Leonardo Boff e o poder monárquico-absolutista dos Papas

Tempo de leitura: 4 min

Como se formou o poder monárquico-absolutista dos Papas

16/09/2012

por Leonardo Boff, em seu blog

Escrevíamos anteriormente neste espaço que a crise da Igreja-instituicão-hierarquia se radica na absoluta concentração de poder na pessoa do Papa, poder exercido de forma absolutista e distanciado de qualquer participação dos cristãos, criando obstáculos praticamente intransponíveis para o diálogo ecumênico com as outras  Igrejas.

Não foi assim no começo. A Igreja era uma comunidade fraternal. Não havia ainda a figura do Papa. Quem comandava na Igreja era o Imperador pois ele  era o Sumo Pontífice (Pontifex Maximus) e não o bispo de Roma ou de Constantinopla, as duas capitais do Império. Assim o imperador Constantino convocou o primeiro concílio ecumênico de Nicéia (325) para decidir a questão da divindade de Cristo. Ainda no século VI o imperador Justiniano que refez a união das duas partes do Império, a do Ocidente e a do Oriente, reclamou para si o primado de direito e não o do bispo de Roma. No entanto, pelo fato de em Roma estarem as sepulturas de Pedro e de Paulo, a  Igreja romana gozava de especial prestígio, bem como o seu bispo que diante dos outros tinha a “presidência no amor” e o “exercia o serviço de Pedro” o de “confirmar na fé” e não a supremacia de Pedro no mando.

Tudo mudou com o Papa Leão I (440-461), grande jurista e homem de Estado. Ele copiou a forma romana de poder que é o absolutismo e o autoritarismo do Imperador. Começou a interpretar em termos estritamente jurídicos os três textos do Novo Testamento atinentes a Pedro: Pedro como  pedra sobre a qual se construiria a Igreja (Mt 16,18), Pedro, o confirmador da fé (Lc 22,32) e Pedro como Pastor que deve tomar conta das ovelhas (Jo 21,15).

O sentido bíblico e jesuânico vai numa linha totalmente contrária: do amor, do serviço e da renúncia a todo domínio. Mas prevaleceu até hoje a leitura do direito romano absolutista. Consequentemente Leão I assumiu o título de Sumo Pontífice e de Papa em sentido próprio. Logo após, os demais Papas começaram a usar as insígnias e a indumentária imperial (a púrpura), a mitra, o trono, o báculo dourado, as estolas, o pálio, a cobertura de ombros (mozeta), a formação dos palácios com sua corte e a introdução de hábitos palacianos que perduram até os dias de hoje nos cardeais e nos bispos, coisa que escandaliza não poucos cristãos que leem nos Evangelhos que Jesus era um operário pobre e sem aparato. Então começou a ficar claro que os hierarcas estão mais próximos do palácio de Herodes do que da gruta de Belém.

Mas há um fenômeno para nós de difícil compreensão: no afã de legitimar esta transformação e de garantir o poder absoluto do Papa, forjou-se uma série de documentos falsos. Primeiro, uma pretensa carta do Papa Clemente (+96), sucessor de Pedro em Roma, dirigida a Tiago, irmão do Senhor, o grande pastor de Jerusalém. Nela se dizia que Pedro, antes de morrer, determinara que ele, Clemente, seria o único e legítimo sucessor. E evidentemente os demais que viriam depois dele.

Falsificação maior foi ainda a famosa Doação de Constantino, um documento forjado na época de Leão I segundo o qual Constantino teria dado ao Papa de Roma como doação todo Império Romano. Mais tarde, nas disputas com os reis francos, se criou outra grande falsificação as Pseudodecretais de Isidoro que reuniam falsos documentos e cartas como se viessem dos primeiros séculos que reforçavam o primado jurídico do Papa de Roma. E tudo culminou com o Código de Graciano no século XIII tido como base do direito canônico, mas que se embasava em falsificações de leis e normas que reforçavam o poder central de Roma, não obstante, cânones verdadeiros que circulavam pelas igrejas.

