Jair de Souza: Documentário revela como livros escolares de Israel desumanizam os palestinos; legendas em português

Tempo de leitura: 2 min

Os Palestinos nos Livros Didáticos de Israel

Por Jair de Souza*

Hoje, 7 de novembro, faz 31 dias que teve início um massacre sem precedentes na história: os 2,3 milhões de palestinos residentes Faixa de Gaza estão submetidos a cerco total, privação do acesso a água, alimentos e eletricidade.

Com uma ”bonificação” extra: quase todos os seus edifícios residenciais, hospitais e escolas estão sendo  implacavelmente devastados, arrasados, por intensos bombardeios das forças militares de Israel.

Desumanidade total.

Apesar de diariamente cenas da barbárie praticada por Israel chegarem ao conhecimento público, boa parte da população israelense parece não estar sensibilizada diante de tanto sofrimento e dos palestinos..

O que explicaria tamanha indiferença, falta de empatia?

Em boa medida, a resposta é dada pelo resultado de uma pesquisa conduzida há anos por Nurit Peled-Elhanan, pesquisadora israelense da Universidade Hebraica de Jerusalém.

A motivação inicial de seu trabalho foi um terrível golpe que sofreu.

A perda da própria filha, vítima de um atentado suicida cometido por um palestino.

Nurit Peled-Elhanan estudou o conteúdo dos livros didáticos de Israel.

Uma síntese de sua pesquisa está no documentário acima.

Nele, ela expõe em detalhes como esses livros são elaborados com o objetivo de desumanizar o povo palestino e fomentar nos jovens estudantes israelenses a base de preconceitos que lhes permitirá atuar de forma cruel e insensível com o mesmo durante o serviço militar.

Nurit Peled-Elhanan explica que as construções de mundo feitas a partir dos livros didáticos, por serem as primeiras a se sedimentarem na mente das crianças, são muito difíceis de serem erradicadas.

Daí, a importância que o establishment israelense dá à ideologia transmitida nos livros didáticos.

Neles, os palestinos nunca são apresentados como seres humanos comuns. Nunca aparecem em condições que possam ser consideradas normais.

Segundo Nurit Peled-Elhanan, não há nesses livros sequer uma fotografia que mostre o rosto de um palestino.

Eles são sempre apresentados como uma ameaça aos judeus.

Foi por entender o grande valor desta mensagem que, já em 2012, eu me dispus a traduzir ao português o vídeo-documentário e produzir as respectivas legendas.

Meu objetivo era — e é até hoje — possibilitar que um maior número de pessoas entenda as técnicas de desumanização utilizadas para viabilizar a aprovação, a aceitação ou a indiferença em relação àqueles grupos humanos que são escolhidos como alvos para extermínio.

Considero um dever moral de todos os que se sentem vinculados à humanidade dedicar os esforços possíveis para impedir que este genocídio venha a se consumar.

Neste momento, as palavras do saudoso reverendo evangélico Desmond Tutu se tornam mais válidas do que nunca: “Aquele que se mostra indiferente em uma situação em que a opressão é evidente está tomando o lado do opressor”.

Não pode restar a ninguém qualquer dúvida sobre quem são os opressores e quem são as vítimas no atual conflito entre o Estado de Israel e o Povo Palestino.

*Jair de Souza é economista formado pela UFRJ; mestre em linguística também pela UFRJ


