Antônio David: Sede de que justiça, Safatle? Ato falho

Tempo de leitura: 7 min

Antônio David, especial para o Viomundo 

Em seu mais recente artigo para a Folha de S. Paulo (24/09), Vladimir Safatle aborda o julgamento da Ação Penal 470 (“mensalão”) pelo STF. O mote do artigo reside na recente decisão tomada pela suprema corte, quando decidiu abrir a possibilidade de um segundo julgamento. Safatle lamenta a decisão.

Penso que Safatle deixa de lado em seu artigo algumas questões que são não apenas importantes para a justa compreensão do caso, mas que antecedem quaisquer afirmações sobre a decisão do STF e sobre o chamado “escândalo do mensalão”, de uma forma geral. Em primeiro lugar, em relação à recente decisão do STF: o duplo grau de jurisdição não deveria ser respeitado? Há justiça sem o direito a um duplo julgamento? Em segundo lugar, sobre o escândalo, a acusação e o julgamento de uma forma geral: o mensalão de fato existiu? Houve de fato compra de apoio parlamentar, tal como sustenta a acusação?

Não é difícil notar que se tratam de duas questões cuja resposta direciona o debate. Se a resposta for “sim”, o debate vai para um lado; se a resposta for “não”, vai para outro lado.

Como Safatle lida com tais questões? Não lida. O ponto é que Safatle as ignora. Simplesmente ignora. Na teia argumentativa de Safatle, é como se essas questões não existissem, como se não fosse necessário pensar sobre elas. Se ele as tivesse levado em conta, talvez o artigo teria tomado um outro rumo. Talvez um rumo inverso. Mas ele não o fez.

É provável que Safatle tenha partido do pressuposto de que o duplo grau de jurisdição não é tão importante, e de que, a despeito da carência de provas, o mensalão de fato existiu, ou seja, houve compra de apoio parlamentar. Se assim for, que fique claro: estaríamos diante de pressupostos. Não foram vocalizados, muito menos justificados.

Dito isso, a partir das afirmações contidas no artigo, gostaria de pontuar outras questões, que penso terem sido igualmente ignoradas por Safatle em seu raciocínio:

1) “A reação popular a isso foi mínima, o que parece demonstrar um descolamento entre o interesse popular e os desdobramentos do julgamento. Há de perguntar a razão”.

Qual é a razão? (Safatle não oferece respostas).

2) “Talvez fosse o caso aqui de lembrar que o resultado do julgamento foi inicialmente saudado como capaz de elevar o patamar jurídico de luta contra a corrupção”.

Saudado por quem? Considerando que a sociedade brasileira é profundamente desigual e de que o escândalo do “mensalão”, do qual o julgamento faz parte, foi claramente instrumentalizado no contexto das tensões e conflitos de classe existentes em nosso país, cabe perguntar: saudado por que classes ou frações de classe? E por quê? Com que interesses?

3) “Alguns acreditaram que, a partir dele, abria-se uma jurisprudência capaz de facilitar a criminalização de práticas cotidianas de assalto ao bem público. No entanto nada disso aconteceu”.

De que práticas cotidianas Safatle faz menção? O “assalto ao bem público” restringe-se a desvio de verbas públicas para pagamento de propina a parlamentares, ou envolve um sem número de outras práticas, muitas das quais consideradas lícitas? – como, por exemplo, o financiamento privado de campanha, ou os privilégios dos magistrados brasileiros, o fato de a classe média poder debitar do IR gastos com escolas particulares, ou o fato de os parlamentares disporem de um grande número de assessores e vultosa verba de gabinete, etc.

4) “Depois de julgada a fatia do escândalo envolvendo membros do governo e do Partido dos Trabalhadores (PT), era de esperar que a nossa suprema corte se voltasse com sede de justiça à outra ponta do problema, envolvendo os membros do PSDB e seus consorciados”.

Se a corrupção no Brasil é sistêmica e estrutural, se tem por base em última instância a abissal desigualdade econômica e social existente em nossa sociedade, o que pode a suposta “sede de justiça”? Como esperar “sede de justiça” do mesmo tribunal que validou a Lei da Anistia? Não está aqui uma atitude tão ingênua e moralista quanto constatar que o problema do Brasil é a “falta de vontade política”? E se, numa situação hipotética, a elite brasileira realmente tivesse “sede de justiça”, contra quem essa “sede” seria dirigida? Não poderia voltar-se contra tudo e todos que ousam questionar e lutar? Não poderia voltar-se inclusive contra ele próprio, Vladimir Safatle? Acaso não reside numa certa “sede de justiça” a militarização da sociedade? Acaso não reside numa certa “sede de justiça” propostas como a redução da maioridade penal e a pena de morte? Antes, a expressão “sede de justiça” não seria uma contradição em termos?

