Amorim, a Santayana: “EUA foram surpreendidos”

Tempo de leitura: 8 min

Amorim destaca diplomacia: “EUA foram surpreendidos

de Mauro Santayana, no Jornal do Brasil

BRASÍLIA – A sensação é inevitável, mesmo para quem, como o repórter, conhece o palácio há quase 50 anos: Niemeyer concebeu o novo Itamaraty para o chão e a paisagem de nosso surpreendente milênio, para o chão e a paisagem de outra e surpreendente nação, a dos brasileiros de hoje. O amplo salão de acesso é o vestíbulo de novo milênio e de nova consciência do mundo e de nós mesmos, nesse inquieto planeta, a cada dia menor em sua ubiquidade, a cada dia maior em sua dúvida quanto à própria sobrevivência.

Do novo Itamaraty são ausentes as vetustas colunas e a retilínia arquitetura do velho Itamaraty, no qual passeava a nobreza do barão do Rio Branco. As curvas de Niemeyer e a clareza dos salões, com a invasão da luz de Brasília, correspondem ao que somos, enquanto os cisnes idosos, sob a sombra das palmeiras do antigo palácio carioca, recordam o que fomos. As águas, mais leves, do Planalto, são outras, outras, mais próximas do chão, as plantas que adornam seus jardins. Outro, é claro, o chanceler, aliviado da obesidade de seu poderoso antecessor, posto que submetido a regime de viagens exaustivas, com o sono conturbado pelos fusos horários.

Celso Amorim é, em todos os seus gestos e palavras, o menos solene de todos os chanceleres conhecidos. Nenhum outro poderia ser o chefe da diplomacia com Lula na Presidência, nem com Itamar – mesmo incluídos os paisanos, isto é, os ministros políticos que, em alguns casos, se esforçam para adquirir caricatural physique du rôle. Amorim, o discutido presidente da Embrafilme que patrocinou a produção de Pra frente, Brasil, provavelmente não conseguiria o mesmo desempenho com um presidente vindo das velhas famílias do Império, ou das novas famílias de imigrantes enriquecidos em São Paulo.

A atualidade determina a pauta de nossa conversa: que perspectivas há, no caso do Irã? Amorim se move entre a cautela profissional e o natural orgulho da ação positiva brasileira no mundo atual. Confessa, de início, que não tinha muita convicção de que houvesse grande possibilidade de acordo entre os Estados Unidos e o Irã, mas, da mesma forma, entendia que era preciso tentar tudo, para obter alguma coisa.

– Sempre fomos muito bem tratados, tanto da parte do presidente (dos EUA) Obama, quanto da parte da secretária (de Estado) Hilary Clinton. Posso dizer que não havia divergências quanto ao resultado pretendido, que era o de obter garantias de que o Irã só iria usar a tecnologia nuclear para fins pacíficos, mas os meios não pareciam os mesmos. Nós acreditávamos, e continuamos acreditando, na persuasão, no convencimento, na conversa amistosa, na sinceridade de nossos propósitos. Eles, no entanto, se mostravam muito céticos, quanto à possibilidade de que o Irã viesse a aceitar as condições que haviam proposto em outubro passado. Creio que eles se mostraram surpreendidos com o resultado. É provável que não esperassem a aquiescência do Irã aos esforços da Turquia e do Brasil, que agiram como países soberanos, interessados na paz. Eles gostariam de ter iniciado o processo de punição antes de nossos entendimentos – e responderam com a decisão da secretária de Estado de propor as sanções às chamadas grandes potências.

Atrevo-me a observar que há uma diferença doutrinária, digamos, entre o presidente e sua competidora nas eleições primárias dentro do Partido Democrata, e que, provavelmente, Obama não pense exatamente como a secretária de Estado, que busca afirmar-se na ala direita de seu partido no Congresso. Amorim sorri com suave malícia. Ele sabe que eu não espero a contribuição de seu juízo, posto que, qualquer que ele fosse, seria diplomaticamente inoportuno.

