Luís Carlos Bolzan: Contorcionismos da mídia hegemônica mundial para encobrir e apoiar atuação de grupos nazistas na Ucrânia

Tempo de leitura: 6 min
Em 2014, os americanos apoiaram a “revolução EuroMaidan”, em Kiev, que derrubou o presidente pró-russo Viktor Yanukovitch. O vice-presidente dos EUA Joe Biden (após o golpe) e o senador John McCain (durante) estiveram na Ucrânia com esse objetivo. No topo, à esquerda, estão acompanhados de Hunter Biden, filho mais novo de Biden, que passou a integrar o conselho da empresa ucraniana do setor de energia, Burisma Holdings. Abaixo, McCain durante o golpe de 2014 com o líder do partido ultranacionalista Svoboda (azul claro) e o do Pravy Sektor, grupo nazista com influência no alto comando das forças armadas ucranianas. No topo à direita, McCain discursa na praça Maydan, em 2014. Na imagem, aparece o símbolo do Pravy Sektor. Em 31 de maio de 2020, durante ato na Avenida Paulista (parte inferior) apoiadores do presidente Jair Bolsonaro exibem bandeiras com o mesmo símbolo do grupo neonazista. Fotos: Divulgação e reprodução de redes sociais

AS MUITAS FACES DE UM CONFLITO E OS MUITOS CONFLITOS DA MESMA FACE

Por Luís Carlos Bolzan, especial para o Viomundo

O conflito entre Rússia e Ucrânia, para além da triste realidade da guerra para a classe trabalhadora, em benefício dos oligarcas de ocidente e oriente, se mostra muito revelador para todos que têm recursos para discernir além das aparências. Senão vejamos.

A primeira revelação confirma a já muito conhecida expressão de que numa guerra a primeira vítima é a verdade, sendo confirmada pelo consórcio ocidental de propaganda e desinformação em torno do conflito.

Nos grandes meios de comunicação, por mais analistas que se manifestem, fato é que todos e todas concordam no essencial e divergem, quando o fazem, na perfumaria, fazendo com que tudo se legitime pela absoluta e burra unanimidade, censurando a diferença, no modo Pontual de atuação.

Na esteira da primeira revelação, a segunda desmonta a permanente defesa da liberdade de imprensa, dada a decisão da União Europeia de censurar veículos de comunicação russos, como Russia Today e Sputnik, sob alegação de que são “fábricas de mentiras”, quando na verdade, tal atitude revela o quanto a propaganda não tolera o contraditório, característica do bom jornalismo e da democracia verdadeira.

Em clara atitude ditatorial, União Europeia censura veículos de comunicação que não se sujeitam a repetir acriticamente e sem contradita sua versão sobre os fatos, explicitando que a liberdade de imprensa só vale para uma única versão dos fatos, desde que seja “a nossa” e não a “do outro”.

A terceira conclusão aponta para a necessidade diversionista de recorrer ao maniqueísmo num conflito multifatorial, reduzindo todos elementos envolvidos como interesses econômicos, militares, geopolíticos, raciais, religiosos, sociais e históricos ao maniqueísmo entre o “bem e o mal”, sendo o “bem” o ocidente “civilizado” e o “mau” o oriente “incivilizado”.

A mesma conclusão sobre o maniqueísmo nos leva a perceber outro aspecto desse binarismo reducionista, ou seja, a fulanização, com a qual se personifica a disputa entre personalidades. De um lado, pinta-se um Putin como diabólico e autoritário. Do outro, um heroico Zelensky em sua luta patriótica e reativa.

O diversionismo que se utiliza da fulanização cumpre papel de esconder, em primeiro lugar, os elementos estruturais desse conflito, entre eles a excrecência da existência da OTAN mais de trinta anos pós fim do seu equivalente, o Pacto de Varsóvia, e em clara ação expansionista e belicosa contra a Rússia.

Esconde ainda razões de muito sabidas, acalentadas pelo vitorioso ocidente quando da queda do Muro de Berlin, em não apenas conter a Rússia, sua cultura e história, mas de contrapô-la e destruí-la, e, em sequência, a China.

Ainda quanto ao aspecto diversionista da fulanização cabe ressaltar três pontos omitidos:

1. O elemento cultural com ênfase no aspecto religioso, contrapondo cristãos ocidentais católicos e protestantes aos cristãos orientais ortodoxos.