5) “Esta seria uma bela maneira de mostrar que os juízes não estavam agindo motivados pela mera felicidade de se transformarem em celebridades midiáticas, mas por um desejo imparcial e apartidário de justiça. Ao que parece, eis aí um ledo engano. Senão como explicar a lentidão inacreditável e a peculiar discrição que marcam o julgamento do outro lado do escândalo (alguém realmente lembra dele)?”.

Não haveria nenhuma outra motivação possível além das duas cogitadas por Safatle (a “felicidade de se transformarem em celebridades midiáticas” e o “desejo imparcial e apartidário de justiça”)? Compromissos ideológicos e políticos não poderiam ser motivações a orientar a conduta dos magistrados? Poderíamos esperar um “desejo impessoal e apartidário de justiça” no julgamento de uma Ação Penal que nasceu justamente de um desejo pessoal e partidário de combater um partido e um governo? Como nasce um desejo dessa natureza, um “desejo impessoal e apartidário de justiça”?

6) “Na verdade, quem mais ganharia com um desfecho completo do problema do mensalão seria uma esquerda brasileira renovada. Pois ela conseguiria se livrar da chantagem dos que procuraram transformar toda tentativa de julgar os erros e a corrupção de certos grupos governistas em luta ideológica”.

“Erros”?! O STF está julgando “erros”, em abstrato, ou determinados crimes? Ao falar em abstrato de “erros”, Safatle está se referindo a que exatamente? Caixa 2 – como sustenta a defensa? Ou compra de votos – como sustenta o Ministério Público Federal? Há provas de que houve compra de votos? Se não há provas, não estamos afinal assistindo a uma verdadeira luta ideológica? Há alguma chantagem na constatação de que não há provas, ou a chantagem está exatamente em instrumentalizar um julgamento para atacar adversários políticos, ignorando solenemente o fato de que estes estão sendo condenados não por “erros”, mas por crimes para os quais não há provas? Aplaudir um julgamento que condenou ex-dirigentes do PT e ex-membros do governo por formação de quadrilha e compra de votos, sem que houvesse provas de que houve compra de votos, não é exatamente tomar parte na luta ideológica?

7) “Ela também poderia ver selado o reconhecimento de que os dois maiores consórcios de poder dos últimos 20 anos tinham se afundado nas mesmas práticas, o que colocaria de maneira mais evidente a necessidade urgente de rever os impasses reais que corroem a carcomida política brasileira. Entretanto, mais uma vez, nada disso aconteceu”.

Quais práticas, exatamente? Todas as práticas são “as mesmas”? Absolutamente tudo? Quais são os “impasses reais” e como exatamente o “reconhecimento” de que PT e PSDB “[afundaram-se] nas mesmas práticas colocaria de maneira mais evidente” a “necessidade de rever” tais impasses?  E colocaria para quem? Para todos? Para os trabalhadores tanto quanto para a classe média?

8) “Que ao menos fique a lição de que nenhuma nova invenção democrática neste país será possível sem um processo amplo, geral e irrestrito de combate à corrupção, no qual o último mensaleiro petista será, enfim, enforcado nas tripas do último mensaleiro tucano”.

Nenhuma nova invenção democrática será possível sem que o STF julgue e condene em definitivo os acusados? Não houve nenhuma nova invenção democrática nos governos Lula e Dilma? Nenhuma? E por que usar a palavra “mensaleiro”? Será que essa palavra não surgiu exatamente para estigmatizar o partido e o governo que, com todas as limitações e contradições, levaram a cabo exatamente esforços de invensão democrática?

Por fim, se o objetivo é promover uma nova invensão democrática e o combate à corrupção, o caminho é o da estigmatização (“mensaleiro petista”), tal como fazem certos articulistas da imprensa brasileira, conhecidos exatamente pelo grau da vulgaridade e reacionarismo de seus comentários?

Sem dúvida o PT e membros do governo cometeram e têm cometido erros, muitos erros, e erros muito graves. Mas os erros são políticos e devem ser julgados politicamente: pelo povo, nas ruas e nas urnas; pelos filiados do PT, nas instâncias do partido; pela esquerda e pelos intelectuais, através dos meios de que dispõem. Ao STF, não cabe julgar erros, mas crimes, devidamente tipificados e comprovados sob rígido processo, na base do amplo direito de defesa.

Ora, ao constatar que o STF está na verdade “julgando erros”, não estaria Safatle como que confessando tratar-se não de um julgamento técnico, mas exatamente de um evento midiático? Vou além: se um intelectual de esquerda vê o STF “julgando erros” e aplaude, quando na verdade é a própria esquerda que deveria julgar os erros do PT e do governo, não estaria a esquerda terceirizando para o judiciário uma tarefa que ela, esquerda, deveria fazer? Ao aplaudir o STF “julgando erros” do PT e do governo, não estaria a esquerda como que assinando um atestado de incompetência? O emprego, por Safatle, da expressão “julgando erros” soa como um ato falho.

