600 bilhões de dólares por aí. Teremos guerra comercial?

Tempo de leitura: 3 min

3 de Novembro de 2010 – 19h48

Banco Central dos EUA joga lenha na fogueira da guerra cambial

do Vermelho

O Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) decidiu injetar mais de 600 bilhões de dólares na economia através da compra de títulos do Tesouro. A decisão tende a alimentar a chamada guerra cambial e “preocupa o governo brasileiro por representar a política de empobrecimento do vizinho”, conforme avaliação do secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral.

Segundo ele, a medida põe mais lenha na fogueira da chamada “guerra cambial”, também denominada por Barral de “dumping cambial”, e tem como consequência medidas de retaliação dos demais países que se sentirem prejudicados, inclusive do Brasil.

Inflação e protecionismo

“A medida do Fed gera inflação em dólares e leva ao câncer, que é a adoção de medidas protecionistas pelos países prejudicados ao redor do mundo”, continuou Barral. Ele mencionou que o governo brasileiro vai se posicionar em relação a esta e outras medidas dos EUA e da China na reunião do G-20, semana que vem em Seul, na Coreia do Sul.

Enquanto os efeitos da medida na economia norte-americana são duvidosos, as conseqüências no exterior são sobejamente conhecidas. A decisão do Fed aumenta a liquidez mundial e amplia o excesso de dólares em circulação nos mercados ditos emergentes. A compra massiva de títulos do Tesouro também sinaliza a dificuldade que o governo dos EUA está tendo para financiar o déficit público com recursos de investidores internos e dos bancos centrais dos países superavitários (China, Alemanha, Japão e Brasil, entre outros).

Pacote de exportação

Enquanto isso, cabe ao ministério e a outras áreas do governo colocar em prática medidas administrativas já anunciadas no pacote de exportação, no início de 2010, para tentar reduzir o efeito da distorção cambial e aumentar a competitividade dos produtos brasileiros.

Entre as medidas já anunciadas, neste mês entra em vigor o “draw back” isenção; medidas antielisão; regras de origens não preferenciais, segundo Barral. “Para aumentar a competitividade das exportações brasileiras há vários fatores e, infelizmente, não existe um remédio milagreiro”, brincou o secretário.

Impacto pequeno

O Fed vai adquirir US$ 600 bilhões em títulos públicos de longo prazo até meados de 2011 para reduzir ainda mais as taxas de juros cobradas em hipotecas e outras dívidas. Esse montante se soma às compras entre US$ 250 bilhões e US$ 300 bilhões já efetuadas pelo Fed.

A ideia é que, ao baratear os empréstimos, as pessoas sejam estimuladas a gastar mais e, por consequência, as empresas tenham incentivo para contratar pessoal. Alguns economistas, porém, temem que a iniciativa tenha um impacto pequeno em estímulo à economia, porque as taxas de juro já estão em níveis historicamente baixos. Outros receiam que as compras de títulos poderiam conduzir a inflação a patamares muito altos no longo prazo e, ao mesmo tempo, liberar compras especulativas de outros ativos, como ações.

Economia fraca

Ao anunciar a ação, o Fed disse que o ritmo da economia continua a ser lento. As empresas continuam relutantes em contratar, o setor imobiliário permanece deprimido e os consumidores estão aumentando seus gastos apenas gradualmente. Thomas Hoenig, presidente do Federal Reserve de Kansas City, divergiu pela sexta reunião consecutiva. Ele argumenta que os riscos trazidos pelo estímulo adicional do Fed superam os benefícios potenciais.

Com a economia fraca, o Fed não quer arriscar ficar preso no cenário de estagnação econômica e deflação que tomou conta do Japão nos anos 1990 e levou a uma “década perdida” no país. A deflação é uma queda generalizada e prolongada dos preços dos bens e serviços, nos salários e nos valores de casas e ações. Ela torna mais difícil para pessoas e empresas pagarem suas dívidas, o que eleva o número de despejos e falências.

Desemprego renitente

Os componentes do Comitê de Política Econômica do Fed (FOMC, na sigla em inglês) expressaram desapontamento pelo fato de a taxa de desemprego – agora em 9,6% – não ter diminuído e de a inflação não estar em níveis mais em linha com uma economia saudável. O progresso em direção a essas metas tem sido decepcionante, reconheceu a autoridade monetária em sua declaração pós-reunião.

