Jean Wyllys: Devolve, Gilmar! Vamos falar sério sobre corrupção e política

Tempo de leitura: 7 min

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Foto: Nelson Jr./SCO/STF

Os sentidos da Operação Lava Jato: devolve, Gilmar!

A promiscuidade entre política e mundo dos negócios produz enormes prejuízos para a democracia: além da corrupção, dá poder às empresas de eleger candidatos e conseguir maioria no Congresso

por Jean Wyllys, em CartaCapital

A Operação Lava Jato  poderia ser uma oportunidade excepcional, dessas que quase nunca ocorrem, para discutir seriamente o problema da corrupção no Brasil e a forma com que ela prejudica a democracia. Pela primeira vez, as principais empreiteiras estão sendo investigadas e 21 executivos foram presos pela Polícia Federal, entre eles os presidentes de algumas delas. Não estamos falando de quaisquer empresas, mas daquelas que realizam as mais importantes obras públicas, financiadas pelos governos federal, estaduais e municipais de diferentes partidos e que, ao mesmo tempo, são as principais financiadoras das campanhas eleitorais que elegeram esses governantes.

Os grandes esquemas de corrupção — que sempre são apresentados pela cobertura jornalística, de forma falaz, como se fossem apenas uma espécie de degeneração moral de determinadas pessoas — geralmente associada ao partido que está no governo, revelam-se no caso da Lava Jato como o que realmente são: um componente fundamental de um sistema econômico e político controlado não por funcionários corruptos, mas pelas empresas corruptoras.

Repassemos alguns dados.

As empreiteiras investigadas são nove: OAS, UTC, Queiroz Galvão, Odebrecht, Camargo Corrêa, Iesa, Galvão Engenharia, Mendes Junior e Engevix.

Juntas, elas têm contratos com a Petrobras de 59 bilhões de reais. Só no Rio de Janeiro, três dessas empreiteiras (OAS, Camargo Corrêa e Odebrecht) participam, associadas em diferentes consórcios, das dez maiores obras da Copa do Mundo e das Olimpíadas (linha 4 do metrô, Maracanã, Parque Olímpico, Transcarioca, Transolímpica, Porto Maravilha etc.) por um valor total de 30 bilhões. Elas têm contratos com governos de quase todas as cores. Várias delas também participam da privatização dos aeroportos e das obras do PAC, do governo federal, mas também das obras do metrô de São Paulo, envolvidos num caso de corrupção pelo qual é investigado o governador Geraldo Alckmin, que também recebeu dinheiro de empreiteiras para sua campanha.

Com negócios diversificados e participação em diferentes escândalos de corrupção, a lista das empreiteiras mais importantes do País é liderada pela Odebrecht que, segundo o ranking da revista O Empreiteiro, tem um faturamento de 5.292 bilhões de reais.

Você sabe quanto dinheiro “doou” essa empresa para diferentes partidos e candidatos nas últimas eleições? Mais de 30 milhões de reais! A Odebrecht doou para todos os seguintes partidos: PSDB, PT, PSB, PMBD, PP, DEM, PCdoB, PV, Solidariedade, PROS, PRB, PSD, PPS, PSC, PCdoB, PTC e PSL. Eles doaram 2,95 milhões para a campanha da Dilma, 2 milhões para a campanha do Aécio e 500 mil para a campanha de Eduardo Campos (depois somou quase 50 mil a mais para a campanha da Marina), mas também para candidatos a governador e deputado e para os comitês financeiros e as direções nacional e estaduais de diferentes partidos.

De todos os partidos que elegeram representantes para o Congresso Nacional, o único que não recebeu dinheiro de nenhumadas empreiteiras investigadas (aliás, de nenhuma empreiteira!) foi o PSOL. Sim, foi o único!

A segunda maior empreiteira do ranking, com um faturamento de 5.264 bilhões, é a Camargo Corrêa, que doou, por exemplo, 1,5 mi para o DEM. A empreiteira Queiroz Galvão fez doações de campanha por mais de 50 milhões, beneficiando candidatos de 15 partidos, entre os quais o PT, o PSDB, o PMDB, o DEM e o PSB. Também doaram 200 mil reais para a campanha do nanico pastor Everaldo.

