As críticas do senador Aécio à Petrobras e uma resposta

Tempo de leitura: 6 min

O abismo de Aécio

(04/02/2013)

do Minas Sem Censura

Nosso “aparte” semanal ao senador Neves incide sobre sua pregação quase religiosa do fracasso do Brasil sob a presidência de Lula e Dilma.

Desta vez ele escreve sobre a perda de posição da Petrobrás, de maior petrolífera da América Latina para a colombiana Ecopetrol. Sua fonte é uma matéria do Financial Times, uma das fontes mais “respeitadas no mundo, na área financeira”, segundo ele.

A partir dessa informação, ele agrega, como argumento de autoridade e doutrina para a gestão pública e estatal, a análise feita por um obscuro “Instituto Acende Brasil”, em texto intitulado “Gestão Estatal: Despolitização e Meritocracia”, para o setor elétrico.

Vamos aos pedaços.

Em primeiro lugar, o citado artigo do Financial Times traz muito mais informações do que aquela pinçada pelo senador tucano. O índice usado para o artigo do jornal inglês foi a capitalização da Ecopetrol em 2012. Mas, no próprio texto vem a relativização do resultado, tanto por especialistas, quanto por gestores da estatal colombiana. Aliás, a matéria informa também que a Ecopetrol é 80% estatal. Detalhe omitido pelo discurso apologético ao gerencialismo privado. Algumas informações são relevantes para entender a atipicidade do crescimento da empresa colombiana, segundo o próprio jornal britânico:

a) o mercado de ações na Colômbia é muito pequeno e a Ecopetrol tornou-se uma espécie de porto seguro para todos os tipos de investidores do país;

b) os fundos de pensão colombianos sofrem forte restrição estatal, para especular no estrangeiro e, portanto, convergem seus recursos para a Ecopetrol, como forma de valorização de seu patrimônio;

c) fortes aportes estatais desde 2007 garantiram um regular fluxo de investimentos na empresa;

d) há consultores que desconfiam de sobrevalorização contábil de setores da própria empresa.

Finalmente, o próprio presidente da Ecopetrol, Javiér Gutiérrez, é comedido e não comemora o novo ranqueamento: “Não se pode realmente comparar, porque a Petrobrás é um gigante em muitas frentes. (…) A capitalização de mercado é simplesmente um reflexo da confiança que o mercado tem na Colômbia, em geral, e em particular a Ecopetrol, mas o mercado tem altos e baixos.”

Ou seja, Aécio pinçou uma informação de um texto, omitiu todo o resto e sustentou sua análise pessimista sobre a Petrobrás, baseado somente em suas posições ideológicas privatistas.

Ora, a Ecopetrol é exatamente o exemplo inverso do que ele defende: é mais “estatal” que a Petrobrás, opera num mercado de ações fraco (atraindo investimentos como um refúgio) e se beneficia com fundos de pensão daquele país, fortemente constrangidos a nela investir.

Tais “detalhes” não poderiam ser omitidos na análise de quem pretende ser presidente do Brasil. Seria desonestidade intelectual, se não conhecêssemos a superficialidade com que o senador trata esses temas. Leia abaixo a matéria original do Financial Times com os dados ignorados pelo senador.

Em segundo lugar, o tal “Acende Brasil” é uma instituição que expressa as opiniões e interesses dos acionistas privados nas estatais elétricas. Logo, seu discurso sobre meritocracia tem um olhar para os dividendos a serem pagos aos grandes acionistas e não à qualidade e economicidade dos serviços prestados ao povo.

Conclusão: Aécio até se esforça para se credenciar como alternativa da direita privatista e neoliberal do país; mas, convenhamos, com o seu “Control C, Control V” seletivo fica cada vez mais difícil, até para as tais elites dessa direita, acreditar na aposta de que ele possa liderar algum projeto de oposição.

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Ecopetrol overtakes Petrobras by market cap

By Ed Crooks and Pan Kwan Yuk in New York and Andres Schipani in Cartagena

do Financial Times

Colombia’s national oil group Ecopetrol has grown to become the largest listed company in Latin America, ahead of Brazil’s Petrobras, in one of the most dramatic moves in the global energy industry of the past year.

Colombia’s strong resource base and business-friendly policies have made it a favoured location for the international oil industry, and Ecopetrol, which is 80 per cent owned by the government, accounts for about four-fifths of the country’s production.

However, some investors and analysts believe the rise of more than 50 per cent in its shares over the past 15 months is not justified by the fundamentals of the business.

Ecopetrol’s market capitalisation of $129.5bn at Friday’s close was greater than Petrobras’s $126.8bn, even though the Brazilian company’s production is about three times greater.

Javier Gutiérrez, Ecopetrol’s chief executive, himself sounded cautious about the company’s valuation.

“One cannot really compare because Petrobras is a giant on many fronts,” he told the Financial Times.

“The market capitalisation is simply a reflection of the confidence the market has in Colombia in general, and Ecopetrol in particular, but the market has ups and downs.”

In spite of excitement over the huge oil discoveries off the coast of Brazil, Petrobras’s shares have lost 45 per cent of their value over the past three years, hit by disappointing financial results and concerns about the huge investment needed to develop those fields.

It has also faced persistent political intervention, including fuel-price regulation and action to claim additional tax payments.

Robin West of PFC Energy, the consultancy, argues that Colombia’s market-friendly policies have helped deliver a strong rebound in oil production since 2007, and Ecopetrol is well positioned to benefit from future growth.

However, other analysts and investors argue that investment flows are the most important factor behind Ecopetrol’s recent share price performance.

One private equity manager argued that restrictions on Colombian pension funds’ foreign investments were driving investment in Ecopetrol.

“The funds are getting more and more inflows every year and they need to invest this money,” he said.

“The local stock market is relatively small. Ecopetrol is the biggest stock on it so that is why you are seeing so much demand for the shares.”

Alexander Muromcew, emerging market equity portfolio manager at financial services group TIAA-CREF, said he believed funds flowing between Petrobras and Ecopetrol may have lifted the Colombian company’s shares.

“In our view, Ecopetrol’s gains are not supported by the company’s fundamentals,” he said. “While Ecopetrol was a good growth story in 2012, its recent earnings have been disappointing. The bloom may be coming off the rose on this one.”

