Cassação do registro do partido de Correa mostra que EUA investem pesado na reconquista da América do Sul; manifesto

Tempo de leitura: 2 min
Lenín Moreno, sob o dedaço de Trump. Reprodução

Da Redação

Encabeçados pelo ex-presidente Lula, os integrantes do Grupo de Puebla rechaçaram hoje a decisão do Conselho Nacional Eleitoral do Equador que cassou o registro do Partido Fuerza Compromiso Social, do qual faz parte o Movimiento Revolución Cidadana, liderado pelo ex-presidente Rafael Correa.

Em manifesto (ver abaixo), líderes do Grupo acusaram o CNE de agir sob pressão do presidente Lenín Moreno.

Moreno é um dos líderes mais próximos dos Estados Unidos na América do Sul.

Em agosto de 2018, Moreno contornou a proibição constitucional de instalação de bases estrangeiras em solo equatoriano reativando um acordo de cooperação militar e de inteligência com os Estados Unidos.

Ele autorizou a operação de um avião de espionagem do Pentágono em turnos de “três ou quatro dias”, segundo informou à época o ministro da Defesa do Equador.

Detalhes do acordo foram mantidos em segredo.

A base militar dos EUA que existia no Equador foi fechada durante o mandato de Rafael Correa.

Em sua conta no twitter, o ex-presidente denunciou a perseguição política e apontou para um trecho da sentença em que é acusado de agir como autocrata, exercendo “influência psíquica” sobre seus aliados.

Ele também retuitou uma mensagem de alerta que menciona a Bolívia, onde denúncias foram apresentadas contra o Movimiento Al Socialismo, do ex-presidente Evo Morales, cujo candidato Luis Arce lidera as pesquisas para a eleição presidencial ainda sem data.

Uma pesquisa da Celag (Centro Estratégio Latinoamericano de Geopolítica) mostra Arce com 41,9% das preferências do eleitorado, contra 26,8% do golpista Carlos Mesa e 13,3% da presidenta golpista Jeanine Añez.

Os dois últimos derrubaram o presidente Evo Morales, que venceu as eleições presidenciais de maneira limpa, de acordo com estudo realizado por monitores independentes dos Estados Unidos.

Añez assumiu o poder de forma ilegal, com apoio do Departamento de Estado dos Estados Unidos e do governo Bolsonaro.

O apoio de Washington a líderes conservadores e golpistas na América do Sul deixa claro que a estratégia de reconquista da região segue firme, formulada no Pentágono e na CIA.

É, ao que tudo indica, uma ação de Estado de Washington, que independe do governo de turno.

Oferece argumentos de apoio à opinião do colunista Jeferson Miola, que vê um projeto de poder de longo prazo dos militares brasileiros no Planalto em aliança próxima com Washington.

Puebla de Luiz Carlos Azenha


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Comentários

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Zé Maria

“Na América Latina a política de reconquista dos EUA é através do soft power,
que a Hillary levou para o Departamento de Estado, com operações de false flag da CIA,
espionagem da NSA e uso dos canais desenvolvidos com a sociedade civil local.
É ação de Estado.”
https://twitter.com/VIOMUNDO/status/1285967764126138369
“Derrota do Trump não mudará política de Estado, decidida pelo Pentágono
e implementada pela CIA: reconquista da AL, especialmente das fontes
de petróleo mais próximas do território americano, como forma de
não depender de gastos militares extraordinários no Oriente Médio”
https://twitter.com/VIOMUNDO/status/1285966465523494912

Grande parte da Esquerda no Brasil se iludiu com o Governo Obama/Hillary.
Deu em Junho/2013, quando o Gigante Fascista acordou e ruge nas ruas até hoje.

Zé Maria

Consultor Jurídico, 21 de julho de 2020

Técnicos da PGR chegam a Curitiba
para coletar dados da lava jato no Paraná

Segundo a decisão do STF — do ministro Dias Toffoli —, a PGR deve receber “todas as bases da dados estruturados e não-estruturados utilizadas e obtidas em suas investigações, por meio de sua remessa atual, e para dados pretéritos e futuros, à Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise do gabinete do procurador-geral da República”.

A previsão é que a coleta dure uma semana e resulte em mil terabytes de dados [500 na Polícia Federal e 500 na Procuradoria do MPF no Paraná].

Íntegra:
https://www.conjur.com.br/2020-jul-21/tecnicos-pgr-chegam-curitiba-coletar-dados-lava-jato

Nelson

Será que a Dona Dilma e outras eminências pardas do PT vão continuar a afirmar que o golpe de 2016 foi coisa estritamente interna?

Será que mais este fato, que se soma a tantos outros a evidenciarem que é, outra vez, a pesada mão do Sistema de Poder que domina os Estados Unidos que está por detrás de tanta desestabilização, de tantos golpes contra nossos povos latinoamericanos não é ainda suficiente para que essa patota do PT admita a verdadeira origem do golpe que sofremos em 2016 e pelo qual estamos pagando muito caro?

Lembrei de artigo escrito pelo Merval tentando nos empulhar. Ele procurava nos convencer de que os militares estariam doidinhos para sair fora do governo Bolsonaro. Grande balela. Todos os indícios são de que o projeto deles, apoiado pelo Sistema que citei, está apenas em seu começo.

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