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Zé Maria

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Thread Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL BR):
https://pbs.twimg.com/media/F-hUGWrW0AA634_?format=jpg
“Terrorismo no Brasil?
Direto do Setor de Conspiração do Exército BR,
isso ajuda a entender como opera a Máquina
de Propaganda da Dobradinha Genocida
EUA-‘israel’.
A narrativa de que ‘o terror quer mostrar que
ninguém está a salvo no mundo’ só ajuda, é
óbvio, EUA e ‘israel’.”
https://twitter.com/FepalB/status/1722719330817675740
“Primeiro, o que está posto é uma criminalização
da comunidade árabe, no geral, e, em especial,
libanesa aqui no Brasil.
A título de informação, estima-se que a comunidade
libanesa no Brasil seja superior a 6 milhões de pessoas.
A maior comunidade libanesa fora do Líbano.”
https://twitter.com/FepalB/status/1722719337012662562
https://pbs.twimg.com/media/F-hUHOGW0AM_rVO?format=jpg
“O entrevistado do Exército repercute uma ideia
bastante racista e xenófoba de que a região da
Tríplice Fronteira seria chave para ‘organizações
terroristas’ pura e simplesmente porque há uma
grande comunidade árabe ali.
E de onde vem essa ideia?
https://twitter.com/FepalB/status/1722719348912001270
“Dos Estados Unidos, lógico!
Todo mundo sabe que os Estados Unidos passaram a alimentar
uma paranóia doméstica e global contra comunidades árabes
como parte de sua estratégia na infame ‘Guerra ao Terror’.
Guerras e genocídios foram ‘justificados’ com isso.
O Iraque é logo ali.”
https://twitter.com/FepalB/status/1722719358487548406
“A ‘Guerra ao Terror’, no fim das contas, nada mais é do que
um substituto da Guerra Fria na agenda estadunidense para
seguir exercendo uma política imperialista e hegemônica
ao redor do mundo.
Inclusive no Brasil e no restante da América Latina.”
https://pbs.twimg.com/media/F-hUI0wW4AAyG3a?format=jpg
https://twitter.com/FepalB/status/1722719362929369369
“Mesmo sem evidências concretas de atividades
ditas ‘terroristas’ na Tríplice Fronteira – além do fato
de ‘ter árabes ali’ – os EUA cogitaram atacar a região
após o 11/09.
O argumento era a suposta presença na região de
‘ativistas do Hezbollah’, a pretexto de ser ‘apoiado
pelo Irã’.
https://twitter.com/FepalB/status/1722719373087908104
https://pbs.twimg.com/media/F-hUJZpWcAEPvrj?format=jpg
“Os EUA e seus parceiros fazem diversas alusões à ideia
de que há ‘células terroristas’ atuando na Tríplice Fronteira.
Você também já deve ter visto outros ‘especialistas’ ecoando isso.
Nunca apontam, porém, evidências claras de atividades ‘terroristas’ ali.”
https://twitter.com/FepalB/status/1722719383363973268
Existe soberania nacional?
A pressão dos Estados Unidos sobre o Brasil e outros países,
institucional e cultural, foi fundamental para que o Brasil
criasse leis de ‘combate ao terrorismo’.
Mesmo que atividades terroristas não sejam exatamente
o maior problema aqui no Brasil”…
https://twitter.com/FepalB/status/1722719388531315038
https://pbs.twimg.com/media/F-hUKO9XwAAWD29?format=jpg
“A percepção construída a partir da propaganda e
do terror psicológico, do ‘terrorismo’ como uma
‘ameaça constante’ mesmo em países com pouco
ou nenhum histórico de ações do tipo, é uma forma
influenciar a política e a cultura de países soberanos.
É o que está acontecendo agora.”
https://twitter.com/FepalB/status/1722719398656409627
“A própria lei usada na estranhíssima operação
do dia 08 é fruto desse lobby.
Tudo que circunda essa operação, por sinal,
desafia a inteligência.
‘israel’ não detectou a ação palestina em 07/10,
mas está mapeando ‘células terroristas’ no Brasil
há meses?”
https://twitter.com/FepalB/status/1722719402691264685
https://pbs.twimg.com/media/F-hULGJWEAAQJPb?format=jpg
“Vocês devem lembrar que, quando sancionada,
a Lei Antiterrorismo no Brasil, de 2016, foi muito
criticada, inclusive pela ONU, justamente pela
possibilidade de enquadrar movimentos sociais,
em especial o MST.”
https://twitter.com/FepalB/status/1722719411595809198
“Não surpreende que, no contexto do genocídio palestino,
a postura crítica – ainda que superficial – do Brasil em
relação a ‘israel’, somado a protagonismo brasileiro
na liderança do Sul Global e dos BRICS, a carta inculta
do ‘terrorismo’ volte à tona.”
https://twitter.com/FepalB/status/1722719416381530504
“Quem alimenta a noção de que ‘ninguém está a salvo
do ‘terrorismo’ no mundo’ são os Estados Unidos, ‘israel’
e seus parceiros nos genocídios coloniais dos séculos
XX e XXI.
Em nada interessa ao Irã, por exemplo, criar embaraços
com Brasil. Que dirá um atentado terrorista!”
https://twitter.com/FepalB/status/1722719420382875866
“O Irã, que acaba de entrar nos BRICS,
vê com bons olhos a organização do
Sul Global no desafio de romper com
a hegemonia do dólar e da influência
dos EUA no mundo.
Quem quer que tenha medo e acredite
que ‘o terrorismo está à espreita’ são
os Estados Unidos e ‘israel’.”
https://twitter.com/FepalB/status/1722719423432110203
“Não é difícil ligar os pontos do contexto geopolítico global
e do genocídio palestino.
Quem paga o preço é a comunidade árabe no Brasil e a
sociedade brasileira no geral, mais um vez usada de
trampolim para atender à agenda dos EUA e de ‘israel’.”
https://twitter.com/FepalB/status/1722719427207090423
Fim da thread.
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Zé Maria

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“A Poesia Palestina Como Resistência à Barbárie”

Por:
Luis Eustáquio Soares (https://orcid.org/0000-0002-1430-4705);
Fábio Enrique Araújo Santos (https://orcid.org/0000-0002-8851-7674); e
Marcos Rocha Matias (https://orcid.org/0000-0003-3193-3869)

No “LavraPalavra” (*):

[…]
‘A Política Sionista: A Reprodução do Autoritarismo na Palestina’

Goebbels, ministro da propaganda do partido nazista, utilizava os avanços tecnológicos alcançados pela humanidade no setor de comunicação de massa, como rádio e o cinema, com o objetivo de convencer a população alemã de que o povo judeu era um inimigo a ser eliminado, assim, justificando o massacre do Holocausto.

