Dilma atende aos sem-teto, que terão 2 mil moradias, comissão nacional e mudanças no Minha Casa, Minha Vida

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Enquanto isso, o governo Alckmin baixa o sarrafo… (Foto Caio Castor)

Governo federal cede e sem-teto anunciam fim de protesto contra Copa

Diego Zanchetta – O Estado de S. Paulo, sugerido pelo Antônio David

09 Junho 2014 | 17h 28

Serão construídas 2 mil habitações na ocupação Copa do Povo e programa Minha Casa Minha Vida será modificado

Atualizada às 17h41

SÃO PAULO – O líder Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Guilherme Boulos, anunciou por volta das 17 horas desta segunda-feira, 9, em uma coletiva no centro da capital paulista, o entendimento com o governo federal e o fim da jornada de manifestações em São Paulo contra a Copa do Mundo. No meio da coletiva, ele recebeu uma ligação de um interlocutor do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e afirmou que houve atendimento de três pontos principais reivindicados pelo MTST.

O governo federal se comprometeu a construir 2 mil habitações populares onde está a ocupação Copa do Povo, na zona leste de São Paulo. Não serão necessárias desapropriações porque a construtora Viver será contratada pelo governo para fazer as habitações. Além disso, o governo vai formar uma comissão nacional de combate aos despejos forçados.

O programa federal Minha Casa Minha Vida será modificado. Hoje as entidades de movimentos por moradia podem construir mil unidades de forma simultânea. Com a mudança, poderão ser construídas 4 mil unidades simultaneamente. Dessa forma, das 800 mil unidades do programa previstas, as entidades poderão construir 80 mil.

Plano Diretor. Segundo Boulos, não haverá manifestações contra a Copa. “Haverá, sim, manifestações pela votação do Plano Diretor na Câmara”, disse. Boulos ainda afirmou que “o Plano Diretor não é só uma proposta para transformar a Copa do Povo em moradia popular, é um projeto bom para toda cidade e de interesse da população”. “Não podemos deixar que interesses escusos do mercado imobiliário ditem o ritmo de trabalho dos vereadores.”

Sob pressão do MTST e da própria gestão Fernando Haddad (PT), a presidência da Câmara Municipal marcou sessão para esta terça-feira, 10, às 11 horas, na tentativa de acelerar a segunda votação do Plano Diretor. Nesta segunda à noite, líderes dos movimentos de moradia vão se reunir com vereadores para pressionar por uma data final do plano.

Líderes da base governista e da oposição dizem ser impossível votar o Plano Diretor antes do dia 17. “As emendas do governo chegaram hoje, elas ainda precisam ser publicadas no Diário Oficial e ouvidas em audiência pública. Para essa semana é certo que não vai dar”, afirmou o vereador Milton Leite (DEM), uma das principais lideranças da Casa.

PS do Viomundo: Notem o “cede”, do Estadão, como se fosse sinal de fraqueza. Aliás, o jornal escreveu um editorial hidrófobo contra o MTST. Enquanto isso, o tucano Geraldo Alckmin demonstra a sensibilidade social de uma daquelas carapaças usadas pela PM paulista.

Leia também:

Eric Nepomuceno: No ar, um movimento desestabilizador (dos mercados)


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Comentários

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ANDRE

fugindo do assunto:
http://www.conversaafiada.com.br/economia/2014/06/10/ex-diretor-da-petrobras-vendeu-ilha-da-globo/

Ex-diretor da Petrobras
vendeu ilha da Globo ?

Como é que é ? Esse que é o “mega-corrupto” do PiG ?

Do incansável Stanley Burburinho:

O ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, negociou a venda de uma ilha das Organizações Globo, no Rio de Janeiro?

Hoje, a Globonews transmitiu o depoimento do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. O ex-diretor contou que a consultoria que ele criou em agosto de 2012, a Costa Global, depois de ter saído da Petrobras, tinha como missão fazer o “casamento” de investidores com donos de projetos.

Segundo ele, a consultoria Costa Global chegou a fechar 81 contratos e chegou a ter cinco funcionários, entre eles a sua filha, Arianna Azevedo Costa Bachmann.

Entre esses contratos, disse, estaria a participação de um processo de venda de uma ilha das Organizações Globo, no Rio de Janeiro. Ele não deu mais detalhes sobre o contrato.

Imediatamente após ele ter dito isso, a Globonews cortou a transmissão da CPI e passou a transmitir a convenção do PMDB.

Link para o Valor: http://www.valor.com.br/politica/3580098/costa-aceitei-carro-de-youssef-porque-estava-precisando-trocar

FrancoAtirador

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Um punhado de contradições

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa, via GGN

Quando o jornalismo se desvia de seus princípios, sendo instrumentalizado como recurso para outros fins que não a criação de conhecimento, entra-se numa zona cinzenta onde se torna difícil vislumbrar a realidade.