Desde a crise financeira de 2008 o Fed tem tentado manter uma oferta de crédito para pessoas e empresas. Uma das iniciativas é deixar a meta da taxa básica de juros perto de zero. Também optou pela estratégia pouco ortodoxa de comprar títulos de longo prazo, em quantidade grande o suficiente para diminuir os juros desses títulos.

Em 2009, o Fed comprou US$ 1,7 trilhão em títulos hipotecários e do Tesouro. Essas aquisições ajudaram a reduzir as taxas de longo prazo dos empréstimos habitacionais e corporativos, o que colaborou para retirar o país da recessão.

A ação anunciada hoje vem um dia depois que os eleitores, frustrados pelo desemprego, queda de salários e execuções hipotecárias, puniram os democratas nas urnas e entregaram o controle da Câmara para os republicanos. O Partido Democrata manteve o controle do Senado. A divisão vai tornar mais difícil para o presidente Barack Obama aprovar iniciativas econômicas importantes, o que poderia colocar mais pressão sobre o Fed.

Com informações do Valor


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Comentários

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Nelson

"(…) os eleitores, frustrados pelo desemprego, queda de salários e execuções hipotecárias, puniram os democratas nas urnas e entregaram o controle da Câmara para os republicanos".

Mas que bela democracia, Azenha.
Ela oferece aos estadunidenses têm um amplo leque de opções a escolher, não é mesmo?
Os republicanos fizeram merda e os estadunidenses se voltaram rapidinho para os democratas. Ao fazerem estes últimos a mesma coisa que os republicanos, se voltam mais rápido ainda para os que já tinham feito merda um pouco antes.
Essa é a toada em que vivem os estadunidenses há décadas e décadas. É como correr do nada ao lugar nenhum.
Coisas do país tido e havido como exemplo de democracia.

@euripdes

O Brasil vai ter que impedir a entrada de dólares de qualquer jeito, essa é a missão do final do governo Lula e do próximo governo. Espero que o próximo governo não permita que o país mais uma vez pague as dívidas que os norte-americanos fizeram. Se eles fizeram bobagem, que se virem e paguem a conta.

Alexandre

Onde eles acham tantos dolares? Têm lastro pra isso ou é só pintar papel de verde?

    Eduardo

    Alexandre, a resposta está no link abaixo: http://mcaf.ee/7ec02

    Infelizmente…

    Abs!

    Roger

    Segue trecho do documentário "Zeitgeist Addendum". Sugiro assistir, primeiro, Zeitgeist, como o amigo aí de cima também indicou. A transcrição completa de Zeitgeist Addendum pode ser encontrada aqui:
    http://www.consciencia.org/forum/globalizacao-e-g

    Alguns anos atrás, o banco central dos EUA, a Reserva Federal, criou um documento chamado “Mecânica monetária moderna”. Este documento detalha a prática institucionalizada de criação de dinheiro como é utilizada pela Reserva Federal e a rede global de bancos comerciais que ele sustenta. Na página de abertura o documento afirma seus objetivos: “ O propósito deste livreto é descrever o processo básico de criação de dinheiro em um sistema bancário de reservas fracionadas”. Ele então descreve esse processo de reservas fracionadas, através de terminologia bancária diversa, cuja tradução seria algo como isto: O governo dos EUA decide que precisa de dinheiro. Então ele fala com a Reserva Federal e pede, digamos, 10 bilhões de dólares. O RF responde: “Claro, vamos comprar 10 bilhões em títulos públicos de vocês”. Aí o governo pega alguns papéis, coloca símbolos neles que os fazem parecer oficiais, e os chama de títulos do Tesouro. Ele atribui a esses papéis o valor de 10 bilhões de dólares e os envia para a RF. Em troca, o pessoal de RF imprime uma quantia de papéis deles próprios. Só que desta vez, com o nome de notas da Reserva Federal. Também atribuindo o valor de 10 bilhões de dólares a esses papéis, a RF pega essas notas e as troca pelos títulos. Assim que a transição é concluída, o governo pega os 10 bilhões em notas da RF e deposita em uma conta bancária. E com esse depósito as notas de papel passam oficialmente a ter valor de moeda, adicionando 10 bilhões ao suprimento monetário dos EUA. E aí está! Foram criados 10 bilhões de dólares em dinheiro.

