Congressistas democratas dos EUA rejeitam bloqueio militar ordenado por Trump à Venezuela
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Congressistas democratas dos EUA rejeitam ordem de Trump de bloqueio militar à Venezuela
Legisladores democratas dos EUA expressaram rejeição aberta à ordem do presidente Trump de avançar para um bloqueio militar e naval contra a Venezuela, alertando que se trata de uma escalada bélica orientada a forçar uma mudança de regime e se apoderar dos recursos energéticos venezuelanos.
A congressista Yassamin Ansari classificou a iniciativa como “profundamente alarmante” e afirmou que esta é uma guerra que “o povo americano não quer e que o Congresso não autorizou”. Para a legisladora, trata-se de uma ação “imprudente e criminosa”, que coloca em risco a estabilidade regional e a vida dos cidadãos estadunidenses.
Já o senador Chris Van Hollen denunciou que a narrativa do combate ao narcotráfico é um pretexto e apontou que o verdadeiro objetivo é “apoderar-se das reservas de petróleo e gás da Venezuela para benefício dos aliados multimilionários de Trump”, e não por razões de segurança nacional.
O congressista Don Beyer lembrou que antes da chegada de Trump à presidência, os EUA criavam em média mais de 168.000 empregos por mês, ao contrário dos 119.000 no total de agora. Beyer destacou que o desemprego atingiu seu nível mais alto em mais de quatro anos, fato reconhecido até mesmo pela própria chefe de gabinete da Casa Branca, Susie Wiles.
Bernie Sanders, também congressista democrata, afirmou: “não precisamos que Trump nos leve a uma guerra ilegal e inconstitucional com a Venezuela para desviar a atenção das crises que nosso país enfrenta”.
Para os legisladores, a escalada contra a Venezuela funciona também como uma manobra de distração diante das dificuldades econômicas internas. As críticas ocorrem num contexto em que o crescente desgaste da política econômica e comercial de Trump causa danos à unidade não apenas do Congresso, mas do próprio Partido Republicano.
Enquanto o governo intensifica sua pressão sobre a Venezuela, políticos, cidadãos e ativistas nos EUA alertam que uma guerra no Caribe não só seria ilegal, mas politicamente cara e moralmente indefensável.
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