A intrigante (e oportuna) morte de bin Laden

Tempo de leitura: 6 min

Os EUA procuram desesperadamente meios e modos para mitigar o isolamento regional de Israel, no contexto dos levantes populares no Oriente Médio.

por M K Bhadrakumar, Strategic Review

Tradução do Coletivo Vila Vudu

Considerem a ironia da coisa. Osama bin Laden foi finalmente apanhado, não em áreas selvagens e sem lei do Afeganistão, mas na aprazível cidade de Abbottabad, a menos de 50 quilômetros de distância dos quartéis militares em Rawalpindi. Desde os tempos da colonização britânica, Abbottabad é tradicionalmente cidade de alta concentração de militares aposentados. Há ali uma base da Segunda Divisão Norte do Exército do Paquistão. A casa de Bin Laden, de dois andares, com muros de mais de 3m de altura no distrito residencial de Abbottabad, a poucas centenas de metros de um quartel, tem todas as características de “casa de segurança” da inteligência do Paquistão.

Make no mistake (como gosta de dizer o presidente Obama), sobre esse caso: a operação para matar bin Laden foi operação conjunta de forças especiais do Paquistão-EUA. Não há meio concebível pelo qual os americanos conseguiriam andar naquela região do Paquistão, sem conhecimento da inteligência local (além do mais, Abbottabad é passagem da sensível “rota” até a estrada Karakoram que leva à China). Em nenhum caso os EUA teriam acesso à informação de inteligência “em tempo real” de que bin Laden estaria nos arredores de Abbottabad, sem envolvimento direto das agências paquistanesas.

Mas a grande pergunta é por que, afinal, o comando militar do Paquistão teria decidido entregar bin Laden – e a ocasião da entrega. Tudo depende da resposta que se dê a essa questão. Para responder, é preciso considerar que bin Laden sempre foi “a carta trunfo” com que contavam os militares paquistaneses, a ser jogada em momento oportuno. Falando em termos históricos, a inteligência e os militares paquistaneses sempre cuidaram de modular muito atentamente suas relações de trabalho com o Pentágono e a CIA. Muito evidentemente, os militares paquistaneses entenderam que um favor prestado ao presidente Barack Obama, nesse preciso instante, aumentaria muito as possibilidades de obter bom negócio, no “retorno”.

A opinião pública nos EUA já está definitivamente contra a guerra do Afeganistão e absolutamente insatisfeita com o modo como Obama administra o conflito. Obama carece desesperadamente de alguma história de “sucesso” no Hindu Kush. E bin Laden é questão de alto conteúdo emotivo para o público norte-americano. Daqui em diante, por algum tempo, Obama surfará gorda onda de fervor patriótico nos EUA, de onde podem advir dividendos interessantes com vistas à reeleição em 2012.

No que tenha a ver com a liderança dos militares paquistaneses, o que mais interessa nesse momento é que começa a delinear-se o fim da guerra do Afeganistão. Nunca antes o Paquistão esteve tão próximo de alcançar o seu objetivo, de conseguir “profundidade estratégica” no Afeganistão – o que tem a ver com reintegrar os Talibã à estrutura de poder em Kabul. Para conseguir isso, o consentimento dos EUA é pré-requisito vital. E, ultimamente, tem havido tensões sempre crescentes nos contatos entre militares e inteligência dos EUA e do Paquistão. O assassinato de bin Laden é como um teste limite, para que os EUA possam aferir a confiabilidade, como aliados, dos militares paquistaneses. Em resumo: serviço feito e entregue, os militares paquistaneses passam a esperar a recompensa que Obama lhes deve.

Não cabe dúvidas de que Obama terá de recompensar o risco grave que os militares paquistaneses assumiram, ao aceitar colaborar na ação para matar bin Laden. É praticamente certo que a al-Qaeda atacará com fúria o estado paquistanês, na sequência do que será definido como ato de “traição” a bin Laden cometido pelos militares paquistaneses. Outra vez, o xis da questão está em que bin Laden é questão também altamente emocional para o povo paquistanês, e as circunstâncias violentas em que foi morto podem criar situação política explosiva. Ninguém duvide que Obama terá de recompensar o Paquistão, sobretudo os militares, assegurando-lhes o apoio dos EUA, que tanto fizeram por merecer.

Os vários grupos guerrilheiros que operam nas áreas tribais da região de fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão, que sempre sustentaram a al-Qaeda, também buscarão vingança contra os militares paquistaneses. Claro que os militares paquistaneses, tradicionalmente cautelosos, sopesaram os prós e contras, antes de tomar decisão que, como todos sabiam, desencadearia tempestades terríveis na opinião pública local.

Mas a autoconfiança também se explica, de certo modo, dado que desde ontem ao final do dia os partidos paquistaneses do “Islã Pasand” também fazem jus às recompensas, porque são patrocinados pelo establishment militar (e altamente vulneráveis a chantagem política). Mais uma vez, e retórica à parte, as elites políticas e a aristocracia feudais paquistanesas aí estão, como sempre, mendigando qualquer apoio dos EUA, por mínimo que seja. Em nenhum caso se atreveriam a terçar lanças com os militares sobre questão de que depende a própria existência daquelas elites políticas e aristocracia feudais.

Por tudo isso, é sumamente significativo que a declaração de Obama sobre o assassinato de bin Laden tenha deliberada e declaradamente reduzido a importância da cumplicidade dos militares paquistaneses na operação das Forças Especiais. Significa que Obama vê o quanto é criticamente importante para os dois lados que se preservem relações de trabalho produtivas entre EUA e os militares paquistaneses, no difícil período que se inicia. Por isso, é importante que Washington não se ponha a dizer coisas que criem problemas locais para os militares paquistaneses ou que tornem a situação ainda mais precária para os generais em Rawalpindi.

E o que significa, para a segurança regional, essa espécie de condomínio que EUA e Paquistão começam a construir? Devem-se considerar três fatores.

Primeiro, Obama tem agora mão relativamente livre para implantar sua estratégia afegã. E EUA e Paquistão, agora, têm um ponto de contato, dado que EUA e Paquistão querem que a guerra do Afeganistão acabe imediatamente.

Mas a prioridade de Obama é deixar no Hindu Kush (região onde se cruzam fronteiras de China, Rússia e Irã) uma presença militar de EUA e OTAN, de longo prazo – prioridade que se integra nas estratégias globais dos EUA –, mas sem que soldados norte-americanos e europeus lá tenham de ficar, morrendo e inflamando a opinião pública nacional nos países ocidentais.

Por seu lado, o Paquistão deseja a reintegração dos Talibã. No pé em que estão hoje, são objetivos conciliáveis. Pode-se agora esperar que EUA e Paquistão cheguem mesmo a alcançar um modus vivendi no qual sejam atendidos e acomodados os interesses dos dois lados.

Segundo, as prioridades de política externa de Obama estão sendo dirigidas para o Oriente Médio, área pivô decisiva para as estratégias globais dos EUA para o século 21. O Paquistão pode desempenhar papel importante na defesa da segurança dos regimes “pró-ocidente” em toda a região do Golfo Persa. Já há na ativa cerca de 30 mil mercenários paquistaneses (incluído aí alto número de ex-soldados), operando hoje na segurança do ditador sitiado do Bahrain.

