Hudson Luiz: Relembrando uma pesquisa na eleição paulista de 1998

Tempo de leitura: 4 min

sábado, 31 de julho de 2010

Datafolha e o “voto útil” para o governo de SP em 1998

Hudson Luiz Vilas Boas, no Dissolvendo no ar

E não é que os números do Ibope se aproximam mais dos divulgados pelo Vox Populi do que os do Datafolha!!!

Surpreendente!!!

Mas relembrando o passado e refrescando um pouco a memória, vamos a um episódio curioso ocorrido nas eleições para o governo de São Paulo no não tão longínquo ano de 1998. Naquele ano foram realizadas eleições gerais no Brasil e concorriam ao governo do estado de São Paulo, dentre outros, o ex-prefeito da capital Paulo Maluf (PPB), Mario Covas (PSDB) tentando a reeleição, o ex-prefeito de Osasco Francisco Rossi (PDT), o ex-governador Orestes Quércia (PMDB) e a deputada federal em primeiro mandato Marta Suplicy (PT).

Para Paulo Maluf e Orestes Quércia não dispensarei maiores comentários. Francisco Rossi tinha como base de sustentação o segmento evangélico e garantia possuir dons metafiscos capazes até de suspender congestionamentos na grande São Paulo. Marta Suplicy, como dito antes, era deputada em primeiro mandato e se ancorava na boa atuação que tivera na Câmara dos Deputados, sobretudo em defesa dos direitos humanos. O seu grande cabo eleitoral era o então marido, o Senador Eduardo Suplicy. Claro que Marta tinha luz própria e pode parecer machismo de minha parte ligá-la assim ao ex-marido, todavia é impossível negar o papel importantíssimo que o Senador, àquela época em campanha vitoriosa pela reeleição, desempenhou na campanha de Marta.

A campanha se desenrolara com uma incerteza e duas seguranças. As seguranças: Haveria segundo turno e Maluf detinha cacife o suficiente para disputá-lo graças ao nicho do eleitorado que mantivera por décadas. A incerteza: quem seria o oponente de Maluf no segundo turno.

Covas eleito em 1994 para ocupar o Palácio dos Bandeirantes detinha baixos índices de aprovação ao seu governo e não conseguia transmitir ao eleitorado motivos plausíveis para continuar a frente do governo paulista. Marta contava com parcos recursos financeiros para uma campanha daquela magnitude e lutava contra a tradicional aversão que o eleitorado paulista nutre pelo PT. Quem surgia como favorito para disputar o segundo turno contra Maluf era Francisco Rossi, um demagogo com posições bastante conservadoras e um canastrão religioso (cristão).

Na antevéspera da eleição, numa sexta-feira, 2 de outubro, o Instituto Datafolha divulgou o seguinte resultado duma pesquisa sobre intenção de voto: Maluf,31%; Rossi,18%; Covas,17%; Marta,15% e Quércia, 6%.

Maluf, bem a frente de seus adversários, dificilmente perderia a passagem para o segundo turno. Já a segunda vaga encontrava-se em aberto e seria disputada entre Rossi e Covas, com aquele tendo ligeira vantagem sobre este.

A única salvação, apontada pelo Datafolha, para impedir um eventual segundo turno entre Maluf e Rossi residia nos eleitores mais atentos e que repudiavam tanto Maluf quanto Rossi, fazerem uso do chamado “voto útil”. Esse voto útil consistia em convencer os eleitores que originalmente intencionavam votar em Marta a votarem em Covas. E em boa parte, realmente, os votos de Marta migraram para Covas antes mesmo de a candidata petista recebê-los. Não foram poucos aqueles que acreditaram piamente no Datafolha e, cheios de boa intenção e com medo dum catastrófico segundo turno entre Maluf e Rossi, se utilizaram do voto útil em prol de Mario Covas.

Transcorrida a eleição no domingo, 4 de outubro, e iniciada a apuração o que se presenciou foi um cenário deveras diverso daquilo pintado dois dias antes pelo Datafolha. Se Maluf abria vantagem sobre seus adversários e se isolara na primeira posição como já se esperava, era Marta quem surgia na segunda posição tendo Covas em seu encalço e ambos deixando Rossi bem atrás.

A apuração, que naquele ano ainda era manual na maioria das localidades, prosseguiu em clima de suspense e com fortes emoções. No final Covas ultrapassou Marta e graças a míseros 0,9% de votos a mais se garantiu no segundo turno.

