Fátima Oliveira: Um governador apologista do SUS é a glória

Tempo de leitura: 2 min

Um governador apologista do SUS é a glória para sempre, amém!
Compreender é muito; pelo menos no discurso é

por Fátima Oliveira, em O Tempo

Médica – [email protected]

Fiquei bem impressionada com a declaração do atual governador de Minas afirmando que é apologista do Sistema Único de Saúde (SUS): “Na realidade, o SUS é um só, nacional. Quando ele foi concebido, na década de 80, foi como um todo. Seriam competência da esfera federal o financiamento e a concepção geral do sistema; aos Estados caberiam o cofinanciamento e a supervisão; e aos municípios, a execução – financiamento também. A execução caberia aos municípios, a não ser em casos de altíssima complexidade (…).

Eu sou defensor e até apologista do SUS, acho que o avanço do Brasil ao longo dos últimos anos foi muito grande. Estamos ainda muito distantes de uma saúde pública de qualidade no Brasil, até porque a saúde pública é uma política de demanda infinita, que nunca se conclui. Mas, perto do que era no passado, quando as pessoas nem tinham atendimento e agora estão tendo o SUS, acho que é um avanço muito bom. Temos ainda muito a avançar” (“Jornal do Instituto Mário Penna” nº 7, março 2010).

Se “a esperança é a última que morre”, acalento uma, que é o governo de Minas assumir por inteiro a responsabilidade de gestor e cofinanciador do SUS, postura nunca plenamente adotada por qualquer governador até hoje. Dos 20 e tantos anos que aqui pelejo na atenção à saúde, nenhum governador declarou deferência ao SUS. Antônio Augusto Junho Anastasia é o primeiro. Parece pouco? E é. Todavia, dado o andar da carruagem: o desempenho pífio da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e o descalabro de inúmeras prefeituras, como já escrevi várias vezes, um governador compreender o que é o SUS é muito. Pelo menos no discurso é. Faltam os gestos.

E, em busca de gestos, tenho esperança, vaga e difusa, de que o governador dará um rumo sensato às greves maduras, moralmente apodrecendo, embora justas, do antigo Centro Geral de Pediatria (CGP), hoje Hospital Infantil João Paulo II, e do Hospital de Pronto Socorro João XXIII, ambos da SES, que foram descuidados no Choque de Gestão das duas administrações capitaneadas por Aécio Neves, das quais o hoje governador foi figura de proa. É complicado, pero…

É incrível não se importar com duas joias rutilantes da coroa da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), braço assistencial da SES, criada em 1977, via fusão de três fundações: Feal (atenção à hanseníase), Feamur (urgência e emergência) e Feap (atenção psiquiátrica), que “tem atuação em seis complexos assistenciais: urgência e emergência, especialidades, saúde mental, hospitais gerais, MG Transplantes, reabilitação e cuidado ao idoso. São 20 unidades assistenciais, sendo sete no interior e 13 na região metropolitana de Belo Horizonte”.

Greves que se arrastam tanto tempo desmoralizam qualquer governo, pois revelam descaso para com o povo, que necessita de assistência, e com o aparelho formador da área de saúde, pois “a Fhemig é referência na formação de médicos, com residência médica em 34 especialidades em 12 unidades assistenciais, nove na capital e três nos municípios de Barbacena e Patos de Minas, sendo que três da capital são reconhecidas pelo MEC/MS como hospitais de ensino (Hospital Infantil João Paulo II, Hospital João XXIII e Instituto Raul Soares)”.

É imoral que o governador não encontre um caminho eticamente defensável para resolver o impasse. Ou ser apologista do SUS apenas no discurso lhe basta? Ou o governador Anastasia sabe que “não se faz uma omelete sem quebrar os ovos”?

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Comentários

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José

Fátima
Alguma comentário teu sobre o relatado no livro "O choque de gestão na saúde de Minas Gerais", organizado por (dentre outros) Antônio Jorge de Souza Marques, editado em 2009?