Diego Usme, an analyst with Ultrabursátiles, a brokerage in Bogotá, said he considered the shares overvalued compared with other similar companies, and compared with its discounted cash flows.

One of the reasons, he said, was that “many investors, regular people, consider Ecopetrol as a sort of refuge; a safe bet”.

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04/02/2013 – 03h30

Ladeira abaixo

por Aécio Neves, na Folha.com

Além do aumento do preço da gasolina, anunciado pelo governo federal, a Petrobras voltou a entrar em evidência, semana passada, ao perder o posto de maior empresa da América Latina.

O jornal “Financial Times”, um dos mais respeitados no mundo na área financeira, colocou a colombiana Ecopetrol no topo do ranking das empresas de maior valor de mercado. As ações da Petrobras perderam 45% do valor ao longo dos últimos três anos, de acordo com a publicação britânica.

No decorrer de 2012, com perplexidade, o Brasil foi tomando conhecimento da existência das graves dificuldades na gestão da estatal, com aumento das importações, problemas de caixa, desvalorização de seus papéis no mercado, dentre outros.

Houve uma troca brusca no comando da empresa, para tentar colocá-la nos trilhos novamente.

Há um estudo recente que traz uma síntese digna de nota sobre os males capazes de corroer a vida de uma companhia pública. Intitulado “Gestão Estatal: Despolitização e Meritocracia”, o trabalho foi realizado pelo Instituto Acende Brasil para o setor elétrico, mas suas conclusões são válidas para a Petrobras e outras estatais mal gerenciadas, de uma maneira geral.

Dentre os entraves descritos na literatura econômica tratados no estudo, destaca-se a administração inepta: os dirigentes são nomeados pela sua lealdade aos governantes, desconsiderando-se as qualificações requeridas para o cargo.

As empresas sofrem também com o uso político que se faz delas. A falta de disciplina orçamentária pesa muito. Por terem como acionista majoritário o governo, muitas estatais vivem na expectativa de que eventuais deficits serão necessariamente cobertos por aportes oficiais. O processo decisório burocrático, típico da má administração pública, acaba sendo a cultura dominante, prejudicando a agilidade necessária.

O estudo cita uma estratégia para se bloquear o uso político das estatais, com uma “blindagem” contra as pressões externas. São medidas como recrutamento profissional e competitivo de diretores, uso de indicadores e metas, transparência nos resultados, prestação periódica de contas e aplicação de incentivos e penalidades por desempenho.

O governo federal está na contramão desses preceitos que poderiam oxigenar –e muito– a economia brasileira. De um lado, ocuparam-se as estatais existentes como se patrimônio do PT fossem. De outro, aumenta-se o número delas –levantamento divulgado ano passado mostra que o PT criou mais estatais que todos os governos pós-militares.

Parafraseando um dilema de outrora, a saúva do aparelhamento partidário pode acabar com o Brasil.

Veja também:

Lula, em Washington: E o resgate dos trabalhadores?


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Comentários

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FrancoAtirador

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É MAIS QUE ÓBVIO QUE O OBJETIVO DOS TUCANALHAS CONSORCIADOS COM A MÍDIA BANDIDA

É ENTREGAR O PETRÓLEO DO PRÉ-SAL ÀS PETROLÍFERAS INGLESAS E NORTE-AMERICANAS
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Petroleiros de SP criticam leilão do petróleo:
“é desnacionalizar nossa riqueza e soberania”

HORA DO POVO

O Sindicato dos Petroleiros de São Paulo criticou a decisão do governo de autorizar mais uma rodada de leilão nas áreas de exploração de petróleo.

Conforme editorial divulgado no Jornal da entidade, “a proposta do governo é leiloar 172 blocos até maio;
desses blocos, metade encontra-se em terra, a parte marítima dos blocos está fora do pré-sal, mas isso não significa que a maior descoberta energética brasileira do século 20 esteja segura”.

“Um dos argumentos utilizados para a retomada dos leilões foi a necessidade de novos investimentos, em um momento em que a Petrobrás e o Brasil enfrentam dificuldades.

Esse é um argumento falacioso, pois a privatização de áreas do petróleo não traz resultados imediatos.
O problema maior, no entanto, é a míope visão governamental que se joga nos braços dos interesses das companhias privadas ao sabor dos ventos.

A presidente Dilma Rousseff já foi presidente do Conselho de Administração da Petrobrás, conhece a empresa, seu potencial e sabe, muito bem, que estrategicamente é um péssimo negócio para o país:
desnacionaliza nossas riquezas naturais e, consequentemente, a soberania do país, a longo prazo remete dividendos para fora do Brasil, enquanto o país perde capacidade estratégica de definir suas políticas”, afirma o texto.

http://www.horadopovo.com.br/2013/02Fev/3125-01-02-2013/P5/pag5c.htm

FrancoAtirador

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MAIS UMA MANCHETE QUE TENTA MUDAR

A HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA:

A MEIA-VERDADE SOBRE O DESEMPREGO

31/01/2013 – 11:20
“Taxa de desemprego no Brasil é a menor desde 2002” (SIC)

Extra/GLOBO

O desemprego no Brasil atingiu uma marca histórica em 2012.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quinta-feira, a taxa fechou o ano em 5,5%.

O ÍNDICE ANUAL É O MAIS BAIXO DA SÉRIE HISTÓRIA INICIADA EM MARÇO DE 2002.

Em dezembro, a taxa registrou 4,6%, a menor desde 2011, quando registrou 6%.

Segundo o IBGE, o ano passado teve mais um recorde:
a proporção de trabalhadores com carteira assinada foi de 10,9 milhões, representando 49,2%, em relação ao total de ocupados. Em 2011, havia sido 48,5%.
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A VERDADE HISTÓRICA

TAXA DE DESEMPREGO NO BRASIL DE 1992 A 2002

IBGE-PNAD

Percentual da população de 10 anos e mais desocupada
Brasil, 1992-1993, 1995-1999, 2001-2002

GOVERNO ITAMAR
1992 = 6,5%
1993 = 6,2%
1994 = [Não divulgado]

GOVERNO FHC (PSDB/PFL)
1995 = 6,1%
1996 = 6,9%
1997 = 7,8%
1998 = 9,0%
1999 = 9,6%
2000 = [Não divulgado]
2001 = 9,4%
2002 = 9,2%

Fonte: IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD

(http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2003/b06uf.htm)
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Agora, observem, nas mãos de quem está a comunicação no governo federal:

(http://www.brasil.gov.br/noticias/arquivos/2013/01/31/pais-fecha-2012-com-menor-taxa-de-desemprego)
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Taques

Aos que criticam Aécio seria bom que ouvissem o que a presidente da Petrobrás falou hoje a respeito do momento “mágico” que vive a companhia.

