Dilma eleva teto de capital estrangeiro no Banco do Brasil

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25/10/2013 08h31 – Atualizado em 25/10/2013 14h42

Decreto eleva limite de participação estrangeira no BB de 20% para 30%

‘É do interesse do governo a participação estrangeira de até 30%’, diz.
 Aumento da parcela de investidor de fora no BB vale a partir desta sexta.

Do G1, em São Paulo, sugerido por vários comentaristas

Decreto presidencial publicado nesta sexta-feira (25) eleva o limite permitido de participação estrangeira no capital total do Banco do Brasil. A fatia que pode ser destinada a investidores do exterior foi elevada de 20% para 30%, de acordo com o publicado no “Diário Oficial da União”.

O decreto entra em vigor a partir desta sexta-feira, o que significa que a partir de hoje a parcela de investidores de fora que podem adquirir na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&F Bovespa) ações do BB já pode atingir 30% do total do capital do banco.

Às 14h25, os papéis do banco eram destaque entre as maiores valorizações do Ibovespa (principal índice da bolsa paulista), com elevação de 1,24%, a R$ 28,69.

A informação também foi divulgada em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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No “Diário Oficial da União”, o texto diz que “é do interesse do governo brasileiro a participação estrangeira de até 30% no capital ordinário do Banco do Brasil.”

Segundo o documento assinado pela presidente Dilma Rousseff, o Banco Central tomará as providências necessárias para executar essa decisão.

O vice-presidente de Gestão Financeira e de Relações com Investidores, Ivan Monteiro, disse à agência Reuters que Banco do Brasil pediu ao governo o aumento do limite da participação de estrangeiros no seu capital por prever maior demanda por papéis da instituição financeira com as novas regras do índice Ibovespa, ocorrida em setembro.

“Se o banco ganhar mais presença no índice, os fundos que acompanham o Ibovespa precisarão comprar mais ações da instituição”, explicou.

O G1 aguarda mais informações do Banco do Brasil sobre o motivo do aumento da participação estrangeira no banco.

Composição acionária


As ações do BB listadas na bolsa são ordinárias (que proporcionam participação nos resultados da empresa e conferem ao acionista o direito de voto em assembleias gerais).

Atualmente, a Secretaria do Tesouro Nacional é detentora de 50,73% das ações do banco, de acordo com informações disponíveis no site da BM&F Bovespa.

O restante da composição acionária ocorre da seguinte forma: Caixa FI Garantia Construção Naval (3,69%), Fundo Fiscal de Inv. e Estabilização (3,86%), Fundo Garantidor para Investimentos  (0,26%), Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (10,38%), BB FGEDUC (Fundo de Investimento Multimercado), com 0,22%, BB FGO (Fundo de Investimento em Ações), com 0,33%.

O campo “outros” (ações disponíveis para o mecado) atualmente possui participação de 29,82%.

Há ainda a parcela de ações da tesouraria  (0,70%).

Limite subiu em 2009

Em setembro de 2009, o banco havia informado a elevação do limite de 12,5% para 20%.

Na época, a participação de investidores estrangeiros no BB estava em cerca de 11%, de acordo com dados que constavam no último balanço divulgado pela instituição financeira pública.

Na mesma ocasião, foi autorizada pelo governo a emissão de American Depositary Receipts (ADRs) da instituição financeira, que são recibos de ações negociados no mercado norte-americano.

A emissão dos recibos de ações ocorreu em dezembro de 2009, quando o banco informou que a iniciativa permitiria a diversificação da base acionária e o aumento da liquidez da ações, diz a agência Reuters.

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