Logicamente, tudo isso foi desmascarado mais tarde sem qualquer modificação no absolutismo dos Papas. Mas é lamentável e um cristão adulto deve conhecer os ardis usados e forjados para gestar um poder que está na contra-mão dos ideais de Jesus e que obscurece o fascínio pela mensagem cristã, portadora de um novo tipo de exercício do poder,  serviçal e participativo.

Verificou-se posteriormente um crescendo no poder dos Papas: Gregório VII (+1085) em seu Dictatus Papae (“a ditadura do Papa”)  se autoproclamou senhor absoluto da Igreja e do mundo; Inocêncio III (+1216) se anunciou como vigário-representante de Cristo e por fim, Inocêncio IV(+1254) se arvorou em  representante de Deus. Como tal, sob Pio IX em 1870, o Papa foi proclamado infalível em campo de doutrina e moral pelo Concílio Vaticano I.

Curiosamente, todos estes excessos nunca foram retratados e corrigidos pela Igreja hierárquica. Eles continuam valendo para escândalo dos que ainda creem no Nazareno pobre, humilde artesão e camponês mediterrâneo, perseguido, executado na cruz e ressuscitado para se insurgir também contra toda busca de poder e mais poder mesmo dentro da Igreja. Essa compreensão comete um esquecimento imperdoável: os verdadeiros vigários-representantes de Cristo, segundo o Evangelho (Mt 25,45) são os pobres, os sedentos e os famintos. No momento culminante da história serão eles nossos juizes.

PS do Viomundo: O artigo é do ano passado, mas nos foi sugerido pela atualidade do tema da sucessão papal.

Leia também:

Saul Leblon: Bento foi devorado pelas forças que tentou controlar


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Comentários

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Gilberto Nascimento: O mapa dos grupos que desestabilizaram Bento XVI « Viomundo – O que você não vê na mídia

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Jose Roberto

Boff poderia fundar uma Igreja ao invés de tentar destruir a que existe. Quantos seguidores ele teria? Pouquissimos já que onde ele é endeusado ninguém acredita em Deus.

Eduardo Febbro: Renúncia expõe guerra direitista nos bastidores do Vaticano « Viomundo – O que você não vê na mídia

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Carlos N Mendes

Poucas pessoas nesse mundo tem mais autoridade para dissertar sobre ditadura papal do que Leonardo Boff – logo ele, uma das maiores vítimas da intransigência e intolerância eclesiástica. São essas “múmias espirituais” que estão matando a Igreja, de dentro para fora. Já está quase tarde demais para salvar o catolicismo.

abolicionista

A única Igreja que ilumina é aquela que pega fogo.

    Mário SF Alves

    Cuidado, hein, prezado Abolicionista, a KKK também “pensava assim”; mas só quando as igrejas eram frequentadas por afro-americanos, claro.

    abolicionista

    Foi uma provocação. Agora falando sério, acho que o cristianismo tem muitos aspectos positivos, mas não consigo ver nenhum na igreja católica. Num comentário anterior eu falei sobre como o cristianismo primitivo parece ter aspectos emancipadores que podem ser aproximados dos ideais do socialismo, vide o caso de Leonardo Boff, do Frei Betto. O cristianismo surgiu como a religião dos pobres e dos escravos. Basta observar as vestes papais, cheias de ouro e pedras preciosas, para perceber que a igreja se tornou o contrário do que pregava o cristianismo em seu nascimento. Contudo, alguns valores cristãos, como a solidariedade e o amor ao próximo estão na base de qualquer doutrina socialista. São valores que o cristianismo praticamente criou e não creio que seja preciso livrar-se deles.

carmen silvia

A história tem seu ritmo,as vezes nos parece lenta,as vezes rápida,não importa ela se move,e a seu tempo vai expondo instituições poderosas como a igreja católica.Não é mais possível em pleno séc.XXI existir algo semelhante,uma instituição com um poder absoluto,medieval,é extemporâneo demais.

FrancoAtirador

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Escândalos, perda de fiéis e de dinheiro ameaçam o Vaticano

A investigação por lavagem de dinheiro envolvendo o Banco do Vaticano, as revelações feitas pelo mordomo Paolo Gabriele, os escândalos de pedofilia e o número decrescente de fiéis e doações são alguns dos problemas mais graves de uma igreja que, segundo uma investigação da revista inglesa ‘The Economist’, gastou em 2010 cerca de 171 bilhões de dólares.

