Bancada do PT diz que faz, sim, “oposição inflexível” a Alckmin

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capez-e-alckmin

21/12/2016

Nota da Bancada do PT — A prática é o critério da verdade

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A Bancada do Partido dos Trabalhadores vem demonstrar por meio desta nota sua perplexidade diante da narrativa apresentada pelo deputado João Paulo Rillo relativo ao processo de discussão e votação do Orçamento Estadual 2017, por não retratar a verdade sobre os fatos.

A Bancada do PT tem tradição de luta, em oposição constante ao governo do PSDB, não apenas neste episódio, mais no dia a dia, nos debates ocorridos nesta Assembleia Legislativa, denunciando o projeto tucano de sucateamento dos serviços públicos e os desvios de conduta que têm trazido graves prejuízos ao povo paulista — haja vista atuação dos deputados do PT nas denúncias e apurações dos desvios no Metrô, CPTM, nas obras do Rodoanel, na reforma da Marginal e, recentemente na CPI da Máfia da Merenda.

Nossa Bancada tem se postado de forma intransigente em defesa das demandas populares, dos movimentos sociais e dos direitos dos funcionários públicos que vem sendo dilapidados pela política infame do governo do PSDB, nos últimos 24 anos.

O que ocorreu, de fato, no andamento da discussão das contas do governador e do orçamento estadual para 2017, em meio à Comissão de Finanças e Orçamento, foi um intenso debate protagonizado pelos nossos deputados obstruindo o transcorrer do processo de votação dos relatórios das proposituras, para contemplar as demandas de interesse da população.

Porém, antes dos fatos ocorridos em 20/12, o deputado João Paulo Rillo um dos membros efetivos do PT na Comissão, abriu mão de dois mecanismos de obstrução. O primeiro, dando como lido parte do voto em separado da Bancada do PT e o segundo, abrindo mão do quarto pedido de vistas a que tínhamos direito.

Estas atitudes contrariaram a orientação da Bancada e facilitaram a tramitação dos projetos (contas e orçamento) que atendem ao interesse do governo.

Importante registrar as diferenças entre o discurso e as atitudes. Vejamos. Em 2014, quando líder da Bancada, o deputado João Paulo Rillo conduziu a votação do orçamento sem obstrução, concluindo o processo em 17/12/2014, em uma sonolenta votação simbólica, diferentemente deste orçamento de 2017, que será votado em processo nominal. Como se vê, a prática é o critério da verdade.

Enquanto ocorriam os debates regimentais, a liderança da Bancada do PT promovia reuniões buscando atender importantes pleitos do povo paulista e foi por isso, que ocorreram os seguintes avanços ainda em processo de votação:

R$ 28 milhões para os médicos residentes;

R$ 5 milhões para banda sinfônica do Estado de São Paulo;

R$120 milhões para os Institutos de Pesquisas;

R$ 5 milhões para Hospital da Unicamp;

R$ 21 milhões para Hidrovias;

R$ 33 milhões para Saneamento do Fehidro;

R$ 42 milhões para convênios de Infraestrutura para as prefeituras;

R$ 30 milhões para contenção de enchentes na cidade da Franco da Rocha, cidade governada pelo Partido dos Trabalhadores.

Em função do comportamento divergente do deputado João Paulo Rillo, 11 deputados da nossa Bancada assinaram o requerimento de substituição a saber:

Alencar Santana Braga

Ana do Carmo

Professor Auriel

Teonílio Barba

Beth Sahão

Enio Tatto

José Zico Prado

Luiz Fernando Teixeira

Luiz Turco

Marcia Lia

Marcos Martins

Todos(as) estes decidiram pela substituição do deputado João Paulo Rillo na Comissão de Finanças e Orçamento, fato que provocou reação destemperada, intempestiva e inexplicável do parlamentar.

Através desta nota, a Bancada do PT repõe a verdade dos fatos e reafirma sua oposição inflexível ao governo do PSDB.

Bancada do PT na Assembleia Legislativa do Estado de S. Paulo

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Comentários

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Antonio

Mentira, são cúmplices dos governos desde que fizeram a concessão de rodovias.
Participaram sempre da Comissão de Transportes dando suporte ao João Caramez que era o dono dessa comissão.
Zaratini e Emídio jogavam para a torcida e o PT continua jogando para a torcida!

Edgar Rocha

Faz-me rir! Oposição intransigente ao governo alckmin, quando????
A propósito, como é que o Rillo chegou à posição de liderança do partido na Assembleia e, depois de pisar na bola, foi pra Comissão de finanças?
Por outro lado, é um bom sinal. Espero que o PT tenha realmente mudado a forma de pescar. Não se fisga traíra com anzol de piaba. Perde-se a isca, o peixe e, se bobear, um pedaço do dedo.
Eu só acreditaria no aguerrimento da bancada petista em São Paulo, se me mostrassem ações efetivas na questão de Segurança Pública. Seria tão difícil assim, provar algo errado em São Paulo neste quesito? Foram dois mandatos federais e nenhuma ação conjunta neste sentido. É de se supor, portanto, que em se tratando de mandatos populares, não haja porque preocupar-se com esta questão. Isto não estaria nas pautas dos movimentos sociais como prioridade. O que também é um excelente sinal. Denota que não haja entre os representantes da esquerda um único neurótico de plantão, ninguém com síndrome de pânico afundado em devaneios persecutórios em relação à polícia ou a alguma facção criminosa inominável. É tudo fruto da imaginação de mentes doentias e fracas. Felizmente nossos deputados são todo firmemente realistas e pragmáticos a ponto de não cometerem algum ato insano de oposição irresponsável a um governo que, neste quesito, mostrou-se eficaz como um reloginho. Não se pode perder a cabeça, companheiro.
Bom ano novo e saudações republicanas a todos os petistas. Oh, sim! Parabéns à Corajosa bancada do PT na Assembleia Legislativa. Não esqueçam de mandar o panetone do Luís Moura. Natal é momento de reconciliação, sempre.

Roberto

O PT paulista (salvo raríssimas exceções) é apenas um departamento do PSDB. Falo dos dirigentes. No caso dos militantes de base, ai é bem diferente.

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