E, agora, o que ocorrerá? – levo-o a retomar o seu pensamento. Amorim está otimista. Acha que os demais membros do Conselho de Segurança – sobretudo a China e a Rússia – podem concordar com a ideia, mas provavelmente não aceitem o conteúdo da resolução proposta por Washington.

Nesse momento, Amorim se desculpa, diante de um sinal de uma assessora que chega à porta. Deve atender a um chamado de seu colega turco, com quem estivera conversando antes de nossa entrevista. Não bem retornou ao Brasil, e está em contato permanente com Teerã e Ancara. De Teerã teve a promessa de que a carta, endereçada à ONU, reiterando os termos do acordo, que o governo de Ahmadinejad ficou de enviar até segunda feira, está sendo cuidadosamente redigida – e será enviada a tempo.

– Essas coisas levam tempo, recomendam a ponderação, reclamam consultas. Na diplomacia, tempo e paciência caminham juntos.

Acrescenta que, pouco a pouco, os norte-americanos e europeus compreenderão a necessidade de cautela. Isso, repete, fortalece seu otimismo, o mesmo otimismo de Lula. Lembra que, com o passar das poucas horas, já se percebem os sinais da prudência, por parte dos membros permanentes do Conselho, e com direito a veto.

Comento com o chanceler matéria divulgada pelo New York Times – que, como seu editorial, interpretava os fatos em favor da senhora Clinton – e a reação surpreendente nos comentários dos leitores. Até onde eu havia lido (mais ou menos dois terços de quase 300 intervenções). Não havia um só leitor que aprovasse a posição do Departamento de Estado. Todos apoiavam – e muitos com linguagem dura – os esforços do Brasil e da Turquia para desamarrar, e não cortar, como parecem pretender os alexandres do Complexo Industrial Militar dos Estados Unidos, o nó górdio iraniano. Amorim não os havia lido, pediu à assessoria que acessasse a matéria; sorriu, feliz, para ilustrar o superlativo: interessantíssimo.

Observo que podemos ver, no episódio, a situação dos Estados Unidos no mundo de agora. O ministro comenta que há vários artigos, firmados por observadores respeitáveis, sobre a resistência de Washington – e seus aliados – à entrada de novas potências, novospaíses, no jogo internacional.

– Até há pouco eles nos convidavam para conversar sobre o clima. Na OMC foram constrangidos a nos ouvir. Mas consideravam que assuntos de paz e segurança entre as nações eram coisas deles. Assim, quando o Brasil e a Turquia entram no jogo, é natural que reajam. A tentativa, mesmo que seja simbólica, de a Turquia e o Brasil agirem de forma diferente, sugere que a arquitetura da segurança internacional, sustentada por algumas autodesignadas forças e países, não pode manter-se por muito tempo.

Intervenho, para lembrar que os Estados Unidos têm oscilado, em sua História, entre os postulados de Hamilton e os de Jefferson. E quando a orgulhosa aristocracia da Nova Inglaterra se defronta com a eleição de um mestiço, com o sobrenome Hussein, há sinais claros de que alguma coisa mudou realmente naquele país. O chanceler resume em uma frase curta: foi uma mudança para melhor, mas seguramente não terá sido para o entendimento de parcela de suas elites.

– Há setores da sociedade norte-americana que, diante de um presidente com essas marcas biográficas, dele cobram uma posição mais dura, uma demonstração de força. Eu o vejo como homempropenso ao diálogo. Mas, sem dúvida, ele enfrenta dificuldades.

Provoco-o, lembrando algumas críticas que se fazem à diplomacia brasileira: não estaríamos desprezando a prioridade da aliança continental sul-americana, em favor de uma intervenção no Oriente Médio?

