Nassif: Um balanço da campanha

Tempo de leitura: 2 min

A cobertura e as cabeçadas da campanha

de Luís Nassif, em seu blog, a partir do balanço feito por um leitor

Começo de campanha é um Deus nos acuda para qualquer um. As duas campanhas estão dando cabeçadas. Mas, à medida que se selecionam e se divulgam cabeçadas só de um lado (Dilma), passa-se a impressão que o outro lado (Serra) tem uma campanha impecável. Até meu amigo Ricardo Kotscho ficou com essa impressão.

O episódio é interessante para demonstrar o poder de influência da cobertura da mídia, quando seleciona os fatos para divulgar. O relatório encaminhado abaixo, pelo leitor, é prova cabal disso.

Suponha que o aparato da mídia tivesse dado ênfase aos fatos abaixo relacionados – e se calado ante os desajustes na campanha de Dilma. A impressão que ficaria é a campanha de Serra desarticulada e a de Dilma impecável. Quando ambas estão dando suas cabeçadas normais nas largadas.

De Leitor

Ele disse que ia criar a Defesa Civil Nacional e teve de esquecer o assunto, porque ela já existe.

Ele disse que ia acabar com o Mercosul e teve de dar uma entrevista à Folha, para dizer que não era bem assim, depois de ser criticado dentro e fora do país.

Ele disse que vai resolver o problema da segurança criando um Ministério, e uma semana depois explodiu o aumento recorde da criminalidade em São Paulo, obra dele.

Ele misturou religião com antitabagismo e ficou mal com ateus e fumantes.

O chefe da campanha dele foi apanhado registrando sites de baixaria na internet.

O deputado amigo dele foi apanhado falsificando um depoimento da Marília Gabriela.

Ele corre atrás de todas as agendas dela. Pediu pra ir à Fiemg, pediu pra ser convidado no aniversário da Conceição, pediu pra ir outra vez ao Datena.

Ela foi aplaudida de pé na festa da Conceição. Ele foi ignorado.

No Primeiro de Maio, ele teve de se refugiar em Camboriú, porque nenhuma central sindical queria tê-lo no palanque.

Ele posou ao lado de um governador investigado pela Polícia Federal. E disse que não está informado sobre o inquérito…

A turma dele acusa estatais de pagar palanques do Primeiro de Maio, mas o governador suspeito pagou a festa de Camboriú.

Ele ainda não apareceu no Rio à luz do dia (só de noite, na festa da Conceição), porque não tem palanque pra subir.

Nem ao Rio Grande do Sul, pra não aparecer com a governadora.

Não tem palanque em Pernambuco, terra do presidente do partido dele.

Não tem no Ceará, terra do mais importante senador do partido dele.

Ele espalha que tem o apoio do PTB e do PP, mas ninguém viu a cor desse apoio.

O único partido que se decidiu, de março pra cá, foi o PSB. Pela adversária dele.

Os dois partidos de sua aliança, DEM e PPS, naufragaram no escândalo de Brasília.

Ele não fez uma só agenda com mulheres, artistas, caminhoneiros, movimentos, gente comum. Só com empresários e aliados.

Os dois institutos que lhe dão vantagem nas pesquisas estão sob suspeita de manipulação de amostras.

Ele foge do Fernando Henrique como o diabo da cruz.

Mas foi o primeirão a dar os parabéns ao Lula pela lista da Time.

Realmente, uma das campanhas teve muitos problemas na largada…


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Cecéu

Infelizmente a Marina está entre a cruz e a espada. Fazer campanha baseada em suas convicções e abrindo espaço para toda uma luta ambientalista que seria ou será travada duramente no futuro, é uma coisa. Seria seu direito e a engrandeceria. Mas receber apoio politico de órgãos de imprensa e partidos desta direita escabrosa que chafurda no país, isso é condenável. Não pense ela que não vai ter que pagar, e caro por tal apoio. De qualquer modo, na campanha, ela não poderá chegar a ser peça de capital importância.

    remidio pereira

    se porventura ela (marina silva) ganhar a eleição para presidente,ela com certeza irá visitar tancredo neves e seu vice direitista irá ganhar o poder em nome da podrecracia tupiniquim !

francisco.latorre

melhor poste desde seilá quando..

maravilha. esclarecedor. dez. mil. dez mil.

