Jeferson Miola: Derrotado na batalha da eleição, Bolsonaro continuará a guerra fascista-bolsonarista contra a democracia

Tempo de leitura: 3 min

Derrotado na batalha da eleição, Bolsonaro continuará a guerra contra a democracia

Por Jeferson Miola, em seu blog

A eleição decidida no 30 de outubro foi a batalha central da guerra fascista-bolsonarista contra a democracia.

A derrota naquela que era a batalha de todas as batalhas não significa, no entanto, que os bolsonaristas desistirão de continuar a guerra contra a democracia e o Estado de Direito.

Devido ao desastre do governo e ao isolamento político e social – nacional e internacional –, Bolsonaro e as cúpulas conspirativas das Forças Armadas perderam enormemente as condições para prosseguirem o plano golpista originalmente concebido há vários anos, bem antes da eleição de 2018.

A última e mais recente articulação para perpetrar um golpe contra a institucionalidade foi na 4ª feira imediatamente anterior à votação, dia 26 de outubro.

Segundo uma fonte militar, o Alto Comando do Exército se opôs à proposta de Bolsonaro e generais Luiz Eduardo Ramos, Braga Netto, Villas Bôas e Augusto Heleno de adiamento da eleição.

Para justificar este disparate, eles pretextavam a falsa alegação de que a propaganda da chapa militar não havia sido veiculada em um punhado de rádios dos grotões dos Estados da Bahia e Pernambuco.

No breve e cifrado pronunciamento feito nesta 3ª feira, 1º/11, somente dois dias depois do TSE proclamar o resultado oficial, Bolsonaro finalmente reconheceu a eleição.

Tanto que destacou o ministro Ciro Nogueira para intermediar o processo de transição de governo previsto em Lei.

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Seria impossível a ele não reconhecer e não validar a eleição; afinal, recebeu 58 milhões de votos, como ele próprio citou no pronunciamento de pouco mais de dois minutos.

Mas Bolsonaro, porém, não aceitou o resultado da eleição, ou seja, não assimilou democraticamente a vitória do Lula. Ele não proferiu nenhuma palavra e não fez nenhum gesto neste sentido.

Bolsonaro alegou “indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral” – motivo que, na visão dele, legitima a baderna das hordas fascistas bloqueando estradas país afora.

Assim como em 2014, quando Aécio Neves/PSDB não aceitou a vitória de Dilma; e como em 2020, quando o presidente estadunidense Donald Trump se recusou a aceitar a vitória do concorrente Joe Biden, Bolsonaro manterá viva a retórica do que chama ser a “injustiça de como se deu o processo eleitoral”.

Com esta retórica delirante inspirada na escola do bufão Donald Trump, Bolsonaro catalisa a mobilização permanente da matilha fascista no questionamento da legitimidade da eleição da chapa Lula/Alckmin e, também, turbina a oposição ferrenha e combativa ao governo eleito antes mesmo da posse.

A guerra fascista-bolsonarista contra a democracia continua. A Bolsonaro interessa manter um clima permanente de conflito e de caos, de altíssima pressão e temperatura, e explorando sentimentos de medo e pânico.

No tardio pronunciamento sobre a eleição, Bolsonaro deu a senha de futuro para a extrema-direita reprisando um lema nazi-fascista: “A direita surgiu de verdade em nosso país. Nossa robusta representação no Congresso mostra a força dos nossos valores: Deus, pátria, família e liberdade”, ele discursou.

Colocando-se risivelmente como alguém que enfrenta “todo o sistema”, Bolsonaro destacou aos “patriotas” a “honra [de] ser o líder de milhões de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade econômica, a liberdade religiosa, a liberdade de opinião, a honestidade e as cores verde e amarela da nossa bandeira”.

A recusa de Bolsonaro em aceitar a vitória do Lula é fundamental para a estratégia de desestabilização do governo Lula/Alckmin e para a manutenção do ambiente de conflito, instabilidade e de intranquilidade na sociedade brasileira.

A falange bolsonarista é movida a balbúrdia, violência e extremismo. E Bolsonaro é o líder maior desta horda criminosa.

A guerra fascista-bolsonarista contra a democracia continua.

