchente. Nunca me senti excluída por não saber ler ou ser "colorida" ou falar "diferente". Quero para os brasileiros todas as chances que tive e não tive também. Por isso sempre apostei nesse governo que pouco tem decepcionado.

    Ed.

    Gostei, Maria! E que muitos lhe ouçam por aí…
    Por que não buscarmos nossas oportunidades e saudáveis ambições, sem impedir que outros também as tenham e as realizem? Incompetência? Covardia? Egoismo? Medo?…
    Quanto menos houver o pior … melhor!
    Tão simples, óbvio e redundante quanto isso!

Jordam

Maria Inês perfeita em suas analises como sempre.

Helcid

"udenismo" como padrão de comportamento oposicionista = suicídio político

Esperança

Análise perfeita!

Marconi Brasil

Haha, vim aqui pensando se tratar, realmente, de um texto sobre charutos (rs). Tudo bem, de forma alguma perdi a viagem! Abs fr.

GiorgioAdolfoKrenkel

Perfeito o Texto.
Recado mais do que direto ao PSDB, que se coligou ao que existe de pior na politica Brasileira.

    Luiz

    Mais intrigante é que eles não optaram para ser governo com um projeto para uma nação. Eles não têm projeto nenhum! Apenas discursos. Poder para eles e para os seus, apenas.

Cátaro

A Maria Inês Nassif redime o Valor Econômico. Quinta-feira é o dia em que aguardo ansiosamente a sua coluna, como contraposição ao desgaste de acompanhar a economia e tomar decisões.

Brilhante a sua estratégia de colocar todos no mesmo barco de terem sido um dia socialistas, embora alguns reneguem.

Continuo vendo o Socialismo em sua vertente "Espiritualista" como a única alternativa para a evolução integral da sociedade.

Marat

Texto maravilhoso… vou reler algumas vezes e, mais tarde, postarei novo comentário… Parabéns Maria Inês Nassif!!!

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