    Claro, este exemplo é uma generalização, pois na realidade essa transação ocorre eletronicamente, sem nenhum uso de papel. Na verdade só 3% do suprimento monetário dos EUA existem em moeda física. Os outros 97% existem somente nos computadores.

    Então, títulos públicos são, por definição, instrumentos de endividamento, e quando a RF compra esses títulos com dinheiro criado basicamente do nada, o governo está na verdade prometendo devolver esse dinheiro à RF. Em outras palavras, o dinheiro foi criado a partir de uma dívida. Esse paradoxo estarrecedor, de como o dinheiro ou o valor podem ser criados a partir de dívidas ou um responsabilidade, ficará mais claro à medida em que continuarmos esse raciocínio. (…)

ratusnatus

Falta só dizer a verdade: estão dando um calote parcial nos seus credores, como o Brasil.

E não é o primeiro…

fernandoeudonatelo

Respondendo a um colega, atulamente o mercado interno brasileiro fortalecido, tem salvado as sucessivas perdas em diversos segmentos industriais nas contas externas, principalmente os déficits comerciais em relação ao PIB que os segmentos de alta e média-baixa tecnologia tem sofrido.

IEDI Conjuntura, publicado no Valor Econômico e relatado no site do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior:
Os números, pertencentes a um levantamento realizado pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento da Indústria (Iedi), são os mais fracos desde 1989, à exceção do segmento de baixa tecnologia, que apresentou superávit superior ao de 2009. A indústria de alta tecnologia, onde estão inseridos os segmentos de eletroeletrônicos, computadores, instrumentos médicos, produtos farmacêuticos e aviões, apresentou déficit de US$ 19,9 bilhões entre janeiro e setembro deste ano.

Filipe Rodrigues

Parece que o Lula tá preocupado em salvar o comércio global, por favor né presidente, o senhor tem que se preocupar em impedir que essa crise atinja o Brasil (mesmo que a gente tenha que adotar medidas protecionistas), nosso país precisa consumir produtos de maior valor agregado nacionais e não chineses. A Dilma disse uma coisa muito certa, o comércio mundial pode sim travar nos próximos e por isso o Brasil terá que fortalecer o mercado interno. Quer saber, um pouco de protecionismo até que não faria mal, o mundo passaria a ter mais identidade nacional como na "era dourada" das décadas de 50 a 70. Tá na hora do ocidente parar de subsidiar a mão de obra semi-escrava da Ásia, eles é que fortaleçam o mercado interno deles.

Sagarana

Acho que o dólar vai a R$ 0,85. Já endossei a sugestão dada aqui, para resolver o problema: Paulo Nogueira Batista Jr. para a presidência do Bacen. Aí o dólar vai a R$ 4,00. Não deixa de ser uma solução.

    Roger

    Acho que com o Serra lá iria a R$ 8,00.
    Isso antes dele privatizar o bacen!!!!

Yacov

Tudo isso porque os EUA são uma nação empresarial, calcado na indústria bélica, que joga todas as suas fichas na iniciativa privada, que coopta os seus governos a seu bel-prazer. Eles ainda não abandonaram o Neoliberalismo, que é um "produto de exportação" para arrombar as economias do mundo para os produtos e capitais, deles, uma vez que eles não aderem aos seus princípios e o protecionismo é forte em sua economia. Na verdade, em vez utilizar o estado como indutor do crescimento econômico e promover políticas mais keynesianas, estes pulhas tentam subjugar o mundo com seu poder econômico. É o fim da picada!!! O Mundo não pode se submeter a isso. Mas eles já perderam na OMC, espero que percam esta batalha no G-20, também. Ou continarão a distribuir pobreza pelo mundo…

"O BRASIL PARA TODOS não passa na glOBo – O que passa na glObO é um braZil para TOLOS"

lucas

Faltou o Lula agora culpar a herança maldita e o Plano Real

joker

Provavelmente uma nova moeda seria a outra solução para o comercio mundial, controlada por uma organização poderosa a nível mundial. E parece que isso está em vias de fato para ocorrer, visto que alguns presidentes têm constantemente dito que é preciso uma Nova Ordem Mundial.
Uma moeda única, controlada pelo Banco Mundial aparentemente resolveria o problema, porém traz outro… ficaríamos reféns das exigências deste único órgão. Hoje ainda temos uma certa liberdade, embora com seus percalços, de explorar novos mercados, mas e se tudo ficar regido a um único órgão?