A situação de máxima ameaça para a estratégia regional dos EUA no Golfo Persa acontecerá se o regime na Arábia Saudita começar a ser seriamente ameaçado.

Os EUA não podem ocupar militarmente e ostensiva e diretamente a Península Arábica, onde estão Meca e Medina. Mas o Paquistão – país de sunitas, muçulmanos pios, com exército gigante e poderoso, pode.

Quer dizer, os EUA veem o Paquistão, depois de varridas de lá as preocupações com a Al-Qaeda e a guerra afegã, como eficiente “provedor” de segurança para todos os aliados dos EUA no Golfo Persa.

Desnecessário dizer que a Arábia Saudita sente-se muito aliviada com a eliminação de bin Laden nesse preciso momento crucialmente decisivo. (Fator interessante a considerar é o muito que o regime saudita pressionou a liderança militar paquistanesa para que se livrasse de bin Laden.)

Terceiro, as políticas dos EUA de intervencionismo e unilateralismo ganham importante impulso. O assassinato de bin Laden é como o acerto de contas de justificação, uma espécie de vingança, da chamada “guerra ao terror” em que embarcou George W. Bush. Sob o pretexto de combater as forças do terrorismo, os EUA puseram-se a invadir estados soberanos – Iraque e Líbia.

Agora, fosse qual fosse a oposição que a opinião pública norte-americana já farta de guerras tivesse a fazer contra o establishment em sua marcha imperial, acabará dissipada no novo clima de patriotismo fanático que embriaga os EUA [e embriaga também todos os jornalistas e comentaristas brasileiros da Rede Globo, mais ‘nacionalistas patrióticos’ e fanáticos a favor dos EUA, do que qualquer Sarah Pallin! [risos, risos] (NTs)].

À medida em que a crise econômica agrava-se e aprofunda-se no mundo capitalista, sempre lá estará, ativada, a possibilidade de inventarem-se guerras em países periféricos. A história moderna está cheia de exemplos. A opinião da direita nos EUA ganhará espaço, no clima de guerra; e ela sabe, como ninguém, exigir intervenções militares cada vez mais robustas.

Para dizê-lo em poucas palavras, a probabilidade de ocupação prolongada no Afeganistão e no Iraque, e de erupção de conflito militar com o Irã, aí estão e são grandes.

Os EUA procuram desesperadamente meios e modos para mitigar o isolamento regional de Israel, no contexto de levantes populares no Oriente Médio. O processo de paz no Oriente Médio está num beco sem saída. Simultaneamente, a chamada “Primavera Árabe” ameaça semear em vários pontos revoluções semelhantes à egípcia, onde o regime sucessor, atento à opinião pública, já trabalha consistentemente de costas para as políticas pró-EUA e pró-Israel que fizeram a fortuna de Hosni Mubarak.

Pelos mesmos motivos, os governos da Síria e do Irã passarão a enfrentar descomunal pressão, pelos EUA, nos próximos meses.

Interessa às políticas regionais dos EUA no Oriente Médio muçulmano forçar a polarização entre grupos sectários – pintando os conflitos como se algum “salafismo” estivesse sendo atacado por algum “xiismo” ressurgente. É truque garantido para desviar a atenção dos processos históricos que, sim, ameaçam a sobrevivência dos regimes pró-EUA na região. Já se veem os primeiros sinais do “revide contrarrevolucionário”. O assassinato de bin Laden, nessa conjuntura crucial, livra os EUA do peso da guerra afegã e prepara o cenário para a nova guerra da hora, no processo para inventar um “novo Oriente Médio”. O assassinato de bin Laden não poderia ter sido planejado para ocorrer em momento mais oportuno.


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Comentários

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leandro

O inimigo real do Osama somos nós, os homens e mulheres de bem, e que jamais abrirão mão da busca por igualdade e democracia, como promove o STF brasileiro. Na verdade, por mais que uns Hitlers, Stalins, Osamas e Ahmadinejads possam espalhar destruição, eles nunca vencerão. Eles vencem batalhas, mas perdem, sempre perderão a Grande Guerra pela vida como ela deve ser. Seres humanos de verdade, dotados de um invencível senso de justiça, lutando contra a estupidez, são, e essa é a maior verdade, indestrutíveis, mesmo que nos acertem de vez em quando.

    FrancoAtirador

    .
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    ERRATA

    "…por mais que uns BUSHs, OBAMAs, CLINTONs e PALINs possam espalhar destruição, eles nunca vencerão.

    Eles vencem batalhas, mas perdem, sempre perderão a Grande Guerra pela vida como ela deve ser.

    Seres humanos de verdade, dotados de um invencível senso de justiça, lutando contra a estupidez, são, e essa é a maior verdade, indestrutíveis, mesmo que nos acertem de vez em quando."
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    Mário SF Alves

    Vejo a coisa por aí também! Mesmo porque, o povo não vai nunca se deixar matar e, mais dia, menos dia, encontra uma saída.

Pitagoras

No fim da guerra mais sangrenta da humanidade, a II Grande Guerra, até os genocidas nazi-fascistas mereceram um julgamento com contornos mínimos de direitos universalmente consagrados .
Sessenta anos depois a "maior democracia do mundo moderno", retrocede milênios, executando alguém, no estilo faroeste, invadindo um país soberano (ou já havia invadido de fato?), dando bananas para a ONU e os princípios de Direito Internacional. Pior, dá um exemplo de barbárie para o resto do mundo.
Detalhe (sem menosprezo): na II Grande Guerra foram chacinados mais de 50 milhões de seres humanos; Mr. Bin, indiretamente, incinerou 3000. Será que no cálculo de valores de seres humanos feito pelo establishment americano, 1 americano vale 17000 bárbaros?

Pitagoras

Não sei se o gajo lá era o Mr. Bin ou não. A demora em decidir se divulga as fotos me leva a crer que os caras da CIA não tinham o domínio total do PhotoShop.
Agora que o Hussein Obama vai ser releito, ah isso vai. Deu uma rasteira na direita raivosa ianque. O diabo é que o "cara" é mais republicano que a corja do "Tea Party".

Jair de Souza

Alguém que precisa mostrar títulos para tentar impor sua respeitabilidade disse que este site é frequentado por muitos admiradores do nazismo e leitores de Mein Kampf, etc. Talvez seja mesmo. Tomara que todos os que ainda sejam saudosos do nazismo apareçam por aqui para ler os textos e comentários da maioria. Muito provavelmente passarão a ter sentimentos mais humanitários e deixarão suas ideologias assassinas de lado. O mesmo se aplica aos sionistas que por aqui aparecem. Quem sabe se de tanto ler textos e comentários a favor do ser humano e contrários ao racismo, eles se decidam a aceitar a ideia de que todos os povos, mesmo o humilde povo palestino, tem direito a viver com dignidade.

Regina Braga

Um terrorista isolado, produz estragos…Mas um governo terrorista, produz devastação. Que papel vai ser o da França? Tentar os arremates ou serem os laranjas dos Americanos?

