Pomar: O que está por trás de acabar com o “chavismo petista”

Tempo de leitura: 6 min

Classes e luta de classes: desafios para 2014

Wladimir Pomar, em 06.01.2014, no Correio da Cidadania

Muitos acreditam que os acontecimentos de junho de 2013 mostraram que amplos segmentos aparentemente adormecidos podem acordar e despertar para exigir justiça e direitos sociais. E, ao fazê-lo de forma radical, podem causar um sobressalto no status quo instalado.

Diante disso, consideram que a classe trabalhadora brasileira terá certamente que travar ainda muitas batalhas para que os seus filhos, muitos dos quais estiveram nas ruas, ou continuam tentando ocupá-las, possam aceder a uma posição estável, a um emprego qualificado e a um futuro auspicioso.

No entanto, entre as batalhas em curso e futuras, encontram-se, certamente, as da burguesia contra o governo Dilma.

Está cada vez mais evidente que a classe burguesa dominante pretende impedir qualquer pretensão de aumentar a participação do Estado na economia. Ela teme, como o diabo da cruz, que tal participação possa eventualmente reduzir os ganhos astronômicos de seu capital, redirecionando parte deles para resolver problemas sociais acumulados há décadas.

A burguesia se deu conta do evidente esgotamento da política de crescimento através do estímulo ao consumo, iniciado em 2003. Sabe que se tornou indispensável, para a continuidade do crescimento econômico e do desenvolvimento social, o aumento dos investimentos produtivos.

Por isso, ao mesmo tempo em que ataca o aumento da intervenção do governo na economia, o chantageia, segurando seus investimentos, apesar das evidentes vantagens oferecidas nas concessões público-privadas.

Só quem não se apercebeu dessa tática, tanto da burguesia brasileira quanto da burguesia estrangeira, deixou de entender que elas jogaram pesado para o total malogro do leilão de campo petrolífero de Libra. Elas consideram absurdo o novo regimento para a exploração do pré-sal, no qual a Petrobras deve ser a operadora única.

Fizeram de tudo para que as empresas com recursos para viabilizar a exploração e a produção se negassem a participar do leilão, na esperança de que isso colocasse o governo contra a parede e o obrigasse a mudar as regras.

A virada somente ocorreu com a entrada dos chineses na jogada. Foi isso que forçou a participação dos holandeses e franceses, temerosos de perder posições na concorrência global. E não é por acaso que dez entre dez analistas burgueses continuem verbalizando que o leilão foi um fracasso e uma privatização disfarçada, ao mesmo tempo em que reclamam ser imprescindível a flexibilização ou mudança das regras, permitindo às estrangeiras serem operadoras, numa privatização aberta.

Do ponto de vista político, essas reações da burguesia contra a maior participação do governo na economia também explicam, em grande medida, os movimentos em curso para as eleições de 2014. A maior parte dessa classe dominante não está disposta a participar de um governo de esquerda que pretenda introduzir reformas estruturais, mesmo pontuais, para realizar um desenvolvimento socialmente menos desigual.

Ela não concorda com a introdução de impostos progressivos, ao invés de regressivos, que hoje pesam principalmente sobre os assalariados. Nem quer perder seu poder sobre os congressistas, com o fim dos financiamentos privados às campanhas eleitorais.

A grande burguesia, em especial, é visceralmente contra o rompimento do domínio monopolista sobre a economia. Não aceita qualquer medida que democratize a propriedade industrial, comercial, agrícola, dos serviços, da mídia e do solo, e incentive a concorrência para reduzir os preços e desenvolver mais rapidamente as forças produtivas.

Não aceita a redução das jornadas de trabalho, a melhoria dos salários, nem a universalização dos serviços públicos. Portanto, não lhe interessam medidas através das quais seria possível reduzir a população excluída do mercado de trabalho e proporcionar à maior parte da população condições dignas de vida.

Ao contrário, pretende jornadas maiores, salários menores, e mais privatização dos serviços públicos, com foco público mistificador apenas sobre alguns setores da população.

O paradoxo consiste em que, a rigor, nenhuma dessas mudanças é anticapitalista, ou socialista, a não ser para aquelas mentes caboclas que, como as do Tea Party estadunidense, são capazes de enxergar socialismo em qualquer medida de sentido social. Portanto, a maior parte da burguesia brasileira se movimenta para impedir a reeleição de um governo que esteja comprometido com um tipo de desenvolvimento econômico que esteja associado a desenvolvimento social.

Ela sabe que esse comprometimento e, ao mesmo tempo, a renovada pressão das ruas tendem a fazer com que o Estado volte a ser o instrumento para a imposição de um caminho social que não pretende seguir.

Por outro lado, grande parte dessa burguesia também tem a clara percepção de que suas vias de desenvolvimento autônomo estão bloqueadas por sua profunda associação com as corporações transnacionais estrangeiras, comandadas por um sistema financeiro sem peias.

