Altamiro Borges: Promotora que faz campanha antivacina é processada; postagens dela abalam a credibilidade do MP, diz Conselho

Tempo de leitura: 2 min
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) instaurou processo administrativo disciplinar contra a promotora Marya Olímpia Ribeiro Pacheco por fazer campanha antivacina nas redes sociais e atacar os ministros do STF. Na foto, ela durante visita a Olavo de Carvalho, falecido recentemente. Foto: Reprodução de rede social

Promotora olavete faz campanha antivacina

Por Altamiro Borges, em seu blog

Nesta quinta-feira (27), o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) decidiu instaurar processo administrativo disciplinar para apurar o conteúdo das postagens compartilhadas em redes sociais pela promotora Marya Olímpia Ribeiro, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.

A terrorista digital é uma seguidora fanática do filósofo de orifícios Olavo de Carvalho, guru do bolsonarismo, que faleceu no início desta semana.

Segundo relato do site UOL, “o plenário do CNMP julgou reclamação instaurada pela Corregedoria Nacional do Ministério Público, que afirmou que as publicações da promotora rebaixam o valor e a utilidade da vacinação contra a Covid-19 e atacam ministros do Supremo Tribunal Federal. A corregedoria também considerou que as postagens atacam o sistema eleitoral brasileiro e abalam a imagem e a credibilidade do Ministério Público como órgão defensor dos valores, princípios e detentor das importantes funções previstas na Constituição Federal”.

No ano passado, o CNMP já havia aberto um processo disciplinar para apurar postagens da promotora com teor racista.

Após a revelação do caso, o Facebook até deletou as mensagens, declarando não permitir “conteúdo que elogia, apoia ou representa o nazismo e removemos conteúdos violadores mencionados pela reportagem”.

O site UOL lembra ainda que Marya Olímpia já foi alvo de críticas por ter arquivado uma investigação relacionada à chamada “cura gay” – prática pseudocientífica reprovada por especialistas e proibida pelo Conselho Federal de Psicologia.

A combalida imagem do Ministério Público

O Conselho Nacional do Ministério Público deve mesmo se preocupar com a “imagem” do órgão.

Além da promotora olavete e do famoso Deltan Dallagnol, o picareta do powerpoint na Lava-Jato, há muitos integrantes do Ministério Público que prejudicam a sua credibilidade.

Na semana passada, por exemplo, o promotor Alexandre Murilo Graça, que investiga as “rachadinhas” no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro – filhote 02 do presidente – participou da festa de aniversário da advogada do senador Flávio Bolsonaro – o filhote 01 do “capetão” –, segundo revelou o jornal O Globo.

A festança de Luciana Pires ocorreu no sábado passado (22) nos salões do Iate Clube do Rio de Janeiro.

Questionado se não via conflito ético em comparecer a um evento de uma pessoa relacionada à famiglia Bolsonaro, o promotor disse ao jornal que “não há, no Código de Processo Penal, impedimento legal em relação à situação”. Haja arrogância e cinismo!

Também na semana passada, o Estadão revelou que o pagamento de verbas indenizatórias no Ministério Público Federal atingiu R$ 123 milhões em 2021.

A reportagem mostrou que há contracheques mensais acima dos R$ 400 mil.

O próprio procurador-geral da República, Augusto Aras, garfou R$ 70 mil em indenizações.

No MPF, a benesse mais custosa – que soma R$ 63,4 milhões em 2021 – foi a conversão da esdrúxula licença-prêmio (o direito a três meses de descanso remunerado a cada cinco anos de trabalho) em dinheiro, conforme autorizado em 2017 pelo próprio CNMP.


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Zé Maria

Denúncia afasta chefe da Polícia Civil de GO

Além do diretor-geral, Hitler Mussoline [SIC],
o governador goiano afastou também 4 delegados
e 25 servidores estaduais de Goiás

[ Reportagem: Lauro Veiga Filho | Agência Folha | 15/01/1998 ]

O governador Maguito Vilela (PMDB) exonerou ontem o diretor-geral
da Polícia Civil de Goiás, delegado Hitler Mussoline Domingues Pacheco,
denunciado pelo Ministério Público no final do ano passado por prevaricação.

Outros 4 delegados e mais 25 servidores da Delegacia Estadual de Estelionato
e Outras Fraudes também foram afastados.
[…]
O Ministério Público apurou o envolvimento de um policial civil na morte
de Sabino Pereira Filho, dono de uma mina de esmeraldas em Santa Terezinha
de Goiás, onde Mussoline também teria participação em um garimpo.
O crime aconteceu em fevereiro de 94.

Íntegra: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff150130.htm

Nada a ver com a filha, mas o nome do pai não deixa de ser sugestivo à ela.

https://www.hypeness.com.br/2021/09/filha-de-hitler-mussolini-promotora-do-df-fez-posts-nazistas-racistas-e-homofobicos-no-fb/

Zé Maria

Parceira da Bia Kicis – que é Procuradora do MPDF Aposentada
(cuja Aposentadoria, aliás, deveria ter sido cassada, há tempos).

abelardo

Imagino uma sigla para comportar tantos desvios de conduta e tantas infrações e transgressões as normas, a ética e a honra do Poder Judiciário. Poderia ser PIDIJUS – Partido dos Indignos Detratores a Imagem da Justiça. Quem imagina outras sugestões?

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