    Roger

    O que estamos vendo pode ser a velha ténica "Problema-reação-solução".

    "Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos. "

naiaraplima

Para mim, que entendo pouco de economia, esse assunto é extremamente complexo e difícil de entender. Não existe outras medidas, menos prejudiciais, que podem ser tomadas pelo governo do EUA para amenizar a crise que vivem?

    Eduardo

    Naiara,

    tais medidas podem ser vistas no link abaixo:
    http://mcaf.ee/7ec02

    Infelizmente…

    Abs!

Mc_SimplesAssim

O Império já não se aguenta de pé nem de cócoras.

Rogério Madureira

Essa semana, vi algo que nunca vi na vida: um site internacional que negocia antiguidades dizendo que os preços em dólar estão sujeitos à mudança sem aviso prévio devido à instabilidade do dólar no mercado internacional… E eu ainda viverei para testemunhar a queda do "Império Romano"…

Lima

Ontem a Dilma mecionou o que foi que aconteceu a partir de uma guerra cambial passada: 2ª guerra mundial.
Agora que o principal culpado é um país em declínio, a partir de uma filosofia de vida que se mostra (ou) inviável e por não aceitar que a única forma efetiva é mudando o padrão de vida de sua população, onde chegaremos?
O pior é que os EUA não vê que este estilo de vida pouco ou nada sustentável transformou a nação estadunidense em um grupo de pessoas doentes e adoecidas (má alimentação, stress de guerras e temor frequente de serem alvo de terrorismo).
Ainda bem que o Brasil será governado por alguém com a sensibilidade da Dilma pois os próximos anos não serão nada calmos e claros.
Desta vez, os principais envolvidos (culpados) estão bastante armados. O perigo do mundo atual não é o Irã, é uma sociedade descontente e fragilizada estadunidense.

jucanapoleão

VEM CHUMBO GROSSO POR AÍ. DILMA QUE SE PREPARE!

Pedro Luiz Paredes

Por isso é hora de rever a dívida! rs
Se bem que eu não sei se isso vai ser o suficiente para mandar os dólares embora, e se fossem seriam por pouco tempo.
Com o investimento público então em alta nos setores mais carentes da infraestrutura do país, teria que aumentar o crédito para o setor privado. Seria uma boa moeda de troca reter menos compulsório na proporção do crescimento do investimento público exclusivamente gasto dentro do Brasil.
É claro que em dados momentos durante uns 5 anos críticos precisaríamos de "abrir" mais o mercado para reter ainda a inflação, inclusive com redu….(deixa pra lá), no entanto seria a melhor defesa para a guerra cambial para médio-longo e longo prazo já que não se estaria desvalorizando o real, mas sima valorizando a economia do Brasil frente ao real.
Além de que o investimento crescente nesse período, em educação e tecnologia, reduziria os reais que vão embora em tudo que importamos, bancando serviços e manufatura para os chineses, americanos, outros "eses" e "anos" que tem por aí. Muitas vezes manufaturados com nossa própria matéria prima.
Ta certo que precisamos de um sistema bancário forte, mas agora eles querem mais o Brasil do que queremos eles, e ainda temos o Banco do Brasil.
Pode acontecer da economia brasileira sair mais robusta dessa crise de câmbio (não se iludam, vai durar muito tempo), menos dependente, inevitavelmente muito mais atuante no alavancamento da economia mundial e aí sim, com um papel além de estratégico, mas também fundamental.
Sei lá se eu tô alto demais, boa noite!

    Roger

    kkkkkkkkkkkkkkkkk!!!!!!!!!!

    Tá alto demais não, Pedro, achei teu raciocínio coerente.
    Muito pelo contrário, portanto; e se é que entendi e você bebeu um pouquinho, me diz o nome pois quero um gole disso!!

    Saudações!!