Um dos sinais dessa circunstância, na qual a busca da objetividade perdeu espaço para a perseguição de objetivos políticos ou econômicos, é a eclosão de contradições aqui e ali, que vão minando a confiança por parte daquela fração do público ainda capacitada a interpretar o noticiário.

Por exemplo, quando um jornal passa meses insistindo que o país vive imerso na inflação e na carestia, e de repente precisa afirmar que a inflação, afinal, não é assim tão grave, um texto é suficiente para invalidar todos os discursos anteriores.

Ou quando outro jornal, diante de manifestações violentas, exige uma ação mais rigorosa da polícia e, no dia seguinte, se vê obrigado a dar um passo atrás, porque o rigor preconizado acabou gerando mais violência, agora contra seus próprios repórteres, o que fazer da verdade anterior?

Situações como essas podem ser observadas na imprensa brasileira quase diariamente, e refletem um aspecto determinante da prática que pode ser chamada de “jornalismo de campanha”.

Como numa guerra, a atividade da imprensa hegemônica do Brasil tem sido marcada pela obsessão em tirar do poder o grupo político que chegou ao Planalto em 2002, pela via democrática das eleições.

Como não há justificativa possível para um golpe como o que foi patrocinado e insuflado pela imprensa em 1964, trata-se de minar a confiança do eleitor com a construção de um cenário catastrofista.

O objetivo é implantar a insegurança nas classes médias, sempre mais vulneráveis a crises, porque seus integrantes, empenhados em consolidar o bem-estar conquistado a duras penas, tornam-se suscetíveis a variações bruscas em suas rotinas.

Porém, quando a campanha do pessimismo passa do ponto e começa a ameaçar os interesses do negócio jornal, o discurso muda subitamente.

Escolhendo o pior

Observe-se, por exemplo, como o noticiário sobre a inflação traz uma mistura deliberada de análises que ignoram variações sazonais de preços e a volatilidade característica de países cuja economia depende muito do mercado interno de consumo.

Registre-se, também, como uma campanha explícita pelo aumento da taxa oficial de juros ou do câmbio acaba produzindo uma situação incômoda para as empresas, e de repente o discurso muda de direção.

Circunstâncias como essas podem ser encontradas reiteradamente nos arquivos da imprensa.

Mas, ainda que o leitor possa apenas vasculhar jornais de dois ou três dias atrás, vai identificar essas variações até mesmo nos editoriais.

Veja-se, por exemplo, o que publicou o Estado de S. Paulo no último fim de semana:
no sábado (7/6), para contestar os metroviários que deflagraram uma greve na capital paulista, o diário afirma que a reivindicação de 16,5% de aumento salarial é escandalosa, porque a inflação ficou em 5,2% nos 12 meses encerrados em abril – a data-base dos metroviários.

Então, o leitor atento corre a procurar a manchete na qual o Estado teria informado o público de que a inflação havia caído em abril – e vai ficar muito frustrado, porque, naquela ocasião, o jornal escondeu essa informação em meio a previsões alarmistas.

Ora, se a informação é boa como argumento contra os grevistas, também deveria ter sido destaque no noticiário – ou não interessa arrefecer a campanha de terror sobre uma suposta carestia?

No dia seguinte ao desse editorial, domingo (8/6), o tema inflação volta à página de opiniões do jornal, sob o título: “Inflação ainda ameaça”.

Vai o leitor prestigiar o editorialista e se depara com um texto no qual se afirma que também a inflação de maio foi mais baixa do que o esperado pelos analistas – subiu 0,46%, “bem menos que em abril”.

Note-se: desta vez, o editorial evitou a análise ano a ano, e optou por comparar dois meses seguidos.

Evidentemente, esses números, isoladamente, pouco falam sobre o que irá acontecer no futuro próximo, porque, numa sociedade onde um grande contingente de indivíduos amplia seu potencial de consumo, ocorrem movimentos bruscos de preços conforme a demanda massiva.

Mas pode-se apostar que, se houver duas alternativas, a imprensa vai escolher a projeção mais pessimista.

(http://jornalggn.com.br/noticia/para-se-opor-aos-metroviarios-estadao-se-contradiz-sobre-inflacao)
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El Cid

Fora de Pauta:

e pra variar, o oportunismo barato e idiota do PSDB…

http://g1.globo.com/politica/noticia/2014/06/psdb-entra-no-stf-para-garantir-protesto-ideologico-em-estadios.html

marcosomag

Só acredito em Plano Diretor que restrinja a especulação imobiliária em SP quando o mesmo estiver aprovado e sancionado!