A reportagem é de Marcelo Justo, de Londres, na Carta Maior.

Londres – O Papa Bento XVI abandona o navio em meio a sérios problemas financeiros e com a credibilidade da igreja no chão. A investigação por lavagem de dinheiro envolvendo o Banco do Vaticano, as revelações feitas pelo mordomo Paolo Gabriele, os escândalos de pedofilia e o número decrescente de fiéis e doações são alguns dos problemas mais graves de uma igreja que, segundo uma investigação da revista inglesa The Economist, gastou em 2010 cerca de 171 bilhões de dólares.

No momento em que o catolicismo está perdendo terreno em todo o mundo (tem menos seguidores que o islamismo), o legado ideológico do Papa Joseph Ratzinger é uma pedra a mais no caminho. O Papa atacou sistematicamente a teologia da libertação e afastou todos os prelados que mantinham algum vínculo com sua doutrina, dinamitando uma ponte com os pobres que foi novamente capitalizada pelas igrejas evangélicas, de presença crescente na América Latina.

A cada vez que teve que escolher, o Papa não teve dúvidas. No caso dos quatro bispos ordenados pelo dissidente e fundamentalistas Marcel Lefebvre – o bispo que resistiu nos anos 60 a deixar de celebrar a missa em latim e desafio a prédica modernizadora e progressista de Paulo VI – Bento XVI decidiu em julho de 2009 revogar sua excomunhão. “Com essa decisão tento eliminar o impedimento que poderia colocar em perigo a abertura de um diálogo para convidar os bispos da “Sociedade de São Pio X” a redescobrir o caminho da plena comunhão com a igreja”. A Sociedade de São Pio, fundada por Lefebvre, apoiou os regimes fascistas de Francisco Franco na Espanha e de Salazar em Portugal, assim como mais tarde fez com Augusto Pinochet no Chile e Jorge Rafael Videla na Argentina. Na França, o político favorito da Sociedade é o ultradireitista Jean Marie Le Pen.

Bento XVI deixa seus delfins em postos chave. A continuidade conservadora estaria garantida a não ser pelo precário estado da igreja em nível mundial, terreno fértil para as rebeliões internas. As finanças são um dos calcanhares de Aquiles de um projeto continuísta. As suspeitas de lavagem de dinheiro respingam há muito tempo no Instituto para as Obras de Religião (IOR), o Banco do Vaticano. Em 2010, o Banco Central da Itália confiscou 30 milhões de dólares do IOR e a polícia iniciou uma investigação de seu diretor Ettore Gotti Tedeschi. A soma pertencia a uma transferência para o JP Morgan Chase e para outro banco italiano, o Banco de Fucino. Violando a lei, a origem do dinheiro não estava declarada.

O comunicado do Vaticano expressou “perplexidade e assombro” ante a investigação, mas pouco depois criou a Autoridade de Informação Financeira, uma agência independente para supervisionar todas as atividades monetárias e comerciais do Vaticano, incluindo o próprio IOR. No ano passado, a efetividade da Autoridade foi posta em dúvida. O escândalo do mordomo do Papa, Paolo Gabrieli, batizado pela imprensa como Vatileaks, terminou com um julgamento que trouxe novamente à luz do dia a roupa suja do Vaticano. Gabrieli, condenado a 18 meses de prisão, justificou o roubo e a entrega do material a um jornalista, Gianluigi Nuzzi, porque “queria recolocar a igreja no caminho correto”. O Vatileaks deixou claro uma coisa. O organismo supervisor não era mais do que um modesto tapa-buracos da igreja: as contas do Vaticano não estavam em ordem.

Um informe de Moneyval, um grupo que combate a lavagem de dinheiro na Europa, assinalou que em 7 das 16 áreas consideradas essenciais para a transparência do Vaticano, seguiam aparecendo problemas. Ettore Gotti Tedeschi, que era diretor do IOR quando se iniciou a investigação judicial, perdeu seu posto por “não cumprir com as funções primárias de seu trabalho” e está sendo investigado por lavagem de dinheiro. Tedeschi decidiu colaborar com a investigação e tem em seu poder um arquivo de correspondência comprometedora a respeito do manejo das finanças papais.

