O manifesto dos Juristas com Haddad

Tempo de leitura: 4 min

Manifesto de Juristas

O 2º turno das eleições de São Paulo apresenta duas candidaturas antagônicas: de um lado, José Serra (PSDB), continuidade da gestão Kassab, extensão do governo estadual de Geraldo Alckmin e aliado de FHC no desmonte do patrimônio público brasileiro; de outro, Fernando Haddad (PT), símbolo de mudança, herdeiro da experiência de governo democrático e popular das prefeituras de Luiza Erundina (1989) e Marta Suplicy (2004) e partícipe do projeto de transformação em curso no Brasil desde 2003.

Não por acaso, essa eleição polariza a cidade, situação evidenciada pelo mapa eleitoral do 1º turno: enquanto Serra recebeu os votos dos setores mais privilegiados e das regiões mais abastadas de São Paulo, Haddad emergiu como depositário dos anseios do povo das periferias da cidade, de uma maioria que almeja uma vida melhor.

Nessa hora, é necessário escolher um lado!

Repetindo a dinâmica da disputa presidencial de 2010, Serra manifesta preconceitos e valores antidemocráticos em sua campanha, ao invés de fazer um debate político qualificado sobre o futuro de São Paulo. Como solução para os problemas em áreas sensíveis para o povo, como saúde, educação, transporte e moradia, Serra representa mais do mesmo: submissão aos interesses do mercado imobiliário, políticas higienistas, privatizações (disfarçadas sob as Parcerias Público-Privadas e as Organizações Sociais) e recrudescimento da violência policial contra os pobres e os movimentos sociais.

Haddad apresentou à população de São Paulo um Programa de Governo construído com amplos setores da sociedade civil e que reinsere o respeito aos Direitos Humanos e o compromisso com a gestão democrática e participativa no núcleo da administração pública municipal.

Nós, juristas – advogados, defensores públicos, magistrados, procuradores, estudantes e professores de direito – acreditamos que a Prefeitura deva ser um vetor de promoção de cidadania, de respeito aos direitos humanos e de melhoria das condições de vida da população, em especial da maioria pobre e trabalhadora que faz de São Paulo a maior cidade do país.

Por isso, manifestamos nosso apoio à candidatura de Fernando Haddad para a Prefeitura de São Paulo.

Assinam:

José Eduardo Martins Cardoso, Ministro da Justiça;

Ricardo Gebrim, advogado trabalhista;

Aton Fon Filho, advogado popular;

Flavia Piovesan, Doutora e professora de Direito pela PUC/SP;

Gilberto Bercovici, professor Titular da Faculdade de Direito da USP;

Marcus Orione Gonçalves Correia, juiz federal, professor Livre-docente da Faculdade de Direito da USP;

Otávio Pinto e Silva, advogado e professor Livre-docente da Faculdade de Direito da USP;

Boaventura de Sousa Santos, professor da Universidade de Coimbra e da Universidade de Wisconsin (EUA);

Ney Strozake, advogado popular;

Giane Alvares, advogada popular;

Paulo Teixeira, Deputado Federal e advogado;

Luiz Edson Fachin, professor da Faculdade de Direito da UFPR, atualmente Visiting Scholar do King’s College, London.

Patrik Lemos Cacicedo, defensor público do Estado de São Paulo;

Márcio Sotelo Felippe, Procurador do Estado de São Paulo, mestre em direito pela FDUSP;

Flávio Crocce Caetano, advogado, professor de Direito Administrativo e Direitos Humanos da PUC/SP;

Carlos Duarte, tesoureiro do Sindicato dos Advogados do Estado de São Paulo;

Aldimar de Assis, Presidente do Sindicato dos Advogados SP;

Benedito Barbosa – “Dito”, advogado do Centro Gaspar Garcia De Direitos Humanos e da União Dos Movimentos De Moradia De São Paulo;

Alexandre Mandl, advogado do Movimento das Fábricas Ocupadas – Flaskô;

Thiago Duarte Gonçalves, chefe de gabinete de Desembargador do TRT da 2ª Região;

Thiago Barison, advogado, mestre e doutorando em Direito do Trabalho;