    Fátima Oliveira

    Obrigada pelos comentários.
    Ao bem da verdade, talvez para felicidade de todos e o bem geral da Nação, não houve o tal "choque de gestão" na saúde em Minas! Mas também pouco foi feito para evitar o sucateamento dos serviços de responsabilidade do governo estadual. O Hospital Rosoleta Neves, que é fato, estava prometido há mais de duas décadas, era o que se chamava de "Hospital de Venda Nova", que era prioridade em todas as campanhas eleitorais a governador, foi inaugurado e sua gestão terceirizada. Está nas mãos da UFMG e funciona bem, mas é gerenciado por uma OSCIP. E como tal, demonstra o esforço da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais em não se responsabilizar diretamente, nem pelo funcionalismo e nem pelo povo.
    Não li o liuvro "O choque de gestão na saúde de Minas Gerais". Porém se ele não aborda as facetas aqui descritas, não merece confiança.

    Fátima Oliveira

    Busca no google com o nome "O Choque de Gestão na Saúde em Minas Gerais".
    1. [DOC] PT 018-2009.doc – Portal do MPFormato do arquivo: Microsoft Word – Ver em HTML
    Segundo doutrina contextualizada no capítulo VI da obra “O Choque de Gestão na Saúde de Minas Gerais”1, o sistema de saúde brasileiro tem nos hospitais um … http://www.mp.mg.gov.br/portal/public/interno/arquivo/id... – Similares
    2. VTLS Chameleon iPortal Browse Results1, O choque de gestão na saúde de Minas Gerais / Antônio Jorge de Souza Marques e outros (Org.). 1, O choque economico e a transição democratica : Brasil e …
    200.131.208.57:8000/…/chameleon?… – Em cache
    3. VTLS Chameleon iPortal Browse Results – 200.131.208.571, O choque de gestão na saúde de Minas Gerais / Antônio Jorge de Souza Marques e outros (Org.). 1, O choque economico e a transição democratica : Brasil e …
    200.131.208.57:8000/…/chameleon?… – Em cache

    Fátima Oliveira

    José,
    Encontrei na internet apenas 3 menções ao livro "O choque de gestão na saúde de Minas Gerais", Organizado por Antônio Jorge de Souza Marques, Belo Horizonte, 2009. Uma delas diz, em citação da referida obra:
    "Em Minas Gerais, estudo realizado pelo Comitê Estratégico da SES/MG, no ano de 2003, sobre a situação do parque hospitalar no estado, apontou uma rede hospitalar fragmentada e com unidades que estavam longe de constituírem espaços definitivamente adequados para a atenção hospitalar. Referido estudo demonstrou a coexistência de muitos hospitais pequenos e poucos hospitais com escala e densidade tecnológica suficiente para funcionar eficaz e eficientemente no enfrentamento de eventos agudos de saúde – razão de ser da atenção hospitalar". NADA DIFERENTE DO QUE VENHO FALANDO HÁ ANOS.
    Porém não encontrei a editora. Fiquei interessada em conhecer a obra. Você sabe como obtê-la?

Janice Mendes

Um artigo excelente, adequado ao momento político. Trata-se de uma cobrança de fidelidade ao atual goverador mineiro, Amtônio Anastasia, às suas próprias palavras. Sem reparos. Quem acha que é pouco, ou tímido, ou enviesado, que faça melhor, pois até agora foi o único artigo que interpelou o novo governador. E é clarísismo e politicamente muito forte. Deixou o palácio da Liberdade de orelha em pé. A repercussão foi grande em Minas Gerais, terra como bem já disse o Azenha, onde a "Liberdade, essa palavra"…

Luiz

O país "pó de mais" : cheirão e sanguessuga.

