Marcelo Zero: O estadista da paz e o servo da guerra

Tempo de leitura: 3 min
Os presidentes Lula e Zelensky discursam na 79ª Assembleia Geral da ONU, respectivamente, nos dias 24 e 25 de setembro de 2024. Fotos: Ricardo Stuckert/PR e Reprodução/YouTube ONU

O Servo da Guerra e o Estadista da Paz

Por Marcelo Zero*

Zelensky continua com suas agressões gratuitas contra o Brasil e contra Lula. É algo doentio.

Agora, na ONU, Zelensky criticou abertamente a proposta de paz Brasil/China para solucionar o conflito da Ucrânia.

Chamou-a de “destrutiva”, sem sequer saber de algum detalhe, pois ela ainda não foi exposta em suas minúcias.

Trata-se apenas de uma proposição de princípios básicos para a abertura de um diálogo, em torno de uma paz factível e realista.

Entre outros pontos, a proposta do Brasil e da China destaca que:

As duas partes acreditam que o diálogo e a negociação são a única solução viável para a crise na Ucrânia. Todos os atores relevantes devem criar condições para a retomada do diálogo direto e promover a desescalada da situação até que se alcance um cessar-fogo abrangente. O Brasil e China apoiam uma conferência internacional de paz realizada em um momento apropriado, que seja reconhecida tanto pela Rússia quanto pela Ucrânia, com participação igualitária de todas as partes relevantes, além de uma discussão justa de todos os planos de paz.

Como se vê, trata-se uma proposição “muito destrutiva.”

Zelensky questionou também o “real interesse” de Lula, da China e do Brasil em tal acordo. Insinuou, de forma canalha, que Lula quer ter protagonismo às expensas da Ucrânia. Que não teria real interesse em paz.

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Ora, Lula não precisa da Ucrânia e de sua guerra para ter protagonismo.

Ao contrário de Zelensky, Lula é um grande líder mundial que está empenhado em uma agenda positiva de combate à pobreza, às desigualdades, às mudanças climáticas, de uma nova governança global etc. E na construção de um mundo pacífico, simétrico e multipolar.

Já Zelensky apresenta ao mundo apenas seu chamado “plano da vitória”, isto é, seu plano de continuidade da guerra com a Rússia, pois a sua “proposta” implica rendição incondicional de Moscou.

Na realidade, Zelensky está investindo em uma guerra que afeta o mundo inteiro e que está se tornando cada vez mais perigosa.

Uma guerra que ameaça alastrar-se e se transformar em um enfrentamento franco entre a Otan e a Rússia, dois polos militares nuclearizados.

Putin já deixou claro que poderá utilizar esse tipo de arma, caso a Otan/Ucrânia insistam numa ofensiva em território russo.

Observe-se, a esse respeito, que a Rússia dispõe de armas nucleares táticas, que podem ser colocadas em mísseis hipersônicos, capazes de atingir cerca de 8 mil quilômetros por hora.

Não é bom apostar, como fazem alguns desavisados, que a recente decisão de Moscou é apenas um blefe.

Como disse Lula, se Zelensky fosse inteligente, ele apostaria na diplomacia.

Lula tem toda razão.

A Ucrânia não possui condições de ganhar essa guerra, mesmo com a montanha de ajuda que recebe do Ocidente.

Kiev já perdeu mais de 500 mil combatentes nesse esforço inútil e não tem reservas para continuar a sustentar uma guerra de degaste com a Rússia, que dispõe de reservas militares bem maiores e amplo domínio em artilharia e aviação.

Aos poucos, mas de forma sistemática, a Ucrânia perde cada vez mais território, com a continuidade da guerra.

Embora o objetivo de Moscou nunca tenha sido a conquista da Ucrânia, como dizem os desinformados, as forças militares russas já dominam cerca de 23% do território ucraniano. E seguem avançando.

A tendência inexorável, com a continuidade da guerra, é a de que a Ucrânia perca mais território, tornando cada vez mais assimétricas as negociações, em detrimento de Kiev.