As construtoras e os grandes especuladores com moradias de aluguel (até donos de emissoras de televisão estão nesta turma) sempre mandaram na Câmara de Vereadores e sempre repeliram qualquer tentativa de melhorar a distribuição fundiária na cidade e torna-la mais habitável.

Se quase escorraçaram o Haddad da Prefeitura com seu pequeno ajuste nos valores de referência do IPTU, imaginem o que fariam caso um Plano Diretor digno do nome tivesse realmente a chance de ser aprovado?

A conferir.

josé carlos

AS MORADIAS POPULARES ESTÃO SENDO ADQUIRIDAS NA MAIORIA POR AQUELES JÁ POSSUEM UM OU MAIS IMÓVEL E QUE NÃO CONSTA EM SEUS NOMES OU ESTÁ EM NOME DE terceiros.. E NORMALMENTE ESSE GRUPO ESTÁ EM MELHOR SITUAÇÃO FINANCEIRA . AI FICA MAIS FACIL APROVAR FINANCIAMENTO . já outro grupo que são aqueles que pagam alugueis e não possuem outro imóvel não esta conseguindo financiar . resumindo.. sempre os mais necessitados ficam de fora .

Carlos

só mobilização e pressão trazem resultados. Não importa se é PT ou PSDB no governo.

    Luís Carlos

    Me desculpe, mas importa sim. Para comprovar veja o que está ocorrendo no metrô de SP, ou o que ocorreu no Pinheirinho. Faz muita diferença se é “PSDB ou PT”. Não dá prá jogar tudo no mesmo saco como se não existissem diferenças.

    Márcio

    Sim, de fato importa muito, basta ver as rodadas de negociação do governo federal com a greve da cultura, né? Com os indígenas etc…

    Luís Carlos

    Com os indígenas que tiveram no governo federal de Lula a mudança da saúde indígena, assumindo o Governo fazer esse trabalho que nunca fora feito antes porque nenhum governo do PSDB se importou, priorizou saúde indígena, mas parece que você não sabe disso. Faz muita diferença sim, basta lembrar do que foi o Pinheirinho, mas talvez para você, ficar sem casa, após ser escurraçado pela polícia não seja nada grave. Sempre tem quem tenha saudade do desemprego e até da ditadura.

    Luís CPPrudente

    Importa sim! Pois se o governo federal estivese nas mãos dos tucanos, muitos índios não teriam o direito de se manifestar, pois seriam massacrados nas suas terras, como os tucanos fizeram com os sem-terras.

    O governo do truculento e autoritário Geraldo Alckimin não negocia nada com o movimento sindical dos servidores públicos, ele só enrola os sindicatos. Diz que vai negociar, mas não negocia nunca.

    Vlad

    “Só mobilização e pressão trazem resultados”.
    Verdade. Aqui. Onde o plano é de poder.
    Os sem-voz que se f…
    Aliás, mais um milionário na Banânia. O nominho tá ali na matéria.

Patricio

Está começando a dar vontade de voltar para o PT.

lukas

E aqueles que se inscreveram nos programas habitacionais e estão esperando suas casas, serão passados para trás pelos invasores?

    Patricio

    Depende. Os que se inscreveram no programa do Alckmin (existe algum?) vão ter que esperar até 31 de fevereiro.
    Os que se inscreveram no Minha Casa Minha Vida já estão recebendo as chaves. Tire o olho gordo das minhas. Inveja é feio.

    lukas

    Fique com suas chaves. Nunca precisei de cota, bolsa ou esmola.

    Patricio

    Os coxinhas são estranhos. Não precisam de nada, já têm tudo, desde o berço. Mas se incomodam com os que precisam e se organizam para conquistar seus direitos. Inveja é feio.

    Urbano

    Tudo é conversa. Daqui de onde me encontro, percebo a falta de humanismo e inteligência…

Fabio Passos

Parabéns aos sem-teto do MTST. Uma merecida vitória. Dilma e Haddad também merecem elogios por ouvir as demandas da população carente.

Já o covarde do alckmin continua atacando trabalhadores em greve.
Questão social deve ser resolvida com diálogo… e não com a brutalidade da PM e as mentiras ridículas do PiG.

Já passou da hora do povo de SP se livrar da incompetência do psdb de alckmin.

    Rodrigo Leme

    “Ouvir” depois de tremer na base ao ver 12 mil marchando ao Itaquerao é fácil….

    Patricio

    Vida de troll não deve ser fácil. Será que que o troquinho dos tucanos compensa?

    El Cid

    e pra variar, o “rostinho iluminado do olhar enviesado” não leu o post…

    ah, uma pergunta: vai sair ou não do “armário ideológico” ?

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