Luiz

E o pó do mineiro? Veja aqui no twiter do kajuru :http://twitter.com/kajuru_/status/5313034916 e tem mais aqui: http://foraaecio.blogspot.com/2007/05/apanhado-de

    francisco.latorre

    podemais… chupão…

    nem assim o zé malvado seduziu o mineiro cheiroso.

    ..

soninha

alguem pode explicar por que o presidente lula ajuda o servidor público federal a pagar seu plano privado de saúde? diante desta atitude é correto dizer que lula não defende o sus?

    José

    Como assim, "0 presidente lula ajuda o servidor público federal a pagar seu plano privado de saúde?"
    Cite a fonte, Sônia.

@jgn1957

Senhores, que tal de hora em diante, ao final de cada bimestre civil, examinarmos nas nossas Prefeituras os RREO ( Relatórios Resumidos da Execução Orçamentária) e quadrimestralmente, os RGF (Relátorios da Gestão Fiscal), para nos inteiramos o que os nossos governantes estão fazendo com o dinheiro OBRIGATÓRIO de aplicação da Educação e Saude. NÃO PODEMSO confiar nos nossos tribunais de contas (com as excessões que devem existir!).
É através desses relatórios que a cidadania se completa. São chatos de ler, mas, a vida é assim mesmo!.
No nosso município, eles são anexados em arquivo PDF no sítio da Prefeitura.
Dúvidas? Simples, questionem o seu secretário de planejamento.
Os instrumentos de controle social existem e funcionando!

Fátima Oliveira

[email protected]
JORNAL O TEMPO <[email protected]>
13 de abril de 2010 16:59
DRA. FÁTIMA E O SUS

Tenho lido sua coluna ao longo dos tempos. O que a eminente colega tem analisado, comentado e pregado em relação à saúde individual e coletiva em nosso amado Brasil é a pura realidade, o que eu avalizo de plena consciência. Tenho defendido ao longo dos dias, meses e anos os ideais de uma prestação de serviços de atenção à saude pública de qualidade, abrangente e digna, com recursos suficientes 'lato sensu', sem sofisticação, e não só com 'as sobras' dos orçamentos oficiais.
Como servidor e dirigente nos IAPAS, INAMPS, no SUS, no Ministério da Sáude, participação na mídia, nas conferências de saúde e em muitas outras frentes, não só batalhamos conjuntamente, como conseguimos muitas conquistas. Não foi, não tem sido e nunca será fácil concretizar estas obrigações ditadas pela Lei Magna (art. 196 etc…). Vamos em frente. amém também!
Do colega e admirador ,
Rafael Donato

Márcio Costa

Azenha,

o envio do post pelo e-mail do blog não está funcionando. Sempre aparece que seu nome está vazio. Parece que está faltando um campo de preenchimento.

Um abc,

Márcio

carlos augusto

O povo da gde belzonte não pode reclamar.È só ligar a TV e vc vai sentir na Suiça ou Dinamarca.Foram quase 8 anos de vida virtual digna e endossada por uma imprensa omissa.Imagine o SUS tendo o mesmo tratamento financeiro da cidade faraÔnica.Ahi sim o governador usaria o SUS para tratar sua saude.

Cidadão Brasileiro

Todo funcionário público, de qualquer esfera, sem exceção, teria que ser atendido em unidades públicas do SUS. É um absurdo que o Estado pague plano de saúde para seus cargos e empregos públicos. Se o Estado tem o seu sistema de saúde é nele que deve ser centralizado o atendimento dos funcionários do Estado. E incluo todos. Do Presidente do Executivo, Judiciário, Legislátivo até o último funcionario de empresa mista. Teria que ser proibido ao Estado pagar por plano médico. É uma contradição eu ser proprietário de hospitais(no caso o Estado Brasileiro) e pagar para meus funcionários serem atendidos em outro hospital (privado, no caso).

oscar

Só não é mais imoral ser contra o SUS, do que ser Abortista.

