Pimentel: Os cidadãos são os verdadeiros donos do poder em Minas

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Pimentel: “Cidadãos são os legítimos donos do governo”

da Assessoria de Comunicação do PT-MG, via e-mail

Belo Horizonte (1º de janeiro de 2015) – O governador Fernando Pimentel (PT) defendeu um governo aberto e participativo em seu discurso de posse hoje, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Segundo o governador, cidadãos são os legítimos “donos do governo”. A solenidade de posse teve a participação especial do cantor Flávio Renegado, que cantou o Hino Nacional.

Bastante emocionado, Pimentel reafirmou que pretende imprimir a participação popular como principal característica de seu governo. “O governo é de todos e deve servir a todos, sem privilégios, com equilíbrio, sem domínios e sem encastelamentos. Quanto mais o estado se abre, mais ele se fortalece, pois torna-se controlado por seus únicos e legítimos donos: os cidadãos”, garantiu.

De acordo com o governador, o grande desafio do estado é reformular a maneira de governar, tirando a administração do isolamento e rompendo com “essa política analógica e antiquada”. Pimentel também defendeu a ampliação de parcerias entre governo e empreendedores. “Contem com um governo parceiro. Quanto mais fortalecida a economia, mais forte o estado”.

Em seu discurso, o governador anunciou a criação de um núcleo executivo que irá apresentar, dentro de 90 dias, um balanço sobre a real situação do estado. Ainda de acordo com ele, esse núcleo irá divulgar anualmente balanços de todas as áreas do Executivo para “tornar o estado mais auditável” e auxiliando na elaboração de metas e projetos para cada região de Minas Gerais. “Para isso, vamos contar com a contribuição de empresas e instituições reconhecidas para fazer uma avaliação precisa e objetiva sobre a situação do nosso estado. Não se trata de auditoria de contas públicas, mas de algo muito maior. Será uma explicitação do ponto do qual estamos partindo como sociedade”, declarou.

Ao final de seu pronunciamento, Pimentel disse que quer entrar para a história como o “governador da participação popular”. “Conclamo a todos a participarem ativamente da nossa construção de futuro. Confesso que só poderei me sentir verdadeiramente realizado se conseguir tornar esse o governo da participação. Quero ser lembrado como aquele que deixou uma forma de governar mais aberta e participativa. Que Deus nos proteja e ilumine nessa tarefa”, disse.

Os secretários de governo de Fernando Pimentel também prestigiaram a cerimônia e falaram sobre os desafios e as prioridades estabelecidas pelo governador em cada área. A valorização do funcionalismo público, com destaque para os professores, é a meta da nova secretária de Educação, Macaé Evaristo. “Existe uma expectativa do povo mineiro e sabemos que precisamos trabalhar na valorização dos professores, da nossa educação. Espero que possamos fazer um bom trabalho alinhado ao governo federal”, disse.

Paulo Guedes, que vai comandar a secretaria de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais, destacou a importância do governo realizar um grande trabalho para integrar todas as regiões do estado. “A secretaria tem esse papel. Meu trabalho vai ser unificar essas regiões para melhorar o Índice de Desenvolvimento Humano IDH), gerar empregos e oportunidades”.

Um dos coordenadores da equipe de transição, Marco Antonio Resende, é o novo secretário da Casa Civil. Além da qualidade, a integração da nova equipe vai ser um ponto positivo na construção do governo de Fernando Pimentel. “Vamos partir com uma equipe coesa com o governador no sentido de dar ao estado as respostas que a população precisa”. Responsável por presidir a cerimônia, o deputado Dinis Pìnheiro (PP) falou sobre a integração entre os poderes e parabenizou Fernando Pimentel por sua eleição.                                                                                                               

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Íntegra do discurso do governador Fernando Pimentel na cerimônia de Transmissão de Cargo

do site da Agência Minas

A minha primeira palavra hoje para cada um de vocês aqui é obrigado, muito obrigado!

Se hoje assumo a missão de governar o nosso Estado pelos próximos quatro anos é porque o povo mineiro me trouxe até aqui.