PS: Graça Foster é golpista?

Morais

esta conclusão que a Petrobrás colocou no final acabou com o Aécio, se eu fosse ele teria vergonha de falar qualquer coisa contra a Petrobrás de agora em diante.

Valcir Barsanulfo

O Aético é um parvototal, penso que ele ando um tanto descontrolado pelo ciume.
O atual governador Anastasia que o chama de “meu bofe”, anda muito descontraído e isso deixa o menino do Rio em crise de abstinência.

atílio

O texto atribuído ao aécio é “fraquin”, “fraquin”… duvido até que ele, sozinho, seja capaz de escrever um texto assim.

“os dirigentes são nomeados pela sua lealdade aos governantes, desconsiderando-se as qualificações requeridas para o cargo”

O currículo da Graça Foster, comparado ao de qualquer tucano de carteirinha que administra qualquer “estatal” tucana, é de fazer pena às aves emplumadas…

O psdb deveria se preocupar com o que vai se transformar depois de 2014: puro pó. Administrar o Brasil eles já mostraram que não sabem. Resta a eles espenear antes de sucumbirem à própria idiotice.

Helio Alves Pereira

É so perguntar aos acionistas da Petrobras se eles querem trocar as suas ações pelas da Ecopetrol…..

LEANDRO

É…realmente ele só falou bobagem….

“Ação da Petrobras despenca na Bolsa após queda nos lucros”

“Por volta das 13h, a ação ordinária (menos negociada, com direito a voto) tinha queda de 6,02%, cotada a R$ 17,01, a maior baixa da Bolsa. A ação preferencial (mais negociada) caía 1,5%, a R$ 17,73.”

RicardãoCarioca

Adivinhem qual é o assunto do Diário do Golpe, quero dizer, O Goebbels, em destaque hoje?

anac

A verdade gente é que os tucanos como bons traidores da patria não se cansam de tentar quebrar o Brasil pela quarta vez. Não bastasse o governicho de FHC que quebrou tres. Que se mantido no poder hoje estariamos pior que o Mexico importando comida e com a Estatal de Petroleo sofrendo desastres pela incompetencia do governo neoliberal que assaltou o pais Mexico a mando de seu senhor USA.A cara de pau dos tucanos e sabujos colonistas do PiG é tal que não obstante o MONUMENTAL FRACASSO do neoliberalismo no mundo e com os USA e Europa sofrendo enorme crise economica eles ainda querem ditar regras. É acreditar que so tem otario e sabujos no Brasil.

anac

No final, Aecim nos deu razão, a privatização dos tucanos foi um verdadeiro crime de lesa patria. A estatal de petroleo Venzuelana é prova disso. Um governo serio e honesto como o de Chavez administra muito melhor que um bando de acionistas privados preocupados apenas com o lucroA PETROBRA, cujas ações foram lançadas na Bolsa pelos tucanos em um inicio de privatização, é obrigada a dar satisfação aos seus acionistas privados portanto o governo do PT não tem ingerencia total sobre a adimistração.

Domingos

Simples, os tucanos querem vender o resto do patrimônio público brasileiro, ou seja, Estado mínimo.

ademar

como é dificil p/se aproximar de lula,aécio montou seu falatorio em cima de uma reportagem,tentando passar-se de genio,mais recorreu a lampada enprestada,e não convenceu,qto a suas noites de boemio no rio,uma é ser boemio,outra é pagar pra ser boemio

Mardones

Um dos problemas do Aócio é o etilômetro. O Outro é a Andréa Neves. Ha ainda o seu patrimônio. E o cadáver de uma modelo.

De Paula

Teria escrito em estado “ebrionário”(quando se bebe cedo demais)?

ma.rosa

Valeu o artigo, muito boa a charge. QUE VERGONHA AÉCIO NEVEEEEEEEEEEEEEEEEER, QUE VERGONHA!!!!!!!

Francisco

O articulista é generoso com o “carioca”.

Aécio é desonesto, simples assim.

Pegou um texto em idioma não dominado pela maioria dos brasileiros e censurou o que não sustentava suas teses.

Na área acadêmica, isso é desonestidade intelectual.

O contorcionismo liberal dos tucanos é merecedor de tratamento mental.

Esculachar a Petrobrás por ser estatal, comparando-a com outra empresa que é mais estatal ainda é coisa para Kafka.

Já pensou isto no poder?

Já pensou isto e mais a Globo no poder?

Roberto Locatelli

Ôpa, a Ecopetrol é 80% estatal e ultrapassou a Petrobras? Então, é hora de reestatizar totalmente a Petrobras para que ela ultrapasse a Ecopetrol.

Nielsen Holland

o que o sr. Aócio aébrio aético never escreve não se leva em conta, embora se leia( até pra provar que ele não prova nada…). Parece um tolo clamando num deserto…deserto de gente a dar importância às incoerências e ao beisteirol apresentados por ele.

Giordano

Daí, se pode imaginar o risco e o desastre que um idiota desses poderia causar ao Brasil, se por acaso chegasse a ganhar a presidência da república.

Djijo

Resumindo, Aécio não leu a matéria, ouviu opiniões de aliados e tascou suas verdades.

Pedro

Tenho dito que a ironia talvez seja a melhor arma contra a burrice. E Aécio é burro. Sabe por que? Porque, neste mesmo momento em que ele, portavoz da boa ética, está cometendo este crime, esta mentira deslavada, outro aécio, esse colombiano, privatista como esse mineiro bobo, talvez esteja falando dos sucessos da nossa Petrobrás para desmoralizar a deles. Possivelmente, como o aécio de lá, o de cá está querendo para a nossa felicidade algumas bases americanas, dessas que nos defendem contra o mal. Uma pergunta a você, Aécio: você acha mesmo que os seus amigos vão te deixar chegar a ser presidente da República? Burrice tem limites.