Outra campeã das doações foi a OAS, com uma generosidade política de mais de 52 milhões que beneficiou Aécio, Dilma, Marina e candidatos de 12 partidos. A UTC fez doações de 34 milhões e também foi ampla na distribuição, beneficiando a 11 partidos, entre os quais estavam os mais importantes da situação e da oposição. E por aí vai. Todas elas estão envolvidas na investigação da Polícia Federal.

Alguns candidatos não recebem dinheiro de uma determinada empresa de forma direta, mas essa empresa doa para o comitê do partido, ou para sua direção nacional ou estadual, que por sua vez faz uma doação ao candidato. Ou então a empresa pode doar para um candidato a deputado, que depois faz uma doação para o candidato a presidente, ou vice-versa. Algumas empresas têm diferentes denominações, cada uma com um CNPJ distinto. Mas a quantidade de dinheiro que sai da União, dos Estados e dos municípios e vai para as empreiteiras mediante contratos para obras públicas, e que sai das empreiteiras e vai para os candidatos e seus partidos, é imensa. E essa promiscuidade entre política e mundo dos negócios produz enormes prejuízos para a democracia.

O problema não é apenas a corrupção direta, a propina e a lavagem de dinheiro. É também o poder que essas empresas têm para desbalancear o sistema democrático, apoiando determinados candidatos e candidatas com quantias absurdas de dinheiro que fazem com que os e as concorrentes de outros partidos tenham pouquíssimas chances de vencer, a não ser que entrem no esquema.

Nas últimas eleições, 326 parlamentares tiveram suas campanhas financiadas por empreiteiras (nenhum do PSOL!). E, entre eles, 255 receberam dinheiro das envolvidas na operação Lava Jato. Façamos as contas. Os candidatos das empreiteiras são maioria no Congresso! Dentre eles, 70 deputados e 9 senadores são citados nas investigações. E há governistas e opositores — inclusive petistas e tucanos (mas alguns jornais e revistas citam apenas os petistas).

O financiamento empresarial das campanhas favorece esse esquema e prejudica os que não querem fazer parte dele. Eu fui o sétimo deputado federal mais votado do estado do Rio de Janeiro, com 144.770 votos, e a receita total da minha campanha foi de 70,892.08 mil reais em doações físicas, sendo que, destes, 14 mil correspondem a trabalhos de voluntários. Não recebi (e nem quero!) um centavo das empreiteiras.

Agora vou dar um exemplo contrário: deputado Eduardo Cunha, que teve 232.708 votos e foi o terceiro mais votado do estado, declarou uma receita de mais de 6,8 milhões de reais! Sim, você leu bem: quase 7 milhões. Os diretórios nacional e estadual do PMDB, seu partido, que também doou dinheiro para ele, receberam “ajuda” da OAS (3,3 milhões), da Queiroz Galvão (16 milhões), da Galvão Engenharia (340 mil) e da Odebrecht (8 milhões). O PMDB governa o estado que dá a algumas dessas empreiteiras obras públicas milionárias. Isso sem falar dos bancos, empresas de mineração, shoppings e outros empreendimentos que depositaram na conta de Cunha.

Vocês percebem como o é injusto e antidemocrático que um candidato honesto, que conta apenas com doações de amigos, militantes e simpatizantes, contra outro que recebe quase 7 milhões de bancos e empreiteiras? Vocês percebem como isso faz com que nosso poder, eleitor, seja cada vez menor, e com que o poder da grana se imponha cada vez mais?

Agora pense no seguinte: Eduardo Cunha pode ser o próximo presidente da Câmara dos Deputados! Ele é um dos cérebros da bancada fundamentalista, foi o grande articulador da presidência da CDHM para o pastor Marco Feliciano e é o porta-voz do que há de mais reacionário, retrógrado, conservador e antipopular no Congresso. Algumas pessoas acham que o grande vilão da direita é Jair Bolsonaro, mas na verdade, ele é apenas um personagem caricato, bizarro, que tem mais holofotes do que merece. O verdadeiro poder radica em personagens menos conhecidos, como Cunha, que se mexem nas sombras. E as doações milionárias entram na conta dele.

