Fepal cobra da Globo que ouça também as vozes palestinas: ‘Só defensores do apartheid de Israel têm espaço. Verdadeira propaganda guerra’

Tempo de leitura: 2 min
Ualid Rabah, presidente da Fepal -- a Federação Árabe Palestina do Brasil. Fotos: Desacato e rede social

Da Redação

Desde a manhã de 7 de outubro, a Federação Árabe Palestina do Brasil — Fepal– busca a Rede Globo de Televisão para falar sobre a Palestina.

Tem sido em vão. A única versão que a Globo tem veiculado é a de Israel.

”Só defensores do apartheid israelense têm tido espaço na programação para falar, inclusive ao vivo”, denuncia Ualid Rabah, presidente da Fepal.

”É uma verdadeira propaganda de guerra!”, aponta. “Crime de lesa-humanidade, conforme o Direito Internacional.”

Diante disso, ontem, domingo, 08/10, a Fepal decidiu fazer uma cobrança pública para que ouça a voz palestina.

Eram 20h05, quando postou este fio contendo sete mensagens no X, antigo twitter.

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Zé Maria

Haaretz
Tel Aviv / Israel
9 de Outubro de 2023

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“É Impossível Encarcerar 2 Milhões de Pessoas em Gaza
e Israel Não Esperar um Preço Cruel, em Represália”

“Benjamin Netanyahu tem grande responsabilidade pelo que aconteceu,
mas o problema não começou e nem terminará com ele”

Por GIDEON LEVY, no Jornal Haaretz (Tel Aviv / Israel), via OperaMundi

Por trás de tudo isso está a arrogância israelense.

Achamos que temos permissão para fazer qualquer coisa e presumimos que nunca pagaremos, nunca seremos castigados.

E achamos que continuaremos e nada nos interromperá.

Prenderemos, mataremos, abusaremos, saquearemos, protegeremos os colonos e seus pogroms, iremos ao túmulo de José, ao túmulo de Ot’niel, ao altar de Josué, todos nos territórios palestinos e, é claro, ao Monte do Templo – mais de 5.000 judeus só no Sucot.

Atiraremos em inocentes, arrancaremos seus olhos e esmagaremos seus rostos, os expulsaremos, expropriaremos, roubaremos, raptaremos de suas camas, os submeteremos a uma limpeza étnica e, é claro, continuaremos o inacreditável cerco a Gaza.

E presumiremos que tudo continuará como sempre.

Pensamos que com a construção de uma superbarreira ao redor da Faixa de Gaza, cujo muro subterrâneo custou três bilhões de shekels, estávamos seguros.

Confiávamos que seríamos avisados a tempo pelos gênios da 8200 (unidade de espionagem da inteligência militar) e pelos oniscientes membros do Shin Bet, que de tudo sabem.

Pensamos em transferir metade do exército dos arredores de Gaza para Hawara apenas para proteger as loucas travessuras de Zvi Sukkot e dos colonos, e tudo ficaria bem, tanto em Hawara quanto em Erez.

Acontece que, quando há uma grande motivação, o obstáculo mais sofisticado e caro do mundo pode ser transposto até mesmo por uma simples escavadeira e com relativa facilidade.

É possível atravessar esse alto muro com bicicletas e motonetas, apesar de todos os bilhões investidos nele e apesar de todos os especialistas e suas empreiteiras terem enriquecido.

Pensamos que continuaríamos a assediar Gaza, jogaríamos para eles algumas migalhas de bondade na forma de algumas milhares de permissões de trabalho em Israel – uma gota no oceano, e eles estão sempre condicionados ao “comportamento correto” – e ainda assim presumimos que continuaríamos a mantê-los como em uma prisão.

Pensamos que, ao fazer a paz com a Arábia Saudita e os Emirados, os palestinos seriam esquecidos, até que fossem apagados, como muitos israelenses gostariam.

Continuaríamos a manter milhares de prisioneiros palestinos, inclusive prisioneiros sem julgamento, a maioria deles prisioneiros políticos, e ainda assim não aceitaríamos discutir sua libertação, mesmo depois de décadas na prisão.

Nós lhes diríamos que somente pela força seus prisioneiros teriam liberdade.

Achamos que continuaríamos a rejeitar arrogantemente qualquer tentativa de solução política, simplesmente porque não é de nosso interesse fazê-lo, e pensamos que tudo certamente continuaria assim para sempre.

Mais uma vez, está se provando que não é esse o caso. Várias centenas de militantes palestinos romperam o arame farpado e invadiram Israel de uma forma que nenhum israelense jamais imaginou que pudesse acontecer.

Algumas centenas de militantes palestinos provaram que é impossível aprisionar dois milhões de pessoas para sempre sem que isso tenha um preço cruel.

Assim como ontem a escavadeira palestina antiquada e enfumaçada derrubou a cerca, a mais sofisticada de todas as cercas, ela também derrubou o manto de arrogância de Israel.

E também destruiu a ideia de que é suficiente atacar e desmantelar Gaza com drones suicidas e vendê-los para metade do mundo para manter a segurança.

Israel viu ontem imagens que nunca havia visto antes: veículos militares palestinos patrulhando a cidade, ciclistas de Gaza entrando em seus portões.
Essas imagens devem rasgar o véu da arrogância.

Os palestinos em Gaza decidiram que estão dispostos a pagar qualquer preço por uma centelha de liberdade.