O fantasma do Banco Ambrosiano está no ar. A misteriosa morte, em 1978, de João Paulo I, o papa que reinou 33 dias, foi vinculada à uma investigação do Banco Ambrosiano, cujo acionista mais importante era o Vaticano. O Ambrosiano estava envolvido em operações financeiras ilegais da Máfia e da Loja Fascista P-2 que terminaram com o descalabro multimilionário da entidade. No melhor estilo da máfia, o presidente do banco, Roberto Calvi, apareceu enforcado debaixo da ponte de Blackfriars, em Londres, em 1982.

Financiando o aparato
O tema das finanças é chave para o funcionamento da igreja em nível mundial. Segundo um informe da The Economist, publicado no ano passado, os gastos do Vaticano de 2010 superavam os 170 bilhões de dólares. Uma fonte essencial do financiamento da igreja vem das doações dos fiéis, mas a queda em nível mundial do número de católicos praticantes está colocando essa fonte em perigo. Uma investigação da revista The Week, nos Estados Unidos, mostra que desde a década de 60 para cada quatro pessoas que deixam a igreja apenas uma se soma a ela. Na Irlanda, país ultracatólico por excelência, só 50% das pessoas seguem assistindo a missa, um número bastante inferior aos 84% do início dos anos 90.

Os escândalos sexuais aumentam ainda mais a erosão do prestígio da igreja e, ao mesmo tempo, são uma fonte constante de perda de divisas. Somente três países – Brasil, México e Filipinas – têm uma comunidade católica numericamente superior a dos Estados Unidos, que conta com cerca de 100 milhões de integrantes. Desde que iniciaram os escândalos sexuais nos anos 80, a igreja estadunidense desembolsou cerca de 3 bilhões de dólares em indenizações. A onda de escândalos se estendeu a Irlanda, Canadá, Austrália, Bélgica, Reino Unido, Holanda, Noruega e vários países latino-americanos, entre eles o Brasil (denúncias da Conexão Repórter), Chile e Argentina (o sacerdote Julio César Grassi foi condenado a 15 anos de prisão).

A Alemanha é um caso peculiar. Vários dos mais de 300 casos de abusos sexuais, que emergiram desde o início de 2010, estavam ligados ao Coro de Meninos do Colégio “Regensbug Domspatzen” que, durante mais de 30 anos, foi dirigido pelo irmão do papa, Monsenhor Georg Ratzinger.

Tradução: Katarina Peixoto

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=21620

Carlos M.

Gente, fui só eu que vi o comentário da menina Juliana Louise ali em cima na área do pitacos pelo facebook?

Que é aquilo meu Deus!

Olegario

Mais um texto boquirroto do herege Boff. E ainda requentado!

    Julio Silveira

    Fala pra nós, por você ele seria queimado na fogueira né católico?

    Luis Menegew

    Esse católico que deve ter ouvido falar da “Pax Romana” deveria conhecer melhor a “Pax Cubana”. Hehehe.

    abolicionista

    É esse o espírito cristão?

ZePovinho

Exércitos terroristas da OTAN(que mataram Aldo Moro,nos anos setenta,para acusar as esquerdas),loja maçônica Propaganda Due(P2),máfia turca e italiana dentro da Santa Sé.Tem muita coisa nesse jogo pesado:

“…Bento XVI não foi o sumo pontífice da luz que seus retratistas se empenham em pintar, mas sim o contrário. Philippe Portier assinala a respeito que o papa “se deixou engolir pela opacidade que se instalou sob seu reinado”. E a primeira delas não é doutrinária, mas sim financeira. O Vaticano é um tenebroso gestor de dinheiro e muitas das querelas que surgiram no último ano têm a ver com as finanças, as contas maquiadas e o dinheiro dissimulado. Esta é a herança financeira deixada por João Paulo II, que, para muitos especialistas, explica a crise atual.