    Mariana Rodrigues

    Que sujeito babaca! É imoral sim ser contra o SUS. É importante um governador defender o SUS, mesmo que a gente pense que é só discurso. Fica mais fácil de cobrar coerência. Mesmo sabendo que o governador Anastasia é a mesmíssima coisa que o faró Aécio Neves. Ser contra ou a favor do direito ao aborto é uma questão de fórum íntimo. Deixe de idiotice, meu! Num país como o Brasil, que tem aborto legal nos dois casos previsto em lei é imoral que as religiões e seus fanáticos tentem desqualificar as pessoas que defendem o abortamento. As religiões fazem normas para os seus fiéis e não para toda a sociedade. Não vivemos numa TEOCRACIA, mas numa DEMOCRACIA.

    Janice Mendes

    E o que acha de ser pedófilo? A sua Igreja Católica Apostólica Romana está apodrecedendo nas malhas da pedofilia. Por que silencia, tal qual o Papa Bento XVI? Qual a moral que vocês tem para quererem instaurar teocracia católica para todo mundo? Esqueça, meu senhor. Vivemos numa democracia e democracia tem limites. Um deles é o respeito a todas as ideologias, desde que não ultrapasse os limites dos direitos das outras PESSOAS. Sabe o que é pessoa? Conhece mesmo o conceito de pessoa?

    oscar

    Ainda acho que abortista é pior que pedófilo. O aborto, praticado como assassinato, é um ato asqueiroso ,
    sanguinolento,extremamente covarde. Não esqueço , minha senhora. Acaso a dististinta está querendo defender
    tambem a pedofilia? Sim, sei o que é pessoa. Criminosos e nojentos, pelo visto são pessoas tambem.

jbmartins

Aécio quando precisa de médico, ele não usa o SUS ele vai na carreira.

Antônio Martins

eheheeh a Dra. Fátima Oliveira na cola do governador Anastasia é pra fazer perder voto na certa e de montão (ele era vice do Aécio e candidato a governador 2010). Claro que ela não vai lhe dar sossego. E nem precisa pensar em elaborar nada, usa as palavras dele. Isso é que eu chamo de inteligência privilegiada! Gostei da ironia serena do artigo. Na maciota, desde o título, encurralou o governador: "Um governador apologista do SUS é a glória para sempre, amém"! Brava Fátima Oliveira!

Luiz

Pois é, dona Fátima. Discurso.

eduardo goulart

O governo de Aécio deve explicação sobre o desvio de dinheiro do SUS para aplicar na ciranda financeira e ajudar no déficit zero. Esta notícia já foi vista aqui. Além disso, os governos de S.P e RS também estão no esquema. É coisa séria. Para acrescentar , sou servido estadual e o governo do Estado quer privatizar o IPSEMG (hospital dos servidores). O serviço vem caindo assustadoramente (atendimentos e até cirurugias!), facilitando argumentos para sua venda. Anastasia é um neoliberal de marca maior, o "técnico" responsável pelo tão falado ajuste fiscal do Estado que tanto arrocha o salário do funcionalismo. (um dos piores salários do país!)

    João Aguiar

    Vinte e tantos anos de trabalho na saúde e ouve o governador dizer que acha o SUS o máximo e está tudo bem.
    Isto é artigo da campanha do Postasia e do Aócio Never, as greves no setor de saúde estão fazendo aniversário, o IPSEMG está sendo desmontado e tem esperanças. De que?
    Veja para onde está indo o nosso dinheiro que devia estar na saúde:

    01/03/2010 – 13:41:52
    Auditoria aponta que governos de SP, DF, MG e RS usaram recursos do SUS para fazer ajuste fiscal

    Sem alarde e com um grupo reduzido de técnicos, coube a um pequeno e organizado órgão de terceiro escalão do Ministério da Saúde, o Departamento Nacional de Auditorias do Sistema Único de Saúde (Denasus), descobrir um recorrente crime cometido contra a saúde pública no Brasil. Em três dos mais desenvolvidos e ricos estados do País, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, todos governados pelo PSDB, e no Distrito Federal, durante a gestão do DEM, os recursos do SUS têm sido aplicados, ao longo dos últimos quatro anos, no mercado financeiro.
    Continua… http://www.sintfesp.org.br/materia/auditoria-apon

    Antônio Martins

    João Aguiar decerto não conhece Fátima Oliveira. O artigo é a finura da ironia. Ela usou as palavras do Anastasia para ridicularizá-lo. Como li num comentário: ele deu a corda e ela o enforcou beleza. Leia outra vez para entender, cara!