Goebbels valeu-se, portanto, da razão instrumental, no limite do esclarecimento regressivo, usando os últimos avanços tecnológicos, para, também, levar ao extrema o racismo de Estado. Utilizou-se dos meios de comunicação não apenas para sedimentar ódio antissemita à população alemã, mas também para implementar mecanismos sofisticados de assassinato coletivo, promovendo um verdadeiro genocídio ao povo judeu.

Reproduzindo a política racista e autoritária do Estado alemão, o Estado sionista judeu ocupa agora não mais o papel de oprimido, mas de opressor. Neste artigo, a propósito, assumimos a hipótese de que o sionismo, como ideologia e, portanto, como falsa consciência, incorporou os preconceitos do orientalismo, assumindo integralmente o lado de cá da aporia europeu não europeu, na pressuposição de que os judeus sejam uma espécie esdrúxula de Antigo Testamento do processo de constituição metafísica da Europa; o patriarca do Ocidente.

Um dos ideólogos dessa metamorfose, na fase imperialista da ideologia do colonialismo, foi Theodor Herzl. O fundador do moderno Sionismo político foi também o propugnador da criação de um Estado próprio para os judeus, evidentemente fora da Europa. Gradativamente iniciou-se um processo intenso de migração judaica para a Palestina.

A propósito, já no século XX, em novembro de 1917, por meio da Declaração de Balfour, o imperialismo britânico, do qual Herzl foi um “servidor”, institucionalizou a migração que já ocorria, ao definir sem meias palavras a região da Palestina como o sítio histórico-geográfico da pátria dos judeus.

O efeito trágico dessa decisão foi a gradativa dissolução do Estado árabe da Palestina e o deslocamento do esclarecimento regressivo para os árabes, configurando, desse modo, um novo estágio do orientalismo.

Edward Said, em sua obra “A Questão da Palestina” (2012) fez uma reflexão importante a propósito:

“A favor dos sionistas, lorde Rotschild se correspondeu
com o governo britânico na fase preparatória do anúncio
da declaração de Balfour.
O memorando, datado de 18 de julho de 1917, trata do
‘princípio de que a Palestina deve ser reconstituída
como a pátria do povo judeu (…)
No entanto, a ‘reconstituição’ ou ‘reconstrução’ implica
inequivocamente que a configuração da Palestina –
que incluía centenas de milhares de árabes – deveria ser
dissolvida (como ou onde isso deveria ocorrer não está
muito claro), para que em seu lugar surgisse um novo
Estado judeu.
O tom dessas declarações deixa de fora qualquer
referência explícita ao fato, sem dúvida, nenhum
inconveniente, de que o país já estava constituído
(ainda que como colônia) e era bastante improvável
que seus habitantes ficassem satisfeitos que ele
fosse ‘reconstituído’ por uma nova força colonial.
Mas as declarações em si são corretas: a Palestina foi
reconstruída, restabelecida.” (SAID, 2012, P. 16)

No trecho acima, Said questionou sobre o modo como centenas de milhares de árabes foram desapropriados de suas terras a fim de atender aos objetivos sionistas.
Essa política mudou o destino de pelo menos 700 mil árabes e seus descendentes, como destacou o autor de Cultura e imperialismo (1993), no seguinte fragmento de “A Questão Palestina”:
“Essa não é a mera expressão de uma opinião:
foi a declaração de uma política que mudou
radicalmente o curso da história, se não de
todo o mundo, certamente dos 700 mil árabes
e seus descendentes cujas terras estavam
sendo condenadas.”(SAID,2012, P.19-20).

Para se ter uma ideia da quantidade de árabes que ocupava a Palestina nesse período, Said nos forneceu dados do censo da época:

“O censo, que é a única fonte confiável de que dispomos
sobre a realidade demográfica daquela época (apesar
de seus números consideravelmente subestimados,
ele tem sido usado com frequência pelos historiadores
israelenses), apresenta em 1914, uma população de
‘689.272 pessoas, das quais não mais (e talvez menos)
de 60 mil judeus’.
O censo mostra ainda que, em 1922, ‘ cerca de 590.890
(78%) eram mulçumanos; 73.024 (9,6%), majoritariamente
árabes, embora incluíssem alguns britânicos e outros
europeus; menos de 10mil (1%) consistiam em outros;
e 83.794 (11%) eram judeus”… (SAID, 2012, P. 20).

O projeto sionista e imperialista dos países europeus com práticas colonialistas e racistas foi instituído nesse período na Palestina de forma perversa e desumana, ignorando os direitos e os interesses da população árabe que ocupava, majoritariamente, a região há séculos, como é possível ler no seguinte trecho do livro de Said em tela:

“Apesar de todas as diferenças (e elas eram inúmeras),
tanto o imperialismo britânico quanto a visão sionista
se unem no esforço de minimizar e até excluir os árabes
da Palestina como algo de certo modo secundário e
insignificante.
Ambos elevam a importância moral de suas visões
muito acima da mera presença de nativos num
pedaço de território imensamente significativo.
E ambas as visões fazem parte do ethos de uma
‘mission civilisatrice’ europeia – do século XIX,
colonialista, racista – baseada em noções de
desigualdade entre homens, raças e civilizações,
uma desigualdade que permite as formas mais
extremas de projeção de grandeza e de disciplina
punitiva contra os desafortunados nativos, cuja
existência, paradoxalmente, era negada”
(SAID, 2012. P. 22).