Em tais condições, todas as tentativas de formular uma terceira via, entre a esquerda e a direita, que poderiam ser palatáveis para as classes sociais beneficiadas pelas políticas de transferência de renda e de aumento do salário mínimo petistas, parecem se bater contra barreiras intransponíveis.

Não por acaso, a proposta marinista de superar a polarização PT-PSDB, silenciosamente endossada por socialistas rosa-esmaecidos, descambou rapidamente para a proposta de liquidação do chavismo petista, algo talvez apenas inteligível pela extrema-direita tucana.

Apesar disso, seria ilusão pensar que essa polarização, real e aparentemente intransponível, empurrará o centro burguês para um provável programa de mudanças estruturais para a reeleição de Dilma.

Na verdade, como se torna cada vez mais evidente, o centro-burguês, espalhado pelo PMDB e por outros partidos, utilizará a chantagem extremada contra o pretenso chavismo petista para arrancar o máximo de concessões e evitar que o programa da candidatura Dilma inclua qualquer tipo de reformas estruturais.

Emergiram, porém, problemas diferentes daqueles existentes nas eleições de 2006 e 2010. É certo que o centro-burguês e parte da esquerda acham que estão ganhando e não se deveria mexer em nada, deixando tudo como está.

Mas é evidente a pressão da grande burguesia por um retrocesso, mesmo em políticas que pareciam consensuais, como a redução da taxa de juros, o Bolsa Família, e as parcerias público-privadas para a reconstrução da infraestrutura. O leilão de Libra, por mais que a esquerda da esquerda tenha se rebelado contra, se tornou o toque de finados de um tratamento civilizado do governo Dilma pela burguesia e um grito de alerta para barrar o propalado avanço estatizante.

Paralelamente, e talvez como um dos elementos de acirramento da inflexão da burguesia, terminou a paz das ruas.

Pelo menos aquela paz que só não era total porque as ações policiais contra o banditismo presente no seio da imensa ralé dão a impressão de o país estar em meio a uma guerra civil sem fim.

As manifestações de junho de 2013 colocaram milhões de pessoas de grandes e médias cidades reclamando de tudo, mas principalmente de mobilidade urbana, saúde, educação e segurança. De um momento para outro, o descenso das mobilizações sociais, que perduravam por mais de 25 anos, se transformou em nova ascensão.

Mesmo que ainda não tenha conquistado consistência programática, essa ascensão trouxe à luz aquilo que Ermínia Maricato repete há muito: cidades não são apenas espaços da luta de classes. São, por si sós, luta de classes.

Com mais de 80% da população concentrada em cidades médias e grandes, as aglomerações urbanas brasileiras se transformaram no principal berço de reprodução da força de trabalho e num mercado de disputa selvagem de valores de troca, que incluem o solo, habitações, transportes, espaços públicos e a própria vida humana.

Nas cidades, o capitalismo brasileiro coloca a nu sua natureza predatória, irracional e caótica. A especulação imobiliária empurra a periferia pobre para novas fronteiras sem infraestrutura alguma. E cria aquilo que Maricato chama de nó da terra, ardil da informalidade e juventude exilada.

Se olharmos com mais atenção para as manifestações de junho e posteriores, e para a crescente violência que, paradoxalmente, tem acompanhado a melhoria das condições de vida de milhões de brasileiros, incluindo o fenômeno black blocks, poderemos concluir que houve um erro sério nas prioridades governamentais referentes à reconstrução da infraestrutura do país.

Embora ferrovias, rodovias, portos e navios sejam essenciais para o desenvolvimento econômico, a infraestrutura e as reformas que deveriam ter ocupado a posição prioritária são aquelas referentes à mobilidade, saúde, educação, segurança e alimentos bons e baratos. Infraestrutura que, ao ser reconstruída, também proporcionaria uma importante alavancagem para o crescimento industrial e para o aumento da oferta de alimentos e outros bens de consumo corrente.

Foi esse, e continua sendo, o principal recado das ruas. Um recado que, para ser atendido, precisará de mais ação do Estado. E que, queiramos ou não, acirrará as contradições tanto com a grande burguesia quando com parte da burguesia média e pequena.

São essas modificações no processo de luta de classes, seja entre a burguesia e o governo, seja entre grandes massas populares e o processo de desenvolvimento em curso, que foram trazidas à tona pela nova ascensão da luta de classes.

E são elas que estão corroendo as alianças que levaram Lula e Dilma ao governo, e precisam ser substituídas por outras que tenham por base os atores sociais da base da sociedade que estão se movimentando. Nessas condições, 2014 tende a ser tão ou mais turbulento, desafiante e cheio de emoções que 2013.

Wladimir Pomar é escritor e analista político.