..

    Felipe

    Alguns postes servem para cachorro urinar; outros posts, para a gente pensar.

@GriloD

Faço minhas suas palavras. Era fã de Marina Silva, pelo inegávelmente imenso trabalho que fez pelos pequenos produtores, no meio dos feudos dos coroné, e também pelo seu ativismo ambiental (na verdade, duas lutas em uma).
Mas, ao entrar no Partido Vendido, fica à disposição de figuras que grudam em qualquer grupo político que tenha mais poder em cada região. É notória a aproximação do PV com a direita brasileira, o que contradiz suas convicções primeiras.
Se ela vencer, o que é altamente improvável, duvido que consiga avançar um milímetro em qualquer política ambiental ou social. Por mais vontade que tenha, com esse grupinho, fará menos do que fez no ministério de Lula (lembro até hoje de como comemorei a nomeação).
Abraços,
Grilo D

valmont

Admiro muito a Senadora Marina Silva, mas infelizmente não posso dizer o mesmo do Partido Verde, especialmente de suas frequentes associações com a direita mais retrógrada, representada pelo arco demo-tucano-pps. Dividir palanque com partidos que abrigam o que há de pior na política nacional me parece uma adversidade terrível para uma pessoa com o currículo de Marina Silva.
Torço para que ela consiga vencer esse tremendo desafio (e ela é um exemplo de superação), mas não tenho ilusões de que isto possa acontecer nos poucos meses que faltam para as eleições. Creio que ela trabalha com o objetivo de marcar posição.
A tentação de surfar a onda midiática contra a candidatura Dilma pode ser um tiro de bazuca no próprio pé.

@v_fisch

Algo me é estranho.

Seja a mídia serrista, que eu não acompanho muito (globo, folha, etc), ou a mídia lulista, agora dilmista (nassif, azenha, pha), que eu acompanho bastante, há sempre um descaso com a campanha da Marina Silva.

Só gostaria de deixar um alerta para que andemos com os olhos abertos, pois há um movimento, do qual faço parte, de pessoas cansadas de cabeçadas e socos no muro, que não quer política partidária, mas política verdadeira, feita para e pelo povo brasileiro.

Eu aprecio muito essa mídia alternativa que estou sempre acompanhando, mas vocês parecem espécia de Michal Moore brasileiros, usando as mesmas velhas armadilhas jornalísticas que os que criticam, escolhendo o que publicar, deixando a Marina de fora. Mas ela há de entrar. Assim como aconteceu na Colômbia.

Preste atenção.

Alessandro R

Tive uma idéia genial! Que tal a gente lançar um site pra desmascarar as mentiras deles? Eu tenho um título bem bacana: Gente que mente Dilmais.

    remidio pereira

    que tal: gente com" vista enserradas"

Carlos Henrique

Perfeito! Esse texto nos dá uma amostra clara da falta de liberdade de imprensa no Brasil(a informação é controlada por um oligopólio familiar, que decide o que deve ou não ser dito e, do que for dito, como será contado). Por isso é necessário que reforcemos a contra-informação, existente na mídia alternativa, aumentando-a com a realização de passeatas em todo o Brasil, pelas quais a Sociedade Civil exija uma cobertura honesta da ditadura midiática. Quanto ao "amigo" de Nassif, não acredito que um jornalista experiente como ele tenha sido vítima da manipulação midiática. Acho que mudou de lado. E o "livro" que escreveu, com a desculpa de relatar suas experiências como acessor de Lula? Na verdade um epíteto de desmoralização ao Presidente, no qual vomita todos os esteriótipos imbecis que a mídia conservadora tenta colar em Lula há 30 anos, sem sucesso. Também foi manipulado pela mídia para praticar tamanha traição? Kotscho causa repugnância.

marcos

Apesar de toda manipulação, se Dilma vencer esta súcia, não terá outra opção senão atacar de frente o monopólio dos meios de comunicação !

paulo rafael pizarro

Ubaldo, a Dilma éa melhor candidata para para ocupar o lugar do Lula queira você e o pig ou não. Essa dela não está passando mensagem clara não vai colar meu camarada, meu "cumpadi" como dizemos aqui no Rio, percebo que é você que está sendo incapaz de entender a natureza das coisas.