2. A omissão de interesses econômicos de outro nome central do conflito, o do presidente Joe Biden, cujo filho foi diretor da empresa de gás ucraniana após o golpe colorido de 2014 em Maidan, Kiev.

3. O elemento racialista, visto que, apesar de serem brancos envolvidos no conflito, impossível não perceber o desinteresse ocidental com segurança de eslavos incitados ao conflito.

Ou não se materializa aí aspecto da defesa feita pelo ocidente de que Ucrânia, país de cultura marcadamente oriental, faça cavalo de pau histórico e passe a ser o que não é, negando sua história, e tenha governo “pró ocidente”, e não pró população ucraniana?”

O que essa ocidentalização ofereceu aos ucranianos desde a revolução laranja, senão a alcunha de país mais pobre da Europa?

Senão qualidade de vida baixíssima da população imposta pelo receituário do FMI nas últimas duas décadas?

Senão o enriquecimento de pequeno grupo de políticos ucranianos, entre os quais está seu atual presidente Zelensky, pintado como herói pelo ocidente?

Tal ocidentalização imposta aos ucranianos soa como revival de imposição do modo de produção europeu aos povos indígenas americanos, varridos dos EUA, por exemplo, após assumirem forçadamente seu novo modo de vida branco, visto que ameríndios eram tidos como “atrasados” e incivilizados”, se assemelhando ao que dizem alguns jornalistas ocidentais sobre região do conflito e seu povo, como “meio civilizados”.

Na lógica diversionista surge outra revelação importante, dado o contorcionismo da imprensa ocidental em negar ou minimizar a presença de grupos nazistas na Ucrânia. Como isso ocorre?

Primeiro, afirmando que grupos nazistas ucranianos não são nazistas de fato, mas apenas nacionalistas.

Segundo, ao afirmar que, no passado, os representantes desses grupos apoiaram regime nazista, sendo, portanto, colaboradores circunstanciais do nazismo e não nazistas de verdade, como se quem colabora com nazistas não fosse nazista, mas apenas e tão somente um “colaborador”.

Terceiro, omitindo que grupos nazistas — existentes infelizmente em muitos países — estão institucionalizados na Ucrânia, inclusive incorporados às forças armadas ucranianas e equipadas pelo Estado ucraniano.

Quarto, negando o peso de tais grupos na organização social e política ucraniana, afirmando que são parcela diminuta da população da Ucrânia.

Sobre isso é necessário dizer que a população ucraniana não é nazista, tendo imposto nas últimas eleições derrotas ao partido nazista Svoboda. Mas, mesmo assim, os grupos nazistas existentes na Ucrânia exercem significativa pressão social, política e militar, influenciando sobremaneira o quotidiano dos ucranianos.

O consórcio de propaganda ocidental desconsidera documentários que o desmentem, como Máscaras da Revolução exibido na televisão francesa, em 2016.

Esse documentário trata dos grupos nazistas na Ucrânia.

Ele explicita, às vísceras, a relação promíscua entre autoridades dos EUA e europeias com grupos nazistas ucranianos.

E prova que autoridades ocidentais sabiam desses grupos e de sua natureza nazista, e mesmo assim os apoiaram.
Em linha semelhante, há   Ucrânia em Chamas, do cineasta Oliver Stone.

Esse documentário mostra como a revolução colorida foi mais um golpe contra população, já que o movimento das ruas em Kiev, em 2014, foi dominado pelos grupos terroristas nazistas.

Assim, outra conclusão se materializa: a opção do grande consórcio de propaganda ocidental com seus veículos de grande imprensa em ocultar nazistas na Ucrânia e, por consequência, apoiá-los.

Esse modus operandi da mídia visa a esconder as íntimas relações do ocidente com tais grupos em inequívoca parceria contra seu adversário russo, já que esses grupos nazistas são sobretudo, antirussos. E, ao apoiar tais grupos, o consórcio de propaganda ocidental intensifica seu discurso russofóbico.

Tal revelação nos mostra que, para combater o oriente representado pela Rússia, o ocidente faz alianças com nazistas, tentando constrangidamente negá-las de várias formas. Omitem do noticiário esse apoio, minimizam e negam existência de grupos nazistas na Ucrânia, ou ainda apelam para discurso diversionista acusando de “propaganda russa” quem denuncia o conluio.

Os que hoje apoiam nazistas não poderão depois se dizer surpresos ou arrependidos, pois o fazem de maneira consciente.

