Paim: Debate sobre reforma trabalhista é entre escravocratas e abolicionistas; onde fica Marta?
Tempo de leitura: 2 minÉ de conhecimento público que o Partido dos Trabalhadores tem sido o protagonista de um dos maiores escândalos de corrupção que a nação brasileira já experimentou, sendo certo que mesmo após a condenação de altos dirigentes, sobrevieram novos episódios a envolver a sua direção nacional. Marta Suplicy, agora sob o comando de Romero Jucá, na carta de despedida do PT
Da Redação
O Brasil vive uma implosão institucional. O Senado da república foi colocado a serviço da quadrilha que assaltou o poder. Como apontou o senador Paulo Paim (PT-RS) em sua fala final (ver acima), a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou o relatório sobre a reforma trabalhista por 14 votos a 11 sem que um único senador da base governista fizesse um discurso em defesa das mudanças que penalizam os trabalhadores.
O governo Temer tem pressa no andamento da reforma com o objetivo de demonstrar ao empresariado que ainda tem condições de sobrevivência. Por isso, o relator Ricardo Ferraço (PSDB-ES) sugeriu que o usurpador vete seis pontos da proposta aprovada na Câmara. É que, se o Senado modificar o projeto, ele volta para a Câmara.
Uma das manobras de Temer para garantir a vitória foi dar a direção da Suframa, a Superintendência da Zona Franca de Manaus, a um indicado pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), que se manifestou publicamente contra a reforma. Ele mudou de lado, mas o fez de forma covarde: deixou o voto pró-governo ser feito por seu suplente na comissão.
Agora o projeto segue para a Comissão de Assuntos Sociais, presidida pela senadora Marta Suplicy, do PMDB. Ela deixou o PT alegadamente “enojada” com a corrupção.
Será interessante observar a ex-petista sob a liderança de Romero Jucá na CAS. Depois que deixou o partido para concorrer pelo PMDB à Prefeitura de São Paulo, Marta foi acusada de receber 500 mil reais no caixa 2 da Odebrecht e uma mesada de R$ 200 mil pagos pela JBS, durante um período.
Passando pela CAS, o projeto ainda tramitará pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), antes de seguir para o plenário.
Paulo Paim, em sua fala, disse que trata-se de um debate entre escravocratas e abolicionistas, tal será a desigualdade entre patrões e empregados se a reforma for aprovada.
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Ele afirmou que o recado para os trabalhadores é de que as leis criadas para defendê-los simplesmente não valem, numa referência à prevista submissão da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) — o legislado — ao que for negociado pelas partes — numa conjuntura em que os empresários tem a faca e o queijo na mão (veja, abaixo, os três exemplos dados pela presidenta do PT).
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