Marcelo Zero: Referendo sobre Essequibo foi erro diplomático e Guiana não é vilã

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Os presidentes Hugo Chavéz, da Venezuela (1999-2013), e Bharrat Jagdeo, da Guiana (1999-2011), durante encontro bilateral

Referendo sobre Essequibo Foi Erro Diplomático e Guiana Não é Vilã

Por Marcelo Zero*

É óbvio que Maduro realizou o referendo sobre Essequibo pensando, essencialmente, na política interna da Venezuela e de olho nas eleições de 2024.

É possível, embora incerto, que ele colha algum dividendo político com essa iniciativa.

Afinal, a questão de Essequibo é amplamente mobilizadora, independentemente de filiações político-ideológicas.

Dizer que a questão de Essequibo é uma agenda de Maduro ou do chavismo seria a mesma coisa que afirmar que a questão das ilhas Malvinas é uma agenda do peronismo.

Na realidade, ambas são questões nacionais e suprapartidárias, que se arrastam há mais de 100 anos. São questões que perpassam quaisquer diferenças político-ideológicas internas.

Nos livros escolares argentinos, as ilhas Malvinas são assinaladas como território argentino.

Nos livros escolares da Venezuela, Essequibo era mostrado como uma zona venezuelana em disputa. Agora, é assinalado como território da Venezuela.

Portanto, pode ser que a consulta popular venha a gerar algum ganho eleitoral para Maduro.

Porém, do ponto de vista da política externa, não parece ter sido uma boa ideia.

A Venezuela tende a ficar isolada, na questão do Essequibo.

Além do apoio dos EUA, do Reino Unido, da Commomwealth e da União Europeia, entre outros, a Guiana deverá ter apoio da Comunidade do Caribe, cuja sede fica em Georgetown, capital da Guiana. Só com a CARICOM, a Guiana tem 44% dos votos da OEA.

A China, embora tenha boas relações com a Venezuela, tem relações estreitas com a Guiana. Participa (com 25%) da exploração do petróleo na bacia de Stabroek e tem engatilhados e em andamento muitos projetos de investimentos na infraestrutura da Guiana. Esse país faz parte do cinturão da Nova Rota da Seda.

Entre países africanos, o pêndulo tende para a Guiana.

A Índia também deve apoiar a Guiana, já que cerca de 40% da população desse país é descendente de indianos.

Na América Latina, a maioria dos países não viu com agrado o plebiscito. Introduziu tensão desnecessária na região. Cuba, por exemplo, sempre teve boas relações com a Guiana, país que nasceu com uma plataforma política de esquerda.

A Rússia não deverá se envolver, pelo menos não de forma importante. Aliás, a porta-voz da chancelaria da Rússia, Maria Zakharova afirmou recentemente que:

“O plano das relações entre a Venezuela e a Guiana deve ser resolvido pautado na boa vizinhança, encontrando soluções pacíficas mutuamente aceitáveis, de acordo com o direito internacional e os acordos assinados entre as partes, bem como a legislação nacional vigente”.

Embora a nossa mídia corporativa venha amedrontando a população com uma possível guerra, até com eventual envolvimento da Rússia, essa é uma perspectiva extremamente remota.

Nem a Venezuela, economicamente ainda muito enfraquecida, nem a Rússia, envolvida profundamente na Ucrânia, têm condições de intervir em Essequibo.

Mesmo em termos militares, a Venezuela está também enfraquecida. Segundo o site Global Fire Power, as forças militares venezuelanas estão, atualmente (2023), em 52º lugar no mundo. Na América do Sul, estão abaixo do Brasil, Colômbia e Chile.

Ironicamente, essa mesma mídia não se preocupou com guerras e conflitos, quando o governo Bolsonaro rompeu relações com a Venezuela e apoiou as ameaças de Trump, inclusive militares, contra nosso vizinho.

Naquele governo, o Brasil chegou a tentar entrar na Venezuela à força, para levar “ajuda humanitária”.

A Embaixada da Venezuela em Brasília foi invadida por bolsonaristas e apoiadores de Guaidó, num incidente diplomático muito sério.

De qualquer forma, o plebiscito, para o Brasil, foi algo negativo, pois:

1- Tende a enfraquecer a integração regional e o protagonismo do Brasil no subcontinente.