André B. Mariano

Bin Laden não morreu. Todos sabemos que isso seria uma forma dos Estados Unidos se livrar de futuros atos de terrorismos e ataques “sejam eles quais forem”.

Relatos de autoridades do governo americano sugerem que a operação que levou à morte de Osama bin Laden foi " sangrenta e sem saber se encontraria ele na mansão ou não". A morte de muitos que defendiam o terrorista no seu território, com certeza teve uma morte brutal e sangrenta. Mas você acha que o inimigo número 1 do mundo estaria morto?… (JAMAIS) este vai ser torturado e recuperado para futuras torturas onde nem pensamos em ir com as nossas imaginações e pensamentos, nossas mentes criam asas com os filmes americanos, mas neste caso de uma forma isso e puramente diferente. Com o meu conhecimento próprio eu tenho a pura certeza que ele se encontra guardado a 7 chaves, trabalhei com algumas equipes que no meu trabalho ouvi mais do falei, pelas minhas conclusões ele está vivo, até mais que qualquer um que possa ler este artigo.

O dia 11 de setembro jamais vai ser esquecido, mesmo que seja por pessoas que nunca estiveram nos Estados Unidos ou de alguma forma teve um amigo, parente morto ou até mesmo teve os seus bens perdidos.
Para seguranças dos americanos e terceiros (mundial) os Estados Unidos não pensou duas vezes pelas suas estratégias e segurança do povo americano. Os seus pensamentos são o seguinte;
– Senhor presidente o Jerônimo foi preso e os demais que se encontrava com ele foram mortos para não haver testemunhas, local de origem e tal e a Base Secreta onde o pacote se encontra é…. horas zulu.
AGORA vocês devem estar se perguntando o porquê disso tudo e as mentiras, cadê a foto dele morto, se não tem foto não tem cadáver, se fosse dito que Osama estaria vivo, quantos mais inocentes morreriam em prol de sua liberdade, quantos atos terroristas sairiam o grupo da Alkaida pelo o mundo, a fim de vinganças e atos para libertar o criador e mestre terrorista de seu grupo, eles foram treinados para coisas horríveis e atos puros e cruéis, são capazes de matar seus próprios filhos e prol do ato ser cometido com sucesso em sua missão.
Outros combates seriam fatais e atos mais absurdos apareciam no mundo e principalmente no coração dos USA ou na casa Branca. Nossas crianças seriam os alvos principais, pois atingir o alvo nos nossos corações, nossas crianças são sagradas para nós e para eles um alvo fácil e inocente.
Deixem sua mente se perguntar, nossa no dia morto, no outro cremado e suas cinzas jogadas no mar? Fala sério, os USA não seria bonzinho com ele a seguir os seus rituais de morte, para alguém que queriam ele morto em pedaços ou sua cabeça decapitada segundo a tradição do povo de Osama.
Nos mais quero a verdade, mas diante disso tudo, guardo comigo a verdade e divido com vocês o motivo do Presidente Americano falar a mentira para salvar vidas e mais vidas.
Eu sou André Bezerra Mariano. Ex Militar das Forças Armadas – Brasil acima de tudo – Deus.

leandro

Cuidemos dos nossos problemas que são imensos. Deixem os EUA e a al-qaeda se virarem. Perdemos tempo aqui discutindo se morreu ou não, se era terrorista ou não. Nos artigos que tratam do perigo que é viajar em nossas estradas publicados qui no Viomundo, curiosamente quase não tem comentarios. Que pais é esse?????

    NELSON NISENBAUM

    Ok Leandro, penso ser por aí. Um abraço!

mariazinha

Tomara que o valente povo árabe consiga se livrar dos intrusos que rondam e invadem seus territórios. Que os maquiavélicos não encontrem guarida no meio de seu povo, que não acreditem em suas mentiras e não se vedam e que o valente povo árabe volte A SER GRANDE, unido, para construir uma nação árabe livre, altaneira e próspera. Precisam entender que só a união fará a força. Por isto felicito a união na Palestina. Povo árabe! VCs são maiores e melhores do que todos os maquiavélicos juntos! Torço por VCs pois sua história é bela e sei que são inocentes dos crimes que lhes imputam.
SALAM!

mariazinha

O discurso bonito, que chama para os brios é fácil de fazer; basta querer. Agora, se é verdadeiro, se há possibilidade de segui-lo, aí, são outros quinhentos. Não há como dissociar nossas vidas do que acontece lá fora, mormente quando se trata de EUA&Israel pois estão muito próximos e já interferem em nossas vidas, como brasileiros. A verdade é uma só: existem evidências de que o Império e seu satélite teem planos de dominar o mundo. Não há como ficarmos à parte, nessa questão. O nosso lado, já escolhemos: somos independentes e imparciais. Aqui vivem pessoas de países, religiões e etnias diferentes mas em paz. Por isto mesmo, precisamos ficar atentos para as mentiras ditas por EUA&Israel. Eles precisam saber que não haverá guarida para elas e que, o mundo árabe e muçulmano é respeitado nesse país, apesar de todas as mentiras inventadas contra eles, pelos maquiavélicos.

    NELSON NISENBAUM

    Realmente, Mariazinha, não dá para dissociar. Mas você só vai perceber o que é o mundo se de vez em quando esquecer os EUA (que não pretendem dominar; efetivamente dominam) e Israel (que entre outras coisas fabricou 75% da tecnologia que você usa para se manifestar aqui) e prestar atenção aos 95% da população mundial que você aparentemente desconhece.

Jair de Souza

Um tribalista racista, defensor da supremacia dos khazarianos sobre outros povos, jamais poderia falar em direitos humanos. Para os sionistas khazarianos o povo palestino não existe, não é composto por gente, não merece viver. Aprender humanismo é importante. Para receber algumas lições, é bom consultar algumas pessoas de ascendência judaicas com muito humanismo para oferecer. Que tal inspirar-se em Noam Chomsky, em Marc H. Ellis, em Ilan Pappe, em Norman Finkelstein, em Sara Robinson, em Naomi Klein, em Phyllis Bennis, em Avi Shlaim, em Gideon Levy, em Amira Hass, em Jeff Halper, e muitos outros como eles. Mas parece que os defensores do tribalismo sionista khazariano buscam inspiração em gente do tipo de Alan Derchowitz.. Bin Laden foi o contra-espelho dos tribalistas khazarianos, alguém que também não dava a mínima para os que não fossem iguais a ele. Não à toa passou a existir para o mundo com o apoio dos Estados Unidos, os padrinhos dos sionistas khazarianos.

Sérgio Ferrara

O ex-primeiro ministro Israelense Menahen Begin também não era um terrorista,assassino de palestinos e envolvido no ataque terrorista do Hotel Rei David onde morreram centenas de pessoas?O seu grupo terrorista não chamava,se não me engano, ERGUM?