E devo agradecer essa confiança que eu recebo com gratidão, mas também com enorme senso de responsabilidade. Obrigado mineiros e mineiras por sonharem junto comigo um Estado mais integrado, mais próspero, mais justo.

Obrigado a todos. Aos mais próximos. Aos meus familiares que estão aqui, minha irmã, meus filhos, Mathias e Irene, minha querida Carol, meus companheiros de militância, meu amigo e vice-governador Antônio Andrade, a todos que se empenharam pelo resultado que hoje celebramos, mas também obrigado aos mineiros e mineiras das regiões mais distantes que se uniram a nós e construíram esse triunfo que não é pessoal, mas é, sim, uma conquista coletiva, um governo eleito pelo anseio de participação de todos os mineiros e de todas as mineiras. Obrigado por compartilharem comigo seus desejos e suas esperanças. Nós estamos juntos nessa caminhada e assim continuaremos nesses próximos quatro anos, se Deus quiser.

Meus amigos e minhas amigas, os governos normalmente se definem e definem seu lugar na história pelos avanços que conseguem conquistar. São as transformações concretas, os benefícios palpáveis, as mudanças reais e objetivas para melhorar a vida das pessoas que constituem a marca de qualquer gestão, mas os governos possuem também aspectos simbólicos e o primeiro simbolismo dessa jornada, que agora se inicia, eu quis enfatizar com a minha própria chegada nessa cerimônia.

Não chego sozinho a este que é o mais honroso posto que um mineiro pode aspirar, o de representante da nossa querida Minas Gerais. Fiz questão de chegar a esse palácio, cruzando a Praça da Liberdade, ao lado de mineiros e mineiras de todas as regiões, de diferentes credos, de diferentes etnias e classes sociais.

Mineiros que foram ouvidos, que participaram ativamente da construção desse novo caminho que hoje se inicia, que compartilharam seus conhecimentos e suas experiências comigo. Mas, sobretudo, que desejam que essa terra seja mais generosa, mais aberta, mais carinhosa com nosso povo. Esperam de nós, homens públicos, retidão, presença e compromisso. Esperam um governo que seja realmente de todos.

Mais do que um gesto simbólico, nessa caminhada, eu assumo a posição para qual fui eleito lado a lado com esses mineiros e mineiras que representam todos os filhos da nossa terra. À dona Lavínia que está aqui, que veio lá do Norte, lá do São Francisco, quero dar a minha palavra de que seremos mais presentes e atenciosos com a região dela. Está aqui conosco a Kelly, do Aglomerado da Serra, e eu quero levar para ela e para todos o meu compromisso de levar aos bairros mais necessitados do nosso Estado, de todas as cidades, soluções para que todos tenham uma casa digna e o respeito que merecem. Está aqui conosco seu José Mário, produtor de queijo lá na Serra da Canastra, não é seu José Mário? Tivemos juntos lá. Quero garantir a ele, e ele tem que ter a certeza de que os produtores rurais do nosso Estado terão um governo que vai honrar a atividade deles.

A todos os mineiros e a todas as mineiras o compromisso nosso, meu e do Antônio Andrade, de que serão ouvidos sem nenhum tipo de discriminação. Eu disse na campanha e quero repetir aqui e agora, Minas Gerais não tem dono, não tem rei, não tem imperador. Engana-se quem imagina que pode subordinar a vontade dos mineiros. Soberano nessa terra é o povo que aqui habita e que faz desse Estado o coração do Brasil. Por isso, cheguei a essa solenidade da mesma forma com que percorri, eu e o Antônio Andrade, todo o Estado ao longo dessa campanha memorável de 2014, com humildade, com dedicação, ouvindo meus conterrâneos e caminhando, lado a lado, com todos os mineiros e mineiras.

Tenho a consciência de que o povo de Minas não escolheu uma pessoa, mas sim um ideal, o de um Governo mais próximo às pessoas, um governo do nós e não do eu, um governo de todos.