    João Aguiar

    véi, não conheço Fátima Oliveira. Deveria? Acredito que pra ler artigos postados na internet, não, somos todos uma multidão democrática com cada um dando o seu palpite. Agora, para ler artigos do jornal O Tempo, aí é diferente, afinal ter uma pessoa como Vittorio Medioli como patrão, é o capeta.
    E por isso segui o seu conselho, li outra vez o artigo uma, duas vezes, além das vezes anteriores que já tinha lido e terminei concordando com você, o artigo é a finura da ironia, tipo matéria jornalística dos anos 70, com a turma da redação tentando dar um baile no censor de plantão.
    Pra isto dá uma alisada aqui, uma alfinetada ali e assim vamos tocando a vida. Isto é muito pouco, bródi, você que conhece a Fátima Oliveira pede pra ela chutar o pau da barraca, não lá no jornal O Tempo, senão ela dança no emprego, mas aqui mesmo no site do Azenha, porque deste jeito a matéria dela fica com toda a cara de quem quer livrar a cara, dela ou do Postasia.

    Janice Mendes

    Deixe de babaquice João Aguiar. O artigo é irretocável. Já que é tão antenado e ditador de ordens, criticista e o escanbau não conhecer Fátima Oliveira significa que não é assim a brastemp que se acha. Por que voc~e não assume o papel que diz que ela deveria ter, já que é tão verborrágico.

    Antônio Martins

    Não demonstre ser nalafabeto funcional meu caro, olhe o final do artigo: "É imoral que o governador não encontre um caminho eticamente defensável para resolver o impasse. Ou ser apologista do SUS apenas no discurso lhe basta? Ou o governador Anastasia sabe que “não se faz uma omelete sem quebrar os ovos”?"

José

A propósito…

O SUS de A a Z – 3ª edição (2009) http://portal.saude.gov.br/ portal/arquivos/pdf/sus_ 3edicao_completo.pdf

Série “Pactos pela Saúde” http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissio
Coletânea da Série: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissio

Guia do Conselheiro SUS – Estaduais e Municipais http://dtr2004.saude.gov.br/susdeaz/instrumento/a

O SUS no seu município – Garantindo Saúde para todos http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/li

“A experiência brasileira em sistemas de informação em saúde” – 2 volumes editados pelo MS em 2009. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/experiehttp://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/experie

Editoras:
Ministério da Saúde:http://dtr2001.saude.gov.br/editora/produtos/livr
FIOCRUZ:http://www.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.ht
ANVISA:http://www.anvisa.gov.br/Institucional/editora/in

Esquemas Táticos

Azenha, não estou achando o espaço do você escreve no novo site. Então vou escrever aqui mesmo, ok? Ontem, o Serra deu uma longa entrevista à Band News e, independentemente da pergunta, tratou de temas que lhe interessam. É do jogo. Mas os entrevistadores (entre eles o Boris Casoy) não apertaram Serra em nenhum momento, ficaram apenas levantando bolas para ele cortar. Tudo bem, esse é o PiG que conhecemos. Mas o mais engraçado foi quando ele tentou demonstrar conhecimento sobre Minas e Belo Horizonte. Citando um bairro de BH, disse Savassí (com tonicidade no "i", quando a sílaba tônica é o "va"). Sabe tudo! E falando do Aeroporto, disse Aeroporto "dos" Confins (referindo-se ao Aeroporto Tancredo Neves, que fica na cidade "de" Confins, não nos confins do mundo, como ele deve ter imaginado).