Mas eu comecei dizendo que tudo o que está acontecendo em torno da operação Lava Jato poderia ser uma oportunidade excepcional para discutir seriamente o problema da corrupção no Brasil e a forma com que ela prejudica a democracia. Poderia ser, mas não está sendo. A maioria da imprensa e alguns líderes da oposição com espaço na mídia está tentando passar a impressão de que se trata, apenas, de um novo “escândalo de corrupção do PT”.

Delegados e fontes do judiciário ligadas a partidos de direita vazam de forma seletiva informações que envolvem apenas os corruptos petistas, mas escondem as que poderiam prejudicar os corruptos tucanos ou de outros partidos. Tudo passa a ser “culpa da Dilma, do Lula e dos petralhas”. E o PSDB e seus aliados da direita tentam se apropriar da operação e se apresentar como os paladinos da moral e da honestidade que querem nos livrar dessas mazelas. Hipócritas!

É claro a corrupção na Petrobras durante os governos petistas que tem que ser investigada — mas também durante os governos tucanos e os governos anteriores aos tucanos! É claro que temos que investigar todos os funcionários e parlamentares envolvidos nos esquemas, seja do partido que forem. O PT e seus aliados têm uma enorme responsabilidade nisso tudo. Mas enquanto pensarmos na corrupção apenas como uma sucessão de casos particulares e olharmos para ela apenas como um problema moral seremos como aquele personagem da publicidade “Sabe de nada, inocente!”. O escândalo está sendo instrumentalizado por uma parte da imprensa não apenas para atacar o governo, mas também para colocar a Petrobras no alvo de discursos privatizadores! Ou seja, a questão é muito mais complexa!

Por isso, e se realmente quisermos fazer algo que tenha impacto real contra a corrupção, o primeiro passo é acabar com o financiamento empresarial de campanha. A OAB apresentou no Supremo Tribunal Federal uma ADIN (ação direta de inconstitucionalidade) para proibi-lo, e tem todo o apoio do PSOL. Seis dos onze ministros já votaram favoravelmente, mas o ministro Gilmar Mendes, Advogado Geral da União durante a presidência de Fernando Henrique Cardoso, pediu vistas do processo em abril desse ano e, desde então, nada fez a respeito.

Diversos movimentos sociais e políticos lançaram a campanha #devolvegilmar, para que o ministro conclua suas vistas e permita que ela seja julgada. O fim do financiamento empresarial de campanhas deveria ser, também, um dos principais eixos da reforma política que o Brasil precisa. Porque com um Congresso cujos integrantes foram financiados pelas principais empreiteiras envolvidas nesses esquemas, não haverá “CPI das empreiteiras”, da mesma forma que não avançará a CPI da Petrobrás. Tudo será tratado como mais um escândalo.

Se quisermos que a corrupção deixe de ser, apenas, o tema favorito das manchetes de jornal, e passe a ser combatida de forma realista e eficaz, sem hipocrisia, precisamos produzir reformas estruturais no sistema político e econômico e não apenas fazer julgamentos morais partidarizados. Precisamos cortar um dos principais rios de dinheiro que corrompe a política e, ao mesmo tempo, diminui o poder dos eleitores, transformando os governos e o Congresso em reféns dos interesses de um pequeno grupo de empresários com negócios bilionários.

Devolve, Gilmar! Vamos falar sério dessa vez!

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Comentários

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Ramos de Carvalho

O GM parece que faz aquilo que as grandes forças econômicas (bancos, empreiteiras e grande mídia) querem, inclusive o engavetamento do processo do financiamento empresarial das campanhas eleitorais.
Estava pensando com quem o GM parece (fisionomia) e não lembrava quem, ele se parece com o deputado João Plenário, da praça é nossa. Coitado do JP.

Otto Maia

A propósito, por onde andará Joaquim Barbosa?

Será que ele está em Miami?

Ele já devolveu o apartamento funcional onde ele morava em Brasília?