Valter Uzzo, advogado trabalhista;

Luiz Eduardo Greenhalgh, advogado;

Silvio Luiz de Almeida, advogado, Doutor em Direito e Presidente do Instituto Luiz Gama;

Suzana Angélica Paim Figueredo, advogada, mestra em direito pela PUC/SP;

Gladstone Leonel da Silva Júnior, professor de direito da UnB e advogado popular;

Alexandre F. Mendes, professor de Direito Urbanístico – PUC-RJ;

Ronaldo Tamberlini Pagotto, advogado trabalhista;

Yuri Carajelescov, Procurador da Assembleia Legislativa do Estado de SP, advogado;

Daniel Carajelescov, Procurador do Estado aposentado, advogado;

Isadora Brandão, membro da comissão de Direitos Humanos do Sindicato dos Advogados de São Paulo;

Jonnas Esmeraldo Marques de Vasconcelos, advogado;

Lourdes Buzzoni Tambelli, advogada trabalhista, diretora secretária do Grupo de advogados pela Diversidade Sexual – Gadvs e diretora suplente do Sindicato dos Advogados de SP;

Raimundo Vieira Bonfim, advogado, coordenador geral da Central de Movimentos Populares do Estado de São Paulo (CMP-SP);

Yasmin Pestana, advogada;

Fernanda Cyrineu Pereira, advogada;

Pablo Castellon, advogado;

Íria Braga Stecca, advogada;

Gabriel de Carvalho Sampaio, advogado e Diretor da Secretaria de Assuntos Legislativos do Mistério da Justiça;

Alessandro Oliveira Soares, advogado, professor e chefe de gabinete do Ministro da Justiça;

Rodrigo Faria, advogado, secretário executivo adjunto do Ministério da Justiça;

Marivaldo de Castro Pereira, advogado e Secretário de Assuntos Legislativos do Mistério da Justiça;

Anna Claudia Pardini Vazzoler, advogada e Diretora da Secretaria de Assuntos Legislativos do Mistério da Justiça;

Sabrina Durigon Marques, advogada e coordenadora da Secretaria de Assuntos Legislativos do Mistério da Justiça;

Patrick Mariano Gomes, advogado e coordenador da Secretaria de Assuntos Legislativos do Mistério da Justiça;

Luiz Antônio Bressane, defensor público e coordenador da Secretaria de Assuntos Legislativos do Mistério da Justiça;

Tedney Moreira da Silva, advogado e coordenador da Secretaria de Assuntos Legislativos do Mistério da Justiça;

Jean Keiji Uema, advogado e consultor jurídico do Ministério da Saúde;

Eduardo Piza Gomes de Mello, advogado, diretor do Sindicato dos Advogados de São Paulo, militante do movimento LGBT e membro do IEN – Instituto Edson Neris;

Paulo Cesar Malvezzi Filho, advogado, membro do Instituto Práxis de Direitos Humanos;

Caio Yamaguchi Ferreira, advogado;

Vinicius Cascone, advogado;

Flavio Marques Prol, advogado;

Stacy Natalie, advogada;

Ricardo Leite Ribeiro, advogado;

Silvio Luiz Estrela, advogado;

Regina Stela Corrêa, advogada;

Francisco Brito Cruz, advogado;

Antônio Carlos de Carvalho, advogado;

Marina Ganzarolli, advogada;

Guilherme Varella, advogado;

Lea Vidigal Medeiros, advogada;

Aroldo Joaquim Camillo Filho, advogado;

Cleyton Wenceslau Borges, militante da área de educação popular e combate ao racismo;

Marco Aurélio Braga, advogado;

Mariana Marques Lage Cardarelli, advogada;

Silas Cardoso de Souza, advogado;

Aline Viotto Gomes, advogada;

Taiguara L. S. e Souza, doutorando em Direito PUC-Rio, professora de Direito Penal;

Jarbas Ricardo Almeida Cunha, professor de Direito Constitucional – Brasília/DF;

Juliana Avanci, advogada;

Sérgio Colletti Pereira do Nascimento, Secretário Municipal de Assuntos Jurídicos de Araras/SP;