Outra revelação, mas não menos importante, é o fato de que guerras em território europeu ou no hemisfério norte causam comoção jamais vista diante da indiferença das guerras no sul ou no oriente, como se humanos ocidentais do hemisfério norte fossem mais importantes do que os de outras regiões, culturas e cores.

Prova disso é a diferença no tratamento dado pela Europa a refugiados da Síria ou da Líbia, por exemplo, e o tratamento dado a refugiados da Ucrânia, com exceção para negros e negras que vivem na Ucrânia, que têm sido barrados nas fronteiras, em clara demonstração de racismo.

Por fim, a triste revelação da postura parcial de entidades, como FIFA e COI, que puniram atletas russos pela guerra, mas não o fizeram contra atletas americanos, quando os EUA invadiram Iraque e Afeganistão. Ou quando a OTAN, sem autorização do Conselho de Segurança da ONU, bombardeou a Sérvia, matando milhares de civis.

Demonstração inequívoca da parcialidade dessas entidades e de que os ataques dos EUA serão sempre apoiados, mesmo com base em mentiras, como no caso do Iraque.

Essa guerra é um conflito entre semelhantes representantes do mesmo modo de produção capitalista, cristãos, brancos do hemisfério norte, e impérios militares, um em franca ação de expansão e outro em iniciativa de evitar tal expansão.

Não há luta entre modos distintos de produção. São as muitas faces de um conflito com os muitos conflitos da mesma face, a face do capital e seu modo de produção.

Putin não é de esquerda e Zelensky não é herói, tanto quanto Biden não é libertador nem democrata ou desinteressado. Todos de espectro político à direita, sustentados por oligarcas e apoiadores de interesses desses oligarcas cleptocratas em suas plutocracias.

A guerra é parteira de mudanças ao longo da história, mas não mudanças que dialogam com interesses da classe trabalhadora, pois as vidas ceifadas na guerra são a de trabalhadores e trabalhadoras.

O capital sabe disso, por isso fomenta guerras para mudanças geográficas, geopolíticas, econômicas, cosméticas em geral, visto que nunca ameaçam a reprodução sistêmica do capital.

Não é um FlaFlu ou Grenal. É uma guerra que, como tantas outras, diz mais sobre quem a insufla, e nada sobre quem nela sofre e morre.

Assumir lado como quem escolhe time é reduzir conflito complexo para trocar seis por meia dúzia, que não são iguais, mas semelhantes, visto que suas diferenças não são estruturantes.

A superação do status quo que oprime a classe trabalhadora não pode vir da essência do modo de produção capitalista com sua violência estrutural, mas da construção material legítima dos interesses da classe trabalhadora ao negar a reprodução metabólica do capital e suas diversas manifestações de violência.

A Rússia deve aceitar o expansionismo belicoso da OTAN apoiada em grupos nazistas antirrussos? Não!

Mas a opção pela guerra e invasão é uma não opção, dado que a Rússia não é um país despreparado, passando assim a dar o passo militar esperado e provocado pelo Ocidente.

Guerras não incluem, matam.

Guerras não somam, subtraem.

Guerras não aproximam, afastam.

Guerras não curam, fazem sofrer e criam feridas que não cicatrizam.

Guerra, não. Mudanças, sim.

Mudanças pela paz, pela vida, pelo respeito às diferenças e aos diferentes

*Luís Carlos Bolzan é psicólogo.

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Zé Maria

Ucrânia é o Único País
a ter nas Forças Armadas um
Batalhão Neonazi Assumido:
o Azov

Hora do Povo

O Batalhão de Azov – o mais notório agrupamento de neonazis ucranianos que opera sob chancela governamental, mas não o único – foi oficialmente constituído em 5 de maio de 2014, portanto três dias depois do massacre de 42 antifascistas em Odessa, queimados vivos, e poucos dias após o ‘führer” do Setor Direita, Dmytro Yarosh, ter anunciado que as turbas fascistas estavam “cruzando o Rio Dniepr”.

Como denunciou o autor Lev Golinkin, nas páginas da revista norte-americana The Nation, “a Ucrânia pós-Maidan é a única nação do mundo a ter uma formação neonazista [abertamente] em suas forças armadas”.