Segundo Said, em 1948, com a criação do estado de Israel pela ONU,
cerca de 780 mil árabe-palestinos foram expropriados e desalojados
de suas casas para facilitar a política de reconstituição e reconstrução
da Palestina.
E, após a ocupação israelense da Cisjordânia e de Gaza em 1967,
foi implantada uma política de destruição nessas áreas.
No fim de 1969, 7554 residências árabes foram arrasadas e, em 1971,
212 casas foram demolidas (SAID,2012, p.17).

Não há dúvidas, ponderamos, que a desumanização do palestino seja o efeito concreto e trágico da invenção do Oriente pelo Ocidente, considerando as coordenadas históricas da ideologia do colonialismo.

A obra “Poesia Palestina de Combate” (1981), organizada por Abdellatif Laâbi
é uma compilação de poemas de vários poetas palestinos reconhecidos
no mundo árabe.
São autores que fizeram da poesia um instrumento de luta, sobrevivência
e resistência à destruição sistemática do povo palestino.

Na introdução da obra, Laâbi afirmou que a poesia palestina começou a ser
conhecida no mundo árabe a partir da guerra de 1967:

Foi essencialmente depois da guerra em junho de 1967 que se começou
a conhecer no mundo árabe a produção dos poetas palestinos que viviam
em Israel. Efetivamente, a partir desse ano, as editoras árabes – principalmente libanesas reeditaram os folhetos dos principais representantes dessa poesia, especialmente Samih Al Qassim,
Mahmud Darwich e Tawfik Az-Zayad.

“No entanto, foi um intelectual palestino, Yusuf Al Khatib,
autor de “Poesias da Pátria Ocupada”, emigrado para a
Síria, quem tomou a iniciativa, uma vez fundada a Rádio
Palestina em Damas, em 1964, de difundir os textos
poéticos palestinos” (LAÂBI, 1981, P.13).

Portanto, foi a partir da “Guerra dos Seis Dias”, em 1967 que a poesia palestina passou a ser efetivamente reconhecida no mundo árabe.
Ela passou a ser porta-voz dos palestinos para o mundo, denunciando a opressão sofrida pelos judeus em Jerusalém:

“A poesia palestina converteu-se atualmente
numa espécie de biblioteca sonora e ambulante
do povo palestino. Superando seu papel de apelo
ou de reivindicação, tentou reconstituir e tornar
a situar na história, memória coletiva do povo.
Por isso, quer ser uma resposta agressiva às
mentiras do ocupante, à sua empresa de
desumanização e sabotagem histórica.
E, mais do que uma resposta, rapto, testemunho
de presença e permanência, anúncio e preparação
da queda do império bárbaro (LAÂBI, 1981. P.33).

O papel da poesia palestina, além de denunciar as torturas, mortes
e massacres contra o povo palestino, tem o objetivo de lutar contra
o etnocídio também cometido por seus algozes, resgatando a cultura
e a memória coletiva do povo palestino:

“Por toda parte a supremacia racial, religiosa e cultural judia,
assim como a superioridade técnica, econômica e social
israelense, são colocados em primeiro plano.
O ensino que os árabes palestinos que vivem em Israel recebem
é, pois, um ensino tipicamente colonial, como aquele do qual
os povos antigamente colonizados e explorados guardaram
triste lembrança” (LAÂBI,1981. P. 25).

Evidenciam-se, desse modo, as práticas racistas e etnocêntricas cometidas
pelos judeus aos palestinos.
O povo judeu, outrora oprimido e subjugado pelo antissemitismo alemão,
exerce, nesta ocasião, a opressão, em seus vários aspectos, ao povo
palestino.
Dentro das escolas de Israel, os palestinos são alijados de um ensino que
prestigie sua cultura, religião e etnia em detrimento da imposição ideológica
judaica, como assinalou Laâbi no prefácio do seguinte trecho da coletânea
em tela:

“Por fim, lembremos o estado de sítio cultural
a que estão submetidos os árabes palestinos,
separados de sua cultura histórica assim como
da produção cultural dos outros países árabes.
Pode-se dizer, sem medo de exagerar, que nesse
plano a poesia palestina de combate é a única
contraposição que podem opor aos desígnios
sionistas, que é a única manifestação cultural
em que esse povo ‘refugiado em sua pátria’
pode reencontrar-se e encontrar os elementos
verídicos de sua história e de sua cultura”
(LAÂBI,1981, p. 26).