Leia também:

Jeferson Miola: General Mourão continua a guerra fascista contra a democracia; um Bolsonaro ”perfurmado”

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Comentários

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Zezeca Brasil

Tem que ficara alerta, porque a bomba militar ainda não foi desarmada:
https://bananasnews.noblogs.org/

Zé Maria

https://pbs.twimg.com/media/FfmsME7XEAExrbc?format=jpg

INFLAÇÃO ANUAL DOS ALIMENTOS

MEDIDA EM SETEMBRO DE 2022 (IBGE)

É A MAIS ALTA DESDE MARÇO DE 1994.

Política econômica de Bolsonaro faz a
inflação dos alimentos retroceder ao
início do Plano Real, 28 Anos Atrás.

A Realidade Brasileira agora é a Fome.

https://lula.com.br/wp-content/uploads/2022/10/054b309d-WhatsApp-Image-2022-10-19-at-14.45.07-640×640.jpeg

https://lula.com.br/inflacao-dos-alimentos-e-a-maior-desde-o-inicio-do-plano-real/

Zé Maria

Vídeo: https://twitter.com/i/status/1587641589093974017

Repórter Caco Barcellos flagra
Crime Eleitoral na Cara Dura:

Compra de Votos e Assédio
às Pessoas Pobres, há poucas
horas da Votação do 2º Turno.

“Quem votasse no 22, tudo OK”
com os Benefícios Sociais.

Reunião com Moradores ocorreu
na Cidade de “Coronel Sapucaia”
no Estado do Mato Grosso do Sul.

https://twitter.com/jnascim/status/1587641589093974017

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    Zé Maria

    .

    “E, pouco a pouco, vamos descobrindo que o segredo místico do bolsonarismo
    para “crescer na reta final” era a compra massiva de votos, combinada com uso
    do aparato de repressão do Estado para forçar abstenção de pobres.”

    PROFESSOR DAWISSON BELÉM LOPES (UFMG)

    https://twitter.com/DBelemLopes/status/1587783530800726017

Zé Maria

Zambelli só é Leoa Armada;
Tchutchuca do Derrotado,
Em Breve, Será Cassada.

Assine:
https://samiabomfim.com.br/forazambelli/

Mario Borges

COMPLEMENTANDO OS COMENTÁRIOS ANTERIORES:

Sobre Celso Amorim é preciso lembrar que Bolsonaro nos transformou em párias internacionais.

Enfim, ao menos em minha opinião, o próximo governo Lula terá muito o que reconstruir e os ministros de determinados ministérios terão que ser escolhidos a dedo.

Eu detesto economia mais para mim, é lógico que, no mínimo, um dos economistas que apoiaram a candidatura de Lula, ainda que da direita, teria que ser escolhido para o ministério da Economia e/ou Ministério da Fazenda. Nós temos uma luta ferrenha pela frente contra a extrema direita que está tomando o mundo e a aliança que se formou na frente ampla não pode ser dissolvida sob pena de sucumbirmos durante o decorrer do mandato de Lula. A esquerda e a direita no país são democratas e neste ponto deveriam continuar aliadas contra o extremismo e esquecer as mágoas e divergências do passado em prol do Brasil. O espectro ideológico não faz uma pessoa ser mais ou menos honesta. São visões diferentes de mundo que podem ser conciliadas ainda que em condições excepcionais, que é exatamente o que estamos vivenciando, ou seja, a necessidade de neutralizar a extrema direita. Depois que ela estiver arrasada podemos voltar a lutar em polos opostos mais a lógica indica que durante algo tempo não vai dar não.
Precisamos ter em mente que por um TRIZ a gente teria perdido as eleições e o país teria caído numa ditadura fascista.

Mario Borges

Complementando o comentário anterior:

Sobre a Simone Tebet é difícil – ao menos para mim – não vê-la comandando o ministério da agricultura que é o pilar econômico do país, especialmente depois do uso nefasto que Bolsonaro fez do agronegócio. O mesmo penso da Marina para Ministério do Meio Ambiente depois do estrago que Bolsonaro fez na Amazônia. É inegável que o apoio destas duas mulheres foi crucial na vitória do Lula como também é inegável que as duas têm cacife para comandar estes dois ministérios e minimizar os estragos.