– Não, de forma alguma. O Brasil não pode desinteressar-se dos assuntos que afetam a paz mundial. Quando os nossos países, a Turquia e o Brasil, foram eleitos para o Conselho de Segurança, é claro que essa escolha acarretou-lhes a responsabilidade de cuidar da paz, em nome da comunidade internacional, e não somente em nome do próprio país ou de determinada região. Não há tema que mais afete a segurança internacional do que o do Oriente Médio. Em algum momento, e com razão, eu via na Palestina o perigo maior da região, mas, nesta hora, a questão nuclear do Irã é mais premente. Tendo a possibilidade de atuar, de maneira positiva, com um país da região, que é a Turquia – o que foi uma boa combinação – o Brasil procurou agir em busca de uma solução pacífica, como é de seu dever. Isso não foge à nossa vocação. Afinal, quando participamos da Segunda Guerra Mundial, o fizemos na defesa da democracia. No caso atual, não se trata da guerra mas da paz. Melhor ainda.

Diante das críticas, algumas acerbas, que alguns dos condutores da diplomacia brasileira, durante o governo passado, endereçam ao Itamaraty de hoje, permito-me observar que eles atuam como os famosos generais de pijama. Haveria uma categoria de “embaixadores de pijama”?

Amorim se embaraça um pouco com a pergunta e, antes de responder com a elegância que tem faltado a alguns de seus adversários, permite-se uma boutade: os pijamas dos embaixadores devem ser da grife Versace.

Indago-lhe se esse grupo de diplomatas age em decorrência de haver perdido sua posição eminente no Itamaraty de Fernando Henrique, ou se há alguma coisa ideológica mais profunda.

– Em primeiro lugar, eu prezo muito a liberdade de expressão, e acho perfeitamente válido que cada um dê a sua opinião. Também acho que não é por simples coincidência que determinados meios de comunicação busquem sempre os mesmos embaixadores com essa posição. Já li muitas outras manifestações diferentes, de outros diplomatas e de setores da sociedade que não encontram a mesma acolhida desses órgãos tão solícitos à crítica à nossa política externa. Prefiro não ver, nisso, a manifestação de quem deixou o poder. Na verdade, todos nós temos como missão defender o Brasil e defender algumas ideias importantes nas relações internacionais. Acho, no entanto, que algumas pessoas têm dificuldade em adaptar-se aos novos tempos. O Brasil ascendeu muito rapidamente no cenário internacional, principalmente em razão do desempenho do presidente Lula, na conciliação entre a boa economia e a justiça social – e, é claro, também por sua atuação internacional. Como a mudança foi súbita, a cabeça de muitos com ela não se acostumou. Por isso, mesmo aceitando que criticam com boa-fé, atuam sempre com a preocupação de que “não podemos brigar com tal grande potência”. Quando atuamos em Cancun, no caso da OMC, e na divergência sobre a Alca, muitos disseram: “Mas, gente, vocês vão brigar com os Estados Unidos?”

O ministro cita a era Bush:

– Ora, mesmo na época de Bush, as relações entre Lula e o presidente texano foram boas. Trabalhamos juntos, com êxito, em vários programas. É claro que, nesses assuntos delicados de paz e segurança, as coisas são mais difíceis, levam mais tempo, mas os Estados Unidos irão compreender que a participação ativa do Brasil não se faz contra os interesses deles, porque já passou a época em que um só país pode dominar o mundo. Terá que haver uma governança realmente multipolar. Da mesma forma que, para muitos países é difícil entender essa mudança, é provável que pessoas que militaram durante muitos anos em situação diferente tenham dificuldade em entender que o Brasil hoje não só pode agir com independência, e defender seus interesses, ao mesmo tempo em que contribui para a ordem global. O fato é que a emersão dos Bric assustou um pouco. Conforme a gíria americana, há “new kids on the block”.

Relembro o discurso de posse de Celso Amorim como chanceler do presidente Lula. Ele recomendou aos jovens diplomatas que não tivessem medo, nem arrogância. A postura do Itamaraty, hoje, pode ser considerada de Realpolitik? Amorim aceita a expressão bismarquiana, na medida em que o Itamaraty atua de acordo com a dimensão da realidade mundial. Pondera, no entanto, que, mesmo não agindo no vazio, a postura brasileira é fundada em positivo idealismo humanista.