Veja o resultado oficial e note como ele difere do apresentado dois dias antes pelo Datafolha: Maluf, 5.351.035 (32,12%); Covas, 3.813.186 (22,95%); Marta, 3.738.750 (22,5%); Rossi, 2.843.515 (17,11%) e Quércia 714.097 (4,1%).

O Datafolha simplesmente não acertou um único resultado em cheio. E o pior, no erro mais grosseiro o instituto deu a Marta Suplicy 7,5% menos do que ela obteve, isso numa pesquisa realizada a menos de cinco dias da eleição. O eleitor de Marta confiante no Datafolha se viu na seguinte posição: escolher entre os males o menor ou simplesmente lavar as mãos. Dá pra imaginar, depois de abertas as urnas, a cara de idiota de muitos eleitores que ludibriados pelo Datafolha deram o “voto útil” a Covas na certeza de que Marta não tinha chances de ir ao segundo turno.

Não há dúvidas que o Instituto Datafolha interferiu na intenção de voto dos paulistas naquele ano. E interferiu a favor do então governador Mario Covas, um dos lideres do tucanato que corria o risco de entrar para a História como um governador que não conseguiu se quer passar para o segundo turno na sua tentativa de reeleição – seria vexaminoso.

Mais uma vez repito o que já venho dizendo há algum tempo. É impossível medir a credibilidade dos institutos de pesquisa, em pesquisas eleitorais, simplesmente por inexistir dados que comprovem, ou não, sua veracidade faltando tanto tempo para as eleições. Contudo nesse caso especifico, a credibilidade dos serviços prestados pelo Datafolha ficou em xeque.

PS do Viomundo: Já contei a história do Datafolha em 1985, quando a pesquisa de boca-de-urna do instituto deu vitória de Fernando Henrique Cardoso numa eleição que Jânio Quadros venceu com 4% de margem. Uma pesquisa errada no dia da eleição pode ter todo tipo de efeito: de desmobilizar os eleitores de um candidato que acreditem que ele será derrotado a desmobilizar os fiscais do partido que acreditem que o candidato em nome do qual fiscalizam será derrotado. Para ler, clique aqui.


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Comentários

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Marta Suplicy fez o que Serra gostaria que ela fizesse | SPressoSP

[…] 1998, sua primeira candidatura a cargo majoritário só não foi melhor sucedida porque uma pesquisa “bem arrumada” pela dupla Ibope/Globo a tirou do segundo turno contra Paulo Maluf. Covas […]

Marta Suplicy fez o que Serra gostaria que ela fizesse | Blog do Rovai

[…] 1998, sua primeira candidatura a cargo majoritário só não foi melhor sucedida porque uma pesquisa “bem arrumada” pela dupla Ibope/Globo a tirou do segundo turno contra Paulo Maluf. Covas […]

ZePovinho

É isso aí!!!

ZePovinho

A urna eletrônica adotou o LINUX como sistema operacional.Por que não permitem uma aduditria no código de apuração????????????

José Carlos

O final melancólico não será só o de Serra e Otavinho e seus acólitos. Inclua-se: Ruinaldinho Azevedo, Lúcia Hipólito, Miriam Leitoa, Jô Soares, Ferreira Gullar, Carlos Vereza, Caetano Veloso, Mainardi (este já se escafedeu para não ir em cana), o Vice da Costa, Bonhaussen, Agripino, A. Virgílio, M. Maciel, S. Guerra et caterva.

Guilherme Milani, SP

Não sei o motivo, mas sinto necessidade às vezes de ver como pensa a direita brasileira, especialmente nesse momento em que o candidato deles começa a provar que, de novo, não passava de uma pistola de tiro curto. Visitei então o blog do – éca – Reinaldo Azevedo. É hilário, mas tb irritante. Num dos tópicos ele “comemora” a redução dos índices de violência em SP, utilizando-se de números aparentemente obtidos de fontes ou de sites do próprio governo paulista. Pra não perder o costume, óbvio, destila ódio sobre quem não pensa ou age como ele. Não me contive e postei o seguinte comentário, que duvido que seja publicado:

