Por causa de austeridade, Pochmann vê Macri ou Macron no futuro de Bolsonaro

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Foto reprodução do twitter

Com o governo Bolsonaro dobrando a aposta que aprofunda o receituário neoliberal falido de Temer, o Brasil passa a ter como horizonte imediato a realidade gerada por Macri ou Macron. Fotografia histórica acerca do desmanche do Ministério do Trabalho, criado em 1930 — pelo governo Bolsonaro. Marcio Pochmann, economista, numa sequência de tweets

Dilma deixou 23 ministérios quando sofreu o golpe. O presidente eleito diminuiu para 22. Adivinhe qual ministério foi extinto? O Ministério do Trabalho. Aquele responsável pela geração de emprego e renda, fiscalização e controle de abusos. A cada letra retirada, um direito a menos pro trabalhador e uma grana a mais para os grandes empresários. Ex-ministro Alexandre Padilha, numa sequencia de tweets

Ministério do Trabalho se une a centrais para evitar extinção

“A quem interessa o fim do ministério?”, questionou dirigente. Sindicalistas, que prometem resistir, afirmam que o próximo governo só adota medidas a favor dos empresários

por Vitor Nuzzi, da RBA

São Paulo – Durante ato das centrais sindicais contra a extinção do Ministério do Trabalho, na manhã desta terça-feira (11), o próprio representante da pasta em São Paulo, o superintendente regional Marco Antonio Melchior, subiu ao carro de som para falar em defesa da instituição, na mira do próximo governo.

A manifestação, diante da sede do órgão, a antiga DRT, na região central de São Paulo, terminou por volta de 11h30 com um “patrão” transportado em uma rede por escravos, à moda do período colonial, uma forma de denunciar favorecimento aos empresários pelo futuro presidente.

Na semana passada, Onyx Lorenzoni, que responderá pela Casa Civil, disse que o Ministério do Trabalho terá sua funções distribuídas em três áreas.

Os sindicalistas prometem resistir a essa medida. “Se você extingue, não tem mais o espaço de diálogo”, afirmou o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.

“O que se avizinha para o próximo período é mais retirada de direito”, acrescentou, lamentando declaração do presidente eleito, Jair Bolsonaro, de que é preciso optar entre emprego ou direito.

“Trabalho sem direito é escravidão.” Segundo ele, o MT ganha visibilidade com suas ações pelo interior, mas o trabalho escravo não se limita a essas áreas. “Tem em São Paulo, tem aqui do lado.”

No cargo desde julho, o superintendente regional do Trabalho em São Paulo disse que até agora não chegou nenhuma informação sobre o fim do ministério.

“Sabemos o que todos sabem”, comentou Melchior, que é auditor fiscal há 22 anos e enfatizou que sua indicação para a Superintendência foi técnica, conforme preocupação do atual ministro, Caio Vieira de Mello.

“Temos inúmeras funções importantes, que não podem deixar de existir”, disse o superintendente, citando serviços como atendimento ao trabalhador e ao imigrante, atividades de economia solidária e fiscalização.

Patrimônio

O Ministério do Trabalho é um “patrimônio dos trabalhadores”, afirmou o presidente da Força Sindical, Miguel Torres.

“A quem interessa a extinção? Aos trabalhadores ou àqueles maus patrões, que ainda escravizam trabalhadores?”, questionou.

Ele também se referiu à proposta de lançar uma carteira profissional “verde e amarela”, para trabalhadores com menos direitos, sob a alegação de que isso reduziria custos e facilitaria contratações – embora o impacto da “reforma trabalhista”, criada com essa finalidade, tenha sido praticamente nulo.

Para Miguel, querem dividir trabalhadores em “primeira e segunda categoria”.

O presidente da CTB, Adilson Araújo, acredita que acabar com o MT é apenas “o primeiro ensaio” do novo governo, que segundo ele visa ao “Estado mínimo para atender ao máximo interesse (privado)”.

“Eles querem entregar tudo”, afirmou, prometendo resistência. Vice da UGT, Antônio Carlos dos Reis, o Salim, disse que é preciso seguir o exemplo das manifestações recentes na Argentina e na França, por direitos, para mobilizar os trabalhadores no Brasil.

No início do ato, o presidente da CGTB, Ubiraci Dantas de Oliveira, o Bira, pediu um minuto de silêncio pelos sem-terra assassinados neste fim de semana no interior da Paraíba. E classificou o ministério de “símbolo da Era Vargas”, destacando atuação em áreas como relações do trabalho, fiscalização e inspeção.

Também lembrou que o governo sinaliza com alterações na Previdência: “Querem mandar uma proposta pior que a do Temer”.

“Vamos construir uma frente de resistência democrática ampla, sem sectarismo”, garantiu o secretário-geral da Intersindical, Edson Carneiro, o Índio, da Intersindical.

“É possível lutar. Vamos enfrentar a extrema-direita.”

Nobre, da CUT, enfatizou o discurso da resistência. “Vamos começar o ano fazendo grandes manifestações. Quanto mais eles reprimem, mais a gente vai para a rua.”