Caberia ainda indagar: ao tomar parte no debate dessa maneira – negando aos acusados um direito fundamental, a saber, o duplo grau de jurisdição, negando aos acusados a presunção da inocência, ignorando o fato de a acusação e o julgamento terem sido montados com base numa esdrúxula interpretação da “Teoria do Domínio do Fato” e de que não há provas contra os acusados, valendo-se de estigmas (“mensaleiro”) e de frases de efeito que mais servem para massagear o ego de personalidades autoritárias do que em promover a justiça (“/…/ no qual o último mensaleiro petista será, enfim, enforcado nas tripas do último mensaleiro tucano”) -, enfim, ao construir seu argumento dessa maneira, não estaria ele, Safatle, dando uma pequena contribuição para a transformação de um julgamento, que deveria ser técnico, em um evento midiático? – o exato oposto do que ele, Safatle, supostamente almeja.

Ou, de outro modo, se a preocupação de Safatle é a promoção de uma “esquerda renovada”, cabe indagar: o escândalo do mensalão, do qual o julgamento faz parte, com seus casuísmos e estigmas, tende a fortalecer uma esquerda renovada ou, na verdade, uma direita renovada?

Antônio David é pós-graduando em filosofia na USP e mantém uma página no Facebook para divulgação de pesquisas e análises sobre o Brasil.

Leia também:

Lembo: Como nos juízos medievais, denunciados foram expostos à execração pública

Ives Gandra: José Dirceu foi condenado sem provas


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Comentários

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Carlos J. R. Araújo

Safatle é mais um daquela espécie de intelectual que um sociólogo francês denominou de “intelectual de boutique”, qual seja aquele cujas atitudes e opiniões são fruto de uma lastimável vaidade pessoal e, o pior de tudo, que visa apenas os próprios interesses. Um hipócrita.

FrancoAtirador

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A construção ficcional do ‘Mensalão’,

pela Mídia, no imaginário popular,

foi de dar inveja em Joseph Goebbels.

Nem os nazistas teriam a capacidade

de imaginar e aplicar um troço desses.

ONDE E QUANDO A OBRA DE FICÇÃO
COMEÇOU A SER MONTADA NA MÍDIA

O Título do Best-Seller Policial
e a acusação inicial do ‘delator’

06/06/2005 – 08h15

Jefferson denuncia mesada paga pelo tesoureiro do PT

da Folha Online

Reportagem da Folha de S. Paulo desta segunda mostra que o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) cumpriu a promessa de denunciar corrupção no governo Lula.

Em entrevista exclusiva a Renata Lo Prete (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0606200504.htm),
editora do Painel da Folha,
o presidente do PTB disse que congressistas aliados recebiam o que chamou de um “mensalão” de R$ 30 mil do tesoureiro do PT, Delúbio Soares.

Segundo a reportagem, a prática durou até o começo do ano, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo Jefferson, tomou conhecimento do caso, pelo próprio petebista.

Em entrevista ao Bom Dia Brasil, da Rede Globo, o presidente do PT, José Genoino, negou o pagamento da “mesada” e disse que o partido ainda está analisando as acusações de Roberto Jefferson.

De acordo com a reportagem, outros ministros, como José Dirceu (Casa Civil) e Antonio Palocci (Fazenda) haviam sido alertados antes do esquema –que beneficiaria pelo menos o PP e o PL.

Jefferson está há três semanas no centro do noticiário pelas denúncias que atingem os Correios e o Instituto de Resseguros do Brasil, estatais que têm indicados do PTB em seus quadros.

A crise decorrente das denúncias levou a um pedido de CPI que o governo pretendia enterrar nesta semana –agora, Jefferson diz que defende e quer a investigação.

Jefferson afirmou à Folha que a cúpula do PTB rejeitou a oferta do “mensalão”, feita ainda em 2003, e, a partir de então, ele denunciou a prática a ministros e líderes do governo.

“O Zé [Dirceu] deu um soco na mesa: O Delúbio está errado. Eu falei para não fazer”, disse Jefferson.

De acordo com a reportagem, Jefferson conta que, em janeiro deste ano, falou com Lula.
“Presidente, o Delúbio vai botar uma dinamite na sua cadeira. Ele continua dando ‘mensalão’ aos deputados.”
“Que ‘mensalão’?”
Jefferson explicou.
“O presidente chorou.”
E depois da conversa com Lula?
“Tenho notícia de que a fonte secou. A insatisfação está brutal [na base aliada] porque a mesada acabou.”