Acreditamos que os poemas da coletânea organizada por Laâbiue
podem ser analisados como realistas, em temos da tradição marxista
e especialmente em interlocução com o teórico húngaro György Lukács,
por exemplo de “Estética I: A Peculiaridade do Estético” (1963), livro
no qual o realismo estético é assim definido:
1) a particularidade antropomórfica constitui a expressão de sua autonomia,
como arte;
2) o particular é aquilo que constitui o humano no homem, em sua existência
única;
3) a particularidade jamais pode ser representada por ela mesma, de modo
reificado, porque, nesse caso, assumirá uma configuração antirrealista ou
pseudorrealista;
4) a particularidade deve expressar-se a partir de uma opção ética
irrecusável, sendo, assim, a particularidade do oprimido lutando contra as
formas de alienação de sua época e, portanto, contra a sua própria
desumanização;
5) a autonomia da arte, como expressão do particular antropomórfico,
não abole a realidade histórico-social objetiva, partindo desta para
expressar a dimensão antropomórfica do oprimido lutando contra
a opressão que o desumaniza;
6) a particularidade que se humaniza, sendo a do oprimido, pela luta
de classes, deixa de ser a particularidade pela particularidade da
estética antirrealista e pseudorrealista para se tornar uma
particularidade universal, pois a expressão particular de sua
humanidade é também a da humanidade do humano no humano;
de quaisquer.

Em Marx e o problema da decadência ideológica, publicado primeiramente
em revista, em 1938 e, mais tarde, em 1952, na obra “Marx e Engels Como
Historiadores da Literatura”, o teórico húngaro antecipava as categorias
da estética realista.

O seguinte trecho, por exemplo, é bastante ilustrativo:

“O imenso poder social da literatura consiste exatamente
e que nela o homem aparece de modo imediato, com toda
a riqueza de sua vida interior e exterior, de uma maneira
tão concreta como em nenhum outro âmbito do reflexo
da realidade objetiva.
A literatura é capaz de conferir às contradições, às lutas
e aos conflitos da vida social da mesma forma que eles
assumem na alma, na vida do homem; é capaz de mostrar
as conexões desses conflitos do modo como eles se
concentram no homem real.
Esse é um espaço vasto e significativo de descoberta
e investigação da realidade.
Nesse nível, a literatura – realmente intensa e realista –
consegue fornecer vivências e conhecimentos bastante
novos, inesperados e essenciais até para o mais profundo
conhecedor dos nexos sociais. (…)
O avanço decisivo na direção de tal conhecimento,
de tal vivência literária do homem, consiste na vitória
do realismo na literatura.” (2016. Pág. 131)

Portanto, para Lukács, o reflexo da realidade objetiva consiste numa análise dialética entre a representação das contradições da vida social e os conflitos internos das personagens.
Quanto mais a literatura se aprofunda na interioridade das personagens como reflexos objetivos internos da realidade exterior; quanto mais há uma conexão entre a singularidade da personagem e a universalidade do ser social, historicamente constituído, mais a literatura alcança, de forma
bem-sucedida, o triunfo do realismo autêntico.

Para prosseguirmos, tomemos como exemplo, um trecho do poema
“Cóleras e Tristeza”, de Mahmud Darwich:
(…)
“tu e eu
pedimos satisfações à história
à bandeira que perdeu sua virilidade.
quem somos?
deixa que a pressa das ruas
beba na indignidade de nosso estandarte assassinado.
por que não te rebelas
quando ela estende seus braços aos outros
e seus seios?

temos suportado a tristeza durante anos
e o sol não tem nascido.
a tristeza é um fogo que o tempo consome
e que o vento desperta.
e como domarás o vento
sem armas
exceto a coalizão de vento e fogo
numa pátria violada?”
(p.43,44)

[…]

Não obstante a tristeza sofrida pela difícil condição do palestino
em Jerusalém, ainda há esperança e resistência, como é possível
evidenciar no poema “Canto Para os Homens (Fragmentos)”
do mesmo poeta, Mahmud Darwich:

“Venham companheiros de correntes e tristezas!
caminhemos para a mais bela margem
nós não nos submeteremos!
só podemos perder
o ataúde

mais alto
nossas gargantas!
mais alto
nossas esperanças!
mais alto
nossas canções!
fabricaremos com nossa potência
crucifixos do passado e do presente
uma escada para os amanhãs…
e nossos inimigos nos insultam
‘Hala… selvagens…árabes’
sim! Árabes!
e estamos orgulhosos
e sabemos como empunhar a foice
como resistir
inclusive sem armas
e sabemos como construir a fábrica moderna
a casa
o hospital
a escola
a bomba
o foguete
a música
e escrevemos entre os mais belos poemas
sentimentos, ideias e arquitetura”
(LAÂBI, 1981. p.45)

[…]

No poema “Crônicas da Dor Palestina”, também do mesmo autor,
Mahmud Darwich, o eu-lírico prossegue em sua altivez
singular/particular/universal da seguinte maneira:

“Estamos cansados da lembrança
O Carmelo está em nós
e a flora de Galiléia
não me digas que não somos um rio para reunir-nos
não me digas: ‘estamos na carne da pátria’
ela está em nós

não éramos antes de junhos, recém-nascidos
por isso nossa paixão não se esmiuçou
entre as correntes
há vinte anos, ó irmã?
que não só escrevemos poemas
como também combatemos?