Mario Borges

Haddad descarta coordenar grupo de educação na transição, mas vai ajudar na montagem da equipe

https://g1.globo.com/politica/blog/julia-duailibi/post/2022/11/01/haddad-descarta-coordenar-grupo-de-educacao-na-transicao-mas-vai-ajudar-na-montagem-da-equipe.ghtml

P.S: A educação foi sucateada e extremamente prejudicada na gestão de Bolsonaro. Em minha opinião, Haddad fez um brilhante trabalho no MEC e o ministério precisa de atenção especial. Inclusive, Haddad é professor. O que deu certo uma vez com certeza vai dar certo outra vez. O mesmo eu penso do ministério das Relações Exteriores em relação à Celso Amorim.
Torço também para que Alkimkin – que é médico – venha a conciliar a vice-presidência com o ministério da Saúde ou auxiliando com bastante força e visibilidade aquele que for escolhido para ser ministro da saúde. Sei que a turma da política não se interessa por este ministério, o que eu acho um absurdo já que é a saúde é uma principais necessidades e preocupações da população. O novo governo tem que avaliar que saímos de uma pandemia devastadora e as necessidades na saúde estão muito frescas na cabeça da população. Bolsonaro é responsável pela morte de milhares de pessoas com sua política genocida e o novo governo tem que mostrar a que veio na área da saúde. Se o problema é visibilidade política, Alkimim já será o vice, se é que vocês me entendem. Em todo o caso, se Alkimim não estiver na jogada do ministério da saúde eu penso que o novo ministro deveria ser médico, por razões óbvias. Li sobre Alkimin participar de projetos especiais e acho também uma excelente ideia. É inegável que ele se mostrou uma importante peça para a eleição de Lula e é justo que essa importância seja ressaltada. Lula começou acertando o escolhendo para gerenciar a transição.

Mario Borges

Trio atira contra 40 pessoas em festa em Vicente Pires e é preso no Sudoeste

https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2022/11/5048901-trio-atira-contra-40-pessoas-em-festa-em-vicente-pires-e-e-preso-no-sudoste.html

P.S: TERRORISMO DE EXTREMA DIREITA. COISA IMPORTADA DOS EUA.

Zé Maria

.

E a Guerra da Democracia e do Estado de Direito Contra o Fascismo Continua.

.

abelardo

Um acontecimento importante, que ainda não mereceu a divulgação adequada, que não obteve o destaque devido e que eu interpreto como uma das mais importantes mensagens que a votação do 2º turno deixou para registrada para o mundo e para a história foi, sem dúvida, o claro e inequívoco recado do povo, que ratificou e decretou reprovação de Bolsonaro e o consequente “não”, que foi decidido pela maioria do povo, para reprovar definitivamente a sua tentativa de reeleição. Observo também que nem o maior, nem o mais ilegal e nem o mais fabuloso uso da máquina pública na história das eleições, no Brasil (que foram fartamente denúnciadas pela imprensa e por muitos políticos da oposição) não foram suficiente para apagar o descontentamento da população com os 4 decepcionantes anos do governo de Bolsonaro. A tática de usar e abusar da máquina pública e que chegou até ser executada com algum sucesso para assediar, atrair e conquistar o apoio de eleitores, através de um modo de campanha nada republicano, não conseguiu enganar eleitores já calejados e cansados dessas aviltantes e condenáveis práticas de covardia e humilhação, que a décadas são submetidos. Apesar de bem turbinada, o povo não permitiu que a campanha alavancasse o suficientemente necessário, e assim evitou de ser enganado mais uma vez, por falsos profetas e suspeitos Messias da nova política. A melhor resposta dada pela população ao atual desgovernante foi torná-lo o primeiro e o único presidente da republica que não conquistou a confiança e a aprovação, para se reeleger ao cargo.
Portanto, eu penso quevjá liberto da necessidade mentir e desmentir, de dizer e desdizer, de fazer e negar e também negar o que fez, só restou a Bolsonaro a voltar a ser o que sempre foi e retornar a sua velha e conhecida seara da subversão, da provocação, do anarquismo, do terrorismo, do alarmismo e de todas as negatividade e nuvens negras que lhe acompanham e lhe acompanharão, sempre.