NELSON NISENBAUM

Caros leitores e leitoras,

Pululam nos blogs e nos sites de imprensa condenações ao ato estadunidense de eliminar Bin Laden. Tomado ao pé da letra, o ato foi ilegal, brutal, e talvez até mesmo desnecessário. Mas no conjunto, revelam uma psicologia talvez não menos brutal. Muitas vezes a brutalidade não está nas ações, mas nas omissões, sempre ocultas, protegidas pelas máscaras do cotidiano frugal. Mas, uma interpretação mediana deste conjunto de assertivas observadas, de forte conteúdo antiamericano, antiisraelense, pró-palestina, e outros "ismos", revela alguns sentimentos (e também a ausência deles) que não guardam simetria em relação aos pontos que pretendem defender.

As organizações terroristas fundadas no radicalismo islâmico já produziram muito mais mortes no próprio mundo muçulmano do que no mundo ocidental, cristão, israelense, etc. Em dezenas de atentados a bomba, muitas vezes protagonizados por suicidas, extinguiram milhares de vidas em diversos lugares do planeta. No entanto, jamais vimos estas pessoas que condenam o ato norteamericano manifestarem-se contra estes atos de terrorismo, mesmo quando ele mata árabes, indonésios, russos, chechenos, paquistaneses, iraquianos, e assim por diante. O que dá uma clara dimensão de que para este conjunto de antiamericanos, ou pelo menos para a maioria deles, a vida daquelas pessoas não vale nada, e os atos da Al-Qaeda são sempre justificáveis como resposta ao "imperialismo". Sim, explodir as estátuas de Buda no Afeganistão tem tudo a ver com os Estados Unidos e com o capitalismo, seria a dedução lógica destes enunciados.

No fundo, muitos cultivam uma admiração secreta por Bin Laden, por ter ferido os americanos no seu quintal. Outros, argumentam que Bin Laden "é cria americana", o que evidentemente desqualifica a pessoa de Bin Laden, que teve pai, mãe, família, pátria, dinheiro (e muito) e que desfrutou bastante das benesses ocidentais. Sim, desqualifica pois tal argumento subtrai de Bin Laden a sua autodeterminação, seu livre arbítrio. Torna-o menos humano, além de construir o mito. Por outro lado, esquecem-se (ou ignoram?) os antiamericanos que a Al-Qaeda fomenta ações do radicalismo islâmico, apoiando estados teocráticos e impondo a tão sonhada (por eles) hegemonia islâmica, que pretende um mundo onde homossexualismo, bebida alcoólica, democracia, igualdade das mulheres, entre outros bens ocidentais, sejam banidas e punidas com apedrejamento, enforcamento, chicoteamento, e outras delicadezas. Lembremos ainda um discurso feito por um líder do radicalismo islâmico há poucos anos: "Vocês (ocidente) amam a vida. Nós, amamos a morte."

Não faltam no nosso país atos brutais. Temos uma polícia que é uma das que mais mata no mundo (sem processo, julgamento, etc.). Temos presídios superlotados onde dezenas de milhares de presos vivem em condições mais que degradadas e degradantes. Onde estão os que condenam as torturas de Guantánamo? Por acaso não temos tortura aqui? Temos moral para fazer estes questionamentos?

Não é digna a comemoração da morte de Bin Laden. Como não é digno o lamento. Mas, isto é problema entre os norteamericanos e a Al-Qaeda. Vamos cuidar do que é nosso, pois há muito a fazer para que possamos posar de juízes. Não temos vivência neste tipo de conflito. Mas é importante saber que muito provavelmente, um dia ele baterá a nossa porta. E teremos que escolher um lado. Espero que o conselho do ex-presidente Lula, dado em um discurso em 2003 seja seguido: Vamos resolver os nossos problemas.

NELSON NISENBAUM

    Dr Marcelo Silber

    Caro Nelson
    Que o "Vi o Mundo" a despeito da integridade moral do Azenha e da minha amiga Conceição Lemes é frequentado pos anti-semitas notórios (alguns com sites na Internet que fazem até apologia de livros como Mein Kemp (Adolf Hitler) e Protocolos do Sabios de Sião (Policia do Czar Alexandre III). É publico, notório e conhecido até do mundo mineral, como diria Mino Carta. O que o Azenha e a Conceição não sabem (E DEVERIAM SABER) é como isso faz mal ao Vi o Mundo…
    Gente primária, que faz política com sangue nos dentes, e que confunde idéias verdadeiramente progressistas (como nós fazemos) com Judeofobia de primeira….
    O pior de tudo, é que a maioria destas pessoas (COVARDES que nem colocam o próprio nome nos seus "brilhantes") comentários, não faz um milésimo do que você faz em prol sas pessoas humildades, carentes e necessitadas….ESSES IDIOTAS É QUE SÃO OS VERDADEIROS TROLLS
    Abraços e Saudações Corinthianas!!!!

    Bonifa

    Então comece cuidando de sua própria vida e não perdendo tempo a escrever nos blogs da vida.

Felipe

Tenho lido muitas informações contraditórias sobre a morte do Bin Laden. Ou a imprensa mente compuslivamente para vender jornal, ou tem algo errado com os fatos…

mila

Já estava demorando enfiarem Israel nesta história, fiquei até surpresa. Normalmente seria logo logo. Culpa de Israel, que como todos sabem, é culpado por todos os males do mundo, inclusive do narcotráfico mexicano e do tsunami no Japão ( isto é sarcasmo ). Odeio as políticas do país com relação aos palestinos, sobretudo a questão dos " assentamentos ", mas este artigo vai um pouco longe demais. Enquanto isto Meshaal se manda da Síria – não há comentários aqui sobre a situação lá – vai para o Qatar e o eixo muda para o Egito.
Os colegas que comentam neste blog apoiam Assad ? E chamar qualquer um que tenha uma opinião diversa vira troll. Fica fácil, não?

NELSON NISENBAUM

Sim, e do jeito que as coisas vão por aqui, muita gente ainda proporá o Nobel da Paz para o Bin Laden.

    Jair de Souza

    Se Obama e Shimon Peres ganharam, até que o Bin Laden poderia ganhar também. Eles demonstram ter muitas qualidades semelhantes.

    Dr Marcelo Silber

    Sr Jair de Souza
    O Presidente de Israel, Shimon Peres,Vice presidente por dois mandatos da Internacional Socialista, Foi amigo de pessoas como os saudosos Leonel Brizola, Josip Broz Tito, Enrico Berlinguer e Willi Brandt. Quando foi para a Africa do Sul ficou hospedado NA CASA de Nelson Mandela…
    Para Brizola,Tito, Berlinguer,Brandt e Nelson Mandela -Shimon Peres é digno…
    Para mim é mais que suficiente….Como homem progressista e humanista que ele o é.

SILOÉ

Enquanto nos basearmos nossas vidas só nas tradições não evoluiremos, repetiremos os erros do passado e os repassaremos para o futuro.
Noções de religião e cidadania são incutidas tão fortemente em nossos mentes que somos capazes de matar ou morrer em defesa de verdadeiros crápulas

Observador

nao sei se o bin Laden de fato foi o responsável pelos ataques de 11/09/2001, mas o que realmente ficou de tudo aquilo foi a dívida dos EUA que não parou mais de subir desde então, com os rios de dinheiro que foram gastos com as guerras contra o Iraque e Afeganistão. Acho que no final, só o Bush e as indústrias militares e petrolíferas é que ganharam muito dinheiro. A maioria do povo americano acabou é ficando até sem emprego, e o mundo, com menos paz ainda. Ou será que a crise financeira internacional foi causada só por hipotecas imobiliárias inadimplentes?