(http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u69402.shtml)
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06/06/2005 – 08h42

Entenda como funcionava o suposto “mensalão” de R$ 30 mil a parlamentares

da Folha Online

O tesoureiro do PT, Delúbio Soares, dava um “mesada”, chamada de “mensalão”, de R$ 30 mil a deputados e senadores aliados do PL e do PP, segundo o presidente do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ).

Jefferson teria falado, pela primeira vez, sobre o mensalão ao presidente Luíz Inácio Lula da Silva no início deste ano.

Lula teria mandado suspender o “mensalão”, disse Jefferson.

O governo federal passou, então, a enfrentar dificuldades com a base aliada no Congresso porque deputados e senadores perderam o benefício, segundo Jefferson.

(http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u69406.shtml)
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A partir daí, foi só desenvolver o enredo.
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valmont

Pelo andar da carruagem, em breve, Safatle figurará nos quadros do Instituto Millenium, esse arremedo do tea party que se compraz em colecionar “ex-comunistas”, como Reinaldo Azevedo.
Desonestidade intelectual flagrante e muito bem comprovada no excelente texto de Antônio Davi.
Não perderei mais meu tempo lendo um autor que, em nome de uma suposta ” renovação da esquerda”, pretende apenas autopromoção em detrimento da verdadeira luta da classe trabalhadora. Que ele permaneça em sua glória particular, cercado de adolescentes em seu “revolucionário” processo de individuação.

Zanchetta

Putz… o blog está infestado de petista…

carlos saraiva e saraiva

Parabéns meu caro Antonio David.Brilhante artigo. O Safatle que se reivindica de esquerda, vem mostrando, de maneira cada vez mais clara sua visão, diriamos ideológica.Quando fala em “esquerda renovada”, quer dizer uma “esquerda que exclui o PT” ou mais precisamente, que combata politicamente o PT. E mais que destrua o PT. E para isso, vale tudo, até o apoio ao “maior crime juridico-midiático de nossa história”, que a “esquerda renovada”, oportunisticamente tiraria vantagem. Quanta deterioração ideológica.Como filósofo, renegou Hegel, pois preferiu ser escolhido pelo lado, da sociedade do espetáculo de Bourdieu, do que escolher o próprio lado da luta ideológica de classe, direita/esquerda.Contraria, como Lacaniano, seu mestre e curva-se ao “grande Outro”, que é “o senso comum da opinião publicada”.Ao proferir a frase;”Os mensaleiros petistas, terminarão enredados nas tripas dos mensaleiros tucanos”, não sei se coloquei ipsis, de qualquer modo, um bordão de direita de fazer inveja à Carlos Lacerda.Sr. Safatle não se “renova a esquerda”, com ressentimento antipetista e com argumentos moralistas, pseudo éticos, tão caros à direita.

Pedro

Sei, David, que sua longa argumentação é necessária diante dos sofismas dessa esquerda perfeita que ama suas verdades eternas, mas desculpe meu gosto pelas sínteses. E, neste caso, perguntaria ao Safatle se realmente é verdade que o Globo, a Folha, a Veja são contra a corrupção. No meu gosto pela síntese, diria mais: não é que não são contra a corrupção, não podem ser.

ricardo

O pobre articulista ainda está na fase de afirmar que o mensalão não existiu. Não precisa dizer mais nada. O Safatle, que não pode ser acusado de antipetista, ao menos tem o bom-senso de entregar os pontos a esse respeito e, corretamente, tomar a oportunidade para exigir dos tribunais um tratamento igualmente rigoroso para outros mensalões. Já o guri acima ainda acha que tudo passa pelo crivo da luta de classes. No caso em questão, talvez, desde que estejamos falando da classe dos que roubam contra a dos que são roubados.

Claudio Freire

Pois é, esse pessoal da “esquerda renovada” deveria governar um dia para ver o que é bom.

Governar tendo ao lado traíras de partidos aliados, uma velha mídia partidarizada e ainda com enorme poder de fogo, um ministério público majoritariamente tucano, um poder judiciário conservadoríssimo.

Mesmo com tudo isso contra, é inegável que os governos do PT conseguiram emplacar avanços visíveis.

Queria ver o que esse pessoal da “esquerda renovada” faria com essa postura de metralhadora giratória. Esse pessoal é de uma infantilidade a toda proza.

    Claudio Freire

    Errata: prosa.

jose alipio assumpção

não vi nenhuma crítica ao fato dos acusados não serem condenados imediatamente, td bem, talvez uma certa insatisfação que, de fato, me espantou. Mas o que ele mais ressalta no artigo é a leniência do STF com o caso similar e anterior, aliás, dos tucanos. certamente os dogmáticos “esquerdistas”, seja lá o que isso quer dizer, farão meu linchamento por não acusar de vendido o Safatle. aliás, como dizia andreas baader, esquerdistas não, capitalistas de esquerda.