Também participaram da atividade representantes da CSP-Conlutas e da Nova Central.


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Rivellino

A trágica campanha de Erraddad (outro que tudo, mas tuuudo, se tivesse ganhado ia continuar do mesmo jeito no Nordeste! Como foi nesses 13 anos! Tanto que o Maranhão continua o Mais-Pobre-do-Brasil…):

1 – Colar sua imagem com o Lula: Deu errado.
2 – Escolhe Manuela com Vice: Super Errado.
3 – Facada no Bolsonaro: Errado de doer.
4 – Marcha do #elenão: Erradão.
5 – Largar do Lula e da cor vermelha: Errado igual andar pelado.
6 – Trocar suas cores para verde-amarelo: Nem pintado de ouro daria certo.
7 – Colocar a esquerda pra cometer crimes e dizer que foi a direita: Todo mundo sabe quem tá errado.
8 – Ir na Igreja pedir voto: Deus tá vendo o tanto que deu errado.
9 – Comungar na Igreja: Errado e pecado.
10 – Tentar colocar católicos contra evangélicos: Errado pra Diabo.
11 – Se juntar ao Boulos: Errado até dizer chega.
12 – Pedir apoio do Cid Gomes: Errado pra matar de rir o Brasil todo.
13 – Falou que vai botar petista pra andar com um livro na mão e uma carteira de trabalho na outra; Essa foi a gota

d’água!

14 — achar que o NORDESTE tem apenas otário lulista (ou seja: puxa-saco do PT). Não. Erro grosseiro! Baseado em publicidade-propaganda, de marqueteiro petista o João o Milionário Santana, propaganda-publicidade essa fazedora de cabeça!

Zé Maria

E Paulo Guedes defende a mesma agenda:

3 anos de Macri na Argentina

? Inflação: +158%
? Dólar: +280%
? PIB: -18%
? Dívida Externa: +35%
? Risco País: +53%
? Pobreza: +33%
♨ Gás: +747%
? Luz: +1.644%
? Água: +512%
? Transporte: +217%
⛽ Combustível: +204%

https://twitter.com/pedromachadobr/status/1072296822343942144

Zé Maria

O Guedissauro vai fazer um Estrago Maior no Brasil
do que fizeram o Reagan e a Thatcher nos USA e UK,
porque as teses dos Chicago Boys são jurássicas
e não têm no Mundo Inteiro um Paradigma sequer
de Desenvolvimento Social ao longo do tempo
e também não possuem lastro na realidade brasileira
que desde o Delfim na Ditadura Militar só faz crescer
o Bolo da Concentração de Riqueza no Festim de Poucos
e à População Pobre, em maioria, nem as Migalhas sobram.
O que o País precisa é de Arrecadação de Impostos Diretos
e Redistribuição de Renda que, aliás, jamais ocorrerá
se aplicar essa Doutrina Fajuta do Mercado Autorregulado
mediante a Absoluta Exploração do Trabalho pelo Capital.

Zé Maria

Ruralista Salles diz que se é Meio Ambiente
significa que é Área Natural pela Metade…
Pode patrolar e entregar para Construtoras…
.
Futuro ministro do Meio Ambiente quer aumentar
ecoturismo em áreas de conservação

Por Mônica Bergamo, na FSP

“As ONGs tratam esses locais como se fossem feudos”,
diz Ricardo Salles, futuro titular da pasta

Salles diz que o Brasil explora “só 3% do potencial do ecoturismo.
Temos que aumentar isso rapidamente”.

Ele cita o Parque Nacional do Iguaçu, unidade de conservação
explorada por um grupo privado*. “É um ótimo exemplo.”

*[O Parque Nacional do Iguaçu é Administrado pelo Instituto Chico Mendes
de Conservação da Biodiversidade = ICMBio, que é uma Autarquia (Entidade Governamental, portanto) – vinculada ao Ministério do Meio Ambiente que o Ruralista Salles vai comandar.]
(http://www.icmbio.gov.br/parnaiguacu/)(http://www.icmbio.gov.br/portal/oinstituto)

O padrinho de Salles junto a Bolsonaro foi o ruralista
e deputado estadual eleito Frederico D’Ávila (PSL-SP),
que sempre apoiou o PSDB e na última eleição
abraçou a candidatura de Bolsonaro.

E Salles, que concorreu a deputado federal,
foi apoiado por um time de pesos-pesados da economia:
Jayme Garfinkel, presidente do conselho da Porto Seguro
e um dos bilionários brasileiros, segundo a revista Forbes,
doou a ele R$ 260 mil.

Salim Mattar, da Localiza, nomeado para a Secretaria de Privatizações
de Bolsonaro, contribuiu com R$ 200 mil. O gestor Luis Stuhlberger
deu R$ 50 mil. E Elie Horn, da Cyrela, R$ 40 mil.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2018/12/futuro-ministro-do-meio-ambiente-quer-aumentar-ecoturismo-em-areas-de-conservacao.shtml

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