    Pitagoras

    Não esqueçamos que Saddam, Mr. Bin, e todos os monarco-ditadores do mundo árabe e mundo afora foram criações do América-corporativa e estavam no seu payroll ha´muito tempo…

Martin

A Farsa do 11 de setembro de 2001:

http://www.youtube.com/watch?v=Zv7BImVvEyk&fe
(Demolição Controlada => Nova Iorque, 11 setembro 2001…O prédio 7, no outro lado da rua, sede de várias agências do FBI e CIA, guardava TODOS os documentos do escandaloso processo envolvendo a família Bush com a empresa ENRON…)
http://www.youtube.com/watch?v=ezIU6ZxYU3A
(Este vídeo comprova o uso de Thermate => composto usado p/ derreter aço nas demolições controladas !!!) Veja as imagens com a chama amarelada e o aço cortado diagonalmente, para controlar a queda dos prédios !!!

Att.
Martin

Martin

Muito conveniente p/ os EUA e p/ a família do Bin Laden…Testemunham que viram o pai ser morto, todos são "esquecidos"…O povo americano fica satisfeito, Bin Laden pode reiniciar uma vida discreta, uma vez que "largam do seu pé" por algo que NÃO FEZ !! …E como não foi morto, não é liberado nehum dossiê seu contando o que sabe…

09/11 => "Inside Job" !!

WTC 7 => The Smoking Gun of 09/11
http://www.youtube.com/watch?v=GEPjOi2dQSM&fe
http://www.youtube.com/watch?v=owyqt-8RnKI&NR… ( <= Como Bin Laden "teria feito" isso ???)

Att.
Martin

SILOÉ

Quanto mais me informo, mais vejo bin Laden como mártir, já que ele não assumiu, como normalmente fazem os grupos terroristas, o ataque as torres gêmeas.
Há muitas controvérsias e há muito que se investigar…

    Pitagoras

    terrorista mesmo é o bush…

Mário SF Alves

Ainda estou tentando entender a lógica deste "terrorista", O. bin Laden. Que tática é essa que só fez crescer o poder ofensivo do inimigo?
Das duas, uma, ou o cara era apenas um terroristinha de meia pataca, e, portanto, está vivinho da silva; ou, pelo contrário, era um estrategista brilhante que idealizou uma forma de esgotar as forças do império por estresse do material.

Mário SF Alves

Caso único na história: o US President Obama ao ser inquirido sobre sua certidão de nascimento, apresenta publicamente um atestado de óbito!

SILOÉ

Parabéns à Palestina pela unão hamás / Al Fatah, para criação de um estado independente.
Antes tarde do que nunca. E que Israel / EUA se dêem por vencidos pelo menos dessa vez, para não transformar o oriente médio num inferno de guerras intermináveis.

FrancoAtirador

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Palestinos formalizam unidade em cerimônia no Cairo

Líderes palestinos formalizaram nesta quarta-feira (4), em uma cerimônia no Egito, o acordo que reune as organizações al-Fatah e o Movimento Islâmico de Resistência (Hamas), em um novo passo para a criação de um Estado palestino independente.

"Anunciamos aos palestinos que estamos virando para sempre a página negra da divisão", disse em seu discurso de abertura o presidente palestino Mahmud Abbas, líder da Fatah.

O presidente da ANP e líder da Fatah, que provocou aplausos e risos durante seu pronunciamento, rejeitou "a intervenção nos assuntos internos palestinos", em referência às recentes críticas israelenses ao acordo.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou duramente o acordo, numa demonstração da intolerância dos sionistas e reafirmação de seu propósito de dividir os palestinos para impor sua política expansionista. Também o Departamento de Estado norte-americano manifestando seu desagrado com a unidade palestina e reprovando a intenção manifestada por estes de proclamar o estado palestino independente. Para o imperialismo norte-americano, a criação do Estado palestino tem que ser necessariamente acordada com Israel e sob as condições impostas por este último. Tal postura, por óbvio, inviabiliza a realização da meta dos palestinos.

Khaled Meshaal, líder do Hamas disse que o futuro Estado palestino na Cisjordânia e na Faixa de Gaza não deverá ter colonos israelenses e nem abrirá mão de um centímetro sequer de terra, nem do direito de retorno dos refugiados palestinos.

Meshaal, por sua vez, afirmou que seu grupo está "disposto a pagar qualquer preço pela reconciliação", e que deseja "um Estado palestino independente e com soberania na Cisjordânia e na Faixa de Gaza".

"Queremos acelerar o fim desta difícil etapa para cicatrizar as feridas e estarmos livres para realizar nosso projeto nacional", acrescentou.

Quanto a este projeto, Meshaal disse que seu grupo está "disposto a disputar as eleições o mais rápido possível", mas para isso é necessário que "a situação permita tal cenário".

O Hamas já declarou no passado que aceitaria como solução interina um Estado criado sobre todos os territórios invadidos e ocupados por Israel na guerra de 1967 no Oriente Médio, além de um cessar-fogo de longo prazo.

O acordo de união prevê a formação de um governo interino para administrar a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, e para preparar eleições parlamentares e presidenciais, já atrasadas, em prazo de até um ano.

Em seu discurso, Abbas reiterou seu chamado pela suspensão das construções nas colônias ilegais de Israel como condição prévia para a retomada das negociações de paz com os ocupantes.

"O Estado da Palestina precisa nascer este ano", disse Abbas.

A expectativa é que Abbas solicite em setembro, à Assembleia Geral da ONU, o reconhecimento de Estado palestino em toda a Cisjordânia e Faixa de Gaza. Israel e os Estados Unidos já manifestaram irritação com a união intrapalestina e fazem seguidas ameaças ao movimento.

A unidade é passo essencial para os palestinos apresentarem uma frente comum diante das Nações Unidas, além do reflexo do desejo público de encerrar as disputas internas.

A unidade palestina é um fato auspicioso e abre novas perspectivas para a luta pela independência e a construção do Estrado nacional desse povo martirizado e oprimido pela ocupação israelense.

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia

    mila

    É ver para crer, mas espero que isto aconteça mesmo. Resta saber se, criado o Estado Palestino, as outras questões no OM se resolvem. Alguma idéia?

    FrancoAtirador

    .
    .
    Enquanto 190 países estiverem submetidos ao veto dos EUA, na ONU,

    nenhuma questão de Direitos Humanos, no Planeta, se resolverá.

    Vide as votações das Resoluções sobre o boicote econômico à Cuba

    e sobre a ocupação de Israel e o bloqueio aos Palestinos, na faixa de Gaza.
    .
    .

    Pitagoras

    E quem é mesmo o terrorista?