“Ô seu BABACA. É claro que os índices de violência caíram. O cidadão comum não registra queixas, pois delegacias foram fechadas e plantões só ocorrem em algumas poucas. O autor dessa façanha atende pela alcunha de José Serra. Os números, assim como um balanço contábil, são manipulados unicamente pelo próprio governo do Estado. É como comemorar o índice ZERO de repetência escolar depois que implataram a maldita progressão continuada. Ou os 20Km de lentidão na cidade “segundo o índice oficial”, enquanto que na Estrada de Itapecirica, por exemplo, esses 20km são só o início do calvário diário de quem não tem opção de transporte público decente e precisa passar por ali. As vias não monitoradas não entram na estatística, logo ajudam na lorota sobre a melhoria do trânsito, especialmente em ano eleitoral. Assim como as ocorrências policiais não registradas pelo cidadão comum também jogam por terra os altos índices “não contabilizados” de violência, que se multiplicam por todo o Estado. Se liga, Mané. É incrível como ainda tem gente que acredita nas suas bravatas. Vou repetir a pergunta: já tomou seu Prozac hoje? Tá precisando, urgentemente…”

Essa nossa direita anda realmente capenga…

Ed.

O truque aqui comentado, do Jornal Nacional mostrar o "primeiro com o terceiro" e o "primeiro com o quarto", sem mostrar o "primeiro com o segundo", eu não tinha conhecimento.
E me considerava PHD de PIG até algum tempo atrás… e ainda aprendendo…
Pretendia até escrever sobre o assunto, mas a velhacaria é tão farta e criativa, que já até me perdi!
Só mesmo milhares de blogueiros e "comenteiros" para pegar tudo (?) e não passar batido!

PS: Atenção todos agora ao novo bloco do "Dia do Candidato" no JN!

Luis Fernando

Eu sou contra pesquisas elitorais !!!

rafael

Não surpreende SP votar constatntemente no psdb. Já votaram várias vezes no maluf. O RS também é ridículo. Eleger yeda/psdb mostra que aquela conversa de o estado mais politizado do Brasil não passa de bobagem. RS elegeu eliseu padilha, pedro simom, yeda,….. Uma vergonha.
Trabalhador consciente não vota em psdb/dem.

Guilherme Milani, SP

1994, o começo do fim do Estado de SP. Dali em diante, só tragédias tucanas ocorreram nessa terra de ninguém, com as bênçãos de um eleitorado energúmeno e a complacência quase criminosa do PiG.

N. faria

O episódio está correto, mas, se não me engano, o instituto foi o Ibope. Lembro-me de um programa de TV, logo após a apuração, no qual o Montenegro estava presente, e a Marta recusou-se a falar com ele por conta das pesquisas que, certamente, a tiraram do segundo turno.

Evaristo

Na minha opinião o Datafolha tem sido utilizado como instrumento político para beneficiar os tucanos. Eles nunca erraram em favor do PT. Em 2006 também o Mercadante estava bem atrás dos quase 32% que aferidos no pleito. A estratégia do Datafolha é criar a ilusão de que o PSDB está na frente e vai ganhar. Por isso eles não abandonaram o Serra. Esperam algum factóide ou dossiê (que é o Serra é o maior especialista) e mantém o Serra na frente e empatado com a Dilma. Eles sabem que a Dilma está pelo menos 8 pontos percentuais à frente do tucano. A Folha depois de destruir a democracia no Brasil em 1964, ajudar a tortura emprestando os carros da empresa para que brasileiros fossem torturados e mortos, agora está tentando golpear o que há de mais sagrado na democracia, a vontade do eleitor. A Folha participa como folhetim da campanha tucana, manipulando pesquisa e fazendo matérias falsas na tentativa vã de ajudar o Serra a destruir os programas sociais que o Lula implantou no país, assim como ajudou a destruir o CEU (que a Folha chamava pejorativamente de "escolão"). Afinal os Frias não precisam de Bolsa Família nem de CEU.

Mauro Silva

Caro Azenha
É verdade: meus tios votaram no "covágio" iludidos pelo data-fraude.
O pior foi assistir, no dia seguinte, depois de toda aquela sacanagem, a Dep. Telma de Souza, do PT, num dos pontos do Porto de Santos, a defender Covas como o "mau menor".
Esculhambei-a, num aniversário, pouco depois, para horror dos presentes.
É brincadeira!
Tive vontade de vomitar.
Como dizia o chanceler de ferro, "fazer política é sujar as mãos!"
Alguns, em verdade, nem as sujam.