Em setembro de 2009, Ratzinger nomeou o banqueiro Ettore Gotti Tedeschi para o posto de presidente do Instituto para as Obras de Religião (IOR), o banco do Vaticano. Próximo à Opus Deis, representante do Banco Santander na Itália desde 1992, Gotti Tedeschi participou da preparação da encíclica social e econômica Caritas in veritate, publicada pelo papa Bento XVI em julho passado. A encíclica exige mais justiça social e propõe regras mais transparentes para o sistema financeiro mundial. Tedeschi teve como objetivo ordenar as turvas águas das finanças do Vaticano. As contas da Santa Sé são um labirinto de corrupção e lavagem de dinheiro cujas origens mais conhecidas remontam ao final dos anos 80, quando a justiça italiana emitiu uma ordem de prisão contra o arcebispo norteamericano Paul Marcinkus, o chamado “banqueiro de Deus”, presidente do IOR e máximo responsável pelos investimentos do Vaticano na época.

João Paulo II usou o argumento da soberania territorial do Vaticano para evitar a prisão e salvá-lo da cadeia. Não é de se estranhar, pois devia muito a ele. Nos anos 70, Marcinkus havia passado dinheiro “não contabilizado” do IOR para as contas do sindicato polonês Solidariedade, algo que Karol Wojtyla não esqueceu jamais. Marcinkus terminou seus dias jogando golfe em Phoenix, em meio a um gigantesco buraco negro de perdas e investimentos mafiosos, além de vários cadáveres. No dia 18 de junho de 1982 apareceu um cadáver enforcado na ponte de Blackfriars, em Londres. O corpo era de Roberto Calvi, presidente do Banco Ambrosiano. Seu aparente suicídio expôs uma imensa trama de corrupção que incluía, além do Banco Ambrosiano, a loja maçônica Propaganda 2 (mais conhecida como P-2), dirigida por Licio Gelli e o próprio IOR de Marcinkus.

Ettore Gotti Tedeschi recebeu uma missão quase impossível e só permaneceu três anos a frente do IOR. Ele foi demitido de forma fulminante em 2012 por supostas “irregularidades” em sua gestão. Tedeschi saiu do banco poucas horas depois da detenção do mordomo do Papa, justamente no momento em que o Vaticano estava sendo investigado por suposta violação das normas contra a lavagem de dinheiro. Na verdade, a expulsão de Tedeschi constitui outro episódio da guerra entre facções no Vaticano. Quando assumiu seu posto, Tedeschi começou a elaborar um informe secreto onde registrou o que foi descobrindo: contas secretas onde se escondia dinheiro sujo de “políticos, intermediários, construtores e altos funcionários do Estado”. Até Matteo Messina Dernaro, o novo chefe da Cosa Nostra, tinha seu dinheiro depositado no IOR por meio de laranjas”………

http://www.voltairenet.org/article163083.html

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El juez Felice Casson revela la existencia de una red clandestina creada por la OTAN. Oficialmente creada para proteger a los Estados miembros, la OTAN es en realidad un protectorado anglosajón. Washington y Londres no vacilaron en ordenar atentados terroristas en Italia para falsear el juego de la democracia.

Los ejércitos secretos de la OTAN (I)
Cuando el juez Felice Casson reveló la existencia de Gladio…
por Daniele Ganser

La Red Voltaire emprende la publicación seriada de la obra de referencia sobre la actividad de los servicios secretos de la OTAN desde la creación de la alianza atlántica hasta los años 1990. A pesar de ser un trabajo de historiador, esta investigación sobre Gladio es mucho más que un simple tema histórico ya que está íntimamente ligada a nuestra vida diaria. Esa estructura secreta sigue estando activa y los Estados europeos se mantienen aún bajo el tutelaje anglosajón, como lo demuestran las investigaciones parlamentarias sobre los secuestros perpetrados por la CIA desde el año 2001. La comprensión de la política en Europa se hace imposible sin un conocimiento preciso de las redes «Stay-Behind». Esta primera entrega relata el descubrimiento de Gladio por parte de los magistrados italianos a finales de los años 80.

renato

Boff, dá para ler e ter assim uma boa visão
do que acontece neste setor.
No mais, vou a capelinha, fazer minha oração.
E se por acaso,o final chegar hoje, e uma grande
nave abrir as portas,e eu tiver a entrada e meu
filho não, deixarei ele ir no meu lugar.
Se não for permitido ficarei com ele.
No mais para mim tudo é balela.
Meu senhor em pensamento e nas tentativas de minhas
ações é Cristo e só.
E sou católico.