– Acho que não nos podemos mover em uma política determinada pelo interesse cru. Essa posição não me entusiasma, nem ao presidente. A política que reúne o nosso interesse como nação e os nossos ideais humanistas é a da solidariedade, e ela nos está trazendo maior reconhecimento nos foros internacionais. Atuamos no sentido da universalidade, o que nos leva tanto às grandes nações europeias, como nos permite trazer a Brasília ministros de 50 nações africanas, a fim de discutir os problemas da agricultura. Vamos a Israel, vamos à Jordânia, vamos à Palestina e ao Irã, porque nós não temos posição preconceituosa.

Arrisco-me a dizer que essa política brasileira, de respeito à igualdade entre as nações, foi enunciada por Ruy Barbosa em Haia. Amorim não só concorda, como considera Ruy o patrono da diplomacia multilateral brasileira, da mesma forma que Rio Branco foi o patrono da diplomacia bilateral.

De muitas outras coisas – e algumas importantes – falou o chanceler, mas todas dentro da mesma linha de raciocínio. O Brasil cresceu muito, o mundo mudou muito, e é preciso enfrentar os problemas sem medo, mas sem as bravatas da adolescência. Entre as mudanças do mundo se encontra a instantaneidade da informação, que estimula a transformação dos indivíduos passivos em cidadãos atuantes, como se vê no mundo inteiro. Nossa autonomia de ação é um caminho do qual não poderemos retornar, a menos que estejamos dispostos a agachar-nos, depois que nos decidimos a andar de cabeça alta. O caso do Irã é emblemático, porque a sua solução contribuirá para a consolidação de nova ordem mundial, com o fortalecimento das Nações Unidas e o fim dos ditados imperiais das grandes potências. De qualquer forma, a vigilância na defesa do entendimento entre as nações – é o que podemos resumir de suas ideias – terá que se manter, e a cada dia mais, porque a paz é sempre uma conquista esquiva da razão política.

http://jbonline.terra.com.br/pextra/2010/05/22/e220516536.asp


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Comentários

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MILTON HAYEK

http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2010/05/incidente-vela-ja-mostrava-cooperacao.html

O furo do jornal "The Guardian", publicando documentos secretos da África do Sul, onde revela que Israel tentou vender armas nucleares para o país africano na época do apartheid, reforça a história não oficial em torno do Incidente Vela:

Na década de 1970, a África do Sul enfrentava diversos embargos e sanções, por conta de sua política interna do “appartheid” (de segregação racial).

Nessa época houve uma aproximação armamentista entre África do Sul e Israel, inclusive nuclear, agora confirmada pelos documentos publicados no "The Guardian".

Apesar de ser sabido que Israel dispõe de arsenal nuclear, nunca foi detectado nenhum teste de detonação nuclear em Israel ou nos arredores.

De que forma Israel poderia realmente ter certeza que o design de seu armamento nuclear realmente funcionaria? Isso seria possível se alguma outra nação produzisse alguma espécie de artefato nuclear, segundo o design israelense e o testasse.

No dia 22 de setembro de 1979, às 00:53 GMT, o satélite americano Vela 6911, criado para detectar explosões nucleares espaciais e posteriormente também na atmosfera, detectou um duplo flash, característico em explosões nucleares atmosféricas, sobre o Oceano Índico. Posteriormente, segundo os dados captados e transmitidos ao centro de controle, foi possível determinar a localização de tal evento :

47 graus Sul, 40 graus Leste – Oceano Índico
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william porto

amorim e competente, nao tem o carisma de santiago dantas, mas segue as risca suas ideias. nunca a politica exterior do brasil foi tao exitosa. paraens amorim.

Ubaldo

Esse Amorim está colecionando derrotas em sequência e os petistas acham que o Brasil está bem na fita, ficando do lado da Venezuela, Cuba, Irã, Bolívia e contra os EUA, Europa e China. A prepotência e a megalomania ofuscam a visão dos nanicos da política externa.