Gui

Que texto excelente! Lamentável o fato de Marta não ter sido a nossa governadora. Se ela tivesse ido ao segundo turno, provavelmente teria vencido e hoje, São Paulo estaria numa situação muito diferente. Isso tudo mudou o rumo da história do estado pós-1998.

Carlos

Aloysio Biondi escreveu em 1998….

EM MARÇO:

Hora de rediscutir os negócios da privatização

Pelos cálculos do governo, os grupos empresariais que ganharam o direito de explorar rodovias, da União e dos Estados, deveriam passar a ter lucros somente depois de três anos, no mínimo. No entanto, sabe-se agora que eles lucraram já no primeiro ano, segundo balanços divulgados na semana passada. Conclusão: confirma-se mais uma vez que alguma coisa está errada, e muito errada, nos cálculos que o governo federal e os Estados têm feito para fixar tanto o preço da venda de suas estatais quanto para a concessão do direito de explorar pedágio em rodovias, serviços portuários, ferrovias etc.

Para avaliar as dimensões dessa distorção, vale a pena dissecar o resultado da concorrência aberta pelo governo Mário Covas para “privatização” do sistema Anchieta-Imigrantes, anunciado neste começo de semana. Antes de mais nada, no que consistem essas concessões para exploração de rodovias? Com a privatização, os concessionários ficam responsáveis pela execução de obras de ampliação e conservação – e, em troca, recebem o dinheiro do pedágio (e várias outras receitas), como pagamento pelos investimentos feitos e posteriores serviços de manutenção. (…)

Íntegra em http://www.aloysiobiondi.com.br/spip.php?article9

    Carlos

    ( 2/ 3 )

    EM 0UTUBRO:

    Banqueiros, santos, demônios (e Covas)
    (…)
    E Covas?

    Dentro da política de privatização imposta ao Brasil, o governo Covas entregou a Fepasa ao governo federal, que vai “vendê-la” em leilão. O preço: míseros R$ 230 milhões, com 10% de entrada e o restante em 29 anos, ou 116 prestações trimestrais a menos de R$ 200 mil por mês. São 5.000 quilômetros de ferrovias, milhares de vagões e centenas de locomotivas…

    Negócio da China. Pior: há dez dias, o governo “incluiu” no “negócio” a ponte sobre o rio Paraná, na divisa de São Paulo com Mato Grosso, para o grupo “comprador” – adivinhe – explorar o pedágio. A construção dessa ponte, sozinha, custou R$ 500 milhões ao governo paulista (Cesp) na primeira etapa e algo como R$ 1 bilhão no total. Vai ser doada?

    Íntegra em http://www.aloysiobiondi.com.br/spip.php?article9

    Carlos

    ( 3/ 3 )

    EM NOVEMBRO:

    O apelo de dona Ruth e “surpresas”
    (…)

    Sempre grátis

    Segunda-feira, véspera do leilão da Fepasa, a ex-estatal paulista de estradas de ferro: porta- vozes do governo repetem que os compradores deverão pagar o dobro do preço (que ainda assim continuaria vergonhoso) fixado. Terça-feira, leilão: o “ágio”, que seria de 100%, não passou de 5%.

    Pobre Banespa

    No início do governo Covas, “falsificou-se” um prejuízo gigantesco no balanço do Banespa, para convencer a sociedade da “necessidade” de privatizar o banco, que desde então ficou sob a intervenção do Banco Central.

    Agora, divulga-se um prejuízo de quase R$ 500 milhões para o Banespa, de janeiro a setembro. Causa: o banco tem, em sua carteira, ações da Cesp e títulos da dívida externa brasileira.

    Com o “terremoto” nas Bolsas e mercados financeiros, a cotação desses papéis despencou (temporariamente) e a sua perda de valor, para o Banespa, chegou a R$ 1,2 bilhão. Engraçado. A Nossa Caixa/Nosso Banco, do governo paulista, também tem as mesmas ações e os mesmos títulos.