Meus amigos e minhas amigas, essa sacada aonde eu estou não é um ponto de chegada, não é um ponto de partida, não é trampolim para lugar nenhum. Esse é apenas mais um passo de uma caminhada longa, mais uma etapa da jornada que começou muito antes de nós e que não vai se encerrar conosco.

Portanto, aqui e agora, vamos render nossas homenagens a todos aqueles que lutaram por Minas e pelo Brasil, e que se sacrificaram pela liberdade, pela democracia e pelos Direitos Civis. Que a memória e o exemplo desses heróis nos inspirem na busca sempre, permanente, de um Governo aberto, democrático e participativo, que não ficará trancado nos gabinetes e nem será refém de planilhas e de números, um Governo de todos.

Ao longo desse ano nós repetimos diversas vezes e vou dizer de novo aqui: as ruas sabem muito mais do que os gabinetes. E a grande mensagem do povo mineiro nessas eleições foi de que todos somos iguais, todos temos o direito de participar, todos queremos e iremos influenciar as decisões do Governo. Nesse início do século XXI, o mundo atravessa grandes transformações, a sociedade está conectada e as pessoas nas redes sociais, em casa, no trabalho, nas escolas, possuem ferramentas tecnológicas que permitem expressar cada vez mais o que elas querem. Está todo mundo ávido por participar. Por isso, a forma de Governo tem que mudar. A mudança não é apenas a posse de um novo governador, mas é a criação de um novo conceito de governar.

O Governo do novo, do contemporâneo, do mundo em que vivemos não é aquele governo que se escora e se esconde atrás de castas sejam elas tecnocráticas, sejam elas do poder econômico. Um governo do novo é o que se reinventa e tem como premissa fundamental a de ouvir mais, de se abrir mais e de empodeirar os únicos e verdadeiros donos do poder, os cidadãos e as cidadãs de Minas Gerais.

Quero ser o governador que não será uma voz, mas, sim, um porta-voz, um porta-voz da vontade popular. Para isso, vamos criar e fortalecer canais de participação, de comunicação, de interferência e de influência nas decisões de poder. O governo do novo, o governo que queremos tem que atuar como uma grande e pulsante plataforma interligada interativamente com as pessoas.

Essa é a minha missão, esse é o meu compromisso: menos poder para o governo, mais poder para as pessoas. Menos poder para poucos, mais poder para todos. O futuro das pessoas não tem que estar nas mãos, às vezes arbitrárias, dos governos. Os governos é que têm que estar nas mãos das pessoas, através de soluções tecnológicas, de processos políticos que garantam a participação de todos e deem forma a esse desejo coletivo de colaborar e de participar.

Meus amigos e minhas amigas, eu quero reafirmar agora, nesse momento, os compromissos da jornada eleitoral que empreendemos juntos, eu e meu vice-governador, companheiro e amigo, Antônio Andrade. Faço, em nosso nome, mas também em nome de todos os que acompanharam essa coligação vitoriosa. Assumo o compromisso de valorizar e dialogar com o funcionalismo público do Estado. Assumo o compromisso de transformar os hospitais regionais não em projetos de propaganda, mas em equipamentos úteis em todas as regiões, e de expandirmos o atendimento médico para toda a população. Assumo a meta de levar escolas infantis e ensino técnico para todo o Estado. Assumo a tarefa de aumentar a eficiência e a eficácia do nosso aparato de segurança. Assumo o compromisso de dialogar, de forma transparente e republicana, com todos os prefeitos e ajudá-los na busca por soluções para suas cidades. Assumo, enfim, este que é o maior desafio da minha vida pública, consciente de que não é possível fazer tudo, mas com a determinação de fazer tudo que for possível.

Nós sabemos que vamos enfrentar uma quadra difícil em nosso país, em nosso Estado. Mas eu quero aqui renovar as minhas mais profundas esperanças em nossa terra, em Minas e no Brasil. Nessa manhã, ainda há pouco, na Assembleia Legislativa, mencionei a admirável construção política e sólida que foi Minas Gerais, construída a nossa terra, nosso território, nosso Estado. Nós não somos apenas Minas, mas também não somos só as Gerais. Nós somos um todo, porque somos Minas Gerais e Minas Gerais sempre foi maior do que os indivíduos.