Alexandre Tambelli

Não existiu Mensalão. Para sua existência é preciso ficar caracterizado quais as sessões compradas, datas das sessões e votações, a lista de parlamentares da Câmara e do Senado que receberam suborno!

Do Senado, também! Por que nunca falam dele? Porque a maioria dele era conservadora na época do “suposto Mensalão” e teríamos que contar, sem questionamentos, com o suborno de senadores da oposição para se ter votos suficientes para aprovação de um Projeto de Lei, Emenda Constitucional, etc.?

Precisamos saber se em cada votação comprada coincide os votos dos parlamentares, afinal, o sujeito é comprado e não mantêm o voto?

Toda sessão, supostamente, comprada teve sua votação aprovada?

Além de pensarmos: comprar Deputado e Senador conservador para votar a Reforma da Previdência, tida como conservadora, que já vinha alinhavada desde o Governo FHC?

Comprar Deputado e Senador do PT, do PL e das esquerdas para votar a favor do Governo que eles fazem parte ou apoiam ideologicamente?

Como diz o Azenha, nem sequer uma mesada mensal têm-se a comprovação de existir.

Alguém duvida que se existisse a compra não teriam mostrado algum comprovante de Deputado ou Senador conservador que aceitou o suborno? Claro que apareceria, escolheriam um que não é mais parlamentar e davam uma baita duma grana para o sujeito mostrar as provas do crime e ainda por cima davam um prêmio como fizeram com o Roberto Jefferson, liberando da prisão e não pedindo para que devolvesse os 4 milhões que recebeu em nome do PTB, não é verdade?

Seria esse sujeito um Herói nacional, canonizado pela velha mídia por sua coragem de mostrar os cheques recebidos e seria o sujeito abençoado, ainda! Por quê?

Pelo ato de cidadania ao reconhecer o erro de aceitar o suborno, mas se arrepender e mostrar as provas do crime.

Quem for um mínimo esperto faz uma conta Matemática Junta 55 milhões de empréstimos do Rural e BMG + 65 milhões do Visanet e me responde se com + ou – 130 milhões de reais é possível comprar parlamentares para votarem inúmeras vezes nos anos de 2003 e 2004. A compra de todas as mais de 300 sessões com votações entre 2003 e 2004 daria quanto em dinheiro a cada parlamentar comprado? Imaginemos que 2/3 dos parlamentares fossem comprados (355 pessoas) para que fosse aprovada uma Emenda Constitucional – teríamos dado a cada parlamentar comprado 366 mil reais se 1(uma) só votação tivesse sido comprada.

Alguém se habilita a receber só 366 mil reais para seguir o Governo em várias votações? Podendo perder a “boquinha” de parlamentar, logo no início da Legislatura? 2003 é o primeiro ano de mandato, se sujar logo de cara? Se é para roubar espera chegar em novembro de 2006… E vai fazendo o “pé de meia” enquanto isso…

Toda votação comprada custava o mesmo preço? Era preciso renegociar valores?

Se sabia, com precisão, quando iam votar cada Projeto de Lei, Emenda Constitucional comprada? É possível isto?

Nenhum telefonema interceptado nessa operação toda? Nenhum grampo?

Uma pergunta: Senador não custa mais caro para comprar o voto que Deputado?

E nenhum parlamentar, estilo o Senador Álvaro Dias, não iria se fazer de comprado e gravar tudo para depois denunciar o suborno?

Leirton Leite

Acabei de comprar o livro de Vladimir Safatle “A esquerda que não teme dizer seu nome”. Depois do brilhante artigo de Antônio David estou com uma estranha sensação de ter jogado dinheiro fora.

Ana Cruzzeli

O Texto todo foi MUITO BOM sem retoques
Eu destaco essa parte aqui, isso sempre me incomodou e continua a me incomodae:

=================>7) “Ela também poderia ver selado o reconhecimento de que os dois maiores consórcios de poder dos últimos 20 anos tinham se afundado nas mesmas práticas, o que colocaria de maneira mais evidente a necessidade urgente de rever os impasses reais que corroem a carcomida política brasileira. Entretanto, mais uma vez, nada disso aconteceu”.

Quais práticas, exatamente? Todas as práticas são “as mesmas”? Absolutamente tudo? Quais são os “impasses reais” e como exatamente o “reconhecimento” de que PT e PSDB “[afundaram-se] nas mesmas práticas colocaria de maneira mais evidente” a “necessidade de rever” tais impasses? E colocaria para quem? Para todos? Para os trabalhadores tanto quanto para a classe média?<============================================

COMPARAR O PT A OUTROS PARTIDOS DA DIREITA? É demais para meu estômago
O PT usou o mesmo meio do PSDB para financiamento de campanha, MAS ao contrário do PSDB pagou todas as suas dividas com dinheiro proprio e NUNCA roubou um unico centavo da UNIÃO.