Marat

Aécio é só bafo… Nada que um bafômetro não denuncie! De resto, ele segue as seguintes cartilhas:
– Faça o brasileiro sentir-se um vira-latas;
– Faça o brasileiro querer ser caudatário dos tubarões especuladores;
– Minta, sofisme e tergiverse (um dos oráculos do PSDB);
– Tente desconstruir tudo o que não seja neoliberal;
Por fim… o playboy Aécio não tem credibilidade… talvez ganhe alguns votos em MG e na parte mais racista de SP e do RJ… apenas isso. Ele é apenas mais um insignificante preposto do capital internacional!

Emanuel Cancella

Em defesa da Petrobrás, dos petroleiros e do Brasil

A Petrobrás não aumentava o preço de derivados de petróleo para os consumidores desde 2005. Nenhuma empresa prestadora de serviços e de produtos faz isso pelo país. Ao contrário, todas elas já garantem em contrato pelo menos o repasse da inflação prevista no ano. A maioria vai muito além da inflação. Inclusive os ônibus, cujo principal insumo é o diesel, que permaneceu com preço congelado nos últimos cinco anos, têm o hábito de reajustar os preços anualmente e acima da inflação.

Para a Federação Nacional do Petroleiros (FNP) não deveria haver aumento dos combustíveis. A federação defende que o governo reveja a formatação dos preços. Por exemplo, o posto de gasolina ganhar oito por cento de remuneração por litro vendido é um absurdo. Nenhuma aplicação financeira dá esse retorno. Antes do reajuste, a Petrobrás vendia a gasolina a R$ 1,05 na porta da refinaria para as distribuidoras que revendiam o produto nos a não menos que R$ 2,80: todo o excedente é cobrado do consumidor na forma de imposto para União, estados e municípios.

Esses percentuais deveriam ser revistos inclusive para gerar recursos financeiros para a Petrobrás, que depois de 13 anos de sucessivos recordes de lucros e de produção teve prejuízo no último trimestre. A revisão dos preços dos combustíveis poderia até reduzir o preço do diesel para o transporte coletivo, pois o cidadão já gasta em mobilidade urbana, na ida e volta do trabalho, metade de um salário mínimo. Além disso, te preciso rever o preço do gás de cozinha. No interior do Brasil, muitas donas de casa de baixa renda já substituem o gás de cozinha pela lenha e o carvão, em virtude do preço do botijão de gás.

Aumentar simplesmente o preço da gasolina e do diesel como fez o governo vai fazer subir o custo de vida da população já que, infelizmente, a maioria do transporte de passageiros é rodoviário assim como o frete de alimentos. Com esse aumento ganham os acionistas e os empresários do setor e quem paga a conta é a sociedade.

Por outro lado, a Petrobrás não pode ser sacrificada. Os incentivos que facilitaram a compra de automóveis aumentaram os prejuízos da empresa que já estava arcando com perdas, ao repassar a gasolina, com o preço congelado, algumas vezes sendo forçada a importar a preços de mercado, até ajustar-se à nova demanda.

Também é preciso entender que o prejuízo da Petrobrás não é conseqüência apenas da defasagem entre o custo de produção e o preço congelado. É fruto de uma grande armação contábil para justificar, o aumento dos combustíveis, os leilões de petróleo e a nova modalidade de traição dos interesses nacionais, o desinvestimento, criado pela presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster, e também para justificar a diminuição da PLR dos petroleiros em 60%.

Os acionistas não podem, por lei ter seus dividendos diminuídos, a alta administração da companhia como sempre vai ganhar bônus milionários e a maioria esmagadora dos trabalhadores da Petrobrás assim como a sociedade mais uma vez pagam a conta.

    jaime

    Grave e preocupante o penúltimo parágrafo. A confirmar-se elimina a tênue diferença ainda existente entre o PSDB e o PT. Talvez por essas coisas é que há uma chamada hoje no 247 dizendo que ela não discrimina a oposição. É, não discrimina, não distingue, mas distingue os votos que podem vir daí. Acho que estamos fu…

Luis

Pessoal, anotem aí amanhã: jornalões vão destacar a queda de lucro da Petrobrás, de 33 para 21 bilhões. Há muito que o Aécio, ou seu ghost writer, escrevem uma bobagem qualquer, e os jornalões esticam o assunto para valorizá-lo. Seu artigo mentiroso, desta segunda na FSP, seria irrelevante, se não fosse esse “rodízio” midiático. DILMA: SE NÃO REGULAR, ESSA TURMA VAI TE DERRUBAR!

FrancoAtirador

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Interessante. A Ecopetrol é 80% estatal.

VIU, AÉBRIO NÉBULUS!

A ECOPETROL É OITENTA POR CENTO ESTATAL!

Por isso a empresa colombiana de petróleo,

sofre menos risco de ataques especulativos

dos espoliadores apátridas no mercado de ações.

Já a Petrobrás é 51% estatal e 49% privada,

graças a FHC e seu séquito de tucanalhas

que abriram o capital da empresa brasileira.

É o que também querem fazer agora com a EMBRAPA.
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    renato

    Grande!!!

marco araujo

Provavelmente o Aécio recebeu o texto de S. Paulo da sede do PSDB, o seja do instituto Teotonio Vilela. Se leu, não sabemos. O que ele faz a jogo de cena para os 5% de eleitores do seu partido. É importante para o PSDB onde estão os ricos da elite bem como para a mídia interessada em petrolíferas estrangeiras no brasil, falar mal da petrobras, desistabilizando a empresa de forma a facilitar ataques especulativos no mercado.

As críticas do senador Aécio à Petrobras e uma resposta | PapoCatarina

[…] As críticas do senador Aécio à Petrobras e uma resposta 04/02/2013 17:48:07Enviado por PapoCatarina TweetPublicado por: Viomundo […]

sergio m pinto

Aécio entende muito de cambalear e de cair do cavalo. Fora disso, tem que copiar parte de textos de outros para tentar marcar uma posição.

JULIO/Contagem-MG

Hum!!!! de Colombia, ele entende muito, Cali, Medelin, tem alguma coisa que ele aprecia muito…

Apavorado por Vírus e Bactérias

Parafraseando um dilema de outrora, o Tucano é um bicho sinistro. Quando os pais passarinhos saem do ninho para buscar comida aos filhotes, o tucano ataca esse ninho e engole o futuro. Esse comportamento tucano está acabando com o Brasil.