2- Estimula o aprofundamento da presença dos EUA, inclusive militar, na região, como já está acontecendo.

3- Tende a internacionalizar uma disputa sul-americana.

4- Está sendo usado na disputa política interna brasileira, criando desgaste para o governo do Brasil.

Ao Brasil, que atualmente possui boas relações com ambos os vizinhos, interessa ter um entorno estável, próspero e, sobretudo, pacífico. Interessa que a controvérsia seja solucionada pela via das negociações.
Nesse sentido, não se deve estigmatizar a Guiana, como fazem alguns.

Com efeito, há aqueles que identificam os legítimos interesses da Guiana como se fossem meramente os interesses da ExxonMobil e do “imperialismo”. Como se a população da Guiana, que, como a população venezuelana, considera que Essequibo lhe pertence, não merecesse nenhuma consideração. Sequer existisse.

Isso revela ignorância e é algo profundamente ofensivo ao nosso vizinho, que tem uma bela história anticolonialista e de governos progressistas.

Poucos sabem, mas em 1953, bem antes de Allende, a então Guiana Inglesa elegeu pacificamente um governo local de tendência socialista. O governo de Cheddi Jagan, fundador do People´s Progressive Party (PPP) e filho de imigrantes indianos muito pobres, que trabalhavam nas plantações de cana-de-açúcar da Guiana.

O governo de Jagan logo tomou decisões que desagradaram o domínio colonial britânico e enfureceram Churchill.

Jagan encorajou uma greve contra a importante empresa açucareira Booker, recusou-se a enviar uma delegação para a coroação da Rainha Elizabeth II, rejeitou uma lei sobre “publicações indesejáveis” aprovada pelo governo colonial, e anulou outra lei que proibia a imigração de indivíduos de tendência política de esquerda das Índias Ocidentais.

O caldo entornou quando Jagan aprovou uma lei, o Labour Relations Act , a qual procurava assegurar liberdade de associação sindical e direitos trabalhistas para os trabalhadores da Guiana.

Foi o suficiente. De imediato, o governo de Londres, alarmado e suspeitando que Jagan era marxista/leninista, suspendeu a constituição local, e mandou fuzileiros galeses para a Guiana.

Jagan foi deposto e preso. Pediu a ajuda de Clement Attlee, do Partido Trabalhista inglês, o qual disse que não poderia intervir.

Assim, a primeira experiência socialista/trabalhista eleita pacificamente chegou ao fim.

Durou só 133 dias, mas deixou marcas.

A Guiana, embora dividida politicamente entre o PPP, partido predominante entre os descendentes de indianos, e o People’s National Congress, mais popular entre os descendentes de africanos, nasceu, como país independente, como a “República Cooperativa da Guiana”, nação empenhada em lutas por direitos sociais e trabalhistas, embora muito pobre.

Por isso, a Guiana sempre teve boas relações com países governados pela esquerda, até mesmo com a Venezuela de Chávez, que, em seu tempo, cooperou ativamente com Georgetown.

Quando Jagan governou a Guiana (1992-1997), ele defendeu uma Nova Ordem Global, baseada na erradicação da pobreza e na redução das desigualdades.

Isso envolveria o alívio da dívida dos países pobres, um imposto sobre a poluição e a emissão de gases, a implantação da Taxa Tobin sobre transações financeiras internacionais e cortes significativos nos gastos com armas.

Desse modo, apresentar a Guiana e sua população como vilãs, títeres de interesses de grandes companhias internacionais de petróleo e dos EUA é de um reducionismo crasso. É negar, a priori, qualquer legitimidade às reivindicações da Guiana.

A disputa por Essequibo é um resquício de lutas de sistemas coloniais. Mas não há superioridade moral de um colonialismo sobre outros. O colonialismo espanhol não foi superior ao colonialismo inglês ou ao colonialismo holandês. Todos eram igualmente opressivos.

Os mapas da Coroa Espanhola eram tão discutíveis quanto os mapas da Coroa Britânica. Esses mapas não foram feitos com a aprovação democrática das populações locais, muito menos as indígenas.

Ante o fracasso do Acordo de Genebra, de 1966, que não conseguiu apresentar resultado algum de negociações bilaterais, o Secretário-Geral da ONU, com a concordância da Guiana, apelou, em 2018, para os bons ofícios da Corte Internacional de Justiça (CIJ), que já se declarou competente para decidir sobre o famigerado Laudo Arbitral de 1899, contestado pela Venezuela.