Uma foto do Batalhão Azov, recepcionando os ‘parças’ da OTAN e, para deixar o ambiente mais íntimo, uma enorme bandeira nazista com a inconfundível suástica, mais o estandarte da OTAN e outro azul-amarelo ucraniano, circulou tanto que praticamente é impossível ignorá-la.

https://horadopovo.com.br/wp-content/uploads/2022/03/Uma-irmandade-armada-selada-em-tres-bandeiras-Otan-Nazismo-e-Azov-768×512.jpg

A primeira ‘façanha’ assumida pelo Azov foi esmagar o levante antifascista em Mariupol em junho de 2014, com cerca de 100 mortos em duas semanas na cidade e arredores. A cidade permanece refém dos fascistas até hoje.

Outras Gangues Nazistas Engajadas

A convocação para que as gangues nazistas se alistassem no esforço do regime recém saído de Maidan para afogar em sangue a recusa das “regiões” – o leste e sul do país, os ‘russos étnicos’ – a se submeterem ao golpe de fevereiro, partiu do então ministro golpista do Interior, Arsen Avakov, com um decreto autorizando uma nova força paramilitar de até 12.000 integrantes.

Várias foram as milícias e gangues fascistas que se apresentaram para o serviço.

Além do mais conhecido Batalhão Azov, constituído a partir dos “Patriotas da Ucrânia”, também o “Batalhão Aidar”
– este conhecido por imitar o Estado Islâmico e decapitar opositores no Donbass, conforme a Anistia Internacional e a revista Newsweek na época.

Também a ‘ala jovem’ do partido neonazifascista Svoboda, a C14, e conforme o Jerusalém Post um grupamento conhecido como ‘Centúria’.

Ainda, as gangues Dnipro-1 e Dnipro-2.

O Batalhão Aidar posteriormente foi integrado ao 24º batalhão de Assalto do exército ucraniano.

Diante do alarido da mídia imperial de que ‘não há nazistas na Ucrânia, isso é invenção de Putin’, cabe registrar, como assinalou um cientista político ucraniano, Vladimir Kornilov, que o Batalhão Azov “há muito tempo é uma unidade oficial da Guarda Nacional da Ucrânia, que por sua vez faz parte da estrutura do Ministério do Interior”.

Ainda – é ele quem destaca – o Batalhão Azov ostenta oficialmente “como símbolo a suástica estilizada, conhecida no mundo sob o nome de ‘gancho de lobo’ [‘Wolfsangel’] e proibida em vários países europeus”. Aliás, copiada do logo da 2ª Divisão Panzer das Wafen SS.

Relatórios do Escritório do Alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) e da Anistia Internacional ligaram o Batalhão Azov a crimes de guerra, como saques em massa, estupro, sequestros, tortura e execuções.

O que jamais vexou o presidente Volodymyr Zelensky de prestigiar os eventos da ‘corporação’.

TREINADO PELOS EUA

Note-se, ainda, que a Guarda Nacional foi formada e treinada pelos EUA. Por um curto período, chegou a haver uma proibição, mas desde 2016 o Pentágono voltou a adestrar o Azov.

Andryi Biletskyi, o líder de gangue que se tornou comandante do Azov, escreveu certa vez que a missão da Ucrânia é “liderar as Raças Brancas do mundo numa cruzada final contra os Untermenschen [Subumanos, termo nazista] liderados pelos semitas”.
[…]

Essa ‘Nova Ucrânia’, destinada ser o trampolim da OTAN contra a Rússia e seu povo, tornou os chefes de pogrom e colaboracionistas Stepan Bandera e Roman Shukhevych em “patriarcas” do país.

Reabilitaram até mesmo a SS Galichina, uma divisão ucraniana da legião nazista Waffen-SS, enquanto as marchas de tochas voltaram a assombrar as ruas ucranianas.

Íntegra:

https://horadopovo.com.br/ucrania-e-o-unico-pais-a-ter-nas-forcas-armadas-um-batalhao-neonazi-assumido-o-azov

    Zé Maria

    Batalhões de Azov e Aidar instalaram-se em escolas, hospitais e jardins de infância em Mariupol
    e dispararam contra as forças da
    República Popular de Donetsk (RPD)

    Moscou 24VIVER
    política05 de março, 10:21
    Militantes de Azov e Aidar disparam contra as forças da DPR de escolas, hospitais e jardins de infância em Mariupol
    segurança

    Foto: TASS/Alexander Ryumin

    Os militantes dos batalhões nacionais Azov e Aidar estão disparando contra as forças da DPR que entraram em Mariupol de posições equipadas em escolas, hospitais, maternidades e jardins de infância, disse o representante oficial do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.

