Deputada duvida de promessa de Bolsonaro sobre aerococa: “Militares que executaram músico com 80 tiros estão em liberdade”

Tempo de leitura: 2 min
Divulgação

Depois do Helicoca, agora temos o escândalo do Aerococa. Os dois têm algo em comum: mostram que o narcotráfico de verdade não está nas favelas. O crime organizado tem raízes no Estado e no poder econômico. É fácil atacar o “aviãozinho” e preservar os aviões e helicópteros… Guilherme Boulos, ex-candidato do Psol ao Planalto, no tweeter.

Minha querida @elikatakimoto deu um cheque-mate na história. Bravo! “Em nenhuma universidade foram encontrados 39 kg de cocaína.” Bolsonaro disse que, ‘se comprovado crime’, o militar que foi preso com 39kg de cocaína no avião presidencial que aterrizou na Espanha será julgado e condenado. Será? Os militares que executaram um músico carioca com 80 tiros estão em liberdade. Ah, vale lembrar, em 1987 um capitão do Exército foi considerado culpado, em Comissão de Justificação militar, por planejar ataques à bomba no Rio. Margarida Salomão, deputada federal (PT-MG), no tweeter.

Militar que levava 39 quilos de cocaína em mala de mão dentro avião da FAB será investigado na Espanha

Espanha agora tenta descobrir o destino final da droga, que foi descoberta durante uma escala do avião reserva da presidência em Sevilha. Militar está preso e será processado

Do El Pais

A Guarda Civil espanhola deteve nesta terça-feira no aeroporto de Sevilha um militar brasileiro de 38 anos que havia transportado 39 quilos de cocaína em um avião da FAB integrado à comitiva do presidente Jair Bolsonaro, segundo confirmaram fontes da corporação policial ao EL PAÍS.

A prisão ocorreu durante uma escala do avião reserva da presidência em Sevilha, no sul da Espanha, rumo a Osaka, onde Bolsonaro participará da reunião do G-20. O ministério brasileiro de Defesa emitiu nota confirmando a detenção do militar por tráfico de entorpecentes, e anunciou a abertura de um inquérito para apurar o ocorrido. Bolsonaro também escreveu um tuíte sobre o fato.

Fontes da Guarda Civil disseram que a detecção da droga e a posterior detenção do militar ocorreram quando os membros da tripulação e suas bagagens passaram pelo controle alfandegário obrigatório após a chegada a Sevilha.

Ao abrir a mala de mão os agentes encontraram 37 tijolos de um quilo cada. “Não estava nem mesmo escondido entre as roupas”, disseram fontes da Guarda.

As autoridades da Espanha agora querem saber qual era o destino final da droga.

O militar foi levado para o comando da Guarda Civil na capital andaluza, e na quinta-feira passará à disposição judicial para responder por crime contra a saúde pública.

O Ministério da Defesa disse em seu comunicado que “repudia” os atos do militar e que colaborará com as autoridades espanholas na investigação.

No Twitter, Bolsonaro disse que pediu ao ministro da Defesa que preste “imediata colaboração” à polícia espanhola.

Após o incidente em Sevilha, a Presidência alterou a rota da viagem de Bolsonaro ao Japão, segundo o portal UOL.

Após decolar de Brasília, Bolsonaro fará escala em Lisboa em vez de Sevilha, segundo constava na sua agenda no final da noite de terça.

O gabinete de imprensa do presidente não explicou o motivo da mudança.

Não é a primeira vez que membros da FAB usam sua condição de militares para traficar drogas.

Em abril, o Tribunal Superior Militar decretou a expulsão da corporação de um comandante pelo transporte de 33 quilos de cocaína numa aeronave militar que se dirigia à França com escala nas ilhas Canárias.

Outros dois colegas do comandante já tinham perdido o posto por sua participação no caso, ocorrido em 1999.

O comandante foi condenado a 16 anos da prisão por integrar “uma rede especializada no tráfico internacional de cocaína” com a ajuda de aviões da FAB.


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Comentários

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a.ali

kkk, nada como um dia após o outro… o miliciando bolsonazi achou que iria passar despercebido, coisa de mt. otario

João Lourenço

Ao menos esse pegaram e vai pagar por isso .Agora em passado recente no avião presidencial se dizia que carregava muitas malas de dólares e euros ,mas não se conseguia pegar por causa de passaporte .Ninguém lembra ?

abelardo

A pergunta que fica: quantas encomendas desse porte poderiam ter sido entregues, em viagens anteriores?

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