QUEM SE ATREVE A ESSA COMPARAÇÃO não sabe nada de coisa nenhuma.
Antonio David, faço minhas as suas palavras. Depois de tudo o massacre do Mentirão ainda tem gente muito atrevida nesse pais de comparar luz à treva.

Mardones

A judicialização da política invadiu o coração e a mente do Safatle. Ele perdeu uma chance ótima de ficar calado.

leprechaun

“”””Houve de fato compra de apoio parlamentar, tal como sustenta a acusação?”””

Sim, houve, mas não de forma sistemática, por isso eu não acredito em mensalão, o próprio Lula admitiu logo no começo das denúncias que o PT fez o que todos faziam…e é só assim que se consegue a tal governabilidade em qq parlamento brasileiro, imaginem no congresso nacional, o pt faz a mesma coisa que todos e tem seus corruptaços como todos

denis dias ferreira

O Safatle é o Demétrio Magnoli da Filosofia! É o professor mais coxinha da FFLCH

Messias Franca de Macedo

Fernando Morais e Raimundo Pereira explicam erros do mensalão

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=R_aoUPiXIxU

(… Esses “supremos” deveriam ser exonerados por justa causa!… O que fizeram com a in-se-gu-ran-ça ju-rí-di-ca no ‘Bra-zil’!…)

República de ‘Nois’ Bananas
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo

Arthur

Como sempre, o Safatle mostra a inigualável proeza de reinventar a roda quadrada ao melhor estilo Patropi: “Sei lá, entende ?” Pior com um tom grave de conhecimento jurídico !

Messias Franca de Macedo

DINHEIRO DA VISANET
FOI PRA GLOBO
E o BV da Globo ? Quando a SECOM vai buscar ?

Publicado em 25/09/2013

em
http://www.conversaafiada.com.br/pig/2013/09/25/dinheiro-da-visanet-foi-pra-globo/#comment-1264373

LÁ VEM O MATUTO COM ‘O DIÁRIO DO MENTIRÃO &$ DE OUTRAS MENTIRAS’ NAS MÃOS ‘SUJAS’!

… É bom que “esses supremos” admitam que, digamos, “cometeram uma gafe”! (sic)… Por quê?… Porque do contrário, evitariam os recursos dos condenados a uma Corte Internacional! Já pensou o tamanho da DESMORALIZAÇÃO? E, principalmente, do grau de desconfiança que iria pairar “imortalmente” (idem sic) sobre os tais “supremos”!…

… Bom, “quem avisa amigo é!” Inclusive amigo dos nossos próprios algozes!…

“Meu ‘fi’, não há nada ‘mió’ do que o dia que ‘assucede’ o outro!” Minha saudosa e sábia avó!

República de ‘Nois’ Bananas
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo…

FrancoAtirador

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Em ações penais originárias no STF,

mesmo com jurisdição constitucional,

o Colegiado atua como no Juízo Comum.

Cada ministro é como um Juiz prolator

e um jurado especializado em Direito.

Ao menos, por Lei, deveria ser assim.

Se não o é, e não o foi, houve erro.
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O Jurista Pedro Serrano bem que avisou,

antes do início do julgamento da AP 470.

Aliás, o alerta soou como um prenúncio

de que o STF estava fugindo da técnica

para aderir ao linchamento midiático.
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28/07/2012 10:12

O STF agirá como corte criminal, e não ‘política’

Querer que o magistrado leve em conta uma chamada opinião pública (ou opinião publicada) é transformar o julgamento em linchamento

Por Pedro Estevam Serrano, na CartaCapital

Uma questão que tem ocupado espaços nobres de debate na mídia é a de que se deve o chamado caso do mensalão ter um julgamento técnico-jurídico ou político.

A rigor o tema é ao menos parcialmente vazio de sentido.

A jurisdição como função constitucional do Estado é uma função sempre política, pois trata-se de uma das atividades fundamentais que se realizam pela possibilidade do uso legítimo da violência para fazer valer suas determinações.

Por outro lado, essas mesmas determinações são produzidas por seus agentes, os magistrados, não com fundamento em sua vontade autônoma, mas sim com fulcro na vontade heterônoma da lei, como forma de solução definitiva de conflitos de interesse, e neste aspecto são técnico-jurídicas por excelência, ou seja, o poder político é exercido através e submisso ao direito e não ao largo dele.

É assim que funciona o chamado Estado de Direito.

Mas a expressão “político” não tem sido usada por alguns formadores de opinião nesse sentido que expressei acima.