    Milton Hayek

    Meu filho……….você é um inepto em política externa.Dá pena!!!!!Dica:Carrol Quigley,Edward Carr,McKinder.
    Não vou colocar nada sobre teoria dos jogos em política externa porque você não soma nem dois mais dois nesse assunto.
    http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2010/05/25
    25/05/2010 – 08:14
    Pausa nas sanções contra o Irã

    "………..Os russos e os chineses devem estar rindo dela até agora. Assinaram um papel sem valor, porque não só não tem nada significativo como sequer foi aprovado pelo CS, e em troca a Rússia conseguiu que os EUA tirassem da lista negra do Departamento de Estado três empresas russas, que vão agora poder entregar aos Irã os mísseis S-300 de que os iranianos precisavam para defender as instalações nucleares contra um possível ataque aéreo de Israel ou dos Estados Unidos, ou dos dois. E os chineses arrancaram dos americanos a promessa de que não vão ter mais de ficar ouvindo reclamações impertinentes e exigências descabidas sobre a taxa de câmbio do remimbi.
    ……………………………………………………………………………………………………….

    "……….Não adiantou nada. A “comunidade internacional” que estaria majoritariamente contra os “párias” iranianos que só o Lula e o Erdogan “apoiavam” foi se desmiliguindo país a país. Os chineses que “apoiavam as sanções” declararam que davam preferência a uma solução negociada com base no acordo BIT, os russos alertaram os EUA e a UE contra sanções unilaterais “ilegais”, os 116 países do Movimento Não-Alinhado apoiaram o acordo, o Conselho de Cooperação do Golfo e a Liga Árabe apoiaram o acordo, a França desconversou …………

    Carlos

    Ubaldo é primário na argumentação, apanha sempre, mas volta à carga com novos primarismos, novas arengas… Maluquice ou cavaco do ofício?

klaus

Sobre os perigos da radioatividade, uma música da "terrinha":
http://www.youtube.com/watch?v=kXD6Gtinvbc&fe

Nildo

Os Ex-Embaixadores, estão necessitando urgentemente desamarrar os laços de um orgulho doentio,e se dispuserem a aprender como se deve defender nossos interesses ou como nos representar a altura de seus cargos quando solicitados externamente.Os velhos ranços irão enterrá-los antes do tempo.A não ser que se libertem das velhas algemas que os aprisionam.

Mário de OLiveira

Israel teria oferecido armas nucleares à África do Sul

Portal Terra

SÃO PAULO – Documentos secretos da África do Sul indicam que Israel tentou vender ogivas nucleares para o governo do país durante o regime do apartheid, o que seria a primeira evidência oficial de que o Estado israelense possui armas nucleares.

Os relatórios de encontros "super secretos" entre oficiais dos dois países em 1975 dizem que o então ministro da defesa sul-africano, PW Botha, perguntou por ogivas ao colega israelense, o hoje presidente Shimon Peres, que respondeu que eles ofereciam em "três tamanhos". Israel não confirma nem nega a existência de armas nucleares no país. As informações são do The Guardian.

Os dois ainda assinaram um amplo acordo que rege os laços militares entre os dois países que deveria permanecer em segredo. Os documentos foram descobertos por uma acadêmica americana, Sasha Polakow-Suransky, durante pesquisa para um livro sobre a relação entre os dois países.

Segundo a reportagem, as autoridades de Israel tentaram impedir que o governo pós-apartheid da África do Sul divulgasse os documentos. Estes podem ser um embaraço para o país, ainda mais nesta semana em que ocorrerão discussões sobre a não proliferação nuclear em Nova York, com foco principal no Oriente Médio.

O livro The Unspoken Alliance: Israel's secret alliance with apartheid South Africa, a ser lançado nesta semana nos Estados Unidos, afirma que oficiais de Israel ofereceram formalmente mísseis Jericho – capazes de carregar ogivas nucleares – do seu arsenal.

Marcos

Grande aula de política externa!

Dienes

Ótima entrevista.