    Bonifa

    Este Benjamin Netanyahu não tem um rosto de quem prima pela inteligência. Mas seu desespero é tão grande vendo a tática de dividir para enfraquecer, que tenta conseguir apoio para impedir a união.

Genghis Khan

Tomou, papudo??? Esse nélson foi trucidado pelo Michel Dib. Parabéns Michel, com 'M' maiúsculo. Sua análise foi perfeita. Um tapa na cara desses sionistas que se julgam donos do mundo. O império está desmoronando. E quando o império ruir, quero ver a arrogância deles, quando tiverem que acertar contas com a história.

    Mário SF Alves

    Com a história como, caro Genghis, se não eles mesmos que decretaram o fim da História?

@NilvaSader

O que a voz rouca das ruas está dizendo sobre a morte de bin Laden4th maio 2011 written by Paulo Nogueira

Uma das coisas de que mais gosto, nas grandes coberturas da BBC, é a seção que solicita, edita e publica a opinião de internautas.

O nome é “Have your say”. Mais ou menos, “Diga o que você acha”…(continua) http://www.diariodocentrodomundo.com.br/

@NilvaSader

Desarmado
Há uma cena de Butch Cassidy que me veio à mente. Butch e Sundance estão cercados no final. Chegam reforços em alta escala para os policiais. São muitos, e estão pesadamente armados. Um deles pergunta a um policial: “Quantos são?” Ele imaginava muitos. Dezenas de bandidos. Parece não acreditar quando ouve a resposta: “Dois!” (…) continua
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/

Jair de Souza

O que me causa indignação (não digo espanto, porque isso já era esperado) é ver pessoas que, pelo fato de terem ascendência judaica, se sentem obrigados a sair automaticamente em defesa do estado terrorista de Israel e de seus padrinhos, os Estados (terroristas) Unidos. Será que tais pessoas acham que a humanidade deve se guiar pelo tribalismo (embora a maioria dessas pessoas sejam khazarianos, e não semitas) e não pelo humanismo? É como achar que todo brasileiro tem a obrigação de fazer a defesa da agressão e massacre covardes que fizemos contra o povo paraguaio no século XIX. Por favor, tenham um pouco de humanidade! E não se escondam sob um pseudo-esquerdismo de fachada. Ser de esquerda é ser a favor da paz, da solidariedade, do humanismo, nunca do tribalismo racista.

    NELSON NISENBAUM

    É, Jair, Hezbollah, Hamas, Jihad islâmica e Al Quaeda são organizações humanistas. Vá lá para conhecer. Se voltar vivo, me conta.

    Jair de Souza

    Respeito muito o Hezbollah. Não compartilho para nada de sua visão teocrática do mundo. Mas o fato de eles serem a única força do Líbano que desenvolve um trabalho de assistência humanitária é admirável. Além de ser admirável que em 2006 eles tenham derrotado a invasão do maior grupo terrorista do Oriente Médio, ou seja, o estado terrorista de Israel. Quanto a Al Qaeda, isso é com seus criadores. Quem os criou, armou, treinou e os considerava Guerreiros da Liberdade (Freedom Fighters) são os que hoje os amaldiçoam. Eles só eram bons quando matavam comunistas e líderes camponeses no Afeganistão. EUA e Israel que cuidem de suas crias agora.. Eu não vou para lá. Não tenho a vocação de sair para roubar terras de ninguém.

Bonifa

Vale a pena destacar esta passagem do artigo:
“À medida em que a crise econômica agrava-se e aprofunda-se no mundo capitalista, sempre lá estará, ativada, a possibilidade de inventarem-se guerras em países periféricos. A história moderna está cheia de exemplos. A opinião da direita nos EUA ganhará espaço, no clima de guerra; e ela sabe, como ninguém, exigir intervenções militares cada vez mais robustas.”
Noan Chomsky, no livro “O que o Tio Sam realmente quer”, cita George Kennan, o maior de todos os ideólogos do Império Americano (guru supremo do Obama e de vários presidentes), que morreu em 2005 com 101 anos:

“Precisamos parar de falar de vagos e… irreais objetivos, tais como direitos humanos, elevação do padrão de vida e democratização. Não está longe o dia em que teremos de lidar com conceitos de poder direto. Então, quanto menos impedidos formos por slogans idealistas, melhor (…)”.

Porém, as coisas ainda não estão tão diretas assim e é preciso salvar um pouco das aparências. Direitos humanos e democratização ainda são conceitos que podem servir de pretexto para várias guerras. Se é verdade que os Estados Unidos se posicionam para pressionar a Síria e o Irã visando uma guerra mais ampla, então é neste contexto que está a explicação do puxão de orelhas que Obama deu hoje no ditador furioso do Bahrein. O ditador-rei está sendo direto demais, e desgastando o pretexto precioso dos “direitos universais” que agora substitui o dos “direitos humanos”, como se vê na notícia da AFP, 04/05/2011:

O presidente americano Barack Obama pediu ao rei do Bahrein que respeite os "direitos universais do povo", dois dias depois do pequeno Estado do Golfo Pérsico ter condenado vários manifestantes pró-democracia à morte. http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeq

    Mário SF Alves

    Prezado Bonifa,
    Essa sentença “Precisamos parar de falar de vagos e… irreais objetivos, tais como direitos humanos, elevação do padrão de vida e democratização. Não está longe o dia em que teremos de lidar com conceitos de poder direto. Então, quanto menos impedidos formos por slogans idealistas, melhor (…)” vale por um documentário inteiro. Melhor, por um tratado de direito internacional inteiro. Devia ser grafada nos anais da barbárie da novíssima ideologia anti-terror. E vivas ao Noan, o imprescindível, Chomsky!

Luis Carlos

Com a eliminação do Bin Laden breve uma parte das tropas de ocupação americanas no Afeganistão estará de volta para casa para um breve descanso junto aos pimpolhos. Os americanos vivem da guerra e para a guerra porque é a atividade que lhes garante o leite das crianças. A Libia deve ficar a cargo da OTAN mas o "complexo industrial militar" está de olho na Amazônia, região mais próxima das próprias fronteiras e sem as dificuldades para o deslocamento de tropas. Os primeiros movimentos para ocupação da última grande reserva de água doce do planeta são feitos de maneira discreta com a anuência do governo colombiano que permite um aumento exponencial das bases americanas em seu próprio território.
Elites colombianas e militares paquistaneses tem o mesmo tipo de relação com os americanos.

    Julio Silveira

    Sobre isso Luiz, não pense voce que o perigo mora lá fora, aqui dentro, tenha certeza tem gente que teria orgasmos de prazer para lhes abrirem as porteiras.

    Marcos C.Campos

    " é a atividade que lhes garante o leite das crianças" … negativo na verdade guerra é a atividade que lhes garante A DÍVIDA das crianças.

    Luís Carlos

    Prezado Marcos,

    Concordo com você: dívida das crianças do Paquistão, da Líbia, Afeganistão, do Sudão, da Somália, do Egito etc.