Joaquim Aragão

O que está acontecendo é a comprovação da falência das teorias monetaristas do nosso amigo laureado Friedman. Em função da fixação monetarista, descuidou-se da economia real, sobretudo da politica industrial. Embora o capitalismo americano continue industrialmente forte, os Estados Unidos enquanto nação se desindustrializaram, pois sua industria foi exportada. Ao meu ver, faltam projetos consistentes de desenvolvimento regional nos Estados Unidos, especialmente no plano federal (no plano estadual, as coisas não estão tão ignorantes assim), que coloque sua indústria interna para funcionar. Infelizmente, apesar de um forte setor de PME´s (apoiado por politicas locais inteligentes de emprenderorismo e marketing urbnano), a economia american é por demais dominada por grandes grupos transnacionais e pelo setor financeiro. O transnacionalismo, que inicialmente fortaleceu a economia americana em detrimento da periferia, está se tornando contra a metrópole. Os alemães estão atuando de forma mais inteligente (dentro dos interesses deles, claro), reforçando o dominio da exportação alemã no campo tecnológico em setores de futuro (bens de capital e tecnologias ambientais). Tidos como "doentes" europeus no auge da insolência neo-liberal, estão demonstrando que seu bom senso e industrialismo prevaleceu. Enquanto isso, o Reino Unido e os EUA entraram na ilusão monetarista e, na época de maior sucesso, tentaram impor ao mundo (inclusive a nós, tupiniquins peroféricos) o evengelho neoliberal…

@yakolev

Ninguém tem a mínima idéia d onde isso dará.
O mundo todo comprado em títulos americanos (embora países como China e Índia procurem contrabalançar alocando reservas em Ouro, Prata, outros metais preciosos, além d 1 mix c/cesta d moedas);

o FED se adiantando à 1 possível substituição do dólar americano como moeda d troca internacional, inundando não c/bilhões mas c/trilhões d dólares eletrônicos (q p/efeitos práticos são a 'mesma coisa' q os físicos em papel), tanto pra equilibrar o rombo não fechado (aliás p/mtos analistas "imfechável") d 2007/08, como p/compras laterais d papéis (entre outros ativos) das principais empresas do mundo todo nas principais Bolsas mundiais, prendendo o mundo num 'abraço d afogados' do tipo "se dançarmos, o mundo todo dança"…

Repito, não dá pra ter idéia d onde isso vai dar…
Mas tanto p/o pequenos especuladores/investidores, como p/a imensa maioria do público s/os mínimos conceitos d História ou educação financeira; a história e os arranjos/acordos estão aí pra todo mundo ver em tempos "internéticos" q esperar passivamente pela salvação dos governos não é 1 opção sensata…

fernandoeudonatelo

Essa receita internacional está cada vez mais explosiva para a indústria brasileira, que enfrenta déficits comerciais históricos. A situação está tão crítica, que inclusive setores de baixa intensidade tecnológica começaram a perder competitividade, o que significa menor escala de exportações.

É bom deixar claro, que as respostas devem partir de nós mesmos, porque nem o Brasil e nem os EUA vão conseguir derrubar o controle na mão-de-ferro chinesa sobre o câmbio super desvalorizado, e nem a China ou o Brasil, vão conseguir derrubar a enxurrada de dólares lançadas nos mercados pelos juros baixíssimos na mão-de-ferro americana.

Ou seja, é necessário que primeiro, nós ampliemos o IOF especialmente sobre capital de curto-prazo especulativo, e de uma vez por todas derrubemos em um ou dois pontos percentuais a taxa de juros doméstica, para evitar a atração desse excesso de dólares que empurram nosso câmbio para a valorização absurda. Combinado com desonerações fiscais e forte financiamento, podemos voltar a manter superávits para os produtos industriais.

Aliás, esse seria um quadro necessário para desestimular a imensa remessa de lucros ao exterior que estão arrombando as transações correntes no balanço de pagamentos.

    Yacov

    DO CAF: – Saiu na Folha: Faturamento da indústria brasileira é o maior da história, aponta CNI

    MÁRIO SERGIO LIMA DE BRASÍLIA – Nunca a indústria brasileira teve um faturamento real tão elevado na história. Segundo a série histórica apresentada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), o indicador atingiu 120,3 pontos em setembro, com ajuste sazonal, superando o índice de março deste ano, de 119,6 pontos, recorde histórico até então. Os números demonstram a vitalidade do crescimento da indústria brasileira em 2010, que já superou os efeitos da crise e não mais encontra-se (sic – PHA) em recuperação, mas em crescimento. Em relação ao índice pré-crise, o avanço é de 5,9%.