    Alessandro R

    Vamos traduzir do Pizarrês para Dilmês: Ubaldo, a dirma é a mió candidata prá prá ocupá u lugá du lula quêra ocê ô não. Essa dela num tá passando menssage clara num vai colar meu camarada, meu "compadre" comu dizemo aqui nu Rio, percebo que é você que está sendo incapaz de intendê a naturêza das coisa.

francisco.latorre

matador.

enquadrou o mal-informado kotscho.

..

    adeir alves

    Pô, Latorrão, detonando o Kotscho? Tu és muito corajoso. Parabéns.

    francisco.latorre

    fazer o que?..

    o cara manda um besteirão daquele tamanho?.. uai sô..

    ..

beattrice

Vale a pena montar uma lista, aposto que chega ao número "45" bem antes de outubro.

Marat

Ainda assim ele tem algo que a Dilma não tem: a imprensa. Esse poder deletério, mesmo que perdendo força, ainda é uma exceletne arma do conservadorismo. Lembrem-se do que a Judith falou… Se Dilma vencer, terá de rever a política de concessões, e democratizar os meios de comunicação!

Andre

como dizem os "competentes gestores" vc alinhou bem seu discurso com os órfãos do futuro da ultrapassada ideologia liberal…

quem tem a capacidade de pesquisar, assistir, ouvir por si só, independente dos filtros distorcidos do lixo jornalistico ultrapassado sabe que Dilma é muuuuuito mais completa que essa idéia ridícula de criatura do Lula

assisti uma entrevista dela na Band, programa Canal Livre, quando ainda era ministra de Minas e Energia… Aquele dia soube que ela seria a candidata!!! Tao segura, tao firme e tao diplomatica com perguntas quase sempre mesquinhas e cheias de malícia para q ela derrapasse…

Dilmais é fera e SERÁ MELHOR QUE O LULA!!!!

francisco.latorre

salve o almirante negro.

..

Paralelo XIV

Azenha,
Off Topic: Sugestão de Pauta.
Deu no blog da Maria Frô: "Brasil caminha para atingir o pleno emprego". (Matéria do Jornal Brasil Econômico)
' “O céu do emprego no Brasil é azul.” A frase é do pesquisador Hélio Zylberstajn, da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (Fipe) da Universidade de São Paulo, que desde 1976 estuda o mercado de trabalho brasileiro. Para ele, o leve aumento do desemprego registrado por institutos de pesquisa como o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no mês de março é marginal, pois “enquanto a demanda – leia-se consumo-estiver aquecida e a economia crescendo, a oferta de postos de trabalho só tende a aumentar.” Zylberstajn arrisca até a dizer que o Brasil caminha para atingir o que os economistas chamam de “pleno emprego”, situação em que a procura por trabalho é igual ou menor do que a oferta. “Temos condições de chegar lá”, diz.

O pleno emprego não significa que a taxa de desemprego será zero. De acordo com Paulo Sandroni no seu Dicionário de Economia do Século XXI, o chamado pleno emprego existe quando não mais do que 4% da força de trabalho está desocupada. Isso acontece porque as pessoas têm a opção de trabalhar ou não. Os Estados Unidos, por exemplo, chegaram a ter desemprego de 1,2% em 1944 – quando a economia estava mobilizada pela Segunda Guerra Mundial. Para alguns economistas, os anos de governo Bill Clinton – quando o desemprego chegou a ser de 3,9% – podem ser considerados de pleno emprego também. “No caso do Brasil, essa situação acontecerá quando a taxa de desemprego recuar para os 5%, o que pode ocorrer em breve se a economia mantiver o atual ritmo de expansão”, diz Zylberstajn.'

Penso que o assunto merece uma análise mais profunda. Em nossa época de Ginásio, a maioria de nós aprendeu que o "Terceiro Mundo" (isso ainda existe?) era o paraíso do capital, no sentido de que ofereceríamos farta e barata mão-de-obra, matéria prima e incentivos fiscais para atrair o capital estrangeiro, na figura das multinacionais. Lembram?