Por que Aécio Neves não o colocou nos palanques nos últimos dias de campanha?

Estive lendo os principais jornais de Miami na expectativa de encontrar alguma notinha de pé de página que permitisse saciar a minha curiosidade, e nada. Nem mesmo no Miami Herald eu encontrei qualquer informação a respeito do paradeiro do nosso Batman.

Mas curiosidade mesmo eu tenho em saber o porquê de Barbosa não ter participado da campanha do Aécio, pelo menos na reta final do segundo turno. Eu acho que a presença do carrasco de Zé Dirceu teria desequilibrado a disputa em favor do mineiro. E pouparia a Veja de se expor ao ridículo na tentativa de fraudar o processo eleitoral.

A presença de Joaquim Barbosa é garantia de sucesso em qualquer empreitada. E a palavra mágica continua sendo “mensalão!”

O que terá ocorrido para ele ter ficado de fora?

    Carlos Elísio

    Otto, Barbosa está em seu (???) apartamento em Brasília. Já era para ter devolvido, mas…
    Reintegração de posse nele e #DevolveGilmar

Estela bulgarelli

Eu o admiro muito,pela honestidade, sensatez,clareza de espírito e outros valores morais, bem como os outros políticos de seu Partido, o PSOL. Felizmente fazem a diferença e embora sejam poucos estão plantando sementes para que o nosso povo evolua, que as autoridades deixem de ser viciosas, enfim, a corrupção desapareça do cenário. Deputado, faça uma campanha colhendo assinaturas dos brasileiros : 1. para fechar o Senado que é obsoleto e nos custa uma fortuna. 2.Que os crimes políticos sejam julgados como situação de emergência, ou seja, dentro de um prazo, Policia e o Judiciário trabalhando juntos. Se você encabeçar um abaixo assinado e enviar para Orgãos Internacionais como a Côrte de Haia, Nações Unidas e outros tantos, podemos moralizar nosso Brasil. No que eu puder acrescentar, conte comigo!

marcelo taddeo

REFORMA POLÍTICA JÁ!!!

MARINALVA

Em andamento os preparatórios para o GOLPE. No Blog da Cidadania

http://www.blogdacidadania.com.br/2014/11/como-o-odio-de-noblat-por-toffoli-virou-amor/

MARINALVA

Em andamento os preparatórios par o GOLPE. No Blog da Cidadania

http://www.blogdacidadania.com.br/2014/11/como-o-odio-de-noblat-por-toffoli-virou-amor/

Mariano Costa

Aviso ao PT , ao PT, ao PT

CONTINUA OS ALERTAS DO NASSIF SOBRE A DOBRADINHA GILMAR E TOFFOLI NA CONSTRUÇÃO DO Impeachment,E O PT APARENTEMENTE NÃO ESTÁ NEM AÍ.TOMEM UMA PROVIDÊNCIA JÁ, PORQUE EU, MILITANTE, ESTOU CANSADO DE CARREGAR PIANO SUBINDO ESCADA DE APARTAMENTO

Gilmar dá mais um passo em direção ao terceiro turno
sex, 21/11/2014 – 00:43
http://jornalggn.com.br/noticia/gilmar-da-mais-um-passo-em-direcao-ao-terceiro-turno

Jornal GGN – Ontem, o Ministro Gilmar Mendes convocou técnicos do Tribunal de Contas da União, da Receita Federal e do Banco Central para se debruçarem na análise das contas de Dilma Rousseff.

As investigações serão tanto das contas do comitê de campanha, como da própria candidata Dilma Rousseff, segundo informações do blogueiro Fernando Rodrigues. Há uma montanha de documentos para serem analisados.

Dantas Dantas

Há muito para Gilmar devolver, a começar pelo que recebe do governo através do IDP, empresa de propriedade do ministro.

Não é difícil encontrar irregularidades, para dizer o mínimo, cometidas pelo proprietário da empresa IDP para pegar dinheiro público.