Por isso, analistas comprometidos com um mínimo de racionalidade consideram que seria do interesse objetivo da Ucrânia iniciar negociações de paz sérias e realistas. No mínimo, se evitaria mais derramamento inútil de sangue ucraniano.

Zelensky, no entanto, pressionado pelos EUA e a Otan, persiste no esforço bélico, e aprofunda e alarga a guerra.

Mas Zelensky sequer é um “senhor da guerra”. É servo de uma guerra, à qual a Ucrânia foi conduzida por interesses geopolíticos dos EUA e aliados.

Já Lula, que Zelensky tem obsessão em criticar, é um estadista de nível internacional, um senhor da paz e das negociações.

Se fosse “esperto”, Zelensky ouviria Lula. Afinal, ouvir Lula é ouvir o Sul Global e a voz da razão. Não é pouco.

*Marcelo Zero é sociólogo e especialista em Relações Internacionais

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Zé Maria

Sputnik News

Grupo de 12 Países do Sul Global, Capitaneado por China e Brasil
aderiram nesta sexta-feira (27), após encontro em Nova York,
a um Comunicado sobre o Conflito na Ucrânia.

Tito Lívio, Mestre em Estudos Estratégicos da Defesa e Segurança e
Membro Pesquisador do CIRE (Centro de Investigação sobre Rússia,
Eurásia e Espaço Pós-Soviético), destacou em entrevista à Sputnik,
principais pontos de atenção e desafios que envolvem a implementação
da plataforma “Amigos da Paz” e a atuação dos países do Sul Global.

Ele observou que países emergentes como Brasil, China, Índia, e outros,
têm importância política e estratégica que “não pode ser ignorada por
uma estrutura de poder que insiste se manter imutável desde 1945, que
é o Conselho de Segurança da ONU”.

Segundo o especialista, a proposta sino-brasileira visa democratizar
o debate multilateral e incluir novos articuladores nas decisões globais.

No que tange aos 6 (seis) pontos de “consenso” apresentados
no documento da proposta, Lívio destacou que ainda será necessário
um evento específico para debater resoluções políticas e diplomáticas
para o fim do conflito.

Os pontos abordam, principalmente, “o cumprimento de acordos
humanitários e a inibição de maior escalada armada”, deixando
em aberto questões cruciais como o destino das cinco regiões
incorporadas à Rússia e “a adesão ou renúncia da Ucrânia à OTAN”,
que ainda precisarão ser debatidas.

Íntegra em:
https://noticiabrasil.net.br/20240927/nao-pode-ser-ignorada-analista-louva-proposta-sino-brasileira-para-solucionar-conflito-na-ucrania-36681191.html

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Zé Maria

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O Serviçal da OTAN quer se criar
às custas do Prestígio do Brasil.

Durante discurso na Assembleia Geral da ONU [ONG dos EUA]
o Lacaio Ucraniano da OTAN fez ataques contra Brasil e China
.
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https://revistaforum.com.br/global/2024/9/25/lula-responde-ataque-de-zelensky-humilha-presidente-da-ucrnia-incapaz-166265.html
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Zé Maria

Considerando os Chamados ‘Líderes Mundiais’ da Atualidade,
Luiz Inácio LULA da Silva é Incomparável, dada a Superioridade
de Propósitos do Presidente do Brasil no Plano Internacional.

marcio gaúcho

O pior nessa guerra, quando for firmada a paz ou a vitória russa, é a dívida bilionária do país para com os fornecedores. Impagável, mas será religiosamente cobrada permanentemente, condenando a Ucrânia à estagnação e pobreza. Melhor teria sido um acordo com a Rússia, antes do conflito, mesmo tendo que ceder alguns territórios pacificamente. Além de ter um aliado potencial para a sua segurança e economicamente ativa. No momento, o resultado das escolhas está eliminando a nação ucraniana do mapa mundial.

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