Pois bem: o Mundo me parece, de fato outro.

Pesquisem na internet por estes termos, e verão uma infinitude de estudos teorizando sobre como o desemprego favorece o capitalismo. Em um cenário de farta disponibilidade de trabalhadores, a grande oferta fragiliza a classe diante de seus empregadores, favorecendo a exploração do capital sobre o trabalho.

Claro que precisamos investir mais em educação, infra-estrutura e em milhares de otras coisas, de forma a aperfeiçoar e qualificar a mão-de-obra nacional e, quiçá, permitir que a exportemos (se houver espaço para isso; talvez não haja; e muito provavelmente, não seguiremos esse caminho). Mas, pela primeira vez, o Brasil está cada dia, cada semana, cada mês mais próximo de viver um cenário de pleno emprego.

Isso significa, numa análise crua e leiga, no mínimo – em tese:

– Que as empresas precisarão atuar cada vez mais – e melhor – para atrair e reter talentos;
– que as empresas precisarão investir muito mais na formação de sua mão-de-obra, de forma a evitar gargalos na contratação de pessoal – devido á ausência de qualificação, e à reduzida disponibilidade de pessoal. Isso, sob pena de comprometer seu crescimento, e mesmo sua performance em áreas críticas, estratégicas;
– que as posições de trabalho mais rusticas, "aviltantes", mais exploradoras, com menor quantidade de benefícios; enfim, as piores posições serão reduzidas, sob pena de, se não se adequarem, ameaçar a sobrevivência de setores inteiros;
– esse cenário certamente atrairá mão-de-obra estrangeira, e talvez aqueça uma corrente migratória em direção ao nosso país (isso pode não ser bom, ou sim – dependerá de políticas específicas a esse respeito).

Se olharmos á nossa volta, já está difícil preencher vagas.

Só no Governo Lula mesmo: o capital correndo atrás do trabalho!!!

Quem viver, verá!!! (mesmo!!)

    antonio aguiar

    Amigo , há muito tempo eu já tinha a percepção desse tipo de coisa ,desde a época do sarney no plano cruzado, mão de obra
    se tornara escassa e em função disso havia muita oferta de emprego/trabalho.Antes disso empregadores costumavam contratar pessoas e ensinar o ofício , de tempos para cá só se ouve dizer que falta mão de obra qualificada .Porquê não ensinam ? A continuar como se desenha o futuro , provávelmente terão que voltar a fazer isso. OXALÁ !!

Maria Efigênia

E ainda tem foto tirando meleca…que nojo.

beattrice

Marat,
justamente por isso as entidades patronais da imprensa brasileira querem porque querem que os principais candidatos à presidência assinem a Declaração de Chapultepec, reafirmando a liberdade de imprensa, a pedido da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), uma organização que representa os interesses dos grandes meios de comunicação.
A notícia foi dada no TIJOLAÇO do Brizola Neto. http://www.tijolaco.com/?p=13880

Ubaldo

Essa de dizer que em início de campanha ambos estão cometendo erros é só para encobrir o noviciado e a robotização da Dilma. Além disso ela não consegue passar uma mensagem clara e com naturalidade. Assim, não passa credibilidade e parece estar pisando em ovos. O Lula não foi tão perfeito na criação da Dilma. Tanto que a pergunta óbvia que fica é:
Por que Lula, o senhor dos pobres e oprimidos e que tudo pode, não consegue criar uma criatura que nem mesmo ele consiga eleger?

    Scan

    Mas, de novo, Ubaldo!?
    O Tio Clodoaldo já te falou que essa doença que voce tem não sara enquanto voce não se organizar e tomar R-E-L-I-G-I-O-S-A-M-E-N-T-E seu remédio todo dia! Assim não pode.
    Obedeça o tio, pois ele é médico e só quer o seu bem.
    Desliga esse computador aí, pare de escrever tolices, toma o remédio e vai já pro seu quarto!

    A mamãe.

Paralelo XIV

em tempo,
O endereço do blog da Maria Frô:
http://mariafro.wordpress.com/

Glecio_Tavares

E a mídia quer ter ainda alguma credibilidade. Hilário.
Até outubro quantos "não era bem assim" ouviremos do ex-governador?