    Mas, desde o começo do ano, “separou” esses papéis. Isto é, lançou seu valor em uma conta especial de seu balanço, que, assim, passou a retratar o lucro ou prejuízo das operações (empréstimos, tarifas) e não a montanha-russa de ações e títulos que, na verdade, integram seu patrimônio e nada têm a ver com o desempenho efetivo da instituição. Por que o Banco Central não fez o mesmo com o Banespa? Nova manobra para esvaziar qualquer reação contra a privatização do Banespa?
    (…)
    Íntegra em http://www.aloysiobiondi.com.br/spip.php?article9

sergio

agora é o contrário ele afirma que serra está bem das pernas e o mundo mineral já identificou Dilam como vencedora.Ciao!

arnobiofreire

SEM DÚVIDA NENHUMA, ESTE FOI O MAIOR ESTELIONATO ELEITORAL COMETIDO CONTRA O POVO PAULISTA.
Até hoje me envergonho de ter sido um dos "idiotas" que acreditou nesta pesquisa do datafolha. O mais interessante é que se as pessoas tivessem votado por convicção, e não por indução, provavelmente não etaríamos amargando esta ditadura demo-tucanalha de 16 anos…24 anos se levarmos em consideração o governo Montoro e Quercia e Fleury (PMDB), de cujo útero foi parido o PSDB

José Paulo

Eu me lembro dessa eleição de 98 como se fosse hoje. No primeiro turno votei na Marta e não esquentei com o percentual que o Covas teria ou deixaria de ter, mas foi e continua sendo difícil acreditar como é que acabou dando Covas, e não a Marta para ir ao segundo turno. Não apliquei o voto útil no primeiro turno, mas não tive como deixar de fazê-lo no segundo, votando no Covas para evitar a eleição do Maluf, lembrando que no segundo turno Maluf ficou com 44% e o Mario Covas com 55%, provando que houve uma aplicação massiva de votos úteis de petistas em favor do tucano. Quatro anos depois Maluf perderia a prefeitura de SP para a Marta, quando ainda não se sabia, ao menos oficialmente, que ela havia se separado do senador Eduardo Suplicy para dançar um tingo argentano com o Sr. Luis Favre.

helio leite

A folha de intitula defensora da liberdade de expressão, dela é claro. A liberdade e os direitos dos outros que se dane.

ocator

Depois a Folha ataca a "impunidade"….

Guilherme Scalzilli

Uma estratégia para Mercadante
(publicado no “Amálgama”)

As próximas movimentações da campanha de Aloizio Mercadante esclarecerão se ele está de fato empenhado em vencer a disputa para governador de São Paulo, ou se busca apenas fortalecer pretensões futuras (por exemplo, à prefeitura da capital). Caso planeje satisfazer as expectativas da militância, o senador dispõe de um repertório muito restrito de manobras.
Seu desafio imediato, chegar ao segundo turno, é mais difícil do que parece. Dadas as circunstâncias, a única maneira de minimizar esses trunfos nos poucos meses disponíveis seria unir esforços com a campanha de Dilma Rousseff, para benefício de ambos. Em outras palavras, trata-se de …

sergio

Eu sei bem do que esta sendo dito neste post. Eu fui um dos que fiquei com cara de Idiota. Naquele ano fiz a besteira de anular o voto, porque não votaria em Maluf de jeito nenhum e também não nutria nenhuma admiração por Covas. O datafolha conseguiu me pegar naquele ano. Hoje as pesquisas do datafolha para mim valem tanto quanto uma nota de r$ 3,00.
Tenho parte da culpa por esta praga, o PSDB, se manter no governo de SP por tanto tempo.

Lucio Flavio

Vale lembrar que, aqui no RS, na eleição ao governo do estado em 2002, a tres dias da eleição, o Globope a pedido da famigerada RBS colocou Rigotto 16 pontos a frente de Tarso Genro. No outro dia o Inst. de Pesquizas do jornal Correio do Povo publicou pesquiza com 5,42 pontos p/ Rigotto, o que acabou se constatando na eleição. Depois Montenegro se dsculpou. Isto me anima pois que, se agora este Globope deu 5 pontos para Dilma é por que deve, na real estar no mínimo 10 pontos a frente do Zé Ferra. Dá-lhe Dilma. Pau neles.
LUCIO FLAVIO
Santa Maria – Cidade Cultura – RS. Brasilzão.

duarte

Aqui em Fortaleza, quando a eleição é disputada,ninguém acerta.

@clebernadalutti

Lamentável saber que o tempo passa, o tempo voa, mas o Datafolha continua exatamente o mesmo. E a Dra. Cureau vai fazer o que, Azenha???