Leia também:

Jessé Souza: O rolê da ralé ameaça a fronteira de classes


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Comentários

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Mário SF Alves

“Valeu,companheiros,Franco Atirador e Mario SF Alves. Desculpem-me pelo atraso no agradecimento. Ocorre que só navego de vez em quando em computadores alugados ou quando consigo acessá-los na universidade( a título de economia, cortei a despesa da Internet para poder arcar com as despesas com a saúde). Um grande abraço!”

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Tá claro, Darcy.
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Faço votos de melhoras em tudo o que lhe for necessário. Estamos juntos nesse festival de vida, e pela vida em abundância, amigo.

Abraço fraterno.

Roberto Locatelli

O que está por trás de acabar com o “chavismo petista” é o golpe. Joaquim Torquemada é a ferramenta desse golpe.

DARCY BRASIL RODRIGUES DA SILVA

Não tenho dificuldade de acompanhar o raciocínio de Pomar. Primeiro, por conta de sua elogiável preocupação em escrever de forma clara,linear, valendo-se de vocabulário conhecido de todos, observando rigorosamente a estrutura introdução, argumento , conclusão, sem jamais rebaixar a qualidade da escritura. Segundo, porque fui formado pela mesma matriz ideológica que o formou,embora uns 15 anos mais tarde ,ainda que esteja Pomar atualmente no PT e eu esteja na vala partidária (lugar semelhante ao limbo em que purgam os comunistas sem partido, em um país em que não reconhecem nenhum partido comunista digno desta recomendação). Quando se lê algo de alguém que o escreveu com honestidade, como é o caso de Pomar, não faltarão passagens e avaliações corretas, com as quais possamos concordar. Por isso mesmo, um texto honesto, se converte mais difícil de rebater do que um texto vertido com desonestidade intelectual, uma vez que não é nosso desejo negar o texto como um todo. Por sinal , a quantidade de comentários superficiais e desrespeitosos para com o articulista surpreendeu. Uns, acusam Pomar de ser “petista”, pouco se preocupando com as ideias e fatos presentes no texto, estas sim, que deverima ser objetos de concordância ou discordância. Outros, o acusam subliminarmente de ser um petista inconsequente, mais uma vez, deixando de apontar as ideias e fatos presentes no texto que comprovam essa opinião. Pura expressão de ódio irracional ao PT, de um lado, e picuinha, de outro lado. O texto de Pomar, a meu ver, comete um erro ao lidar com o conceito de burguesia monolítica. Embora não exista uma burguesia nacional, no sentido de podermos vinculá-la a um projeto de construção soberana de uma nação, não é correto considerar o conjunto da burguesia brasileira como tributária da burguesia transnacional. Prefiro e refiro sempre a análise de Armando Boito que foi aquele, entre todas as análises que li a propósito da fisionomia econômica da burguesia brasileira, que melhor acertou no reconhecimento da existência de contradições entre as duas principais frações desta burguesia, uma efetivamente vinculada aos interesses do capital transnacional, identificada com o neoliberalismo, com as privatizações, e com o rentismo, e outra , a fração interna ou burguesia interna ( tal como o cientista social da Unicamp a designou) que tem se beneficiado das políticas neodesenvolvimentista praticadas pelos governos petistas. Não é difícil compreender que a primeira fração da burguesia, a neoliberal, identifica-se politicamente com o PSDB, DEM,PPS. A burguesia interna representa-se principalmente por partidos políticos como o PMDB, PL , PR, PP, enfim, precisamente os partidos de centro que compõem o espectro político em aliança com o PT. Vale observar que franjas desta “burguesia interna” fizeram-se ingressar dentro do próprio PT, constituindo uma corrente não-declarada, de que fazem parte filiados como o deputado Vacarias, por exemplo, e , muito provavelmente, alguns ilustres ministros. O governo do PT até aqui tem conseguido lidar e se valer das contradições evidentes entre essas duas frações burguesas para governar. Se devemos concordar, por princípio, com a afirmação de Pomar de que a burguesia como um todo não deseja o aumento da intervenção do Estado na economia e muito menos a edificação de um Estado de Bem Estar Social, penso que , em decorrência da necessidade de sobrevivência da citada “burguesia interna”, ainda há muita margem para negociação com essa fração burguesa, sem que se tenha que capitular ou se deixar chantagear pela mesma , como vem ocorrendo com o governo petista (reparem que a burguesia comercial ligada ao mercado interno, como os super-mercadistas, as empreiteiras, as construtoras, os pequenos e médios empresários, o setor calçadista, a tecelagem, o setor naval, etc, constituem elementos dessa burguesia interna que foram seriamente prejudicadas pela política de abertura neoliberal, e que muitos desses segmentos quase desapareceram nos anos de governos neoliberais, tendo sido resgatados pelas políticas neo-desenvolvimentistas e de desenvolvimento com base no crescimento do consumo dos governos petistas). A afirmação de Pomar de que o desenvolvimento com base do aumento do consumo já esgotou as suas possibilidades é, a meu ver, correta. Assim, de fato, coloca-se a questão da definição de uma nova etapa de desenvolvimento capaz de manter coesa a base de sustentação do governo petista. Não se trata , a meu ver, de buscar