NELSON NISENBAUM

Peço a gentileza aos antiamericanos habituais, que silenciem diante deste episódio. Bin Laden não era ameaça, era ação pura, e não contra os EUA, contra todo o mundo ocidental, inclusive contra vocês também. Ele jamais pensaria em poupar as vossas mães para atingir seus objetivos. That's TERROR, idiots!

    Julio Silveira

    O fato de Osama Bin Laden merecer ser julgado e até sentenciado a morte, não justifica que seja linchado pelo estado americano, que com isso se nevela ao marginal e terrorista.
    Inclusive nos metodos que sempre criticou em publico, a mascara está caindo e com ela todas as convenções internacionais. Ao mundo só resta esperar pela barbarie sem hipocrisias, voltamos a idade média que trogloditas aplaudem em nome da sua justiça.

    Michel Dib

    Caro Nelson, seu sobrenome justifica sua opinião.
    Há Estados Terroristas que pensam também desta maneira e agem do mesmo jeito que o Osama.
    Atacam com armas banidas pelas convenções internacionais, matam, na sua maioria, civis, fazendo uma limpeza étnica na região milenarmente cobiçada, como piratas atacam um barco civil e desarmado de ajuda humanitária em águas internacionais alegando auto defesa, enfim, julgam-se ser escolhidos por Deus. E em sua astúcia de ratazanas, dominam midiáticamente e economicamente um país feito de soldados, usando-o como munição e "bala de canhão" contra seus desafetos. Munição feita de jovens de classes sociais mais baixas, de negros e de imigrantes sonhadores com o american way of life.
    Estes Estados terroristas fazem muito mais mal para a humanidade que um Bin Laden da vida, que é apenas um reflexo disforme destes mesmos governos que o criaram e que como Frankstein se volta contra seu criador.
    Já deviamos estar em outra fase de avanço em nossa civilização, mas, apesar de satelites, celulares, viagens planetárias, nanotecnologia, estamos moralmente na época das sombras.

    NELSON NISENBAUM

    Concordo com o teu último parágrafo, e esclareço que sou mesmo judeu, mas tenho opinião própria que não depende da minha fé religiosa. Falar em limpeza étnica na palestina, como você insinua, se Israel quisesse fazer isso já o teria feito com imensa facilidade, o que prova que não é este o desígnio daquele povo. Jamais um palestino foi morto por ser palestino, e além do mais, a etnia é a mesma e isso já foi provado geneticamente. Terrorista foi quem incitou o povo palestino à guerra com Israel em 1948, e jamais foi lá ajudar o próprio povo, jamais deu terra a eles, jamais deu cidadania a eles. Terrorista é quem roubou centenas de milhões de dólares enviados à Palestina para construir o país. Ficou no bolso do Sr. Arafat. Desculpe, Michel. Israel responde quando é atacado e sempre irá responder em nome do seu direito de existir. Quando a existência de Israel não mais for questionada, haverá paz, e quando pararem de jogar bombas e foguetes contra civis indiscriminadamente, também haverá paz. Por mais que possamos atribuir erros ao atual governo israelense, o povo quer paz e dá inúmeras provas disso diariamente.

    Bonifa

    Se você é um judeu e tenta ser um judeu lúcido, não tente defender as ações indefensáveis do governo sionista de Israel. Do contrário, você estará enfraquecendo a luta heróica travada pelos judeus lúcidos (já são muitos!) que habitam dentro de Israel, contra as atrocidades e o clima de terror interno implantado pelo governo sionista.

    JAde

    O seu nome tambem justifica sua opinião!

    Mário SF Alves

    Nome, sobrenome e título!

    hélio

    será que alguém discorda?-exceto alguns israelitas?

    Dr Marcelo Silber

    Caro Michel , seu sobrenome justifica a sua opinião.
    Muito antes dos árabes existirem, quando eram apenas tribos beduinas que vagavam pelo deserto, os Judeus contituiam um Estado Milenar na Judéia, nome real daquela província (atual Israel) e não Palestina , nome dado pelo imperador Adriano após a revolta da Judéia..Portanto os direitos do povo judeu a constituirem seu Lar Nacional são anteriores aos do povo palestino.
    Palestinos que apoiaram a Alemanha Nazista na segunda guerra mundial, através do seu grande conselho muçulmano (fato documentado pela famosa visita de Haj amin al Husseini a Hitler em 1943 quando ambos brindaram a extinção do povo judeu….) brinde um pouco precipitado….
    Sua frase "Estes Estados terroristas fazem muito mais mal para a humanidade que um Bin Laden da vida" é interessante, mas depende de que lado da humanidade você esta….
    Com certeza não estou do seu lado, mas você terá que conviver (espero que em harmonia) com o meu
    Mas se não quiser a harmonia, não tem problema…os seu netos ou bisnetos a alcancarão.
    Salam Aleikem-Shalom

    Celso Silva

    Também,ISRAEL com trezentas ogivas nucleares,em suas instalações no deserto do Neguev,próximo da cidade de Dimona,só deixa uma alternativa aos Árabes ou convivam com nós "harmonicamente" ou serão exterminados em um ataque nuclear.E depois reclamam do programa nuclear Iraniano que até agora não produziu uma única bomba atômica!

    Mário SF Alves

    Bom, se é por aí que a argumentação se sustenta ou, como mencionado, no direito de posse ad aeternum, então já passa da hora de os puris coroados reivindicarem suas terras em porção significativa do sudeste brasileiro ou, talvez, no Oeste americano, com os descendentes do Geronimo, quem sabe? Não, isso não daria certo. Mesmo porque, a coisa, o direito de posse perpétua só funciona em regiões onde a ambição imperialista justifica a geopolítica do vale tudo, do big stick, em nome da única matriz energética que move as engrenagens e as entranhas do sistema.
    Conclusão: no jogo que está sendo jogado, ninguém é melhor do que ninguém, e não tem Hitler que justifique; judeus só esmagam palestinos porque a ordem estabelecida é essa, ou seja: a ordem do porrete, o vale tudo na base da porrada. Tolerância que é bom mesmo, só na Índia quando ali ainda vivia o Mahatma, o Grande Alma, Gandhi.

    Flavio

    Não sou árabe, muito menos judeu, por isso me deve ser fácil dizer o que vou dizer embaixo:

    Esse negócio de direito milenar, ou por que a trocentos anos atrás um povo habitava um lugar, que agora outro povo habita, seus descendentes (que não são totalmente seus descendentes) têm direito sobre esta terra é a maior palhaçada.

    Desculpe, mas se for essa a desculpa de vocês, sinceramente, acho que perderam a razão. Você há de concordar comigo que os índios habitavam esta terra antes dos europeus, logo, eles têm o direito de constituir um estado dentro do nosso estado, segundo vossos critérios.

    O que eu concordo é que Israel tem o direito de existir porque foi assim decidido na primeira reunião da ONU, onde foi criado o estado israelense, não judeu, haja vista, que lá não apenas moram judeus (apesar de muitos judeus quererem isto). Mas não posso concordar com a forma como foi feita esta criação de Israel: deveria ter dado opção aos que não quisessem fazer parte deste novo estado, ou seja, cria-se mais um estado que no caso seria o estado da palestina.