Ronaldo Caetano

A Folha ensaiou esta semana que passou mais um "dossie"; desta vez a obra ficcional era PT contra PT…

Os idiotas sequer conseguem perceber que perderam completamente a credibilidade. Por sinal, teremos apos o final das eleicoes deste ano, varios "finais melancolicos" de carreira… Serra, Dr. Otavinho, Montenegro, Elio Gasperi, Eliane Cantanhede, Clovis Rossi, Fernando Rodrigues, Josias de Souza…

    Marcos C. Campos

    Infelizmente, acho que estás muito otimista …

    Werner_Piana

    já devidamente repercutida na capa dO GLOBO desta segunda…
    a midia golpista, não descansa!

    Dilma 13 – 2010 !

Marcelo Rodrigues

Meu caro, lembro que nesta eleição a dobradinha Ibope-Globo tiraram Marta do páreo ao não retratar a hipótese da candidata ir para o segundo turno no Jornal Nacional. Demonstraram apenas a pesquisa especulativa de segundo turno entre Maluf X Rossi e Maluf X Covas. Tal estratégia baixa foi decisiva para os anti-malufistas sequer especularem a possibilidade de Marta ir para o segundo turno. Procure pesquisar sobre isso, que foi determinante para se configurar um segundo turno entre Maluf e Covas. Marta depois do ocorrido encarou indignada Montenegro na TV Cultura, que se passou por cínico e desavisado. Foi o maior golpe baixo (e por que não dizer criminoso?) de um instituto de pesquisa que eu já vi na história. Embora o comportamento atual do Datafolha (com seus duvidosos métodos) nos faça até duvidar disso… Abraço!

    Ronaldo Caetano

    Tenho absoluta certeza de que os dirigentes da Folha entram 2.011 com uma proposta de reformulacao total…

    Afastam o Dr. Otavinho e o colocam em um posto qualquer no Conselho de Administracao, exatamente como a maioria das empresas familiares faz com aqueles parentes incompetentes; aposentam os jornalistas a ele ligados como Clovis Rossi, Cantanhede, Elio Gasperi e outros; assumem a insanidade cometida de, ao mesmo tempo, apoiarem abertamente Serra e insistirem que sao isentos politicamente, e, last but not least, fazem um limpa total tambem no Datafolha.

    Eh a forma que tentarao encontrar para sobreviverem ao Pos-Serra…

    Ed.

    Que não seja mais que pó de serra…

Hélio Jacinto

Este instituto, não deveria se chamar Data Folha, mas Data Fraude, ficaria até mais simpático e compatível com o Grupo Folha.

Jairo_Beraldo

Tempos outros. Nenhum instituto de pesquisa nos dias atuais,irão interferir no voto do eleitor.Mas como a contagem naquele referido ano era manual,nada de duvidar que a diferença pró-Covas,pode ter sido "criada" na contagem dos votos.E neste ano, temos que "cuidar" das urnas eletronicas,certificar se estarão contabilizando o voto a quem estamos dando.

    Emilio_Matos

    Como fazer isso?

    Jairo_Beraldo

    Mostrando a cara aos senhores magistrados e promotores do TSE. Fazer com que entendam, que nenhum golpe será aceito pela população.

    Emilio_Matos

    Eu estive pensando nesse assunto recentemente e acho que seria bom que a urna imprimisse o voto, o eleitor o conferisse, e o depositasse em uma urna não eletrônica. Isso parece conciliar o melhor da votação eletrônica com a possibilidade de fiscalização direta do resultado…

    Jairo_Beraldo

    É o caminho. Mas como foi abolido para estas eleições, façamos encher os endereços eletronicos dos senhores magistrados e promotores do TSE e TRE's, alertando-os sobre um possível golpe branco.

    Supertramp68

    Pelo visto se os candidatos do PT não ganharem, se configurará o golpe?
    Ou é Lula ou é Golpe?
    Implementa o AI5.

    Jairo_Beraldo

    Supertoupeira, em sã consciencia, voce diria que o Zé tem chance de ser eleito vereador, pelo menos, nas proximas eleições para municipais em Salto/SP? Que dirá ser o mandatário máximo deste país? Se toca, troll!

    Emilio_Matos

    Você está tendo alucinações? Como é que ter mecanismos de conferência ajuda um golpe? Fala sério…

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