Sabemos o que transforma a voz do cemitério
em punhal ofuscante diante do rosto dos conquistadores
sabemos o que transforma o silêncio do cemitério
em uma manifestação e em jardins de vida

esta terra que suga a pele dos mártires
promete para o verão trigo e astros
venera-a
somos em suas entranhas como o sol e a água
e nos seus flancos como um bolsão doloroso
de resistência
as lágrimas estão em minha garganta
e o fogo em meus olhos
me libertei das fraquezas na porta do ano
todos os que morreram e os que morrerão no umbral
[das manhãs me apertam
me apertam
fizeram de mim um explosivo.

Ó minha dor orgulhosa
minha pátria não é mala
nem eu sou viajante
estou louco… e esta terra é minha paixão
Cresci nas feridas e não disse a minha mãe
como se transforma pela noite em campo de refugiados
não extraviei minhas fontes, meu endereço, meu nome
por isso descobri nesses nomes
um milhão de estrelas”…
(LAÂBI, 1981, P.52-53).

[…]

E, para finalizar, analisemos um poema, “O Enforcado”,
agora do poeta Salim Jabran:

“Um homem enforcado
brinquedo para crianças
se vende no mercado

Não… já não se vendem
que tu compreendas
que já estão esgotados

Ó espíritos dos mortos
nos campos de concentração nazistas!
o enforcado
não é um judeu de Berlim!
o enforcado
é um árabe!
como eu

de meu povo
que teus irmãos penduram
Perdão
não teus irmãos
os aspirantes a Nazistas
em Sion

Ó espíritos de mortos
nos campos de concentração nazistas
se soubessem, se soubessem”…

[…]

Retomando o penúltimo capítulo “Elementos do Antissemitismo:
Limites do Esclarecimento” da obra “Dialética do Esclarecimento”
de Adorno e Horkheimer, observamos que o esclarecimento
regressivo, sob o controle do 3º Reich, serviu para produção de
um Estado totalitário que, sob o endosso da maioria da população
alemã, cometeu uma política antissemita, preconceituosa e
truculenta ao povo judeu.

Observamos também, que essa mesma prática antissemita autoritária
se reproduziu no Oriente contra os povos árabes da Palestina.
O historiador britânico, Arnold J. Toynbee, em sua obra,
“A História e a Moral no Oriente Médio”, comentou a respeito:

“A tragédia da história judaica recente é que, em vez de aprenderem
com o sofrimento, os judeus iriam fazer a outrem, os árabes, o mesmo
que lhes tinham feito outros, os nazistas (…)
Deixar de aprender com o sofrimento, e infligir aos outros alguns
dos malefícios que nos foram infligidos, são pecados em que todos
os seres humanos tem tendência a cair.
Esta é uma das mais odiosas e mais desesperadas características
de nossa natureza humana comum” (TOYNBEE, ANO pág. 23, 24?).

Obviamente, que o esclarecimento, traduzido nos avanços tecnológicos
e científicos do poderio bélico do Estado de Israel foi fundamental para
a reprodução dessa lógica racista e autoritária implementada contra
os palestinos.

No entanto, o esclarecimento regressivo, nos termos de Adorno e Horkheimer, não pode ser concebido como uma fatalidade do avanço técnico-científico, como se fosse o se moto-continuo imanente ao progresso tecnológico.

O esclarecimento regressivo tem história. É herdeiro do longo pesadelo
da tradição do oprimido, que detém o seguinte percurso, no Ocidente:
civilizações escravocratas, como a romana e a grega;
Idade Média feudal, com seus senhores de terra e camponeses
superexplorados, seus reis e súditos;
modo de produção capitalista, com o capital acumulando poder e riqueza
às custas da classe operária mundial.

O esclarecimento regressivo, não sendo uma fatalidade histórica, objetiva-se por meio da relação saber/poder, sob o signo da dominação de classe. A apropriação das forças produtivas pelas classes dominantes engendra sempre o esclarecimento regressivo.

O orientalismo, compreendido como ideologia das oligarquias coloniais, capitalistas e imperialistas, como um pesadelo da história, pode ser, enfim, definido como o resultado de um processo histórico de longa duração; como a contraparte esclarecida e submetida, para ser sacrificada no altar do mito cosmogônico da formação mística e messiânica do Ocidente.

Os poemas aqui analisados, no entanto, demandam outro esclarecimento; um esclarecimento lírico, típico da estética realista, que afirma o porvir, pela resistência e luta de classes da particularidade subjetiva palestina, humanizando-se no ato mesmo de recusar, pela práxis lírica, a condição de ser objeto do orientalismo, porque se propõe a ser o sujeito de seu próprio esclarecimento emancipador.