    Segundo ele, os militares da República Popular de Donetsk continuam a apertar o cerco em torno do Mariupol ucraniano.

    Mariupol está localizada na costa norte do Mar de Azov [que se liga ao Mar Morto pelo Estreito de Kerch] é um dos maiores portos comerciais da Ucrânia, uma cidade com quase meio milhão de habitantes na região de Donetsk.

    Mais cedo, o lado russo anunciou um regime de silêncio e abriu corredores humanitários para a saída dos moradores de Mariupol e Volnovakha.

    Corredores humanitários e rotas de saída foram acordados com o lado ucraniano.

    Antes disso, o Ministério da Defesa da Rússia pediu ao Ministério das Relações Exteriores da Rússia que influenciasse as autoridades ucranianas para que corredores humanitários fossem prontamente organizados no país para a retirada de civis.

    O Ministério das Relações Exteriores também foi solicitado a ajudar a impedir ações ilegais das autoridades ucranianas contra cidadãos da própria Ucrânia e de outros estados.

    O chefe do Centro de Defesa da Rússia, coronel-general Mikhail Mizintsev, disse que uma situação humanitária catastrófica está se desenvolvendo em quase todas as regiões da Ucrânia .

    Isso inclui Kiev, Mariupol, Kharkov, Sumy, bem como 20 outros grandes assentamentos.
    Isso se deve, entre outras coisas, ao bloqueio por parte dos nazistas, que não liberam civis para locais seguros, afirma.

    No dia anterior, o Ministério da Defesa russo falou sobre as 35 ações humanitárias planejadas em quatro regiões da Ucrânia, bem como nas Repúblicas de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL),

    Entre os itens essenciais preparados para a transferência, como esclareceu o coronel-general Mikhail Mizintsev, também estão alimentos e remédios.

    Antes disso, foi relatado que 20 toneladas de carga humanitária foram entregues da Crimeia a Genichesk, que foram distribuídas em pacotes de alimentos para posterior distribuição às pessoas.

    Um comboio humanitário de Belgorod também chegou à região de Kharkov .

    Foram trazidos cereais, guisados, doçaria, água engarrafada e produtos de higiene para as pessoas.

    Os alimentos foram arrecadados pelos moradores da região, incluindo empresários locais.

    Íntegra:

    https://www.m24.ru/news/politika/05032022/437460

Zé Maria

Excertos
.
.
“A primeira revelação confirma a já muito conhecida expressão de que numa guerra a primeira vítima é a verdade, sendo confirmada pelo consórcio ocidental de propaganda e desinformação em torno do conflito.
Nos grandes meios de comunicação, por mais analistas que se manifestem, fato é que todos e todas concordam no essencial e divergem, quando o fazem, na perfumaria, fazendo com que tudo se legitime pela absoluta e burra unanimidade, censurando a diferença, no ‘modo Pontual’ de atuação.”
[…]
“Na lógica diversionista surge outra revelação importante, dado o contorcionismo da imprensa ocidental em negar ou minimizar a presença de grupos nazistas na Ucrânia.
Como isso ocorre?
Primeiro, afirmando que grupos nazistas ucranianos não são nazistas de fato, mas apenas nacionalistas.
Segundo, ao afirmar que, no passado, os representantes desses grupos apoiaram o regime nazista, sendo, portanto, colaboradores circunstanciais do nazismo e não nazistas de verdade, como se quem colabora com nazistas não fosse nazista, mas apenas e tão somente um ‘colaborador’.
Terceiro, omitindo que grupos nazistas — existentes infelizmente em muitos países — estão institucionalizados na Ucrânia, inclusive incorporados às forças armadas ucranianas e equipadas pelo Estado ucraniano.” [*]
.
.
*[Em Março de 2014, em seguida ao Golpe de Estado na Ucrânia,
o Governo Provisório Golpista criou com Aprovação do Parlamento
– já sem os Deputados Comunistas e Socialistas que foram Banidos –
a chamada “Guarda Nacional Ucraniana” cujo Comando foi entregue
ao Grupo Paramilitar NeoNazista “Batalhão de Azov”, uma Recompensa
Oficial a esses Nazistas Ucranianos Armados que ‘recuperaram’ a cidade
de Mariupol do Domínio da República Popular de Donetsk (RPD).
(https://www.elmundo.es/internacional/2014/03/13/53219892268e3ead508b4577.html).
.
.

