No sábado, movimentos populares vão às ruas contra anistia aos golpistas; atos confirmados

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Atos acontecem em todas as regiões do país. Foto: Paulo Pinto/AGPT

Mobilização nacional de lutas pela democracia e contra anistia a golpistas, ocorre neste sábado (23)

Movimentos populares convocam mobilização nacional que ocupará as ruas de todas as grandes regiões do país

Os atos estão sendo organizados por todo o país para o próximo sábado, 23 de março, às vésperas do marco dos 60 anos do golpe militar no Brasil, onde os movimentos populares organizados se manifestam em coro por: ditadura nunca mais, em defesa da democracia, contra a anistia para golpistas e pelo fim do massacre em Gaza.

A mobilização é organizada pelas Frentes Brasil Popular (FBP) e Povo Sem Medo (FPSM), pelo conjunto das centrais sindicais e partidos progressistas do campo popular; em convocatória pública em defesa da democracia, em memória e por justiça, contra o golpismo e pelo fim do genocídio na Palestina.

As organizações confirmam manifestações de ruas em todas as grandes regiões do país, nas capitais e cidades interioranas, com destaque para o ato no Largo do Pelourinho, em Salvador, na Bahia, onde são aguardadas autoridades.

Para o conjunto das organizações e movimentos é fundamental olharmos para o passado para a construção de um presente e futuro onde haja justiça social.

E para que a memória dos lutadores e lutadoras do povo não seja esquecidas e silenciadas, como foi no período autoritário (1964-1985); tempo em que o simples ato de manifestar-se contra o poder militar poderia levar a tortura, desaparecimentos e mortes.

Durante a ditadura, as auditorias da Justiça Militar receberam 6 mil denúncias de tortura e estimativas apontam que houveram pelo menos 20 mil casos.

Um período da história que não pode ser esquecido.

A Comissão Nacional da Verdade listou 191 mortos e o desaparecimento de 210 pessoas, em 2014.

Outros 33 desaparecidos tiveram seus corpos localizados posteriormente, num total de 434 pessoas que foram brutalmente assassinadas pelos militares.

Dessa forma, o conjunto das organizações populares citam que o ano de 1964 será sempre lembrado pelo golpe de 1º de abril e pelos 21 anos de ditadura, cujos resquícios ainda estão presentes em nossa sociedade, como foram as recentes tentativas de golpe, que teve como ápice o ataque do dia 8 de janeiro de 2023, entre outras ofensivas golpistas que persistem no cotidiano.

Porém, as entidades também concordam que a data é uma oportunidade para lembrar que frente às ameaças do autoritarismo, das violências e do fascismo da extrema-direita, os movimentos sociais do estado democrático vem acumulando quase quatro décadas em defesa dos direitos constituídos no Brasil.

E que continuarão construindo a resistência contra as violações de direitos humanos, seja no Brasil, ou na esfera internacional, como é o caso emblemático sofrido pelo povo Palestino, entre outros povos que lutam pelo direito à vida e a sua integridade.

As organizações reiteram que há 60 anos, março foi o mês onde milhares de pessoas foram às ruas pelas reformas de base e contra a ditadura, buscando construir uma sociedade mais justa e igualitária.

E que agora, na contemporaneidade, os movimentos e organizações populares progressistas convocam toda a sociedade para se levantarem pela memória dos que tombaram na luta pela democracia e mobilizar-se contra os resquícios do golpismo que ainda perdura no país.

Confira as manifestações já confirmadas

BRASIL

Região Norte

Porto Velho (RO) –Praça Marechal Rondon – 22/03 (sexta-feira) – 17h30

Belém (PA) – Escadinha do Cais – 9h

Manaus (AM) – Largo São Sebastião – 9h

Boa Vista (RR) – Praça Germano Sampaio – 17h

Região Nordeste

Aracaju (SE) – Em frente a Deso – 22/03 (sexta-feira) – 07h

Fortaleza (CE) – Praça do Ferreira – 8h30

Recife (PE) – Praça do Derby – 10h

Salvador (BA) – Largo do Pelourinho – 15h

João Pessoa (PB) – Praça da Lagoa – 15h

Maceió (AL) – Calçadão do Comércio – 9h

São Luiz (MA) – Praça Deodoro – 9h

Região Centro-Oeste

Goiânia (GO) – Praça Cívica (Setor Central) – 22/03 (sexta-feira) – 14h

Brasília (DF) – Praça Zumbi dos Palmares – 16h

Campo Grande (MS) – Praça da Rádio – 9h

Região Sudeste

Belo Horizonte (MG) – Praça Afonso Arinos – 9h

Rio de Janeiro (RJ) – Uruguaiana com Presidente Vargas – 10h

São Paulo (SP) – Largo São Francisco – 15h

Osasco (SP) – Calçadão em frente ao Shopping – 13h

Vitória (ES) – Praça Costa Pereira – 9h

Região Sul

Florianópolis (SC) – Em frente à Cátedra – dia 22 (sexta-feira) – 16h

Araquari (SC) – Rua João Raulino Pereira – 15h

Curitiba (PR) – Praça Santos Andrade – 9h

Porto Alegre (RS) – Largo Glênio Peres – 15h

PORTUGAL

Lisboa – Praça Luís de Camões 10h30

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Comentários

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Ibsen

Eu iria às ruas para pressionar o governo e o STF a reverem os ataques que está fazendo aos direitos dos trabalhadores e aposentados. Se fosse de outra época e me dissessem que este partido se chamava partido dos trabalhadores eu não acreditaria.

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