(*) Artigo originalmente publicado em 2021 na “Revista Palimpsesto”,
do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ:
(https://www.e-publicacoes.uerj.br/palimpsesto/article/view/59968/39187)
(https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/palimpsesto/article/view/59968/0)

Íntegra:
https://lavrapalavra.com/2023/10/25/a-poesia-palestina-como-resistencia-a-barbarie/

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Zé Maria

A “Doutrina do Destino Manifesto” que, mais que autorizou, pregou
a Expansão Territorial dos Estados Unidos da América (EUA) por
todo o Mundo, em Nome de Deus,foi Embasada nos Mesmos
Princípios nos quais se fundaram os Sionistas para se apropriar
do Território da Palestina e, além, de todo o Crescente Fértil, do
Mar Mediterrâneo ao Golfo Pérsico; do Rio Nilo ao شط العرب
(Transliteração do Árabe: xaTT al’arab); اروندرود (Romanização do
Persa: Arvand Rūd); Shatt al-Arab (Inglês); Chatt al-Arab (Francês),
nas Bacias dos Rios Tigre e Eufrates; desde Golfo de Akba, ao Sul,
até as Colinas de Golã (Síria), ao Norte; quase Todo o Levante;
com o Evidente Objetivo de Obter a Posse de toda Água e, portanto,
se apropriar das Terras Produtivas da Região.

https://biamapas.com.br/wp-content/uploads/2023/06/EXPANSAO-TERRITORIAL-DOS-EUA.png
https://www.todoestudo.com.br/wp-content/uploads/2018/05/guerra-mexicano-americana-820×613.png
https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/07/expansao-eua.gif

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b3/Middle_East_Levant.jpg
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/cc/Kingdoms_of_Israel_and_Judah_map_830-es.svg
https://orelhasdevidro.files.wordpress.com/2021/12/mesopotamia-1.jpg

Zé Maria

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IX- “Falsa Simetria: Conflitos e Desigualdade de Poder”

Por Sabrina Fernandes, no Canal Tese Onze

https://youtu.be/nCZ0K48GJHg

Último Episódio da Série:
“A QUESTÃO PALESTINA”
Íntegra:
https://www.youtube.com/playlist?list=PLPZ4y7b7MwOvxrsSzh0Gf0j5UfHIrDlW0
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“Enquanto os Homens Exercem Seus Podres Poderes,
Morrer e Matar de Fome, de Raiva e de Sede
São Tantas Vezes Gestos Tão Naturais.”
(Caetano Veloso)
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“BDS: Boicote, Desinvestimento & Sanções a Israel”
#ResistênciaPalestina #PalestinaLivre
https://www.printfriendly.com/p/g/2Tbepk
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“BDS Contra o Apartheid na Palestina”

“A definição legal para “Apartheid” se aplica a qualquer situação no mundo
em que se encontram três elementos centrais:
1] dois grupos raciais podem ser identificados;
2] atos desumanos são cometidos contra o grupo subordinado; e
3] ações são cometidas sistematicamente no contexto
de um regime institucionalizado de dominação de um grupo
sobre outro.”

“O conceito foi apresentado pelo Tribunal Russell sobre a Palestina
em Sessão realizada em novembro de 2011 na África do Sul, que
concluiu ser o Regime Imposto por Israel aos Palestinos de “Apartheid”.

Por Soraya Misleh,
Jornalista Palestino-Brasileira, Especialista em Globalização e Cultura
pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.
Mestre em Estudos Árabes pela Universidade de São Paulo (USP)
Diretora do ICArabe – Instituto da Cultura Árabe.

Íntegra:
https://neom.uff.br/bds-contra-o-apartheid-na-palestina/
https://icarabe.org/politica-e-sociedade/bds-contra-o-apartheid-na-palestina
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Zé Maria

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IX- “Falsa Simetria: Conflitos e Desigualdade de Poder”

Por Sabrina Fernandes, no Canal Tese Onze

https://youtu.be/nCZ0K48GJHg

Último Episódio da Série:
“A QUESTÃO PALESTINA”
Íntegra:
https://www.youtube.com/playlist?list=PLPZ4y7b7MwOvxrsSzh0Gf0j5UfHIrDlW0
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“Enquanto os Homens Exercem Seus Podres Poderes,
Morrer e Matar de Fome, de Raiva e de Sede
São Tantas Vezes Gestos Tão Naturais.”
(Caetano Veloso)
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“BDS: Boicote, Desinvestimento & Sanções a Israel”
#ResistênciaPalestina #PalestinaLivre
https://www.printfriendly.com/p/g/2Tbepk
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“BDS Contra o Apartheid na Palestina”

“A definição legal para “Apartheid” se aplica a qualquer situação no mundo
em que se encontram três elementos centrais:
1] dois grupos raciais podem ser identificados;
2] atos desumanos são cometidos contra o grupo subordinado; e
3] ações são cometidas sistematicamente no contexto
de um regime institucionalizado de dominação de um grupo
sobre outro.”

“O conceito foi apresentado pelo Tribunal Russell sobre a Palestina
em Sessão realizada em novembro de 2011 na África do Sul, que
concluiu ser o Regime Imposto por Israel aos Palestinos de “Apartheid”.

Por Soraya Misleh,
Jornalista Palestino-Brasileira, Especialista em Globalização e Cultura
pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.
Mestre em Estudos Árabes pela Universidade de São Paulo (USP)
Diretora do ICArabe – Instituto da Cultura Árabe.