uma nova aliança com as ruas, já que esta aliança sempre deveria e deve ser a principal base de sustentação da esquerda, dentro ou fora do governo. Dito da maneira que disse Pomar, parece que o afastamento do governo das ruas teria sido algo inelutável, pré-meditado, decorrente de uma etapa necessária pela qual passaria um projeto de país que, com clarividência, concebera também a segunda etapa em que nos encontramos agora. Pomar faz confusão entre luta institucional e luta não-institucional. Essa confusão não apenas a faz praticamente toda a esquerda presente no governo, passando pelo PT e pelo próprio atual PCdoB, mas também a faz praticamente toda esquerda fora do governo, à “esquerda da esquerda”, segundo a expressão de Pomar. O PT enquanto governo, em sua luta institucional, sempre deveria – e, a meu ver, deve ainda- buscar implementar as alianças que consertou para poder governar o país, com o apoio do Congresso Nacional. A contestação esquerdista a essas alianças revela apenas falta de habilidade política, de capacidade de separar a luta institucional, onde tais alianças são aceitáveis, da luta não-institucional , onde tais alianças não são plausíveis. O PT, enquanto partido de massas, vinculado aos sindicatos, aos movimentos sociais, jamais deveria ter se afastado da tarefa de ser uma das forças comandantes e dirigentes das manifestações de ruas, ao lado dos demais partidos progressistas e de esquerda, como o PCdoB, Psol, PCB, PSTU , PCR, etc. As manifestações de rua deveriam ter ensinado certamente algo substancial aos dirigentes petistas e não-petistas da esquerda, uns que se deixaram cooptar pelo cretinismo parlamentar, outros, que assumiram a condição de uma espécie de patriarcalismo de esquerda, de paternalismo político em relação ao povo, para quem supostamente acreditavam governar, mas com quem preconceituosamente jamais pensaram em governar ( para o pequeno-burguês seja ele de direita , seja ele de esquerda, o homem comum não tem preparo, inteligência, conhecimentos e astúcia para deliberar, para ser senhor de seu próprio destino, necessitando, portanto,ser tutelado, para o bem ou para o mal). O que essa lição deveria revelar é o poder inestimável que dormita em meio a uma enorme quantidade de forças sociais populares que só foram consultadas e chamadas a atuar até agora nos momentos eleitorais. Essas forças jamais deveriam ter ficado de fora das consultas feitas pela esquerda que está presente no governo, mesmo essa esqurda acreditava , como acredita, que as contemplava com programas sociais voltados para elas, como o Bolsa Família, o Prouni, as políticas afirmativas de cotas raciais,etc. Essas forças não podem igualmente continuar a ser somente consideradas a partir das insatisfações reveladas por elas nas ruas, relativamente aos problemas de mobilidade urbana, educação, saúde, etc. Nelas devemos provocar e encontrar o despertar de milhares de novos líderes, capazes de catalisarem o processo de mobilização, conscientização e organização do povo em defesa não somente de um programa de reformas nas áreas supra-citadas, mas também de um programa de construção de um novo tipo de sociedade, que a faça , por exemplo, compreender a necessidade de integração latino-americana no âmbito de uma nova organização federativa representativa do ideal da Pátria Grande e de um novo modelo político, econômico e social a ela associado. Quanto à burguesia interna, esta sim, é que deve ser chantageada pelas oportunidades que esse processo de desenvolvimento das forças produtivas lhe proporcionariam e que elas jamais conheceriam se ouvissem o canto da seria da fração neoliberal e, sobretudo, pela mobilização das ruas , desta vez, estimuladas por uma frente de esquerda que , finalmente, deixou de confundir a luta institucional com a não-institucional. Se não houvesse essa confusão, os militantes do PT saberiam distinguir o programa de governo da presidente Dilma, por exemplo, do programa de reivindicações do movimento sindical e dos movimentos sociais, de um modo geral, ou, ainda, distiguir ambos programas, do programa partidário. Somente assim compreenderiam que um dirigente sindical não deve abdicar de lutar e pressionar o governo , porque supostamente esse governo é comandado por uma “companheira”. Pelo contrário, sem a pressão vinda das lutas das ruas, do movimento sindical , com seus protestos e suas greves etc, como ficou demonstrado, o governo comandado pelo PT se desvirtua, converte-se em um governo social-liberal, refém dos chantagistas de centro, refém da governabilidade de gabinete. E mais, a luta não-institucional, a luta que se trava nas ruas, deve ser o centro de gravidade da atuação de um partido autenticamente socialista, mesmo que seja desse partido a chefe do executivo, a presidenta da república. A “esquerda da esquerda” deveria, por sua vez, compreender que não é porque não concordam com as alianças institucionais do PT e do atual PCdoB que não devem aliarem-se a eles na luta para organizar, mobilizar e organizar o povo. Essa dupla consciência, ou seja, primeiro, por parte da esquerda que apoia o governo Dilma, segundo, por parte da esquerda que não apoia esse governo, poderia ampliar exponencialmente a nossa capacidade de mobilizar as ruas em torno de um programa comum, com que todos concordam, ou seja, em torno do projeto de construção de uma Pátria Livre na América Latina, que passa por lutas por reformas sinalizadas pelas manifestações de 2013.

