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Renato Mocellin

Sempre tive um profundo respeito ao grande homem Leonel Brizola. A direita brasileira e os pseudos-intelectuais tinham por ele uma aversão compreensível, pois, somente o caudilho dos pampas teria dado um basta nos desmandos da Rede Globo e impedido a privataria ocorrida na década de 90. Sempre que ele veio a Curitiba, procurei vê-lo, ouvi-lo e admirá-lo. Foi um grande brasileiro. Carismático e popular. Muitas de suas teses continuam atuais, bem como as suas críticas a uma esquerda que gostou do poder e tem feito uso de expedientes outrora execrados. Conhecemos de fato as pessoas quando elas tem poder e dinheiro. Brizola teve ambos e não mudou. Salve Leonel Brizola um autêntico representante das camadas populares. Que Deus o tenha grande lider!

FrancoAtirador

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Brizola sempre teve esta percepção:
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Televisão: fábrica de mais-valia ideológica

Por Elaine Tavares, no Adital, via Vermelho

A televisão é uma usina ideológica.
Gera milhares de megawatts de ideologia a cada programa, por mais inocente que pareça ser.
E ideologia como definiu Marx: encobrimento da realidade, engano, ilusão, falsa consciência.
Então, se considerarmos que a maioria da população latino-americana, aí incluída a brasileira, se informa e se forma através desse veículo, pensá-la e analisá-la deveria ser tarefa intelectual de todo aquele que pensa o mundo.

Afinal, como bem afirma Chomsky, no seu clássico "Os Guardiões da Liberdade”, os meios atuam como sistema de transmissão de mensagens e símbolos para o cidadão médio. "Sua função é de divertir, entreter e informar, assim como inculcar nos indivíduos os valores, crenças e códigos de comportamento que lhes farão integrar-se nas estruturas institucionais da sociedade”. Não é sem razão que bordões, modas e gírias penetram nas gentes de tal forma que a reprodução é imediata e sistemática.

Um termômetro dessa usina é a famosa "novela das oito”, que consolidou um lugar no imaginário popular desde os anos 60, com a extinta Tupi, foi recuperado com maestria pela Globo e vem se repetindo nos demais canais. O horário nobre é usado pela teledramaturgia para repassar os valores que interessam à classe dominante, funcionando como uma sistemática propaganda que visa a manutenção do estado de coisas. É clássica, nos folhetins, a eterna disputa entre o bem e o mal, o pobre e o rico, com clara vinculação entre o bem e o rico. Sempre há um empresário bondoso, uma empresária generosa, um fazendeiro de grande coração, que são os protagonistas. E, se a figura principal começa a novela como pobre é certo que, por sua natural bondade, chegará ao final como uma pessoa rica e bem sucedida, porque o que fica implícito que o bem está colado à riqueza…

Outro elemento bastante comum nas novelas é o da beleza da submissão. Como os protagonistas são sempre pessoas ricas, eles estão obviamente cercados dos serviçais, que, no mais das vezes os amam e são muito "bem-tratados” pelos patrões. Logo, por conta disso, agem como fiéis cães de guarda. Um desses exemplos pode ser visto atualmente na novela global. É o empregado-amigo (?) da vilã. Ele atua na casa da milionária como um mordomo, cúmplice, saco de pancadas, dependendo do humor da mulher. Ora ela lhe conta os dramas, ora lhe bate na cara, ora lhe ameaça tirar tudo o que já lhe deu. E ele, premido pela necessidade, suporta tudo, lambendo-lhe as mãos como um cachorrinho amestrado. Tudo é tão sutil que não há quem não se sinta encantado pelo personagem. Ele provoca o riso e a condescendência, até porque ainda é retratado de forma caricata como um homossexual cheio de maneios, trejeitos e extremamente servil.

Mas, se o servilismo pode ser questionado pela profunda afetação, outros há que aparecem ainda mais sutis. É o caso da turma da praia que, na pobreza, hostilizava a mulher pobre e, agora, depois que ela ficou rica, passou para o seu lado, vindo inclusive trabalhar com a faz-tudo, assumindo de imediato a postura de defensores e amigos fiéis. Ou ainda a relação dos demais trabalhadores com os patrões "bonzinhos”…

Todos são "amigos” e fazem os maiores sacrifícios pelos patrões, reforçando a ideia de que é possível existir essa linda conciliação de classe na vida real. O grupo que atua com o cozinheiro, por exemplo, foi demitido pela vilã, não recebeu os salários, viveu de brisa por um tempo e retomou o trabalho com o antigo chefe por pura bem-querença. Coisa de chorar.

Nesses folhetins também os preconceitos que interessam aos dominantes acabam reforçados sob a faceta de "promoção da democracia”. O negro já não aparece apenas como bandido, mas segue sendo subalterno. No geral faz parte do núcleo pobre, mas é generoso e sabe qual é o "seu lugar”.

Íntegra em:

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia

FrancoAtirador

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Quem nasceu pra Alckmin nunca chegará a Brizola

Por Fernando Soares Campos, no blog Assaz Atroz, via Vermelho

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia

Caracol

Leonel Brizola foi o único político e estadista brasileiro que em seu discurso e seu programa combatia o escravagismo. Ninguém mais JAMAIS teve peito ou sensibilidade para tanto,eis que essa chaga continua ferindo o tecido social brasileiro e não tem nem "operário" que contra ela se insurja.
Brizola era humanista de verdade. Seu valor humano era diretamente proporcional ao ódio que lhe nutriam os picaretas e cafajestes, essa escória que assola nossas vidas, que faz um Pinheirinho, um Banestado, uma Satiagraha e um Judiciário canalha, hipócrita e podre.
Patriota e ser humano era ele, um dos poucos que justificam em mim o orgulho de ser brasileiro, pois tive a felicidade de ter vivido sua época.
O resto (o que aí está)… é lixo.

leandro

Saudoso BRIZOLA que nos alertou : "vocês vai cair no conto do operário."

FrancoAtirador

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DEBATE CARTA MAIOR
[youtube sSDF8mrR0yk http://www.youtube.com/watch?v=sSDF8mrR0yk youtube] http://www.youtube.com/tvcartamaior

Fabio_Passos

Um dos maiores líderes políticos da história do nosso povo.
Todo brasileiro precisa conhecer as lutas de Brizola contra a "elite" branca e rica.
Um político que combateu durante toda a vida o asqueroso Apartheid Social no Brasil.

Geysa Guimarães

Vi o vídeo no Tijolaço, é pra lá de bom.
É só falar em Brizola, lá vem os CIEPs na cabeça.
Um a construir, e tantos a destruir. A Educação sem Brizola (e Darcy, lógico) desmilinguiu.

oalfinete

Saudade de você, apenas isso velho amigo.

Fernando

Brizola, guerreiro, do povo brasileiro!

O que será que o velho Brizola estaria dizendo dessa dobradinha PaesCabral após mais um desastre no Rio por falta de fiscalização, ou seja, falta de Estado?

    Jota Ricardo

    Brizola já teria encampado a Light e a Ceg (gás) por um real pelos péssimos serviços prestados à população como explosão constante de bueiros e falta de luz por até 10 horas em bairros nobres(imagine os 'pobres').
    Quanto à fiscalização inexistente e omissão dos governos, só a população saindo do marasmo infértil e reagindo à xaropada difundida pelos meios de''comunicaganda''.

    Fabio_Passos

    Sem dúvida.
    Fez nacionalizações no Rio Grande do Sul com resultados excelentes.
    Repetiria a solução no Rio de Janeiro e acabaria com a incompetência, esbórnia e roubalheira produzidas pela privataria.

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