Minas Gerais sempre foi mais forte quando assumiu e colocou o interesse de seu povo acima de qualquer outro. Quero iniciar uma nova etapa, a de um governo de todos para o bem de toda Minas Gerais. E mais do que nunca, eu vou contar e preciso contar com o apoio da nossa gente para compartilhar essa tarefa histórica: transformar nosso Estado em uma terra cada vez mais justa, mais próspera, mais solidária e mais fraterna.

Vamos todos juntos fazer o governo de todos e que Deus nos ilumine e guie nossos passos.

Viva Minas Gerais!

Muito obrigado!

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Comentários

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Messias Franca de Macedo

… Governador Fernando Pimentel,

exija que as primeiras instâncias jurídicas de Minas Gerais julgue, imediatamente, o MENSALÃO do PSDB mineiro, ali sim, dinheiro público surrupiado, Bemge, Cemig, Copasa…

Ou o senhor irá permitir que também nas Alterosas continue ressoando o indignado clamor da nossa presidente?

“Soltos, todos soltos [os DEMoTucanos]!”

Messias Franca de Macedo

BOMBA! EXTRA!…

“O editorial que você não vê – nem de longe! – nas organizações Globo!

“E nem que a vaca tussa!”

“Soltos, todos soltos!”

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A pá de cal na carreira política de Aécio

SEX, 02/01/2015 – 12:15

ATUALIZADO EM 02/01/2015 – 14:21

Luis Nassif

A carreira política de Aécio Neves – ou ao menos suas pretensões de voltar a se candidatar à presidência da República – terminará nos próximos dias.
Sua declaração recente, apresentando o governador de São Paulo Geraldo Alckmin como o próximo candidato do PSDB, foi mais que um gesto de elegância: respondeu a uma avaliação realista do que o espera pela frente.
Não se sabe bem o que virá da Lava Jato.
(…)
O fantasma que persegue Aécio Neves atende pelo nome de “ação penal 209.51.01.813801-0”.
Em 8 de fevereiro de 2007 foi deflagrada a Operação Norbert, visando apurar denúncias de lavagem de dinheiro na praça do Rio de Janeiro. Conduzida por três jovens brilhantes procuradores – Marcelo Miller, Fabio Magrinelli e José Schetino – foi realizada uma operação de busca e apreensão nos escritórios de um casal de doleiros do Rio de Janeiro.
No meio da operação, os procuradores se depararam com duas bombas.
A primeira, envolvia o corregedor do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Carpena do Amorim.
(…)
O segundo fio foi puxado quando os procuradores encontraram na mesa dos doleiros uma procuração em alemão aguardando a assinatura de Inês Maria, uma das sócias da holding Fundação Bogart & Taylor – que abriu uma offshore no Ducado de Linchestein.
Os procuradores avançaram as investigações e constataram que a holding estava em nome de parentes de Aécio Neves: a mãe Inês Maria, a irmã Andréa, a esposa e a filha.
O caso parou na gaveta de Gurgel.
No próximo mês deverá ser apreciado pelo atual PGR Rodrigo Janot. Há uma tendência para que seja arquivado. Alega-se que Aécio não seria titular da conta – que está em nome de familiares – mas apenas beneficiário. Certamente não se levantará a versão jabuticaba da “teoria do domínio do fato”, desenvolvida pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Arquivado ou não, certamente será a pá de cal nas pretensões políticas de Aécio.

FONTE: http://jornalggn.com.br/noticia/a-pa-de-cal-na-carreira-politica-de-aecio

Paulo Brasil

Governador, espalhe ferrovias para desenvolver o turismo e transporte de cargas por toda Minas Gerais.

Silvano

Desejo sucesso ao novo governador de Mina. Sei que ele vai ter dificuldade com o pig mineiro, mais o povo está ao seu lado e isto é o mais importante. Mais tem que mostrar todas as maracutaias dos tucanalhas para o povo. Assim eles vão conhecer por quem era governado. Um bando para ser mais realista.

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