Só que nossos tucanos do aparelhamento são gafanhotos, aqueles das pragas bíblicas. Eles arrazam com tudo. E depois ainda malham o que está dando certo, na tentativa de resgatar o que não lhes pertence mais.

Fabio Passos

putz!
aécio não é mais do que um filhotinho de fhc…
Esta direita estúpida continua repetindo os mantras neoliberais que arrasaram o Brasil durante a roubalheira privata de fhc.
E os vadios do PiG, os maiores entreguistas do Brasil, aplaudem políticos toscos como aécio. rsrs

Vai vender a tua mãe, aécio privata!

Pelika

Muita gente, até de seu partido diz que é… Ninguén guenta papo de bebun.

Indio Tupi

Aqui no Alto Xingu, os indios informam que a capitalização de mercado de uma empresa não tem nada a ver com seu valor real, efetivo, e, desde o século XIX, sabe-se que que ela contitui puro capital fictício para usarmos a clássica expressão de Marx — eis que, o valor do capital é constituído pela força de trabalho empregada na produção (capital variável) e pelos ativos fixos (capital constante. De outra parte, a artificialidade da capitalização de mercado pode ser comprovada quando grande parte dos acionistas vendem suas ações no mesmo momento, fazendo os preços desabarem, aliás como caíram cerca de 70% nos mercados mundiais quando da eclosão da recente crise de 2007, em que ainda vivemos, embora de lá para cá, a capitalização de mercado nas diferentes bolsas de valores tenha se recuperado algo, face, principalmente, aos vultosos esucessivos alívios quantitativos concedidos, principalmente, pelo Federal Reserve e o Tesouro norte-americanos,os quais, conjugados com as outras formas de auxílioa, subsídios e garantias financeiras, superaram os US$ 13 trilhões, com o que a dívida interna dos EUA é, hoje, superior ao PIB daquele país, quando, no início deste século era pouco superior a 40%.

Urbano

Aaaah… ele reclamou do ranking? Pensei que fosse da dosagem de álcool na gasolina… Engraçado é que com os tunganos doadores de bens alheios nem ranking nós teríamos para reclamar. Vai te catar aéreo never!

Jorge Zimbábue

Aécio: -Never!

Dialética

Depois do que foi dito pelo Cavalcanti sobre o preço da energia, Aécio deveria colocar a viola na sacola e viajar…

Cancão de Fogo

Esse Aécio não tem preparo para comandar o Brasil. Observem se existe alguma coisa marcante deixada por ele! O que se sabe é que gosta de uma birita (coisa que não critico porque também gosto, embora eu não seja homem público). Contudo critico sua forma escorregadia de ficar se escondendo pelos becos! Venho dizendo há muito tempo que esse discurso da oposição, baseado somente em criticas amplificadas pela mídia, é de uma insustentabilidade a toda prova. É preciso mudar para um discruso propositivo. Reconheçam o desenvolvimento do país nos últimos anos, digam que podem fazer mais e melhor, mostrem como podem fazer melhor com clareza, dessa forma podem ser que consigam chegar ao poder, uma vez que essa é a única forma de atuação dentro do processo democrático. Se ficar criticando e esperando chegar ao poder através dessa mídia que todo dia perde leitores e assinantes para internet, assim como esperar um golpe paraguaio/hondurenho do STF, vão, com certeza, dar com os burros n´água!

Nilton

Esse cara é tão enrolão quanto o o seu concorrente tucano, aquele que é o maior “jestor” do Brazil com “Z”.
Estamos literalmente roubados, caso essa direita entreguista volte ao poder.
A reportagem do Minas Sem Censura deixa ver a cueca do senador mineiro. Muito boa.
Parabens e abraços.

Francisco Antonio da Silva

Quem quiser saber mais a respeito desta “insolente figura” chamada Aécio Neves, peço desculpas ao Azenha pela propaganda, é só acessar o site novojornal que está funcionando censurado pela “justiça mineira” a qual o “senador” controla.

Baiano

E eu ainda tenho de ouvir dos leitores da Veja e telespectadores da Globo que o PSDB é a solução para o Brasil.
Também o PT fez um monte de bobagens e utilitou toda a “tecnologia” pervesa da tucanada.

    Francisco Antonio da Silva

    Por isso elegeram o ACM Neto, o famoso “grampinho”. Um erro não conserta o outro, caro Baiano.

ZePovinho

http://aecionevesnao.blogspot.com.br/2010/11/aecio-neves-paga-divida-do-pig-rede.html?spref=tw

Aécio Neves paga a dívida do REDE Globo
Governador de Minas Gerais, Aécio Neves, paga US$ 269 milhões de dívidas da Rede Globo de Televisão na compra da Light
Conforme noticiado pelo Novo Jornal, o governador Aécio Neves na montagem de um esquema capaz de alavancar sua candidatura à Presidência da República vem utilizando, sem qualquer fiscalização, o patrimônio público de Minas Gerais. Isto porque tem contado com a omissão de parte da Assembléia Legislativa e da alta direção do Ministério Público mineiro.

Após utilizar-se das ações da Copasa, conforme matéria publicada pelo Novo Jornal em 19 de dezembro de 2006, intitulada “Aécio vende Copasa e investe no Rio”, transferindo para a empresa Capital Group International Inc., pertencente ao mesmo grupo econômico da Editora Abril e Folha de S. Paulo R$ 800 milhões em ações da Copasa agora através da Cemig monta a empresa RME – Rio Minas Energia Participações S/A, sem qualquer autorização legislativa para compra da concessionária de energia carioca Light, transferindo para os fundos credores da Rede Globo, GMAM Investment Founds Trust I, Foundations For Research, WRH Global Securities Pooled Trust, um crédito em ações de US$ 269 milhões, através do pagamento feito a maior que a quantidade de ações adquiridas na Bovespa pela RME – Rio Minas Energia Participações S/A, na operação de compra.

Este detalhe só é percebido se verificado o constante na folha 4 – II do parecer nº 06326/2006/RJ da Secretaria de Acompanhamento Econômico, do Ministério da Fazenda, que analisou e aprovou a transação. Lá consta que a RME-Rio Minas Energia Participações S/A adquiriu 75,40% da Light, embora tenha comprado e pago 79,57%, inclusive é esta a quantidade de ações constantes nas atas da Cemig que autorizaram a compra assim como é informado no próprio site da Light.