RiaJ Otim

o fato é o governo ainda tem tempo para mandar prender o pessoal da PRF e demais que fizeram bloqueio e pedir anulação da eleição, pois o pessoal da esquerda sabendo ser armação enfrentou tudo, enquanto os contrários estando irregular e achando que a blitz é fiscalização mesmo, deram meia volta e não votaram

Mario borges

Complementando o comentário anterior:

A propósito, um incêndio de grandes proporções atingiu o CEASA do Rio de Janeiro, localizado na zona norte da cidade, na segunda-feira (dia 31). Observem que se trata de uma área dominada pela milícia.
O Ceasa está associado ao abastecimento de alimentos. O incêndio ocorreu neste período de manifestação de caminhoneiros, e o que mais preocupa a população é o abastecimento de alimentos. Portanto, ainda que o ocorrido não tenha ligação com o movimento dos caminhoneiros incêndio justo no Ceasa neste contexto me parece suspeito de terrorismo.
https://veja.abril.com.br/brasil/incendio-na-ceasa-nao-tem-relacao-com-paralisacao-de-caminhoneiros/

Mario borges

AVISOS AOS NAVEGANTES E, ESPECIALMENTE, AO STF

A pena prevista na lei para a prática de atos de TERRORISMO é de 12 a 30 anos de reclusão, além das sanções correspondentes à ameaça ou à violência. A lei também prevê outros crimes relacionados com o tema. Vejam o que diz a lei n° 13,260, de 16 de março de 2016. Neste sentido, eu destaco o inciso IV e V, do artigo 2°, da referida lei:
IV – sabotar o funcionamento ou apoderar-se, com violência, grave ameaça a pessoa ou servindo-se de mecanismos cibernéticos, do controle total ou parcial, ainda que de modo temporário, de meio de comunicação ou de transporte, de portos, aeroportos, estações ferroviárias ou rodoviárias, HOSPITAIS (*), casas de saúde, escolas, estádios esportivos, instalações públicas ou locais onde funcionem serviços públicos essenciais, INSTALAÇÕES DE GERAÇÃO OU TRANSMISSÃO DE ENERGIA (**), instalações militares, INSTALAÇÕES DE EXPLORAÇÃO, REFINO E PROCESSAMENTO DE PETRÓLEO E GÁS (***) e instituições bancárias e sua rede de atendimento.
V – atentar contra a vida ou a integridade física de pessoa:
Pena – reclusão, de doze a trinta anos, além das sanções correspondentes à ameaça ou à violência.

POIS ENTÃO:
(*) Houve incêndios em cinco hospitais públicos para tratamento de Covid no Rio de Janeiro durante a pandemia e três deles estão localizados em áreas dominadas pela milícia. Um dos hospitais fica na BARRA DA TIJUCA e um outro em Copacabana.
Houve também incêndio em hospital para tratamento para Covid, em Cuiabá (MS) e Sergipe (Nordeste) e outros três incêndios em Minas Gerais.
Eu tenho 63 anos e nunca soube de notícia de incêndio em hospital ao menos aqui do meu estado de Minas Gerais.
(**) Dois dias depois de Bolsonaro ter declarado guerra à Petrobrás (16/06/2022) houve um incêndio (em 18/06/2022) numa Termoelétrica (TermoRio) administrada pela empresa e que fica em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense – área dominada pela milícia.
(***) Em 12/09/2022 um vazamento provocou um incêndio na Refinaria Abreu de Lima, no litoral sul de Pernambuco (que é o estado do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva que à época já estava liderando as pesquisas eleitorais).

QUEM SABE LER UM PINGO É LETRA E QUEM AVISA AMIGO É!

CONCLUSÃO: AS AUTORIDADES TERÃO QUE FICAR ATENTAS À POSSIBILIDADE DE EVENTUAIS ATOS DE TERRORISMO PRATICADOS POR FANÁTICOS E/OU MILICIANOS EM RETALIAÇÃO À DERROTA DE JAIR BOLSONARO.

ALÉM DAS AUTORIDADES, AQUELES QUE EVENTUALMENTE TIVEREM PRATICADO ATOS DE TERRORISMO OU QUE VIEREM A SEGUIR A TRILHA DO TERRORISMO POR CAUSA DE JAIR MESSIAS BOLSONARO DEVEM FICAR ATENTOS PORQUE PODEM VIR A PREJUDICÁ-LO UMA VEZ QUE ELE TEM NO SEU CURRÍCULO A PECHA DE TERRORISTA DE QUARTÉIS.

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