Registro mais recente de uma partida de tênis entre os dois blogueiros
por Rodrigo Vianna, no Escrevinhador
Como o Ronalducho, eu também estou em forma…
Forma de circunferência.
Mas tenho um pouco mais de vontade quando entro em campo… Ou em quadra, pra jogar tênis.
O Marcelo Salles, flamenguista e (reza a lenda) tenista de fim-de-semana, tripudiou dos corinthianos. Escreveu o artigo que reproduzo a seguir.
Prometo dar o troco no Marcelo, com meus voleios mortais e paralelas indefensáveis. Espere, Marcelo: a vingança corinthiana virá! Se não vier no Pacaembu na semana que vem, virá na quadra!
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TEMPESTADE RUBRO-NEGRA
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– por Marcelo Salles http://www.fazendomedia.com/?p=3582
A tempestade que caiu no Rio de Janeiro nesta noite fez com que a Defesa Civil declarasse estado de emergência, e o temor pelos desabamentos voltou a assombrar os cariocas. Mas não será por esse motivo que as chuvas fortes entrarão para a história do futebol. Não, amigos. Não nesta noite. A tempestade que caiu no Rio de Janeiro vai ficar gravada na história do Maracanã por ter selado a vitória do Flamengo, por 1 x 0, contra o Corinthians, pela Libertadores. Porque Adriano superou Ronaldo. Porque o rubro-negro jogou mais da metade do tempo com um jogador a menos. Porque o time jogou com raça, com disposição, com sangue nas veias. Jogou como quem quer ser campeão.
No primeiro tempo quase não teve jogo. A bola mal rolava, as poças de água enganavam os jogadores, era bico pra tudo quanto é lado. Michael foi expulso aos 37 minutos e o Corinthians avançou. O time paulista passou a ter o controle do meio-campo e manteve o time no ataque. O Flamengo encolheu-se.
Mas havia um detalhe. O Corinthians, que classificou-se em primeiro lugar para esta segunda fase, jogava com certa arrogância. Os jogadores tocavam a bola como se a qualquer momento fossem chegar ao gol. Como se a vitória fosse cair do céu. E o que aumentou a sua certeza: o Flamengo classificou-se em último lugar. E tinha um jogador a menos. E isso num campo com as dimensões do Maracanã faz toda a diferença, imaginaram os atletas da equipe paulista. “Vamos colocá-los na roda”. “A vitória vai cair do céu”. Roberto Carlos era a figura que melhor encarnava esse sentimento de superioridade. Nem dividir bola ele divide mais.
Mas não foi bem assim o segundo tempo. Do céu, caía a chuva. E com ela os gritos de uma torcida sem igual. Da única torcida do planeta Terra que tem bandeiras da Palestina, do Movimento 26 de Julho e do Che Guevara, além dos eternos ídoloso Zico, Nunes e do próprio Adriano, entre outros. É o time que tem Petkovic, socialista convicto.
E foi ele, Adriano, quem decidiu a partida. Na ponta esquerda, numa jogada de velocidade, Juan driblou Moacir e foi derrubado na área. Pênalti! Adriano tomou a bola, e com ela a responsabilidade. Adriano, que já foi chamado de maluco, de drogado, de sócio de traficantes varejistas, estava frente a frente com o goleiro Júlio César. Concentrou-se, começou a corrida da linha da grande área, desacelerou e chutou de perna esquerda, firme e rasteiro. Bola de um lado, goleiro do outro. Minutos depois ainda teve a chance de ampliar, mas Júlio César espalmou sua cabeçada para o travessão.
Ao longo da semana muito se ouviu falar que o Corinthians estava mais bem preparado, que o Flamengo estava em crise. Falaram que o Corinthians era o favorito e até uma pesquisa apareceu dizendo que há “empate técnico” entre o tamanho das duas torcidas, quando até as pedras do Parque São Jorge sabem que o Flamengo tem a maior torcida do mundo.
Só esqueceram de lembrar o essencial. Futebol não é feito só técnica e vitórias não caem do céu. A tempestade que desabou sobre o Rio de Janeiro nesta quarta-feira, dia 28 de abril de 2010, despertou o Flamengo. O time superou a inferioridade numérica, venceu a arrogância do adversário e chutou pra longe as previsões derrotistas. Jogou como nas melhores partidas do Campeonato Brasileiro. E a torcida voltou a cantar: “Tu és time de tradição/Raça amor e paixão/Oh meu mengooo”. Agora, amigos, vai ser difícil parar o Flamengo…





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