Desistência de Barbosa deixa órfãos, outra vez, os que buscam “novo” nas eleições de 2018

Foto Nelson Jr./SCO/STF

Joaquim Barbosa desiste de ser candidato a presidente

Ex-ministro do STF usou seu perfil pessoal no Twitter para anunciar a decisão, que alega ser de ordem pessoal, mesmo estando à frente de políticos como Geraldo Alckmin na última pesquisa Datafolha

da Rede Brasil Atual

São Paulo – O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, filiado ao PSB, anunciou em seu perfil no Twitter, na manhã desta terça (8), que não será candidato a presidente da República na eleição deste ano, alegando motivos pessoais para não entrar na disputa.

Na mais recente pesquisa Datafolha, Barbosa aparecia com cerca de 10% das intenções de voto, superando políticos tradicionais como o tucano Geraldo Alckmin, que ficou entre 7% e 8%.

O anúncio foi feito alguns dias após a imprensa noticiar que o comando do partido estava articulando alianças políticas com Barbosa na cabeça da chapa presidencial, mesmo sem que o ex-ministro do STF tivesse confirmado sua disposição a se candidatar.

“Cabe destacar que a definição do ministro ocorre nos termos da pactuação realizada em sua filiação, no último dia 6 de abril, que possibilitava ao PSB não conceder legenda a Barbosa, e que este, por sua vez, não assumia a obrigação de se candidatar. Tratava-se, desde o princípio, portanto, de uma construção pautada pelo respeito mútuo entre as partes”, afirmou o partido, por meio de nota.

“A reflexão de foro íntimo realizada pelo ministro fez com que a candidatura não seguisse à frente, decisão que o PSB compreende, especialmente, por que é personalíssima.”

PS do Viomundo: A ausência de Barbosa deixa órfãos, outra vez, os que buscam o “novo”  nas eleições de 2018. Favorece todos os candidatos tradicionais, indistintamente. Flávio Rocha, o dono da Riachuelo, apontado como “novidade”, terá grande dificuldade de decolar: numa pesquisa da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte, Fiern, ele aparece com apenas 1,5% em seu estado de origem, contra 40% de Lula, quase 8% de Bolsonaro e 3% de Ciro Gomes.

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