A questão é, portanto, muito mais complexa do que parece e não admite posições primárias e maniqueístas.

Independentemente da aceitação ou não dos ofícios da CIJ, o que deve ser evitado são ações unilaterais, que só agravam o conflito.

Desde o final do século XIX, o Brasil conseguiu resolver todas as suas questões fronteiriças pela via pacífica das negociações. É exemplo a ser seguido.

*Marcelo Zero é sociólogo e especialista em Relações Internacionais.

Leia também:

Marcelo Zero: Comentários sobre atual conjuntura internacional


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Zé Maria

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Ninguém Melhor do que os 2 Legítimos Interessados
para Solucionar Controvérsias entre seus Países:

Os Presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Guiana, Irfaan Ali, encerraram com um Aperto de Mãos, seguido de Aplausos, o Encontro
entre os Dois nesta quinta-feira 14, de acordo com um vídeo enviado
por volta das 20h GMT (17h de Brasília) pelo Ministério da Comunicação
e Informação Venezuelano, após a tão aguardada Reunião que durou
cerca de 2 Horas.

Ralph Gonsalves, primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas,
País Anfitrião da Reunião, recebeu os Dois Presidentes e presidiu
a Mesa de Conversação.

A Reunião foi Promovida pela Comunidade de Estados Latino-Americanos
e Caribenhos (CELAC) e a Comunidade do Caribe (Caricom), com o apoio
do Brasil.

Ainda está previsto um Comunicado Conjunto das Duas Delegações.

(Fonte: Carta Capital)

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Zé Maria

https://images02.brasildefato.com.br/17771885afcf0b3fa705fcd34b549d7f.jpeg

Ao declarar sua Independência no Dia 5 de Julho de 1811,
o Território da Nova República da Venezuela que nascia,
passava a ser o mesmo da Capitania Geral da Venezuela
criada em 1777 pela Coroa Espanhola de acordo com o
Preceito Jurídico Internacional do ‘Uti Possidetis Iuris’
[o ‘Direito de Posse de Fato’], que
“(…) reconhece e aceita como Fronteiras Internacionais,
na Data da Sucessão Colonial, tanto as Antigas Delimitações Administrativas Estabelecidas Dentro de um Mesmo Império
Colonial como as Fronteiras já Fixadas entre Colônias
Pertencentes a Dois Impérios Coloniais Distintos”.

A verdade histórica para além de indiscutíveis interpretações
jurídicas consegue ser teimosamente mais precisa.

A chamada “Gran Colombia” que uniu as Atuais Repúblicas de
Colômbia, Equador, Panamá e Venezuela, foi Criada em 1819,
juntando, primeiro, Nova Granada (Colômbia) e Venezuela.

Sua Primeira Constituição, a chamada “Lei Fundamental da
União dos Povos da Colômbia”, de 30 de Agosto de 1821, diz
claramente:

“O Território da [Gran-]Colômbia é o mesmo que compreendiam
o Antigo Vice-Reinado da Nova Granada e a Capitania Geral
da Venezuela”.

Em 1823, estando já integrada pelos quatro países antes mencionados
ou seus equivalentes territoriais, a Gran Colombia aprovava a Lei Orgânica
para a criação de sua Marinha, em cujo Artigo 1º se lê, com todas as letras:

“Os limites marítimos da República da Colômbia são no Mar Atlântico
ao Oriente a Boca do Rio Essequibo que a divide da Guiana Holandesa,
e ao Ocidente a do Rio Culebras que a separa da Nicarágua, e no Pacífico
ao Norte a Ponta de Punica que a divide da Guatemala, e ao Sul a
Desembocadura do Rio Tumbes no Mar que a separa do Peru.”

Em 1824, a Inglaterra reconheceu o governo da Gran Colombia
sem questionar nem um milímetro de seus limites territoriais.

Desde esta época até o despojo territorial em 1899, não houve
fato real que explicasse ou “justificasse” esse roubo.

Por exemplo, sabe-se que de maneira injusta a Bolívia perdeu
sua saída ao oceano Pacífico ao se enfrentar com o Chile na
chamada Guerra do Pacífico (1879-1883).