Tiago

Achei interessante os comentários do Amorim, embora o perguntador não tenha feito questão de esconder um viés favorável à política externa brasileira. Sem falar que este (ótimo) blog tambem deveria ser mais parcial ao filtrar os textos que publica. Ou se tornará mais um blog do PIG: Partido da Imprensa Governista.

    edu marcondes

    Caro Tiago
    A imparcialidade é um mito, que em determinados momentos da história perde a máscara e permite que vejamos o rosto de quem defende os interesses dos poderosos.

    MILTON HAYEK

    O Partido da Imprensa Governista(PIG) já existe em São Paulo e no Rio.A Folha de São Paulo,o Estadão e a Globo protegem José Serra em tudo.

Milton Hayek

Esses ex-chanceleres de FHC são uma cambada de múmias saudosa do circuito Helena Rubinstein da diplomacia rio-branquiana(Rio Branco,pai da diplomacia bilateral pró-Eua e racista ao não permitir que Da Costa e Silva,mesmo passando nas provas,pudesse ser diplomata.Da Costa e Silva não era branco de olhos azuis….):Londres,Paris e Noviiorque.
Sai fora diplomatas de pijamas!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Jairo_Beraldo

Li areportagem do Santayanna no site do JB, e vi a classe desta nova diplomacia brasileira. Amorim fora provocado várias vezes por Santayanna, e hora alguma perdeu a postura, a classe. E colocou uma frase- " Diplomacia é uma coisa que requer tempo e paciencia, muita paciencia!". Talvez o Laffer tenha tido esta paciencia…de tirar os sapatos na alfandega estadunidense. Acho que é este tipo de paciencia que Laffer tem. De ser subalterno.

simonebh

É um belo presente esta entrevista, Azenha. Dá gosto ler e aprender com pessoas realmente civilizadas e inteligentes.

Alvanisio Damasceno

Já havia notado que, como comentou o chanceler Amorim, a mídia só chamou os Lampréia e Amaral da diplomacia para analisar os atuais passos do Itamaraty. A situação ficou ainda mais constrangedora depois que se divulgou a carta de Obama a Lula, revelando o incentivo do presidente dos EUA à tentativa de acordo realizada por Brasil e Turquia.

Ronaldo

Bela entrevista.

Mérito também do perguntador, que levantou a bola para o chanceler abordar ângulos que não seriam possíveis no P.I.G.

Logo estará sendo replicada na blogosfera. E espero que repercuta na pequena grande imprensa.

Vicente

Essa é sem dúvida a melhor matéria que eu li sobre esse assunto. Parabéns!

nina

Quem assistiu um programa da globonews, em que alguns diplomatas se referem ao
Presidente Lula com extremo desrespeito(pouco itamaratiano,aliás) e o Lampréia por
ex:critica o governo e seu colega Ministro das RE, fica com a impressão de que exis-
um problema sério aqui em nosso país…..o Mercosul acabou…..será dor de cotovelo
Azenha???/Ou é mais sério do que isso???

Tweets that mention Amorim, a Santayana: “EUA foram surpreendidos” | Viomundo – O que você não vê na mídia — Topsy.com

[…] This post was mentioned on Twitter by Mario Madureira, Nei Jobson. Nei Jobson said: RT @DrRosinha: 'Os EUA foram surpreendidos', diz o ministro Celso Amorim em entrevista; http://ven.to/7Ko via JB/@VioMundo […]

Angela

Portal Terra, só permite postagens pró a nota abaixo, contra veta.
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Especialistas: acordo fracassou e Brasil sofrerá consequências

    Estevam

    Que especialistas? Cara pálida! O Brasil vai pagar qual consequência, a de não colocar o rabo entre as pernas quando o chefe da matilha fala alguma coisa? Temos de acabar com esse complexo de vira-latas, vamos andar de cabeça erguida. A época do sim senhor e não senhor foi embura junto com a Tucanada, que ainda pensa que São Paulo é uma parte dos EUA no Brasil. Isso acabou.

    Jairo_Beraldo

    Quais serão as consequencias? A esperar…

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