“Em 2006, reportagem do jornal O Globo denunciou uma das relações estranhas do IDP com o STF. Então presidente interino do Supremo (a titular, Ellen Gracie Northfleet, estava de licença médica), a única saída de Mendes foi transformar em bolsa de estudos um empenho de 3,6 mil reais referente a um curso de mestrado em Ações Constitucionais ministrado pelo IDP a três funcionários do Supremo.

Ao se justificar, o ministro alegou não ter havido irregularidade porque cabia aos servidores escolher o curso e a escola onde pretendiam fazer as especializações. Só se esqueceu de dizer que, como o IDP tem o monopólio desses cursos em Brasília, o instituto não só foi o escolhido como, claro, caiu na modalidade inexigível de licitação.”

Este é apenas um dos muitos casos em que existe, de forma clara e insofismável, o conflito de interesses e a facilitação do uso de dinheiro público para benefício próprio. Gilmar autoriza o pagamento de serviços prestados por ele próprio, através da sua empresa, a entidade por ele presidida.

Lukas

O PT tem a Petrobras para financiar suas campanhas eleitorais. Quer deixar os outros partidos à mingua.

    Nelson

    O Sr Lukas demonstra que torce para o time da direita, do grande empresariado, da grande mídia. Enfim, o time das elites, que foge, como o diabo da cruz, da reforma política.

Francisco

Jean Willis é baiano (onde Dilma teve votação monstruosa), Jean Willis é socialista e Jean Willis é jornalista. Mais que isso: é professor universitário disso.

Porque ele não seria um bom Ministro das Comunicações? O PT quer unir a esquerda? Não quer atrair de novo movimentos sociais e politiza-los? Bolssonaro não merece uma boa resposta? Até um certo trânsito com a Globo ele tem…

O texto acima demonstra: Dilma pode empossar o primeiro Ministro de Estado assumidamente gay do Brasil de forma coerente e concatenada. Inclusão tem que se dar com foco na competência.

Jean Willis é um bom nome – e não só para Ministro…

    Mário SF Alves

    É. Parece uma boa ideia, sim. Mas ia matar de ódio a extrema direita; disso não se tenha dúvida.

    Francisco

    Fazer a direita passar um pouco de raiva é algo que está faltando para o PT convencer seus militantes de que, ele PT, não é o PMDB…

Luiz A A do Sacramento

Análise ampla e esclarecedora , da deplorável situação institucional brasileira; minada corroída e enfraquecida pelo poder devastador do dinheiro “Se quisermos que a corrupção deixe de ser,apenas,o tema favorito das manchetes de jornal e passe a ser combatida de forma realista e eficaz , sem hipocrisia, precisamos produzir reformas estruturais no sistema político e econômicos não apenas fazer julgamentos morais partidarizados.”

ana13

Bravo, Jean Willys !
Gosto da sua atuação como deputado, aliás sempre gostei mas o seu partido é muito radical , pleiteia mudanças que não são factiveis nem a longo prazo, impedindo-o de ser poder.
É uma pena…

Renato Silva

Jean Wyllys, parabéns. O que mais me intriga é que toda essa informação está em sites na Internet. Alguns oficiais e outros de utilidades. Só que as vezes dá um trabalho danado compilar isso tudo.
Ao entrar no site http://www.donosdocongresso.com.br antes das eleições, vi que a J.B.S. (Friboi) havia doado R$2.000.000,00 para a campanha do senador eleito Anastasia de MG. Ao comentar isso em uma notícia sobre um deputado que havia devolvido a doação de R$200.00,00 da Friboi por constrangimento, o comentário foi quase que imediatamente denunciado e pouco depois a notícia retirada do site.
Mas o mais importante foi a análise da maquiagem de doação via partido. Como exemplo o próprio eduardo cunha – onde só a RIMA aparece como doadora e o resto (resto?) o PMDB segundo o site citado.
Doadores de EDUARDO COSENTINO DA CUNHA

Quantidade de doadores: 2
CPNJ / CPF Nome do Doador Setor Valor da doação Percentual Ano
30.902.811 PMDB Partido R$ 3.350.000,00 91% 2014
18.279.158 RIMA INDUSTRIAL S/A Indústria R$ 333.333,33 9% 2014

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