Esta diferença aparece apenas como uma operação (escrituração no pregão da bolsa) e só foi possível devido a diferença entre avaliação patrimonial da empresa (valor real com deságio) e o valor pago.

Trata-se, mais uma vez, da utilização da desonesta operação do “pagar a maior”, algo vulgarmente utilizado pelas empresas particulares para esconder ou desviar lucros, onde se compra nota fria.

Na compra da Light pela RME – Rio Minas Energia Participações S/A a contabilidade da operação da bolsa maquiou a fraude. Neste caso específico foram utilizados profissionais conhecidos no mercado de capitais pelo alto conhecimento neste tipo de jogada.

Além da Cemig ter constituído em sociedade com outras empresas particulares a RME – Rio Minas Energia Participações S/A sua participação é de apenas 25%.

A irregularidade na constituição da empresa é tão grande e insanável que a Junta Comercial e a Receita Federal, que fornece o CNPJ, não conseguem explicar como isto ocorreu, prometendo pronunciar-se só depois de uma profunda e detalhada investigação.

O que era para não deixar rastro acabou comprometendo toda operação, pois os credores da Rede Globo já tinham ajuizado um pedido de falência contra a empresa em Nova York, nos EUA. Desta forma, o pagamento da dívida teve que ser feita “por dentro da contabilidade da Globo”, o que acabou deixando rastro.

A certeza de impunidade do governador Aécio Neves é tão grande que ele aceitou a entrega da direção financeira da Light ao ex-presidente da empresa holding do grupo de comunicação Globo, Ronnie Vaz Moreira.

Esta e outras operações praticadas no “Novo Mercado” da Bovespa vem despertando a atenção da Receita Federal e de organismos financeiros internacionais que a início identificam o mesmo como uma grande lavanderia de dinheiro público.

A Justiça americana está pedindo explicações da origem do dinheiro utilizado pela Globo para pagamento do pedido de falência. Desta forma, é bem possível que o escândalo exploda de fora do Brasil para dentro, impedindo que o mesmo seja abafado. Evidente que esta é uma remota possibilidade, pois envolvidos nesta operação estão a estrutura de poder nacional e internacional.

O prejuízo do patrimônio público mineiro não para por ai. A Cemig assumiu na compra da Light uma dívida de US$ 1,5 bilhão.

Para realizar esta operação a elite da corrupção e da comprovada desonestidade do mercado de capitais foi escolhida pelo governador Aécio Neves para integrar a alta direção da Light. Basta citar os seguintes membros do conselho de administração da empresa: Ricardo Coutinho de Sena, diretor da concessionária Ponte S/A, denunciado pelo Ministério Público e processado na Justiça Federal de Niterói, estado do Rio de Janeiro, por simulação de empréstimo de US$ 9.500,000 milhões em paraíso fiscal das Bahamas, avalizado pela Construtora Camargo Correia, para remessa irregular de lucros para o exterior, conforme apurado pela Comissão de Fiscalização financeira da Câmara Federal.

Aldo Floris, conhecido no meio financeiro pela capacidade de fraudar preço de ações como no golpe que deu um prejuízo ao Bank of América no valor de R$ 185.000.000 ,00 milhões enviados irregularmente para fundos off-shore no exterior, conforme relatório da Receita Federal, por solicitação da Justiça Federal de Nova York. Este mesmo expert do mercado financeiro simulou uma carta de crédito de R$ 1 bilhão, na privatização da Telemar, conforme apurado no processo da Polícia Federal, que indiciou os dirigentes da Previ por crime na privatização do setor de telecomunicação em 1998, auge do governo tucano.

Gilberto Sayão da Silva, dirigente do conhecido Banco Pactual, onde em uma de suas menores práticas irregulares no mercado financeiro foi indiciado pela CVM, Processo Administrativo nº CVM RJ2005/3304.

Como se não bastasse, tem ainda acento neste conselho o ex-governador do Rio de Janeiro, ex-presidente do Banco do Estado da Guanabara e ex-ministro de Sarney, Raphael de Almeida Magalhães, eterno elo de ligação entre a família Neves e os Associados, pois seu pai Dario de Almeida Magalhães dirigiu a sede carioca dos Diários Associados quando Tancredo era presidente do Banco do Brasil, além de ter dirigido também o jornal Estado de Minas.

Como demonstrado, Aécio Neves montou um verdadeiro “esquema” na Light, especializado na prática de fraudes no mercado de capitais, como a cometida para pagar a dívida da Rede Globo de Televisão.

A montagem da empresa RME – Rio Minas Energia Participações S/A para a aquisição da Light por Aécio não aconteceu apenas para pagar esta dívida. Ela foi estratégica, pois ele estava impedido de fazer certas jogadas no setor energético através da Cemig porque ela é uma empresa estatal e, desta forma, sujeita a uma legislação mais rigorosa.

Sem dizer que qualquer movimentação maior na empresa poderia ser, porque não é fiscalizada pela Assembléia Legislativa de Minas Gerais, Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado. Agora ele poderá fazê-lo sem dar qualquer satisfação a estas instituições.

Ocorre que Aécio cometeu um erro intransponível, porque a Cemig para associar-se em uma empresa de capital aberto como foi o caso da RME – Rio Minas Energia Participações S/A, ela teria que ter tido uma autorização da Assembléia Legislativa, o que ainda não ocorreu. A verdade é que os deputados mineiros não estão acostumados nem preparados para lidar com o profissionalismo da equipe montada por Aécio Neves.

A contrapartida

As negociações desenvolvidas para quitação da dívida da Globo no exterior foram feitas através do ex-presidente da Globo S/A, Ronnie Vaz Moreira, e incluem a posterior transferência e entrega da NET para que o grupo de Aécio Neves possa juntamente com a construtora Andrade Gutierrez, via Telemar, que adquiriu recentemente a Way, e uma série de empresas concessionárias de serviço a cabo do interior mineiro, montar um novo grupo de Comunicação, tendo como geradora local de programação a TV Alterosa.