Na Venezuela não ocorreu absolutamente nada nem
remotamente parecido.

A tentativa de roubar esse território se materializou pela via
de uma fraude jurídica.

Já em 1822, um pouco antes de que a Inglaterra reconhecesse
o Estado da Gran Colombia e suas Fronteiras, o Ministro do Exterior,
José Rafael Revenga, por Instruções de Bolívar, teve que protestar
ante a Inglaterra pelas Contínuas Invasões de Colonos Ingleses ao
Território Venezuelano:

“Os Colonos de Demerara e Berbice [da Guiana Inglesa] têm Usurpado
uma Grande Porção de terra que, segundo aqueles, nos pertence do Lado Oeste do Rio Essequibo.
É absolutamente Indispensável que Ditos Colonos ou se coloquem sob
Jurisdição e Obediência de Nossas Leis, ou se retirem a suas Antigas
Possessões”.

Com o fim da Gran Colombia em 1831, a Venezuela como República
Separada e, portanto, menos forte para enfrentar as Agressões
Inglesas, seguiu sofrendo Violações ao seu Território Essequibo,
ao ponto de romper relações diplomáticas com a Inglaterra em 1887.

A oportunidade foi aproveitada pelos EUA que, desde suas ambições
imperiais e a Doutrina Monroe (“América para os Americanos”),
contou com uma oligarquia venezuelana ingênua e de poucas luzes,
a qual obrigou a aceitar mediante pressões a nomeação de um
tribunal arbitral que se encarregaria de determinar a linha divisória
entre a Venezuela e a Guiana Britânica sem a participação de nenhum
venezuelano.
O tribunal esteve integrado por cinco membros:
dois Estadunidenses em representação da Venezuela;
dois Ingleses pela parte britânica e
um quinto árbitro Russo que era Amigo Pessoal
da Rainha da Inglaterra.

Mais ‘justo e equilibrado’ não se poderia pedir.

É assim que no dia 3 de outubro de 1899 na cidade de Paris
esse tribunal ‘imparcial’ aprova o mal chamado “Laudo
Arbitral de Paris” no qual se desconhecem os direitos
históricos da Venezuela sobre o Essequibo.

Quatro dias depois, em 7 de outubro, o presidente da Venezuela,
Ignácio Andrade, protestou contra o Laudo Arbitral, no que seria
a primeira de reiteradas reclamações que a Venezuela faria no
que restava do século XIX, mais todas as que se sucederiam
durante a primeira metade do século XX, atravessando duas
guerras mundiais.

Por Anisio Pires, no Brasil de Fato

Íntegra em:
https://www.brasildefators.com.br/2023/12/05/por-que-o-essequibo-e-da-venezuela

No Acordo de Genebra (Suíça), Assinado em 17 de Fevereiro de 1966,
o Reino Britânico aceitou o Contencioso Venezuelano de que “o Laudo
Arbitral de 1899 sobre a Fronteira entre Venezuela e Guiana Britânica
é Nulo e Sem Efeito”. (Artigo 1º):

http://www.consulvenevigo.es/subido/ACUERDO%20GINEBRA%20ONU%201966.pdf

Zé Maria

Acuerdo de Ginebra (1966)

United Nations — Treaty Series 1966

No. 8192.
ACUERDO PARA RESOLVER LA CONTROVERSIA ENTRE VENEZUELA
Y EL REINO UNIDO DE GRAN BRETANA E IRLANDA DEL NORTE
SOBRE LA FRONTERA ENTRE VENEZUELA Y GUAYANA BRITANICA
[…]
Articula I
“Se establece una Comision Mixta con el encargo de buscar soluciones
satisfactorias para el arreglo practice de la controversia entre Venezuela
y el Reino Unido surgida como consecuencia de la contention venezolana
de que el Laudo arbitral de 1899 sobre la frontera entre Venezuela y Guayana
Britànica es nulo e irrito.”

Íntegra:
http://www.consulvenevigo.es/subido/ACUERDO%20GINEBRA%20ONU%201966.pdf

Zé Maria

A Guiana Inglesa só conquistou a Independência Política
do Reino Unido da Grã-Bretanha em Maio de 1966,
enquanto a Guiana Holandesa (Suriname) se emancipou
do Reino da Holanda em Novembro de 1975.