    O BRASIL PARA TODOS não passa na glOBo – O que passa na gloBO é um braZil para TOLOS"

    fernandoeudonatelo

    Faturamento com o mercado interno forte, é uma coisa, outra são as contas externas da nossa indústria meu camarada, e não adianta fazer proselitismo: 25/10/2010, e ainda a elevação da IOF começava a dar resultado

    O déficit comercial da indústria brasileira chegou aonde nunca esteve: o segmento de média-baixa tecnologia. Esse setor, que sempre apresentou superávits e chegou a atingir saldo de US$ 8 bilhões nos primeiros três trimestres de 2006, registra neste ano um déficit de US$ 6,3 bilhões até setembro. É o primeiro saldo negativo do segmento e representa uma reversão de quase US$ 11 bilhões em apenas dois anos, pois em 2008 o setor teve superávit de US$ 4,6 bilhões no acumulado até setembro. Um passo à frente na escala de valor agregado, as fábricas de bens de média-alta tecnologia apresentaram o maior rombo entre os segmentos industriais: déficit de US$ 28,1 bilhões – 20% mais que em igual período de 2008, então o pior resultado do setor.

LUCAS PEREIRA

Desde quando imprimir cédulas é solução de país desenvolvido?!

ZePovinho

Do site do Nassif:

[youtube O5jeXrKvJXU http://www.youtube.com/watch?v=O5jeXrKvJXU youtube]

ZePovinho

Artigo do meu guru,Paul Craig Roberts:

decastorphoto.blogspot.com/2010/10/empregos-perdidos-nos-eua-perdidos-para.html

Domingo, 31 de outubro de 2010

Empregos perdidos, nos EUA: perdidos para sempre (traduzido)

As “privatizações” e a globalização voltam, para bater no lombo de quem as inventou

28/10/2010, Paul Craig Roberts, Counterpunch – America's Jobs Losses are Permanent
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Agora, quando alguns Democratas e o que restou da AFL-CIO [principal união sindical nos EUA, composta de 54 federações nacionais e internacionais de sindicatos] começam a acordar para o impacto destrutivo da exportação de postos de trabalho sobre a economia dos EUA e sobre a vida de milhões de norte-americanos, os defensores da globalização ressuscitaram um artigo de Matthew Slaughter, economista de Dartmouth, que já foi ridicularizado há alguns anos. O artigo demonstrava que a globalização, com exportação de postos de trabalho, seria fator que faria aumentar o emprego e os salários nos EUA………………………………………………………………………………………

Bonifa

Teremos guerra comercial sem dúvida, caro Azenha. E o Lula está alerta sobre isso. Essa será a tônica internacional do início do governo Dilma. E mais do que nunca, ficará evidente quem internamente é a favor do Brasil e quem é contra. O Brasil tem um enorme potencial para a guerra: comida, energia e inteligência. O Brasil está com tudo. Ví um representante da Inglaterra em São Paulo querendo fazer negócios., tratando o Brasil a pão de Ló. Impressionante, mas não ao ponto em que sonhou Darci Ribeiro.

Carlos Cruz

O tal liberalismo destruiu empregos e a estabilidade social nos EUA. Suas empresas procuraram a China, onde paga-se salário baixo e lucra-se muito. O defict comercial dos EUA, que chega a trilhoes de dólares, explodiu sem uma solução a curto prazo. Nos EUA suas empresas (as que sobraram…)não conseguem competir com os diminutos preços chineses. Exportam alta tecnologia, que tem retrições do próprio governo. Sem produzir, comprando o que era produzido internamente (hoje da China), com um crescente gasto militar, e sem cobrar impostos, estão explodindo o dolar. Mas a desvalorização terá um limite e o Mundo, acostumado com a estabilidade do dolar, tendo os títulos americanos como reserva, terá que encontrar outra solução para o comercio mundial. Mas quem comprará os títulos americanos desvalorizados? E quando (China, França, Inglaterra, Brasil inclusive) começarem a se desfazer deles, o que acontecerá com a economia mundial? Há respostas para o futuro? Quem bancará?

    joker

    provavelmente irão criar uma nova moeda ou adaptar uma nova moeda para o comercio mundial. A tendência é o mundo ficar à mercê do Banco Mundial que controlaria essa moeda. Seria o início ou a própria Nova Ordem Mundial.

    Roger

    Cruzes!!

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