ATÉ UM DIA , COMPANHEIROS. ESTOU SEM INTERNET, TENDO QUE USAR O COMPUTADOR DE TERCEIROS, DE AMIGOS. ESTOU SEM ÂNIMO PARA LER, E, QUANDO O FAÇO, TERMINO POR FICAR DEPRIMIDO. SEM O POVO, INÚTIL SERÁ TENTAR MUDAR O PAÍS. UM ABRAÇO!

    FrancoAtirador

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    Grande Darcy Brasil.

    Sempre com suas análises oportunas e extremamente procedentes.

    Deprimido ou não, apareça sempre, para nos dar uma lúcida lição.

    Um abraço camarada e libertário.
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    Mário SF Alves

    Sigo com o Franco.

    Bem vindo, amigo!

    DARCY BRASIL RODRIGUES DA SILVA

    Valeu,companheiros,Franco Atirador e Mario SF Alves. Desculpem-me pelo atraso no agradecimento. Ocorre que só navego de vez em quando em computadores alugados ou quando consigo acessá-los na universidade( a título de economia, cortei a despesa da Internet para poder arcar com as despesas com a saúde). Um grande abraço!

    Lafaiete de Souza Spínola

    Caro Darcy Brasil!

    Não desista, pois os blogs necessitam análises desse quilate.

    As pessoas têm preguiça de ler um texto que comenta a realidade!

    Vive-se de frases de efeito, de slogans.

    Não acredito que haja mudança no perfil dos partidos.

    Passei a publicar um tópico: PRECISAMOS DE UM NOVO PARTIDO!

    Partido onde o povo deixe de ser manipulado, passe a ser o ator!

    Poucos dão importância ao assunto, pois a indiferença alastra-se como a erva indesejada do jardim.

    Posso discordar, um pouco da sua visão, pois sou mais pessimista. Mas, apesar das ervas, não devemos abandonar o jardim. Ele precisa ser cuidado e regado!

    Mário SF Alves

    Aí é que está, prezado Lafaiete. Não precisamos de mais partido algum. Bastam-nos os que aí estão. Basta que cumpram com o que determina a Constituição Federal da República Federativa do Brasil.
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    Basta isso. É a Carta de direitos e deveres de todos os brasileiros. Sem ela não existe Nação. E claro, as condicionantes para que tal meta e tal realidade se concretizem.

    Chega de palanque para promessas vazias, destituídas de intenção.

    Ao votarmos, seja em que partido ou candidato for, votamos como cidadãos. E é ela, a Constituição que nos dá a exata dimensão de nossa cidadania. Qualquer um, qualquer político ou partido, uma vez eleito, que a descumpra, sabote ou que não a faça cumprir é, e deve, de antemão, ser considerado estelionatário, sonegador, incapaz ou ladrão. E por isso, devida e legalmente processado.
    _____________________________________________
    É lógico que este cenário e meta é utópico. Mas… deveria ser? E o que fazer para torná-lo realidade?

    E o raciocínio não conta? Não vale de nada?

henrique de oliveira

As mobilizações de Junho foram feitas pelas elites vagabundas , o povão quando percebeu que era massa de manobra das elites e da midia cairam fora ai entrou o que voce chama de fenômeno e que eu chamo de vandalos da elite, os black bostas como são chamados na periferia , tem sim que haver mais transferencia de renda , se não der para o povo essa turma rouba . é por isso que se tucano ganhar as eleições eles acabam com isso , pois os bolsas da vida lhes tirou parte da grana que era roubada.
Agora chamar essa truma de elite dominante , ja é demais se fossem dominantes não perderiam eleições seguidas.

FrancoAtirador

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ANAUÊ!

    Mário SF Alves

    Franco, meu prezado Franco, não entendi patavinas. Então é essa a resposta que melhor convém à analise do Pomar. Veja bem, tô falando do Pomar, Wladimir. E não daquele outro, o agroquímico, onde nem as mangas têm mais aroma e sabor.
    ____________________________
    Abs.m

    Mário.

    FrancoAtirador

    .
    .
    Mestre Mário.