Zé Maria

Nacionalistas [NeoNazistas Ucranianos] não deixam
civis saírem das cidades de Mariupol e Volnovakha

https://ria.ru/

MOSCOU, 5 de março – RIA Novosti –

Nenhum dos refugiados de Mariupol e Volnovakha
chegou aos corredores humanitários depois que
o “regime de silêncio” [Toque de Recolher] foi
anunciado.

Eles não estão sendo libertados pelos nacionalistas
[Ucranianos Neonazistas do Batalhão de Azov], disse
o coronel-general Mikhail Mizintsev, chefe do Centro
de Controle de Defesa Nacional da Federação Russa,
em uma reunião da sede da resposta humanitária
no sábado [5].

Ele [Mizintsev] lembrou que, atendendo aos persistentes
pedidos do lado ucraniano e exclusivamente para fins
humanitários, no sábado [5], a partir das 10h, horário de
Moscou, foi novamente anunciado um “regime de silêncio”
para a saída de civis de Mariupol e Volnovakha .
Ao mesmo tempo, as rotas e toda a logística de transporte
dos corredores humanitários foram elaboradas em detalhes
e coordenadas com o lado ucraniano, e sua segurança foi
garantida pelas Forças Armadas da Rússia.

Representantes do CICV em Kiev e Moscou foram notificados
com antecedência.

“Infelizmente, no momento atual, temos informações confiáveis
​​de que dos 200.000 refugiados declarados de Mariupol e 15.000
de Volnovakha, ninguém chegou aos corredores humanitários
abertos.
Foi estabelecido com segurança que os nacionalistas não liberam
civis e cidadãos estrangeiros desses assentamentos”, disse o general.

Mizintsev observou que os corredores humanitários foram abertos
diariamente nas direções Volnakhsky e Mariupol, mas os batalhões
nacionais [Neozazistas Ucranianos] impedem a saída de civis para
a Rússia .

A mesma situação está [ocorrendo] em Kharkiv e Sumy , bem como
em vários outros assentamentos.

https://ria.ru/20220305/gumkoridory-1776732509.html

Leia também:

Membro Ucraniano da Delegação de “Paz” nas
conversações com a Rússia, foi assassinado nas
ruas de Kiev, sob suspeita de ‘Traição à Ucrânia’

O Ministério da Defesa da Ucrânia confirmou
a morte de Denis Kireev, membro da delegação
de Kiev nas conversações com a Rússia.

Mais cedo, o deputado Ucraniano da Verkhovna
Rada, Alexander Dubinsky , disse que os oficiais
do Serviço de Segurança da Ucrânia mataram
Kireev ‘durante a prisão’.

Íntegra:

https://ria.ru/20220305/podtverzhdenie-1776856885.html

    Zé Maria

    Detalhe:

    Não são apenas ucranianos que buscam refúgio.

    Os imigrantes Russos e seus Descendentes da
    Região de Donbas também estão tentado fugir
    da Zona de Conflitos para o Território Russo.
    Mas estão sendo Impedidos pelo Grupo Paramilitar
    “Batalhão de Azov”, que recebeu Carta Branca do
    Governo Ucraniano para controlar a importante
    e Estratégica Cidade Portuária de Mariupol, situada
    à margem do Mar Negro, na República Popular de
    Donetsk.

    Também outras Antigas Cidades Ucranianas Próximas
    à Fronteira com a Rússia, como Volnovakha, Kharkov
    e Sumy, estão sendo Bloqueadas e Atacadas por
    Regimentos Paramilitares NaziFascistas Russofóbicos
    fortemente Armados pelo Governo Ucraniano, os quais
    atualmente estão impedindo o acesso dos Moradores
    dessas Localidades – de Maioria Russa – aos Corredores
    Humanitários, Demarcados como Zonas de Cessar-Fogo
    pelas Recentes Negociações de Acordo de Rússia e Ucrânia
    para oportunizar o Refúgio – no caso dos habitantes do Leste
    na própria Rússia.

    https://i0.wp.com/informacaoincorrecta.com/wp-content/uploads/2014/03/Appunti01.jpg

Omar Oto

Os EUA fez um monte de guerra pelo mundo inclusive com acusações falsas contra o Iraque e a mídia nunca disse um A que seja contra os EUA.
Essa guerra só tá acontecendo pq a Otan, os EUA e a União Europeia provocaram a Rússia. Não era para estar acontecendo.
Se não tivessem provocado a Rússia ninguém estava em guerra na Europa.

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