Marcelo Costa, Belo Horizonte.

Luis Armidoro

Prezados Fátima, Azenha e camaradas do blog

Aqui em SP observamos a privatização do SUS ( o psdb virou um avatar do Partido Republicano do EUA), de modo covarde, pelas beiradas: vão se vendendo os pedaços do Hospital, dos Ambulatórios, etc. Os exames clínicos já são realizados por uma in$tituição privada (os laboratórios dos hospitais estão sendo desativados). Tenho certeza que a próxima meta do avatar do Partido Republicano será vendar as escolas de 1° e 2° grau

    Luiz

    Segundo Michael Moore, nos EUA, as escloas públicas foram repartidas entre coca-cola e outros fabricantes de guloseimas para crianças. Essas empresas doam verbas para as escolas e ficam com o direito de explorar as pequenas vítimas. Assim, nos lanches, aparecem produtos dessas empresas. Cosequencia, explosão do número de crianças obesas. Quanto aos livros das bibliotecas dessas escolas, eram da década de 1960 e já deteriorados pelo uso.

    Esquemas Táticos

    Qual filme? Interessei…

    Abraços,

    Marcelo Costa.

    Luis Armidoro

    Luiz

    O avatar do Partido Republicano já vendeu a pedagogia para a F(a)lha de SP e a veja, pois é tudo apostilado em SP. Apostilas ruins, com erros crassos. Dinheiro público sustentando grupos decadentes

Alice Matos

Aécio e Anastasia são a panela e a tampa. Mas quero dizer que Fátima Oliveira demonstrou uma sabedoria enorme ao usar as palavras do próprio governador para cobrar o que em oito anos de Aécio Neves não houve em Minas: respeito ao SUS. Ele deu a corda e ela o enforcou. Se respeitassem o SUS deveriam ter entregue para a Prefeitura de Belo Horizonte, que é gestão plena do SUS, TODOS os serviços médicos estaduais (da fhemig, que é do Estado também) existentes na capital. Não o fizeram e nem o farão, pois são com esses serviços que praticam o compadrio. São os deputados ligados ao governador quem mandam na Fhemig. É bilhetinho pra lá e pra cá 24 horas por dia. Daí o caos. Achei o artigo brilhante. Foi pra cima do governador sobre a greve no CGP e no João XIII, tão velhas nem lembro quando começaram. Não há dinheiro para remunerar bem os profissionais da saúde, dizem. Mas houve grana a granel para fazer a pirâmide do faraó (Cidade Administrativa).

gilberto

Aëcio vive politicamente até hoje usando o nome do tancredo, ele é pior que o serra….

Alice Matos

O governador Anastasia precisa de um discurso palatável para a sua candidatura a governador de Minas Gerais. Encontrou um, o SUS. Não são palavras confiáveis, pois ele passou quase oito anos no governo de Aécio Neves; primeiro como secretário não sei das quantas; no segundo como vice-governador e o que fez foi alisar o ego de faraó de Aécio Neves (construção da Cidade Administrativa), sem se importar com SUS, agora vem com essa fala macia. Pura enrolação. É um lobo em pele de cordeiro. Mas é bom que se cobre coerência agora.

José

Artigo indicado para integrantes dos conselhos estaduais e municipais de saúde.

Almeida Bispo

Olha… é complicado… é impossível a coexistência pacífica entre a saúde pública e a indústria da doença e seus apelos publicitários a enganar trouxas, uns por terem muito dinheiro e por isso querer se diferenciar; outros por quererem estar neste grupo. Daí que é impossível imprimir excelência a SUS que ele poderia ter. O mais é jogo de palavras pra impactar. Como bem exemplifica a atitude de Anastasia.
Os tiques de Casa Grande e senzala permanecem. E a permanecer, continuamos sem cidadãos plenos: somente exploradores e explorados.

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