A certeza da impunidade e de qualquer questionamento traz à tona uma situação escandalosa. Ou se não é escandalosa, como explicar que o principal executivo da Rede Globo, um conglomerado de empresas nas quais existem profissionais como o apresentador Faustão, que ganha mensalmente mais de R$ 1.000.000,00, onde apenas um comercial de 30 segundos em rede nacional no horário nobre custa em torno de R$ 180.000,00, possa largar seu emprego que, segundo versões do mercado, rendiam-lhe quase R$ 800.000,00 por mês fora participações, para assumir a diretoria financeira da Light ganhando R$ 11.000,00 por mês.

O valor total da negociação entre Aécio Neves e Rede Globo chegou a mais de US$ 1,5 bilhão, levando em conta o valor da dívida da Light assumida pela Cemig.

A negociação é tão perdulária que além do valor pago e de ter assumido R$ 1,5 bilhão de dívidas à Cemig, forneceu para a Light em 2006 energia no valor de R$ 399 milhões, conforme Balanço da Light de 2006, “notas explicativas”, Nota 16. E o pior. Sabem quando a Cemig receberá o pagamento? Em dezembro de 2013.

Esta prática sem dúvida criminosa está descapitalizando a Cemig e capitalizando a Ligth. Em português vulgar, a Cemig está passando por baixo do pano dinheiro para a Light.

Não estamos falando de uma transação desonesta entre duas empresas particulares. Estamos falando de uma empresa estatal, que representa o fornecimento para Minas de um insumo estratégico.

Realmente, tem que ser feitas as seguintes perguntas.

Onde está o Ministério Público Estadual e Federal?

Onde está a Polícia Federal?

Onde está o Ministério das Minas e Energia, a ANEEL?

Onde está a Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça?

Onde está a Assembléia Legislativa de Minas Gerais?

Onde está a Câmara Federal?

Onde está o Senado?

Onde está o Tribunal de Contas de Minas Gerais e o da União?

Voltemos ao assunto. Para dar seqüência ao “acordo” e viabilizar as futuras operações financeiras, para promover os demais pagamentos, o ex-presidente da Holding da Rede Globo, Ronnie Vaz Moreira, largou o cargo de maior poder no Brasil, depois da Presidência da Republica, transferindo-se estrategicamente para uma simples diretoria Financeira da Light, para ganhar uma remuneração mensal de R$ 11.000,00.

Como dito anteriormente, só este fato em outros tempos seria capaz de derrubar o governo, porém atualmente com o comprometimento das instituições das diversas esferas e instâncias do Poder com a corrupção, poucos estão dispostos a enfrentar o maior império de comunicação existente atualmente no país.

A renegociação da dívida da Rede Globo com seus credores estende-se por quase cinco anos, período igual ao que Aécio imagina ser necessário para chegar a Presidência da República e por conseqüência conseguindo neste período da rede de comunicação seu silêncio e cumplicidade.
O que diz a Cemig

A nota divulgada pela assessoria de imprensa da estatal mineira em resposta à consulta feita pela reportagem do Novo Jornal é a seguinte:

“Para a Cemig participar de leilões, consórcios ou compra de ativos (como é o caso da compra da Light), a empresa não precisa de nenhuma lei para isso, mas sim a autorização do Conselho de Administração da empresa. A proposta é enviada pela Diretoria ao Conselho de Administração, que é presidido pelo Brumer, que autoriza ou não a compra”.

É verdade que para comprar ativos a diretoria da empresa necessitaria apenas de autorização do Conselho de Administração, do qual fazem parte o pai do governador e o sogro de sua irmã.

Porém, a reunião do Conselho de Administração de 24/03/2006 autorizou apenas a compra das ações da Light pela RME – Rio Minas Energia Participações S/A, CNPJ 07.925.628 /0001-47. O que se discute é a falta da autorização legislativa, exigência constitucional para criação da referida empresa, que tem como sócio a JLA Participações S/A, constituída exclusivamente para participar da RME-Rio Minas Energia Participações S/A, conforme relatório da secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, de propriedade do Liberal International Limited, sociedade constituída em Bahamas e a Pactual Energia, que é uma sociedade controlada por um fundo de investimento estrangeiro denominado Pactual Latin América Power Fund Limited, gerido pelo Pactual Banking Limited, instituição financeira com sede em Cayman, assim como Bahamas, paraíso fiscal e sede do maior centro de lavagem de dinheiro do mundo.
Para o mercado financeiro americano a empresa Liberal International Limited, que possui diversos imóveis e empreendimentos em seu nome, em inúmeros locais do país, seria administrada pelo secretário de Governo, Danilo de Castro, que, em última análise, estaria representando o governador Aécio Neves.

Na verdade, a relação entre os dois confunde-se com a relação entre PC Farias e Fernando Collor de Mello. Um jornalista do Washington Post publicou, no final do ano passado, uma nota a respeito, comentando este fato.

Na verdade, o referido jornalista jogou a isca para que Aécio Neves o interpelasse, permitindo que fosse argüido “exception of the truth”, único dispositivo aceito nos paraísos fiscais como motivo para quebra de sigilo de contas e operações financeiras ali realizadas.

Se esta versão corresponde à verdade, não podemos afirmar. Porém, nem a Cemig e os demais sócios da RME-Rio Minas Energia Participações S/A informaram quem era o verdadeiro proprietário do Liberal International Limited.

Para esclarecer esta dúvida, bastaria que a Cemig ou a Light trouxesse a público estas informações, que independente da vontade das empresas, em breve, serão divulgados pelo relatório da Comissão Especial do Senado Federal americano, criado para apurar a lavagem de dinheiro internacional.

Novo Jornal já tinha a autorização para disponibilizar o link contendo o relatório parcial que comprovasse a versão do mercado financeiro americano, quando fomos comunicados que a direção do Senado americano decidiu que o mesmo deveria ser retirado do site da comissão. O relatório final deverá ser concluído até julho deste ano.

E mais. A decisão do Conselho de Administração da Cemig foi para compra de 88,84% das ações da EDF International, que na Light correspondiam a 79,57% de suas ações. Ao contrário, apenas 75,40% vieram para a RME – Rio Minas Energia Participações S/A. A diferença de 4,17% representam as ações que ficaram em poder de EDFI para serem negociadas em Bolsa, conforme citado no início da reportagem, para pagamento do restante do débito da Rede Globo de Televisão.