Rosa Costa Cantal, advogada;

Márcio Fernandes da Silva, advogado;

Alexandre Pacheco Martins, advogado criminalista e membro da comissão de direitos humanos do sindicato dos advogados;

Ulisses de Miranda Taveira, assistente de Desembargador do TRT da 2ª Região;

Maristela Monteiro Pereira, advogada;

José Carlos Callegari, advogado trabalhista;

André Rota Sena, advogado;

Renan Honório Quinalha, advogado;

Daniella Bonilha de Carvalho, advogada popular;

Taylisi de Souza Corrêa Leite, advogada e professora universitária;

Mário Cabral, advogado;

Stella Bruna Santo, advogada;

André Feitosa Alcântara, advogado, coordenador do CEDECA da Fundação Criança.

Sinvaldo José Firmo, advogado coordenador do departamento jurídico Instituto do Negro Padre Batista

Fábio Roberto Gaspar, Advogado Trabalhista,

Gabriela Araujo, Advogada;

Cesar Pimentel – Advogado – Direito Administrativo;

Marco Aurelio de Carvalho  –  Advogado;

Rodrigo  Frasteschi – Advogado;

Flávia Annenberg, advogada;

Paulo Cesar Malvezzi Filho, advogado, membro do Instituto Práxis de Direitos Humanos;

Quem quiser aderir, basta enviar e-mail para: [email protected]


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Comentários

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ODEMAR LEOTTI

Como dizia minha falecida e grande mãe: “Nada ficará encoberto”. E essa afirmação me faz acreditar que apesar de toda assimetria com que nos combatemos estamos vencendo e chegando ao grande dia em que tudo haverá de ficar descoberto. Vamos lá HADDAD, vamos lá lindo povo brasileiro.

FrancoAtirador

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Reinaldo ‘Azeredo’ Civita, o hidrofóbico da Revista Veja,

quer dar o golpe no Presidente eleito do STF Joaquim Barbosa.

Parece que o “Negão” não serve mais aos propósitos golpistas

da Oligarquia Famigliar Máfio-Midiática
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25/10/2012 às 19:08

Julgamento será suspenso por 12 dias; restam só 5 sessões sob a presidência de Britto; em 3, não se decidiu a pena nem de 2; faltam 23

Por Reinaldo Azevedo

É, caros, as coisas tendem a se complicar… Torço para que não aconteça!

O Supremo não conseguiu, nesta quinta, estabelecer a pena de Ramon Hollerbach. E ele é apenas o segundo dos 25 condenados… O Supremo só volta a cuidar do mensalão no dia 7 de novembro. Joaquim Barbosa, o relator, tem de viajar à Alemanha para cuidar da saúde.

Ele estará de volta ao Brasil no dia 3, mas, nos dias 5 e 6, alguns membros do Supremo participam do Encontro Nacional da Magistratura. Assim, a dosimetria será retomada só no dia 7, e há sessão marcada também para o dia 8.

Ayres Britto permanece no tribunal até o dia 16 de novembro, uma sexta-feira. No domingo seguinte, dia 18, faz 70 anos e tem de deixar a Corte.

Ministros dizem que será possível concluir a dosimetria até lá.
Será?
Incluindo a do dia 7, dado o calendário de votações, cabem mais cinco sessões apenas.
Pois é… Gastaram-se três sessões inteiras (uma delas extra, a de terça) e não conseguiram resolver a situação de dois réus.
Como conseguirão resolver a de 23 nas outras cinco?
Não sei. Nesse ritmo, com certeza, não será possível.

Caso não dê mesmo tempo, as coisas se complicam bastante.
No dia 19 de novembro, o relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa, assume a presidência do tribunal;
o revisor, Ricardo Lewandowski, será o vice.
E aí?

ENTENDO QUE OS MINISTROS DEVERIAM ENTRAR NUM ACORDO PARA PASSAR, nas sessões que disserem respeito ao mensalão (digam respeito à dosimetria ou a eventuais recursos), A PRESIDÊNCIA DA CORTE PARA O DECANO, CELSO DE MELLO.

