Petroleiros se juntam a caminhoneiros, denunciam “política insana” de Pedro Parente, que recebe apoio do lobby de estrangeiros; veja o vídeo

Tempo de leitura: 3 min

Foto Sindipetro

Da Redação

Os petroleiros de duas refinarias anteciparam para esta segunda-feira a greve de 72 horas prevista para acontecer a partir de quarta-feira.

Eles estão mobilizados na Refinaria de Paulínia, a Replan, maior do Brasil, e na Recap, Refinaria de Capuava, responsável por cerca de 30% do abastecimento da Grande São Paulo.

Na Refinaria Presidente Getúlio Vargas, a Repar, em Araucária, no Paraná, os petroleiros se juntaram aos caminhoneiros (ver imagens abaixo).

Os petroleiros denunciam a política de preços da Petrobras, que está internalizando as variações do dólar e do preço internacional do barril, apesar de o Brasil ser um grande produtor mundial de petróleo.

Enquanto isso, o lobby das petroleiras internacionais deu apoio a Pedro Parente, o presidente da Petrobras, de maneira indireta.

Em nota, o Instituto Brasileiro do Petróleo, que apesar do nome representa as multinacionais, atribuiu as altas do preço dos combustíveis aos impostos e defendeu “a prática de preços livres”, sem esclarecer de quem eles seriam “livres”:

Trabalhadores da Replan e da Recap paralisam as refinarias em protesto contra projeto de privatização

do Sindipetro/SP

Desde as primeiras horas da madrugada desta segunda-feira, 28 de maio, diretores do Unificado estão nas portarias da Replan e da Recap para organizar a paralisação nas duas refinarias.

Na Replan, trabalhadores do turno e do HA participaram em massa da mobilização em solidariedade ao movimento dos caminhoneiros e contra a privatização da Petrobrás e a política de preços insana, praticada pela Petrobrás, e que aumentou abusivamente os valores da gasolina, do diesel e do gás de cozinha.

Houve corte de rendição do turno da manhã e atraso na entrada do HA.

​Na Recap, a paralisação teve início às 6h da manhã, com o corte de rendição do turno.

​A adesão e o apoio à paralisação são expressivos nas duas refinarias.

POSICIONAMENTO INSTITUTO BRASILEIRO DO PETRÓLEO – IBP

Diante da atual crise que impacta severamente o país, o IBP manifesta seus esclarecimentos sobre alguns pontos relativos aos preços dos combustíveis e a situação atual de desabastecimento e suas consequências graves.

O IBP, como sempre, apoia a competição e o livre mercado. Desta forma, estamos de acordo com a pratica de preços livres de combustível.

Esta é uma forma transparente de estabelecer os preços no Brasil, e assim ocorre nos principais mercados globais.

Entendemos também que o preço final do combustível é composto por uma carga massiva de impostos e que o valor pago por cada um de nós se divide majoritariamente entre o refinador/importador e o Governo (Federal e estadual).

Desta maneira, a solução para a atual crise somente será encontrada através do envolvimento das esferas governamentais, dada a relevância da carga de impostos.

Cabe notar que uma solução que envolva eventual tabelamento de preço significa, na prática, um ônus para os contribuintes e como já experimentamos antes com consequências catastróficas a longo prazo.

Aprovamos o engajamento de todos estes atores e vemos positivamente os avanços conseguidos até agora.

Estamos monitorando e apoiando o desbloqueio de todas as vias emergenciais para manutenção dos serviços mínimos de apoio a população.

É preciso trabalhar arduamente e em conjunto para assegurar que o país volte rapidamente ao abastecimento dos setores críticos de nossas cidades garantindo energia, segurança, saúde e alimentação a todos.

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Comentários

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euclides de oliveira pinto neto

A paciência do povo está no limite… não pode um grupo de bandidos travestidos de parlamentares e membros do judiciários aboletarem-se de funções públicas onde o voto é imprescindível, para corporificar um golpe orquestrado por interesses multinacionais. O povo brasileiro têm que reagir com a valentia e determinação do nosso vizinho, quando o povo venezuelano resistiu e derrotou as fôrças ligadas ao capitalismo multinacional, dando para outros países uma grande demonstração da capacidade do povo vilipendiado, expulsando todos aqueles que haviam se alinhado com os bandidos saqueadores. Passaram por grandes provações mas com certeza estão se rejubilando por haverem demonstrado uma enorme determinação e que é possível realizar o sonho da liberdade, mesmo com todas as dificuldades havidas.

MAAR

Paralisar as atividades de refinarias, bem como de comercialização e distribuição de combustíveis na atual conjuntura é um contra-senso, pois prejudica a imagem dos petroleiros junto à população, e aumenta o risco da expansão de medidas autoritárias, como a ocupação militar das instalações.

Melhor seria manter as atividades regulares e concentrar os esforços da maioria do pessoal de unidades não produtivas para promover a ampla divulgação da Nota de Esclarecimento, que demonstra a necessidade de reverter a política de desmonte e a escalada de preços dos combustíveis.

O momento atual não é adequado para uma greve da categoria, para não agravar a já caótica situação de desabastecimento de diesel, gasolina, gás de cozinha e querosene de aviação, assim como de outros produtos e serviços essenciais, pois é imprescindível desarmar a construção do caos.

É preciso manter a coerência, para não favorecer a pretensão do governo de manipular a opinião pública e de intensificar a injustificável militarização das questões sociais.

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