Mas será que isso tem algum potencial? Não.

Israel aprenderá sua lição? Não.

Ontem, já se falava em arrasar bairros inteiros da Cidade de Gaza, ocupar a Faixa de Gaza e punir Gaza “como ela nunca foi castigada antes”.

Mas Gaza não parou de ser punida por Israel desde 1948, sequer por um momento.

Mais de sete décadas de abuso e, mais uma vez, o pior ainda está por vir.

As ameaças de “arrasar Gaza” provam apenas uma coisa: não aprendemos nada.

A arrogância veio para ficar, mesmo depois de Israel, mais uma vez, pagar um preço alto.

Benjamin Netanyahu tem grande responsabilidade pelo que aconteceu e deve pagar os custos, mas o problema não começou com ele e não terminará depois de sua partida.

Agora devemos lamentar amargamente pelas vítimas israelenses, mas também devemos lamentar por Gaza. Gaza, cuja maioria dos habitantes são refugiados criados por Israel.

Gaza, que nunca conheceu um único dia de liberdade.

“Gideon Levy is a Haaretz columnist and a
member of the newspaper’s editorial board”
[“Gideon Levy é colunista do Haaretz e
membro do conselho editorial do jornal”]
https://www.haaretz.com/ty-WRITER/0000017f-da24-d249-ab7f-fbe4caac0000

https://www.haaretz.com/opinion/2023-10-09/ty-article-opinion/.premium/israel-cant-imprison-2-million-gazans-without-paying-a-cruel-price/0000018b-1476-d465-abbb-14f6262a0000

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Leia também:

“Outro Conceito Implode:
Israel Não Pode Ser Governado
por Um Réu Criminoso”

Quão deprimente e perturbador é hoje recordar
a arrogância de Benjamin Netanyahu quando,
interrogado sobre o Caso 2000, um dos três
casos de corrupção contra o primeiro-ministro,
“Isso é confidencial, não deixe vazar, ok?” ele disse,

Por Gidi Weitz, no Jornal Haaretz (Tel Aviv / Israel)

Íntegra:
https://www.haaretz.com/israel-news/2023-10-09/ty-article/.premium/another-concept-implodes-israel-cant-be-managed-by-a-criminal-defendant/0000018b-1382-d2fc-a59f-d39b5dbf0000

Zé Maria

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A GloboNews abriu o sinal para Difamar os Palestinos

e elogiar a Infâmia do Regime de Apartheid Sionista

pelos Microfones dos Lacaios de Netanyahu, o Corrupto.

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“Oi, @gugachacra,

Já que vocês não nos dão espaço na @GloboNews,
relembramos alguns atentados terroristas cometidos
por ‘israel’.

Gaza, 2008: 1391 palestinos mortos, 344 crianças.

Gaza, 2014: 2189 palestinos mortos.

Massacre de Sabra e Chatila, 1982: +2400 palestinos mortos.”

https://twitter.com/FepalB/status/1711465757198987727

Zé Maria

“Biden não precisa de um acordo saudita.
Netanyahu busca-o desesperadamente.”

https://www.haaretz.com/israel-news/2023-09-27/ty-article/.premium/biden-doesnt-need-a-saudi-deal-netanyahu-is-desperate-for-it/0000018a-d5d3-d31a-a1ee-dddfdb090000

Zé Maria

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“A censura midiática é, também, uma forma de violência simbólica
e uma violação do dever jornalístico.

A demonização dos palestinos – e dos povos não-ocidentais no geral –
é, realmente, uma marca histórica do jornalismo da Globo.”

https://twitter.com/FepalB/status/1711155953335243105

Até o Jornal Israelense Haaretz, de Tel-Aviv, faz Críticas Contundentes

ao Governo do Fascista Corrupto de Ultra-Direita Benjamin Netanyahu.
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“Netanyahu deve sair agora, não depois da Guerra de Gaza”

“Existe um perigo claro e presente de que todas as suas decisões
em tempo de guerra contra o Hamas sejam poluídas por considerações
pessoais, jurídicas e políticas mesquinhas.
Ele tem sido um primeiro-ministro fraco e incompetente, do Líbano à China”

“Benjamin Netanyahu deveria ser afastado do cargo de primeiro-ministro
imediatamente – não ‘depois da guerra’, não depois de um acordo judicial
no seu julgamento por corrupção, não depois de uma eleição.
Agora!”

Por Alon Pinkas, redator sênior sobre política israelense e
americana (dos EUA) do Jornal Haaretz. Ex-diplomata,
serviu como cônsul-geral de Israel em Nova Iorque e
como conselheiro de política externa de vários governos,
inclusive estrangeiros.

Íntegra:
https://www.haaretz.com/israel-news/2023-10-09/ty-article/.premium/netanyahu-must-go-now-not-after-the-gaza-war/0000018b-14f8-d2fc-a59f-d5f9b1fc0000
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abelardo

Eu imagino que esperar pelo milagre da justiça de quem é parcial, seletivo, preconceituoso, traiçoeiro e que adora flertar e andar de mãos dadas com ditaduras irá, sem dúvidas, esperar pelo impossível.

Zé Maria

Imprensa Venal manipulando e distorcendo,
como sempre, as notícias internacionais,
afirmando que o Hamas é de ultradreita’.

Na verdade, o único “Grupo de Ultradireita”
nesses bombardeios é o do “Bibi Netanyahu”
e seus Ministros no [des]Governo Sionista.

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