Em essência, argumentam que como o julgamento do “mensalão” será realizado pelo STF e este é uma corte constitucional, e não um tribunal comum, tal julgamento deve se dar com a busca de um equilíbrio entre o juízo que emana do processo e a satisfação da chamada opinião pública, pois, segundo esse entender, as cortes constitucionais atuam com uma esfera de agir autônomo maior que a dos juízes comuns na interpretação da lei.

Este o sentido da expressão “julgamento político” que parcela da mídia quer ver realizado no caso do “mensalão”.

Tal opinião expressa um efetivo desconhecimento das competências constitucionais e da natureza jurídica-institucional de nossa Suprema Corte.

De forma sintética, nos limites que possibilita um texto jornalístico, podemos afirmar, grosso modo, que dois modelos de jurisdição constitucional foram conformados no primeiro mundo desde o surgimento do Estado Constitucional de Direito.

A jurisprudência norte-americana, a partir do clássico Caso Marbury vs. Madison, construiu seu sistema de controle de constitucionalidade pelo chamado judicial review, ou seja, a constitucionalidade das leis é controlada pelo exercício corrente da atividade judicial comum.

A partir de casos concretos de conflitos entre pessoas, as leis podem ser declaradas inconstitucionais.

Como há naquele país a figura jurídica do precedente, que obriga os órgãos judiciais a adotar as decisões anteriores de tribunais superiores em casos semelhantes, a decisão da Suprema Corte que declara inconstitucional uma lei num caso concreto acaba tendo efeito para toda a sociedade.

Já na Europa continental a forma historicamente construída de controle de constitucionalidade das leis foi outra, iniciando-se na Constituição Austríaca de 1920, aperfeiçoada por emenda de 1929, por inspiração de um dos maiores juristas do direito contemporâneo, Hans Kelsen, e influenciada certamente pelo fato de inexistir nos sistemas jurídicos da Europa continental a figura jurídica do precedente com vinculação de decisões futuras.

No sistema europeu, o controle de constitucionalidade, com as eventuais peculiaridades de cada país, é feito de forma concentrada por um órgão distinto do Poder Judiciário, chamado normalmente de Corte Constitucional, ou seja, as leis tidas como inconstitucionais têm seu controle realizado em abstrato, sem estar relacionado ao julgamento de um caso judicial concreto, por um órgão não integrante da estrutura do Poder Judiciário.
Na concepção de Kelsen, as cortes constitucionais teriam assim um papel de legislador negativo mais que de juízes, revogando leis tidas como inconstitucionais.

Daí surgem as concepções doutrinárias, mal compreendidas por parcela de nossa mídia, que atribuem à jurisdição constitucional um caráter mais político do que técnico-jurídico, a partir da visão que as normas constitucionais seriam dotadas de uma inafastável amplitude e vaguidade semântica que exige de seu aplicador mais que uma mera interpretação técnica, aproximando-a mais da atividade política do legislador que daquela do juiz comum.

Divergimos desse ponto de vista que vê tamanho poder do aplicador da norma constitucional na formulação de seu sentido, por entendê-lo superado no atual momento do pensamento jurídico, mas a questão da natureza constitucional do julgamento do mensalão não exige ingressar neste debate para ser deslindada.

Nossa Constituição adotou um modelo híbrido de controle de constitucionalidade entre os sistemas norte-americano e europeu, podendo ser realizado tanto de forma abstrata quanto no julgamento de casos concretos.

E mais: nosso STF, embora realize o controle abstrato de constitucionalidade, é órgão integrante do Poder Judiciário, possuindo além das atribuições de corte constitucional uma série de competências próprias de uma corte judicial comum, como o julgamento de recursos extraordinários em processos comuns, de mandados de segurança contra algumas autoridades federais, o julgamento de alguns processos crimes etc.

O STF não é uma corte constitucional apenas, pois exerce mais funções que o controle de constitucionalidade.

E aí o grande equívoco manifestado em editoriais e artigos de parte de nossa mídia.

Ao julgar o caso do mensalão, o STF não estará atuando como corte constitucional, não estará realizando qualquer forma de controle de constitucionalidade, mas sim atuando como uma corte criminal comum, conforme a alínea “b” do artigo 102 de nossa Constituição.

Atuará como órgão de aplicação da ordem jurídica penal, nem se cogitando de exercer o papel supostamente “político” que parcela de nossa doutrina enxerga nas cortes constitucionais.

Das áreas do Direito em que atua nossa Jurisdição, certamente a criminal é a que o magistrado ou a corte julgadora mais deve ter sua decisão amalgamada às provas do processo, ao ponto de em havendo dúvida razoável quanto à autoria ou a materialidade do delito, o réu deve ser julgado inocente.

É a chamada presunção de inocência.

A lei penal é, sem duvida, a que menos permite ao intérprete construções subjetivas autônomas em sua interpretação, pois, por ditame constitucional as normas penais devem ser interpretadas restritivamente, salvo quando em benefício do réu.