    Fiz referência à foto postada pelo Viomundo, acima do artigo.

    Quanto ao texto do Vladimir, não encontrei o que comentar.

    Ele deixou de lado três pontos fundamentais, em todo o Processo:

    1) A relevância da manipulação da Organização Midiática Criminosa;

    2) A influência política do Departamento de Estado Norte-Americano;

    3) O interesse financeiro das Corporações Econômicas Ocidentais.

    Um abraço camarada e libertário.
    .
    .

    FrancoAtirador

    .
    .
    Em tempo:

    Deves ter obviamente observado na foto,

    que o ‘Duce Fuhrer’ de bigodinho, ao centro,

    é nada mais, nada menos que Plínio Salgado,

    a quem a massa amorfa reverencia sem nem saber.
    .
    .

    Mário SF Alves

    Valeu, companheiro. Mais uma vez, obrigado.
    _________________________________
    Pois é, a ideologia desse do bigodinho é a carta na manga a ser usada sempre que a coisa capitalista desanda. Desandou em 39, tome bigodinho [aliás, esse, que era só mais um instrumentinho nas mãos do Mal, acabou por incorporar o próprio Mal]; desandou com a revolução dos bits e bytes/crise de 2099, tome outro ensaio geral de bigodinhos. Ah, a história do capitalismo tá cheia de bigodinhos. Teve até bigodinho postiço da CIA em 64!
    ___________________________________________
    Saudações [quimericamente] democráticas.

    Mário SF Alves

    Ôpa! Crise de/iniciada em 2008.

Edson (BH)

Embora ferrovias, rodovias, portos e navios sejam essenciais para o desenvolvimento econômico, a infraestrutura e as reformas que deveriam ter ocupado a posição prioritária são aquelas referentes à mobilidade, saúde, educação, segurança e alimentos bons e baratos. Infraestrutura que, ao ser reconstruída, também proporcionaria uma importante alavancagem para o crescimento industrial e para o aumento da oferta de alimentos e outros bens de consumo corrente.
Chaves fez isso. E a agora a burguesia interna e externa estão sabotando o abastecimento do país.

Maria Libia

Wladimir Pomar se esconde atrás de escritor e analista político, porque se envergonha de dizer qual o partido rola-bosta a que pertence. Aquele partidinho rola-bosta que ajuda a direita por puro ódio do LULA.

    Mário SF Alves

    Peraí. E isso invalida a análise?

    Por quê?

Lafaiete de Souza Spínola

EDUCAÇÃO,FINANCIAMENTO PRIVADO, MOBILIDADE ETC.

Educação: consideramos a prioridade o investimento maciço na educação básica!

Mobilidade: Temos que dar maior atenção ao transporte de massa!

Financiamento privado: Já defendemos, aqui, várias vezes, o financiamento público, exclusivo, para as eleições.

Não há dúvida, que o financiamento público exclusivo para as eleições é um míssil contra a corrupção que se tornou, faz décadas, numa praga que devasta a nossa frágil democracia.

A rejeição ao relatório apresentado com essa finalidade demonstra que grande parte dos políticos ligados à imprensa não aliada com a verdade, em íntima e comprometedora parceria, é contra, apenas, visando tirar vantagens eleitorais com o privilégio do financiamento privado.

É a famosa troca de favores! Engana aos desavisados, quando declara que é um absurdo usar os parcos recursos públicos para o financiamento de eleições. Só, não esclarece que para 2014, já se estima um gasto aproximado a seis bilhões de reais que, além de mal distribuído, esses eleitos ficam comprometidos financeira e moralmente com seus financiadores.

Surgem, então, obras superfaturadas, mal feitas, aquelas que nunca terminam, outras que nunca foram iniciadas e constam como prontas. Concluindo: o gasto é maior com obras, e os serviços piores. Isso é, apenas, um bom início para mudar tudo que aí está.

Financiamento público exclusivo para as eleições, possibilitando a independência financeira dos partidos e inibindo a nefasta troca de favores, é indispensável.

Considero, também, que esse financiamento público não deve ser manipulado pelos tradicionais caciques. Precisamos, portanto, de uma reforma política para democratizar os partidos.

José Ricardo romero

O PT , Lula e Dilma, cometeram um erro gigantesco ao instituir o mecanismo de governança que eles chamam de republicanismo. Armadilha sorrateira da direita e dos políticos balcão de negócios, como os do PMDB, o comportamento republicano de bom mocismo do governo que confunde lamentavelmente este mecanismo com democracia, encapsulou a governança tornando-a refém dos interesses alheios aos que se esperava do PT e da esquerda. O republicanismo é o anzol em que o PT e o governo estão sendo fisgados para sair do seu meio. E quem manipula a vara são os interesses capitalistas e do neoliberalismo econômico. Se o governo não sabe como aliar-se mantendo a dignidade, a retidão dos propósito que foram traídos, não serei eu a ensiná-los porque não sou político. Político é coisa de profissional. Tudo o que posso dizer é que este governo e seu partido foram incompetentes.