Íntegra:
https://neom.uff.br/bds-contra-o-apartheid-na-palestina/
https://icarabe.org/politica-e-sociedade/bds-contra-o-apartheid-na-palestina
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Zé Maria

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Livro

“Ideologia e Propaganda na Educação:
A Palestina nos Livros Didáticos Israelenses”

Autora: Nurit Peled-Elhanan

https://m.media-amazon.com/images/I/91FycOjv-uL._SL1500_.jpg
https://www.boitempoeditorial.com.br/produto/ideologia-e-propaganda-na-educacao-861
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Artigo: “A Limpeza Étnica da Palestina e os Livros Didáticos de Israel”
https://blogdaboitempo.com.br/2019/05/15/a-limpeza-etnica-da-palestina-e-os-livros-didaticos-de-israel-nakbaday/
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Análise:
“A Ideologia Sionista na Educação de Israel”
Por Sabrina Fernandes, na TV BoiTempo
https://youtu.be/CNIOqaUFK4g

Série:
“A QUESTÃO PALESTINA”
Por Sabrina Fernandes, no Canal Tese Onze

Episódios:
I- “Introdução à Palestina”
https://youtu.be/v70xyAufhLc
II- “Ocupação e Apartheid”
https://youtu.be/96wFSDRVK-w
III- “Poder Militar e Limpeza Étnica”
https://youtu.be/Z0wUACBOMoQ
IV- ‘Resistência e Solidariedade”
“BDS: Boicote, Desinvestimento & Sanções”
https://youtu.be/9KRBVT-hVFk
V- “A Solução de Um ou Dois Estados”
https://youtu.be/4p5JOB5VPNg
VI-“In Loco: Colonização ilegal”
“História: Ocupação (Invasão) e Anexação”
https://youtu.be/qAAzgmoK1es
VII- “Vozes da Terra Palestina”
https://youtu.be/nK72Jx3Qdu0
VIII- “Vegan Whashing”:
“Como Empresas Israelenses
Instaladas ilegalmente na Palestina
Cooptaram o Veganismo”
https://youtu.be/AX3MIqcd7ww

Série Completa:
https://www.youtube.com/playlist?list=PLPZ4y7b7MwOvxrsSzh0Gf0j5UfHIrDlW0
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Zé Maria

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A Novilíngua do Grande Irmão nos fala
em ‘Territórios Palestinos Ocupados’.
Têm até Sigla: ‘TPO’; para normalizar
a INVASÃO da Palestina por Israel.

Até as Universidades assimilaram
essa Banalização do Expansionismo
Expropriador das Terras Palestinas
pelo Estado Teocrático Sionista.

Aliás, foi dessa forma que banalizaram
o Imperialismo dos Estados Unidos da
América (EUA), quando, por exemplo,
ocuparam (ou invadiram?) e anexaram
Mais da Metade do Território do México,
para se apropriarem das Riquezas e se
expandirem até o Oceano Pacífico.
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“No século 19, o México era um Vasto Território que incluía o que atualmente conhecemos como Califórnia, Nevada, Utah, Arizona, Novo México e Texas,
além de Parte dos Territórios onde hoje se localizam os Estados de Kansas,
Wyoming, Colorado e Oklahoma.”

“A partir de 1830, começou a crescer um Movimento Texano pela
independência, Pretexto [!] para que os EUA iniciassem uma
Guerra e anexassem mais de 2 Milhões de Quilômetros Quadrados
do Território Mexicano.”

Por Malu Cursino, para a BBC de Londres:

https://www.bbc.com/portuguese/av-embeds/internacional-55896175

“Normal”, né?
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José Espare

É por isso que os militares sionistas matam crianças palestinas como se estivessem matando baratas. As lições do nazismo sobre como demonizar as vítimas a serem exterminadas parecem ter sido muito bem assimiladas pelos sionistas e seus apoiadores. Basta lembrar a recente postagem da deputada pistoleira-bolsonarista, na qual ela retrata o povo palestino como ratos.

Zé Maria

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A Professora Nurit Peled-Elhanan, Pesquisadora Israelense
da Universidade Hebraica de Jerusalém, faz um Relato da
Sociedade Judaica em Israel, descrevendo precisamente
os Mesmos Métodos Aplicados na Alemanha Nazista, sob
a Ditadura do III Reich, e o Comportamento Social Idêntico
entre as Sociedades Alemã da Época e Israelense Atual.

Explica, ao menos em parte, por que razão atualmente
os Judeus de Origem Hebraica comportam-se em Israel
de maneira tão Parecida com os Alemães sob o Nazismo.
Mostra um Racismo Sempre Igual nos Regimes Fascistas.

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Zé Maria

https://twitter.com/i/status/1721186203213369570

A Professora de Geografia, “Renata Lo Prete”,

também dá Aulas nas Escolas Israelenses,

Amparada nas Estatísticas do Grupo Globo?

https://twitter.com/FepalB/status/1721186203213369570
https://twitter.com/FepalB/status/1721186205818081488
https://twitter.com/FepalB/status/1721186209601347929

Zé Maria

https://twitter.com/i/status/1721849484936663467

Diante do que diz ser uma “Ameaça Crível”,
a “Solução Final da Questão Palestina”
Pretendida pelos Nazi-Sionistas de Isreal
poderia ser “o Uso das suas Capacidades
Nucleares para Deter o ‘Perigo Maior'”,
afirmou o Professor de História Judeu.

https://twitter.com/UrbanNathalia/status/1721986080453329205

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