A Venezuela declarou a Independência do Reino de Espanha
em Julho de 1811 e garantiu-a definitivamente, de fato, em 1821,
quando os espanhóis foram finalmente derrotados por Bolívar.

O Território Venezuelano, incluindo Essequibo, foi Incorporado
à então “República da Grã-Colômbia” que se constituiu em 1919
no Congresso de Angostura (“São Tomás de Guayana de
Angostura del Orinoco”, hoje “Ciudad Bolívar”) e em 1821 foi
sacramentada com a Promulgação da “Lei Básica” (Constiuição)
do Novo País no Congresso de Cúcuta, Dois Meses Após a Vitória
do Libertador na Batalha de Carabobo contra os Espanhóis.

Além dos Territórios de Colômbia e Venezuela – com Essequibo –
a “República da Grã-Colômbia” incluiu ainda Equador e Panamá,
e Outras Áreas Territoriais que posteriomente seriam Anexadas
por Brasil, Peru e Nicarágua.
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Zé Maria

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Tributes to Cheddi Jagan – Remembering CJ

Watching the Final Round

by Odeen Ishmael (1948-2019)
Ambassador to Venezuela (November 2003-January 2011) and to the
United States of America (June 1993–October 2003) and Permanent Representative to the Organization of American States (OAS) (June 1993–
–October 2003);
At the OAS he served for two periods as Chairman of the Permanent Council;
In 2009, he was elected to a one-year term as Chairman of the Latin
American Council, the political governing body of the Latin American and
Caribbean Economic System (SELA), headquartered in Caracas, Venezuela;
Participated in numerous high-level meetings of the Union of South
American Nations (UNASUR) and Petro-Caribe (2003-2012);
In 2012, he was Head of Guyana’s delegation at the meeting held in Egypt
of Foreign Ministers of the Non-Aligned Movement.
(http://www.guyananews.org/features/bio_ishmael.html)

https://jagan.org/CJ%20Tributes/Remembering/remembering_cj7.html
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Informe da “Companhia”

“Cheddi B Jagan, Inflamado Revolucionário que levou a Guiana à Independência e foi, durante Meio Século, um dos Líderes Políticos
mais ‘Controversos’ do Caribe, morreu ontem em Washington,
onde estava hospitalizado após um Ataque Cardíaco.
Ele tinha 78 anos.
Jagan foi submetido a uma Cirurgia Cardíaca no Walter Reed
Army Hospital após ser levado de Avião para os Estados Unidos
em 15 de Fevereiro.”
[The New York Times]
https://www.nytimes.com/1997/03/07/world/cheddi-jagan-guyana-s-founder-dies-at-78.html
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“Jagan sofreu um Ataque Cardíaco em 15 de fevereiro de 1997
e foi levado ao Hospital de Georgetown [Capital da Guiana]
antes de ser transportado por uma Aeronave Militar dos EUA
e depois por um Helicóptero da Força Aérea dos EUA da Base
Aérea de Andrews para o Hospital do Exército Walter Reed
em Washington, DC, .”
“Lá, foi submetido a uma Cirurgia Cardíaca e morreu em WDC
em 6 de março de 1997, 16 dias antes de seu 79º Aniversário.”
[The Miami Herald]
https://miamiherald.newspapers.com/search/?query=jagan&ymd=1997-02-16
https://miamiherald.newspapers.com/search/?query=jagan&ymd=1997-03-07
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Zé Maria

Certo é que se Essequibo não fosse Rica em Recursos Minerais,
especialmente Ouro e Petróleo, ninguém estaria interferindo na
Questão Territorial Venezuelana.

Historicamente o Reino Unido da Grã-Bretanha se apropriou do
Território com a Descoberta de Ouro na Região, em 1841, quando
Essequibo já pertencia à Venezuela que era um País Independente
e herdou da Espanha a Jurisdição sobre a Colônia de Essequibo
desde a Declaração de Independência da Capitania Geral em 1811
e a Libertação do Território Venezuelano do jugo Espanhol em 1813.

Seria mesmo Desnecessário realizar um Plebiscito na Venezuela
para ratificar a Posse do Território de Essequibo.

Aliás, a Concessão ilegal da Exploração de Petróleo às Petrolíferas
Estrangeiras, de fora da América do Sul, pela Guiana é o que tem
Causado a Atual Interferência Indevida da OTAN (EUA) na Região.

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