Paulo Nogueira Batista Jr revela conversa a sós com Lula sobre o Irã, em 2010: ‘Não havia como confiar na palavra de Obama’. VÍDEO

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17 de maio de 2010: Celso Amorim (chanceler), Lula (presidente do Brasil), Ahmadinejad (presidente do Irã) e Erdogan (premiê da Turquia), ao assinarem o acordo nuclear com o Irã, em Teerã. 'Nós simplesmente confiamos nas palavras escritas do presidente dos EUA', disse Amorim em entrevista à BBC News, em 18 de junho de 2025. Fotos: Reprodução de vídeo e Ricardo Stuckert/PR

Redação Viomundo

”Poucos sabem mas o Brasil já tentou e quase foi bem-sucedido no esforço de chegar a um acordo entre os Estados Unidos e o Irã na questão nuclear. Junto com a Turquia, o Brasil conversou com o Irã e os Estados Unidos e chegou a um entendimento que foi divulgado em 2010”, conta no vídeo acima o economista Paulo Nogueira Batista Jr.

Acontece que os Estados Unidos minaram a conclusão do acordo de uma maneira bastante estranha”, atenta.

Em 2010, Paulo Nogueira teve uma conversa a sós com o presidente Lula sobre o esforço de mediação que ele fizera entre Irã e Estados Unidos. 

Na época, era diretor do FMI em Washington e nas suas visitas a Brasília frequentemente falava com o presidente Lula.

”Naquele dia ou na véspera, a secretária de Estado dos Estados Unidos Hillary Clinton, aquela figura altamente problemática, tinha desautorizado publicamente o acordo anunciado por Brasil e Turquia”, relembra.

 ”Lula havia se baseado numa carta que obtivera do presidente [Barack] Obama, dos Estados Unidos, especificando quais os pontos seriam essenciais para esse acordo com Irã”, prossegue.

”O acordo obtido por Turquia e Brasil contemplava todos esses pontos. Lula ficou indignado.Entre outras, me disse que o presidente Obama era uma espécie de Mangabeira Unger e que não havia como confiar na palavra dele”.

Paulo Nogueira aponta ainda algumas lições desse episódio: 

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“Primeira, o Brasil tem condições de exercer um papel internacional importante em questões fundamentais do mundo. Segunda, o presidente Lula tem um grande interesse e habilidade em desempenhar um papel desse tipo. Terceira: os Estados Unidos não são confiáveis, como vem sendo demonstrado muitas vezes antes e depois desse episódio”.

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Zé Maria

“Os Estados Unidos Não São Confiáveis”,
seja sob Governo do Partido Democrata,
seja sob Governo do Partido Republicano.
Os Fatos Históricos comprovam isso.

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