    Roberto Locatelli

    Assino embaixo. Ao invés de se submeter às alianças com a direita, o PT deveria reforçar seus laços com o movimento popular.

    Tomemos o exemplo de Cristina Kirchner. Ela não enveredou pelas alianças no nível que o PT enveredou. As alianças de CK são com o movimento popular e as centrais sindicais. “Ah, mas a correlação de forças lá é diferente”. Bela desculpa. A tal ‘correlação de forças’ é dinâmica e é construída pelas forças em luta.

    O PT, há muito, optou por retirar-se do movimento popular. Desse jeito, a correlação de forças nunca vai avançar, obviamente.

Roberto Locatelli

O articulista faz coro com Miriam Leitão, Sardenberg e outros: “o modelo baseado no consumo está esgotado”. Tecla SAP: é preciso estancar a distribuição de renda.

Além disso, Pomar não compreendeu que as mobilizações de junho são da extrema-direita conectada com Washington (black-blocs-tucanonymous-ninjas-eixos-quebrados).

    Véio zuza

    É isso aí… a nova moda é o “rolezinho”… o lumpezinato aliado aos playboyzinhos de sempre…é o okupa Iguatemi…hehehehehe… depois vem um Rajoy, com muita sorte; com menos, um Fujimory da vida…
    hehehehe

    Lucas G.

    ué, distribuição de renda agora é igual a consumo? para ter acesso à saúde é preciso “consumí-la”? haja neo-liberalismo para defender esse tipo de pensamento.

    já sua paranóia acho que só se resolve com remédio. Uma vez num hospital psiquiátrico conversei com uma pessoa que pensava que a Globo a perseguia com câmeras secretas. Mas acho que para o PTismo isso é normal: povo é sinônimo de cartão do bolsa família. Pessoas na rua é sinônimo de “obstáculo para a eleição”, basta ver o que aconteceu com o MST desde 2002.

augusto2

Todos perceberão que, a SER VERDADE isto, a ser verdadeiro o centro do raciocinio de Pomar… entao a administraçao e o congresso que tomarem posse a partir de 2018, terão de imediato pela frente um OUTRO patamar e outro ritmo de reivindicaçoes e exigencias do povo urbano…
E entao das duas uma: ou atende-lo em curto espaço de tempo … OU só mesmo com muita ORDEM e porrada vao manter o que retrocesso com q hoje sonham.
Dito de outra forma, ou virá evoluçao dos serviços publicos ou havera
o fim desta precaria mas efetiva democracia.

    Mário SF Alves

    Inclino-me a pensar de igual forma e função. Valeu, augusto2.

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    Quanto ao mais, tirando uns 10% de forçação de barra, ou pressa, sei lá, diria 90% do problema o Wladimir equacionou e explicitou.

Mauro Silva

Caros Azenha e Pomar
O “chavismo-petista” é chavismo abrasileirado em que, diferentemente da Venezuela, tem-se Governo Federal e Estatais Federais a financiarem o baronato midiático que só os ataca com anti-notícias, isto é, mentiras deslavadamente repercutidas em forma de ‘notícias’ pelo cartel das empresas de jornalismo.
Enfim: pagam para apanhar!
A turma dos quintas-colunas da social-democracia, os oportunistas infiltrados(?) no Governo (os supostos ‘equilibrados’ do PT-‘pink’), sempre deploráveis, e por razões injustificáveis, defendem esse ‘financiamento’ da máfia midiática como algo “republicano”.

emerson57

sem lei de mídia, nada feito.
justifico:
quem tiver o sinal, assista um pouco de Telesur.

Francisco

Excelente artigo e por sinal lúcido e preocupante. É a reprise de 64.

Mauro Assis

Lá vem de novo essa prosa de dizer que a Zelite tá contra o governo, que o governo petista ameaça o poder econômico do andar de cima.

Isso no ano em que a Dilma retomou as privatizações (ops, concessões, concessões!), subiu os juros, segurou o preço dos combustíveis, prorrogou e ampliou os incentivos fiscais a setores diversos da indústria etc etc.

Porque a turma do andar de cima seria contra o bolsa família? Esse põe um montão de dinheiro na economia que por sua vez vira consumo e vai parar no bolso de quem mesmo?

Zentem, vão por mim: a “burguesia brasileira e estrangeira” ama o PT!

    vinicius

    Mauro, você mora onde? No Brasil?
    Onde você busca informações? Na Rádio que Troca Notícias!?!?!

    Fala sério, companheiro!!!
    A Zelite brasileira e estrangeira gostam do PT!?!?!?!
    De onde você tirou isso!?!?!