Ou a confusão não será pequena.

Afinal, o presidente serve como uma espécie de juiz especial das diferenças entre relator e revisor.

Imaginem o relator na presidência, e o revisor na vice…

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/julgamento-sera-suspenso-por-12-dias-restam-so-5-sessoes-sob-a-presidencia-de-britto-em-2-nao-se-decidiu-a-pena-nem-de-2-faltam-23/

Antonio Donizeti: Alckmin e Kassab têm ‘surto de bondade’ e antecipam salário de funcionários « Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] O manifesto dos Juristas com Haddad […]

Eduardo Raio X

Os assinantes do Zé Rolando a Serra é o PIG, STF e a tradicional elite excludente, racista, preconceituosa, separatista e cheirosa

Rogerio Barros

Na boa… “Juristas” com Haddad?

Um bando de advogados e funcionários do Ministro José Cardozo assinam uma lista de apoio a Haddad e isso vira “juristas”?

Devo assumir q os “juristas” q não assinaram a lista de apoio a Haddad, apoiam Serra?

Sinceramente, né!?

    Alberto Silva

    Um jurisconsulto, jurista, jurisperito e, em algumas acepções, jurisprudente, é a pessoa de notável saber legal que, por seu conhecimento da ciência do direito, emite pareceres sobre questões jurídicas.Em termos amplos, trata-se de qualquer pessoa que possui um bacharelado em direito e trabalha profissionalmente com a lei, normalmente contratado por empresas, na prestação de apoio e serviços jurídicos. Do trabalho dos peritos no direito este obtém uma de suas fontes, que é a doutrina.
    Felizmente, os 34% que rejeitam Haddad não ganham para os 52% que rejeitam Serra. Sofismar é bom e eu gosto!!!!

    Decio J V Braga

    Juristas a favor de Haddad e Juristas contra Haddad. Certo. É isso mesmo. Da mesma forma que seu raciocinio sofismático leva à conclusão sofismática de quem não assinou então vota no “mais preparado”. Certo ? Pela sua pretensa filosofia, que ha verdade é um raciocínio sofismático sim. Mas pela realidade não.
    Os juristas que se manifestaram são aqueles que enxergam a realidade do atual Brasil, principalmente de São Paulo, e que tem coragem e disposição de se manifestar. Alguns não tem coragem (porque o seu governo PSDB é fascista e perigoso), e outros acham que não é função deles se manifesarem assim, ou que não vai fazer diferença sua manifestação. Mas os que se manifestaram são cidadãos conscientes de sua função política. Não politizada como você, de forma preconceituosa.
    Agora, é certo que há aqueles que não apoiam Haddad. Isso não quer dizer que apoiam o Serra (isso só no seu raciocínio sofismático). Mas há aqueles (me parece que levemente você faz parte deles), vivem como no filme Matrix, totalmente iludidos e tem medo de abrir os olhos para a realidade. Não enxergam porque tem medo.
    Hà outros, que talvez seja o seu caso, que graças à função de advogado, que fez um cursinho de pós graduação ou qualquer outra coisa, e pensa que é superior aos que não fazem (principalmente ao Lula, aquele “analfabeto”, né?) e estão felizes com sua posição social. O que não querem: mudança. Isso tiraria seu status de homem superior, e isso te incomoda.
    No Brasil colônia, havia a Casa Grande, dos senhores de engenho, e alguns gatos pingados, que não eram da elite, mas viviam à sombra dela. Eram eles que faziam o serviço sujo da elite. O que eles mais temiam? Que a senzala invadisse a Casa Grande.
    Aí cara, não dá mais pra segurar, é a Senzala invadindo a Casa Grande, é o Lulismo mudando o país, e alguns “bobinhos” que pensam que são classe-media-qualquer-coisa, como você, que fica fazendo o serviço sujo do Serra na Internet, está perdendo o bonde da história.
    Cuidado, vai ficar neurótico, mitômano, mentiroso e esclerosado como seu mestre.

    Arlete

    PARABÉNS!!!PARABÉNS DÉCIO. Você expressou com muita propriedade o sentimento de nós brasileiros que vivemos na senzala.

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