    Ter apoiado os nazistas não pode ser considerado como justificativa para a não existência do Estado Palestino, simplesmente porque outros países o fizeram (ou melhor o inventaram – Alemanha) e nem por isso vemos qualquer pessoa contrária à existência da Alemanha.

    Quero deixar claro que não estou atacando ninguém, apenas uma ideia que acho que não pode ser sustentada nos dias atuais, gostaria muito que esse conflito acabasse, porém não vejo fim nisso tão cedo…

    Dr Marcelo Silber

    Flavio
    Gostei da sua linha de argumentação, embora não concorde em alguns pontos.
    O apoio dos árabes-palestinos a Alemanha de Hitler, inclusive com a formação de uma divisão Waffen-SS que cometeu atrocidades na Bósnia é um fato histórico e Stalin e Churchill queriam julgar Fawzi El Kawtjii e Haj Amin El Husseini em Nuremberg, mas infelizmente Truman fez "vista grossa". Quando a assembleia da ONU autorizou a proclamação dos dois Estados na Palestina, os judeus proclamaram o seu e os arabes (dirigidos pelo pró nazista Haj Amin El Husseini ) quiseram jogar os "judeus no mar" …o final da história voce conhece…..
    Forte abraço

    NELSON NISENBAUM

    Caro Flavio, o mesmo ato que dividiu a Palestina meio a meio deu o direito imediato de se instalar o país palestino! Ao invés de criar seu estado, criaram uma guerra. Esta guerra Israel venceu. Ainda assim, acolheu como cidadãos os que não se envolveram na guerra. De resto, aprecio o equilíbrio das tuas palavras.

    Bonifa

    Não defenda o indefensável. Israel não tem argumentos civilizados de defesa.

    NELSON NISENBAUM

    Caro Marcelo, infelizmente fica claro que este site é largamente frequentado por uma corrente abertamente anti-israelense, e que sustenta argumentos de dupla moral, pois querem para o mundo aquilo que não propõe para o Brasil. Nosso país, ainda que lindo e maravilhoso, tem graves mazelas na área de direitos humanos. Temos dezenas de guantánamos aqui, mas não vemos protestos por isso. Portanto, temos muita gente que tem o hábito da dupla moral. De qualquer forma, apreciei sua resposta. Um grande abraço, Nelson.

    Pedro1

    Se manda daqui então. Os índios chegaram primeiro.

    Mário SF Alves

    É o tal destino manifesto, Michael.
    Sobre o "Já deviamos estar em outra fase de avanço em nossa civilização, mas, apesar de satelites, celulares, viagens planetárias, nanotecnologia, estamos moralmente na época das sombras.", não foi o K. Marx que disse que vivemos a pré-história do homem justamente porque, em todo o mundo, toda atividade humana está submetida ao capital. Ou, se não está diretamente submetida, só pode existir “com a permissão” do capital.
    Com liberdade e gratidão, agradeço a alguém por emprestar-me uma parte do argumento.
    Att.,
    Mário.

    valdir freire

    uai, mas nao foram os estados unidos que criaram bin laden?

    NELSON NISENBAUM

    Não, Valdir, Bin Laden tinha pai e mãe, e tinha nacionalidade. Além de tudo era bem crescidinho para ter autodeterminação. Passeou bastante no ocidente, estudou e aproveitou bem a vida. Era bem rico. Se vendeu-se aos americanos e converteu-se ao fanatismo religioso suicida, teve o que pediu. As 72 virgens irão acolhê-lo nos céus.

    Sergio F. Castro

    E falou o maior dos idiotas…

    El Cid

    próximo troll, por favor…

    eroni spinato

    E tem gente que ainda pensa assim. Devia comentar na FOX NEWS dos USA…..

    Marcelo Fraga

    Se nós somos idiotas, o que sobrará para você.
    Grão-mestre idiota? Pior porque caiu no conto do "terrorismo".

    FrancoAtirador

    .
    .
    Peço a gentileza aos pró-americanos habituais, que silenciem diante deste episódio.

    Os EUA não são uma ameaça, são ação pura, e não contra Bin Laden, contra todo o mundo, inclusive contra vocês também.

    Eles jamais pensariam em poupar as vossas mães para atingir seus objetivos.

    That's TERROR, idiots!
    .
    .

    Mário SF Alves

    Franco, pqp, cara. Precisava ser tão franco?

    FrancoAtirador

    .
    .
    Se eles invertem os valores,

    nós invertemos os nomes.
    .
    .

    Pitagoras

    Ele também comia criancinhas, é?

FrancoAtirador

.
.
Com a invasão do espaço aéreo paquistanês e a execução sumária de seres humanos,

OS EUA RASGARAM TODOS OS TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS.
.
.

    Julio Silveira

    O Yankes não precisam de Leis internacionais, nem Bin Ladem, nisso e em muitas outras coisas se assemelham.

    FrancoAtirador

    .
    .
    Mas há uma diferença importante:

    Bin Laden é um indivíduo,

    os EUA são um país.
    .
    .

    Mário SF Alves

    E mais outra: um, teoricamente, estaria lutando por liberdade e o outro realmente pela "total sujeição do mundo".

carlos saraiva

A luta antiterrorista posta em pratica pelo EUA, tenta justificar seu próprio terrorismo de Estado. Este terrorismo, como o cruel assassinato de Sadam e o agora não menos brutal e torpe assassinato de Bin Laden, servem para tentar defender um Império em franca decadencia. Resta apenas aos EUA , manter o terror, a guerra , como o oxigenio , para manter sua sobrevivencia. Interessa defender governos fantoches, ditadores corruptos, que acabam alimentando ações desesperadas de grupos, que passam à ser denominados "terroristas", justificando as ações "antiterroristas", fechando o ciclo vicioso. Israel servindo como o pais "sitiado" pelo terror, livre para cometer seu terrorismo de Estado como seu parceiro EUA, tendo a anuencia britanica e francesa, interessados cumplices, colonizadores desgastados, rastejando junto ao grande Império. Este ato procura, confundir e colocar ambiguidades na luta social e popular que ora se dá no nesse mesmo palco. Esses povos lutam apenas para serem ouvidos e participarem de um processo onde sempre foram excluidos. Exclusão respaldada e alimentada pelo próprio EUA. O lamentável é ver Obama repetir Bush. O lamentável é ver um povo levado à aplaudir uma politica, de um espetaculo cínico, de um verdadeiro terrorismo de Estado.

Ana Bednarski

Se o Bin Laden estava desarmado e sem nenhum tipo de milicia, então ele foi executado, sem julgamento ? ninguém vai discutir isto? falar sobre isto?

    Marcos C.Campos

    é o que mais se fala por aqui !!!

    Pedro Germano Leal

    Não só o Bin Laden, mas uma mulher que o acompanhava, também desarmada, foi exterminada. Detalhe sórdido: o mandante da chacina é o PREMIO NOBEL DA PAZ!

    Pitagoras

    Vou sim. Afinal o estado corporativo americano teve há pouco tempo um artista do faroeste como presidente. Outrora o faroeste, hoje o estado policial. Não mudou nada…

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