Tweets that mention Nassif: Um balanço da campanha – (via — Topsy.com

[…] This post was mentioned on Twitter by Richard and Douglas Teixeira, Douglas Teixeira. Douglas Teixeira said: Nassif: Um balanço da campanha – http://tinyurl.com/257dlb5 (via @viomundo) […]

Maria José Rêgo

Essa vou espalhar para a minha lista de amigos na web. Valeu!!!!!!!!

Mouro

Retomada da indústria naval começa no Estaleiro Atlântico Sul, que lança ao mar petroleiro nesta sexta-feira

Nesta sexta-feira, dia 7 de maio, será lançado ao mar em Suape, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o primeiro navio petroleiro construído no Brasil a ser entregue ao Sistema Petrobras após 13 anos.

Será lançada ao oceano a primeira embarcação de grande porte produzida em Pernambuco em toda a sua história. Foram necessários mais de três anos desde a assinatura do contrato entre a Transpetro e um certo estaleiro que, por ser ainda virtual, gerava muita descrença.

Poucos acreditavam que o Brasil poderia retomar sua indústria naval, depois de mais de duas décadas de estagnação. E hoje temos a quinta maior carteira de encomendas do mundo. Poucos também acreditavam que os pernambucanos seriam capazes de construir navios. Felizmente, o que era sonho virou realidade. O João Cândido, um gigante de 275 metros de comprimento, quase dois campos e meio de futebol, finalmente deixará o dique seco do Estaleiro Atlântico Sul rumo ao cais.

"Um país que não tem marinha mercante não é soberano. Por uma decisão do presidente Lula, estamos retomando a indústria naval em escala global e competitiva. O impossível só existe hoje, amanhã se torna real", comemora o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, muitas vezes tido como um sonhador. A subsidiária da Petrobras, que só comprava na Ásia e gastava por ano US$ 1,2 bilhão no afretamento de navios a armadores estrangeiros, encomendou 49 petroleiros a estaleiros nacionais, viabilizando essa retomada. E já pensa em novas contratações.

O João Cândido, o Suezmax nº 1, é o primeiro dos 49 petroleiros a ficar pronto. Daí tanto simbolismo, tanta comemoração. O lançamento ao mar funciona como uma espécie de batismo, o ponto mais marcante no processo de construção de um navio. Durante a cerimônia, a madrinha quebra uma garrafa de champanhe no costado e deseja sorte à embarcação.

"Será um marco histórico. Como numa gestação, nosso primogênito estará nascendo", prevê Angelo Bellelis, presidente do Estaleiro atlântico Sul. O dique já terá sido inundado 24 horas antes e o João Cândido, então, flutuará até o cais onde receberá o acabamento e passará por testes, até ser entregue ao cliente em agosto próximo.

Madrinha – A Transpetro ainda não anunciou quem será a madrinha do Suezmax nº 1, só sabemos que não será mais a ex-ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, hoje pré-canditata à presidência da República. Já o nome João Cândido foi escolhido em homenagem ao marinheiro negro, filho de ex-escravos, que há cem anos liderou a Revolta da Chibata. O movimento, iniciado no Rio de Janeiro no dia 22 de novembro de 1910, pleiteava a abolição dos castigos corporais na Marinha de Guerra.

O Almirante Negro, como ficou conhecido, foi banido da Marinha e viveu precariamente, trabalhando como estivador e descarregando peixes na Praça XV, no Centro do Rio. Discriminado e perseguido, faleceu em 1969, aos 89 anos de idade. Retorna agora em grande estilo, emprestando o nome a um petroleiro suntuoso, que custou cerca de US$ 120 milhões (aproximadamente R$ 210 milhões).

Via: DIÁRIO DE PERNAMBUCO
http://www.diariodepernambuco.com.br/2010/05/02/e

laura

ótimo! he, he.

Francisco Alves

Simplesmente fantástico, essa foi no queixo. Muito bem percebida pelo leitor. Prova cabal que nada passa desapercebido pelos leitores de noticias e blogs em geral. É um grande barato.

parabéns leitor

Deixe seu comentário

Leia também