Desaprovação pessoal de Bolsonaro bate em 55%. Para 53%, governo é pior ou igual ao de Temer. Só 24% dos jovens aprovam

Tempo de leitura: 2 min
Tiago Botelho/Reprodução Facebook

Eu não tenho escrúpulos; o que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde. Ex-embaixador Rubens Ricúpero, então ministro da Fazenda de Fernando Henrique Cardoso, em conversa com o jornalista Carlos Monforte, no estúdio da TV Globo, sem saber que estava sendo gravado, dando exemplo sobre a repercussão da pesquisa da CNI.

Da Redação

A avaliação de Bolsonaro segue em viés de baixa, embora a Confederação Nacional da Indústria tenha optado, em seu site, por anunciar a popularidade do governo como “estável”.

Uma análise detalhada dos números desmente isso.

A avaliação de ruim e péssimo atingiu 34% em setembro, ante 27% em abril.

Em comparação com o governo Temer, 53% acham que o governo Bolsonaro é igual ou pior, enquanto 43% dizem que é melhor.

Agora, apenas 30% das mulheres dizem que o restante do governo Bolsonaro será ótimo ou bom.

55% não confiam pessoalmente  em Bolsonaro, número que estava em 45% em abril.

A desaprovação da maneira de governar do presidente da República bateu em 50% (estava em 48%).

A avaliação do governo caiu mais entre os jovens de 16 a 24 anos de idade (o ótimo/bom de Bolsonaro passou de 32% para 24%).

É uma péssima notícia para Bolsonaro, já que os mais jovens são os mais ativos nas redes sociais e são grandes propagadores de informações.

A aprovação de Bolsonaro por área de governo só é majoritária na segurança pública, por pequena margem, 51% a 45%.

Ele é desaprovado na educação (52% a 44%), inflação (51% a 42%), meio ambiente (55% a 40%), saúde (58% a 38%), combate à fome e à pobreza (57% a 38%), combate ao desemprego (59% a 36%), impostos (62% a 32%) e taxa de juros (61% a 31%).

As notícias mais lembradas pela população sobre o governo dizem respeito ao desmatamento e queimadas na Amazônia.

No Nordeste, só 20% dizem que o governo Bolsonaro é ótimo/bom, enquanto no Sul a aprovação despencou, em três meses, de 52% para 36% —  mas permanece acima da média nacional, de 31%.


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“Junho de 2013 é a Abertura da Conjuntura Atual”

“Elementos de junho [2013], que eu classifico
como ‘ultrapolíticos’, tomaram muito mais força
no contexto eleitoral de 2018.

Ultrapolítica é o uso da polarização política que suspende
o debate politizado, substituindo-o por um ‘inimigo’.
É a descaracterização do que é esquerda e direita,
anticapitalismo, comunismo e outros.

É uma despolitização, que se deu porque passamos
a ter um debate simplesmente de inimigos,
sem considerar antagonismos reais da sociedade.

O trabalhador explorado pelo patrão, por exemplo,
tem um antagonismo real: os interesses são contrários.

Mas o antagonismo não entrou no debate,
que ficou na caricatura, de um lado e de outro.

Este é um dos impactos de 2013.

Em 2019, além da ultrapolítica, a pós-política
é outro fenômeno de despolitização,
que chegou tentando ‘salvar o dia’.

Trato ultrapolítica e pós-política como dois lados da mesma moeda.
Ou seja, as pessoas estão cansadas dessa polarização
(baseada em inimigos e não em antagonismos) e
começam a pensar que é necessário um tipo de moderação.
‘O problema é a ideologia’, eles dizem. ‘Então precisamos moderar e ir mais ao centro’. Isso é problemático, porque acabaríamos substituindo um projeto à extrema-direita
do Bolsonaro por um projeto de status quo que mantém
o capitalismo no Brasil.”

Íntegra em:
https://theintercept.com/2019/06/05/entrevista-sabrina-fernandes/

Mais em:
https://www.vice.com/pt_br/article/wjw8gm/onze-perguntas-para-sabrina-fernandes-do-tese-onze
https://www.redebrasilatual.com.br/politica/2019/08/sabrina-fernandes-mostrar-servico-coletivamente/
https://www.sul21.com.br/areazero/2019/07/sabrina-fernandes-esquerda-precisa-abracar-o-conceito-de-radicalidade/

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