Gilvan

Muito bem senhor teólogo.

Faltou ainda dizer, senhor Boff, sobre as demais falsificações históricas do sistema Católico, entra as quais: a mariolatria, culto aos mortos, aparições, a salvação pelas obras esvaziando a fé, razão pela qual os fiéis católicos esperam entrar no reino de Deus por seus méritos, entre outras falsas doutrinas. Se o Catolicismo observasse somente as Escrituras como autoridade, aí sim, o diálogo com as igrejas reformadas e protestantes avançaria, mas o vil metal e a sede pelo poder…

Bem que Lutero e outros reformadores verdadeiramente católicos tentaram, mas…

    rodrigo

    …mas foram condenados como heresia e em muitos casos perseguidos e assassinados pelos exércitos papais.

    (desculpa Gilvan mas não resisti)

Fabio Passos

Análise corretíssima.
A igreja de natzinger e cia está “mais próxima do palácio de Herodes do que da gruta de Belém”.

Quem pode negar realidade tão evidente?

augusto2

chiih!
Esta eleiçao papal agora será tão diferente das outras.
Haverá fofoca, internet, espionagem… e politica,esta sem adjetivos.
Alias, dou uma perna ao capeta se a CIA e o MI6 ou o mossad nao meterem alguns abelhudos e hackers -e bugs- lá dentro sem que suas reverendissimas o percebam.
Por fim nao se surpreendam se até a cor da FUMAÇA for laranja e tenha cardeal made in holanda oferecendo um baseado.
Ah, ja ia esquecendo: Madonna e Claudia Leitte estao se candidatando a Papisa.
Responder

    Luis Menegew

    O amigo lembra com muita propriedade e adequação nesse momento as existências e suas ações deletérias de CIA, MI6 e Mossad, mas esquece de mencionar o lado bom das polícias secretas:
    KGB (hoje FSS),
    Securitate (Romênia);
    Segurimi (Albânia);
    DISA (Angola);
    KDS (Bulgária);
    MSE (China);
    SDE (Cuba);
    STB (Tchecoslováquia);
    AVH (Hungria)
    (segue)
    a lista é grande.

Pedro

Para quem quiser conhecer as histórias da igreja, ler Voltaire desopila o fígado. O verbete Concílio do seu Dicionário Filosófico pode ser um bom começo.

rodrigo

Briga de gente grande. O Alckmin que se cuide quando a máfia que atropelou a Opus DENTRO do Vaticano chegar ao Brasil…

JOSÉ RUBENS

Simplesmente irretorquível.

flavio jose

O poder absoluto não pode esta sujeito a eleições e muito menos a um aglomerado de cardeais. Existe limitações dentro de igreja Catolica entre os tradicionalistas e os modernista. Apesar de tudo a Igreja vem sofrendo mundanças muito lentamente para o progresso de hoje. É cinismo puro citar fatos do passado com a realidade de hoje. Antes o Papa, quando se tratava das coisas de DEUS a palavra papal era infalivel, verdade absoluta. Hoje isto não existe mais. Negar as mudaças dentro do vaticano é coisa tipicas dos cavalheiros do apocalipse que atualmente estão tentando destruir a Igreja de dentro para fora. A Igreja Catolica é o maior baluarte do Cristianismo. Eles acreditam que destruindo a Igreja Catolica, destruirá o Cristianismo.

    Luís Carlos

    Flávio
    A Igreja Católica destruiu o Cristianismo. O texto de Boff demonstra isso claramente. A ostentação e soberba explicitada pelo Vaticano não deixa dúvidas quanto a distância abissal que existe entre a pregação de Cristo e a prática do Vaticano.

Avel de alencar

Historicamente esclarecedor.

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