    Mauro Bento

    Sr. Mauro Assis.
    Na minha opinião não trata-se apenas do Executivo,
    o Judiciário com protagonismo político,
    e o caráter disforme do Legislativo
    refletem uma tentiva de fortalecimento
    institucional do neo-liberalismo,
    inclusive leis pró-mercado.

    Mário SF Alves

    Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk….

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    Desculpa aí, Mauro, mas a gargalhada foi inevitável.
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    Francamente, não dá pra acreditar que você pense assim. Não dá mesmo.

    Abel

    Tambem nao sei onde voce mora, mas por aqui dizem os que sabem (observadores das politicas economicas na America Latina ), que é exatamente isto. O grande capital nacional e internacional necessita d’uma sociedade estavel para continuar trabalhando tranquilamente. As amelioraçoes no campo social sao condiçoes basicas para conterem as pressoes populares caso a “panela” queira esplodir. Quanto as outras categorias prefiro nao fazer comentarios, o caso é muito flutuante, o movimento oscilatorio, um “mursum” nas maos sem areia para compriend-lo.

Mauro Bento

Que belo exemplo de enriquecimento do debate político, uma análise orientada pelo materialismo-dialético.
A mudança da correlação de forças internacional realinhou o posicionamento político das burguesias nacional e transnacional.
Não é mais necessária a contraposição dos modelos do “chavismo-bolivariano” contra o “bom esquerdismo comportado de Lula/Dilma” (lembram do –Lula,este é o CARA), realinhando a burgursia nacional e sua representação política ao neo-liberalismo internacional, coincidentemente combatendo o “chavismo(sic) do PT”.

valdeci Elias

2014 , a seleção brasileira vai ser HEXA, e Dilma vai ser BI. :>)

Mário SF Alves

“Por outro lado, grande parte dessa burguesia também tem a clara percepção de que suas vias de desenvolvimento autônomo estão bloqueadas por sua profunda associação com as corporações transnacionais estrangeiras, comandadas por um sistema financeiro sem peias.”

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Pura lucidez. Tenha certeza disso, sr. Wladimir. Análise completa. Clara. Cristalina.
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Percepção exata do capitalismo subdesenvolvimentista naZional. Percepção exata das causas do engessamento do poder hegemônico em superá-lo. Percepção exata da incapacidade dos representantes conservadores em formular um projeto de país que convenha TAMBÉM ao povo deste imenso, riquíssimo e injusto país.

Conhecer a realidade. É disso que se trata. É isso o que se nos impõe enquanto cidadãos ou enquanto políticos em relação à História e ao futuro deste país.

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Enxergar a realidade. Valsar com a realidade. Sem isso, quando muito, só se perceberá o vento e não se verá os moinhos. Moinhos moedores de história; moinhos moedores consciências; moinhos moedores de gente.
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Voltando ao tema: “Por outro lado, grande parte dessa burguesia também tem a clara percepção de que suas vias de desenvolvimento autônomo estão bloqueadas por sua profunda associação com as corporações transnacionais estrangeiras, comandadas por um sistema financeiro sem peias.”
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Tá. E daí? Fazer o quê? Qual o candidato de direita, conservador disfarçado de progressista ou anti PT-Bolivariano-Hugochavista, poderia romper o referido bloqueio/engessamento?

Diante de tão retumbante e rotunda impossibilidade, resta a dúvida, resta saber com que máscaras os conservadores se apresentariam pro baile? E, detalhe: máscara de rede já não serve mais.
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Seja como for, de uma coisa já se pode ter certeza: as máscaras [de tão usadas] estão ficando cada vez mais rotas, indesejáveis e conhecidas.

    Abel

    Exatamente Mario, esta é uma parte da questao; qual à proposta dos que nao “querem”?

    Mário SF Alves

    Você sabe Abel. A proposta é a ausência de proposta. E não há, exatamente porque não pode haver. Questão de limite. Rígidos limites. Sem projeto de nação para o Brasil. O MÁXIMO que os opositores fariam, quando muito, seria a desconstrução gradual, menos traumática possível, do lulismo.

    Após isso, a festa. Após isso, a entrega definitiva do Brasil aos gringos anglo-saxões.

    Mas que virão mascarados, ah, isso virão. Vai ter máscara de progressista, de radical de esquerda e de liberal conservador. Todas rotas, manjadas e maltrapilhas.

    Pena que sejam apenas isso: neoliberais e oportunistas, eternamente mascarados. Nenhum deles tem coragem de mostrar a verdadeira face. E eles sabem muito bem porque. Sabem que não podem dizer a verdade. Sabem que não têm poder para mover uma palha pela superação da ideologia subdesenvolvimentista que os nutri e mantêm.

    Enfim, “têm a clara percepção de que suas vias de desenvolvimento autônomo estão bloqueadas por sua profunda associação com as corporações transnacionais estrangeiras, comandadas por um sistema financeiro sem peias.”

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