Na verdade, montou-se um projeto de engenharia mobiliária para apropriar-se do dinheiro público, permanecendo a Cemig como minoritária. Não tendo qualquer poder de decisão. Tanto é verdade que se repete o ocorrido quando a própria Cemig não admitiu no governo Itamar Franco qualquer decisão da minoritária Southern Eletric Brasil Participações Ltda.

A fraude praticada é tão gigantesca que no comunicado feito por Andrade Gutierrez à Bolsa de Valores em 29/03/2006 dizia que a RME Minas Energia Participações S/A estava em constituição, como poderia o Conselho de Administração da Cemig ter decidido que a empresa participaria da RME Minas Energia Participações S/A se naquela data a mesma não existia constando em seu CNPJ como data de abertura 28/03/2006.

Fica difícil para a empresa RME-Rio Minas Energia Participações S/A explicar como comprou 79, 57% e só recebeu 75, 40%. Isto em uma operação de Bolsa no valor de US$ 2 bilhões.

Pedido de auditoria

A Comissão de Meio Ambiente e Recursos Naturais da Assembléia Legislativa de Minas Gerais aprovou no dia 20 de dezembro de 2006 requerimento de autoria do deputado estadual Laudelino Augusto (PT) pedindo que seja encaminhado ofício ao Tribunal de Contas de Minas Gerais (TCMG) para a realização de auditoria nas contas da Cemig.

O deputado solicitou o exame da arrecadação de receitas públicas e execução de despesas, de outros atos de gestão de repercussão contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, praticados pelos seus administradores nos últimos cinco anos, considerando a legalidade, economicidade, eficiência e demais princípios constitucionais.

Comentário: como dissemos na edição anterior, uma voz firme, objetiva, sem distorcer a realidade, como vem sendo feito de forma generalizada — as exceções são exceções — na grande mídia, surgiu em Minas, o Novo Jornal. Finalmente, o governo Aécio vai sendo desmascarado. Além do escândalo dos investimentos feitos na Light, realizados à revelia da Assembléia Legislativa e, portanto, da sociedade mineira, Aécio tem explicar publicamente o que está feito com a Copasa. Outro escândalo que envergonha a imprensa mineira, completamente omissa em sua função social de noticiar os fatos que interessam ao povo mineiro. Ninguém da propalada grande mídia mineira dá um pio sobre esses assuntos. Será por quê? Alguma justificativa há.

Enquanto o tucano Aécio faz das suas aqui em Minas, o outro, o tucano paulista José Serra, também esconde a verdade — um buraco do tamanho de uma cratera — sobre as irregularidades do Metrô paulistano. Isso tudo, senhores, com a conivência, com o caradurismo da mídia nacional, Globo, Folha de S. Paulo, Estado de São Paulo e companhia limitada e ilimitada. Blindaram o homem com a maior cara-de-pau. Estão fazendo com Serra agora, como fizeram antes com ele mesmo na eleição pra governador, como fizeram com Alkmin durante todo o processo eleitoral passado. Essa imprensa que se diz imparcial e isenta (é preciso saber de quê e de quem), se transformou em mais um partido que defende os interesses das classes dominantes brasileiras. E como não deu pra emplacar o Alckmin em 2006 e Serra em 2010 já trabalham para emplacar Aécio em 2014. Essa é a lógica com que trabalham.

    Arlete

    Parabéns por informações e análises tão esclarecedoras. Este aecim e sua corja são uns corvos que precisam ser extintos de nosso Brasil. Dão nojo!!!! E, uma pergunta: BARBOSA VAI FAZER O QUÊ?

jaime

O país passou décadas sendo embalado pelo discurso monocórdio de que tudo o que é Estatal e/ou público é automaticamente ineficiente. Isso não resiste à mais ligeira análise de FATOS, agora o fato é que na mão de um governo privatista todo o esforço será feito para que o público/estatal seja mesmo ineficiente. Em qualquer site, em todas a redes sociais, é ato reflexo dizer que o que é público é ruim e isso é reflexo direto da mídia, por isso, está de parabéns o Viomundo por fazer este contraponto. Mas a mídia alternativa (todos os sites de esquerda) precisam assumir um papel de protagonistas nesse jogo e não apenas ficar na defensiva, repercutindo opiniões e notícias da direita. É preciso colocar a direita na defensiva e produzir as notícias, ao invés de ficar sempre correndo atrás para rebater – atitude que às vezes só faz é dar maior relevância ao que não se quer. Não é cabível lutar por uma liberdade de expressão para apenas contradizer o que a “grande mídia” produz.

RicardãoCarioca

Deve ter sido a irmã que escreveu esse texto. Não vejo o Aético Never ter intelecto para conceber redações.

No mais, só está ajudando o povo a vê-lo como defensor das privatarias.

José Ricardo Romero

É notório e amplamente conhecido que o Aécio não lê nada. Fica claro também que ele maneja com desonestidade o “control C control V”.

Gerson Carneiro

Notório que a preocupação do Aécio com a Petrobras não passa de uma imaginária possibilidade de falta de alcool.

Em seu delírio, o minino do Tancredo não sabe que aquele outro alcool é produzido em alambiques.

Quanto à menção “a saúva do aparelhamento partidário pode acabar com o Brasil” recomendo-o fazer o favor, quando estiver sóbrio, de dá esse conselho para o seu amiguinho Geraldo Alckmin, não sem antes ler isso aqui:

“PSDB distribui cargos para fragilizar palanques de Dilma pelos Estados”
26/01/2013

http://www1.folha.uol.com.br/poder/1220813-psdb-distribui-cargos-para-fragilizar-palanques-de-dilma-pelos-estados.shtml

    Helder

    Hahahahahaha

Gilson Raslan

Qual pessoa minimamente intgeligente acredita nesse play boy carioca e eventualmente senador mineiro?

Julio Silveira

Uma das, cada vez menos, coisas que tenho em comum com essa turma petista é a certeza de que essa turma tucana é nociva ao país.
Até para suas inspirações buscam fontes estrangeiras(quando interessa) que de fato são as formadoras de seus juizos.
Essa turma preguiçosa e antinacional se pudedesse venderiam o Brasil para se dedicarem ao ócio remunerado.

Pimon

Nenhum analista de verdade analisa uma empresa pela sua cotação em Bolsa.
Se assim, CSN seria a mais fantástica siderúrgica mundial.
E ela não é… ao contrário.
A privatizada CSN (boss do filho de fhc) é um escárnio!

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