Querer que o magistrado leve em conta uma chamada opinião pública, que em verdade é a opinião publicada, numa decisão de processo-crime, como forma de mitigar o valor das provas constituídas no processo, mais que uma ofensa a direitos fundamentais dos acusados, é um inequívoco atentado aos valores e princípios mais comezinhos de um Estado Democrático de Direito.

Trata-se de querer transformar o julgamento em linchamento.

Cabe, sim, a uma mídia democrática fiscalizar se o STF na fundamentação de sua decisão a realizará segundo as provas do processo e de acordo com nossa ordem jurídica e não procurar substituir a magistratura no exercício de suas funções.

*Pedro Estevam Serrano é advogado, colunista do site de CartaCapital e professor da Faculdade de Direito da PUC-SP

(http://www.cartacapital.com.br/politica/o-stf-agira-como-corte-criminal-e-nao-politica)
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FrancoAtirador

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“UM ESTADO NÃO CORRUPTO SÓ EXISTE EM UMA SOCIEDADE NÃO CORRUPTA”

“Não é achando que um caso tenha qualidade de alterar o sistema.
Isso é uma ilusão que se vende para a população.
A população deseja um Estado menos corrupto, e não vamos ter isso reduzindo a presunção da inocência.
(…)
Não é o caso do mensalão que vai aumentar ou diminuir a crença no Judiciário.
Mas o Judiciário não vai funcionar bem. O caso que não estiver na mídia vai demorar do mesmo jeito.
Mesmo com Dirceu preso não muda nada.
É ilusão achar que Dirceu na cadeia vai melhorar a Justiça ou tornar o país mais ético.
Um Estado não corrupto só existe em uma sociedade não corrupta.”
(…)
“Tem uma questão a se amadurecer aí.
Toda vez que não ocorrer o linchamento que a população quiser vai desanimar a sociedade?
Para que serve a Constituição?
Reúna-se e faça novamente a Constituição e acabe com a presunção de inocência.
Mas quero ver se a sociedade consegue viver assim. Claro que não.
Quando ela derrubou a ditadura, deixou claro que não queria.
Tem de se ver o por quê da lentidão da Justiça.
Mas, sem defesa, não há processo.
Suprimir a defesa acaba com o processo obrigatório.
Este é um país civilizado. Tem uma legislação penal.
Se querem torná-la mais rígida, que se mude a lei.”

(Jurista Pedro Serrano, em entrevista ao Congresso em Foco)

http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/serrano-%E2%80%9Cdirceu-na-cadeia-nao-muda-nada%E2%80%9D

marco

O que esperar de um cidadão que se presta para escrever para a Folha?Se um dia,como fez recentemente um editorial de arrependimento,fizer o mesmo,não devemos inclui-lo no DOMINIO DO FATO?Arrependidos indo para a esquerda,assim como esquerdistas arrependidos,redundam sómente numa coisa.Traição e Dedurismo.Caguetagem simplismente!

rui

Esperar o que de quem escreve na Folha? É só copiar e colar o Frias. Aquele da ditadura.

Fabio Passos

A esquerda sequer deveria dar entrevistas ao PiG… que dirá escrever para o PiG.

O PiG é a direita.
O PiG é inimigo do povo… e assim deve ser tratado.

Escrever para o PiG é colaborar com o opressor. É servir como álibi para a “elite” branca manter sua máquina de propaganda idiotizando brasileiros enquanto encena uma “pluralidade” que não existe de fato.

Defender um julgamento de exceção, evidente perseguição política, contra heróis que arriscaram a vida lutando por democracia e justiça social… é injustificável.

safatle é um tolo.

Bonifa

Já desistimos do Safatle há muito tempo. E a Folha fica ainda, inconformada, recolhendo qualquer pedaço de opinião a favor do seu querido golpe midiático/jurídico, o qual foi interrompido por uma epifania de razão e consciência que sacudiu o ministro Celso.

Rogério Ferraz Alencar

Quando li essa coluna de Safatle, o que me veio à cabeça, foi: A Folha enquadrou Vladimir Safatle. E acho que não errei.

Cibele

Outra decepção. Nem dói mais.

Helenita

Uma boa lembrança do reacionarismo do STF, de como ele serve direitinho aos donos dos meios de produção e dos banqueiros é o número doloroso de ações judiciais que tratam de terras indígenas e sua invasão/usurpação por latifundiários, que estão MOFANDO cuidadosamente nas prateleiras e gavetas do STF. Enquanto isso, aquelas populações são esmagadas literalmente pelos autointitulados “produtivos”…
Enquanto os ministros-locutores e animadores de auditório, reclamam de demora, de “chicana”, de recursos “protelatórios”, em suas mesmas mãos processos apodrecem, enquanto apodrecem as forças e as esperanças dos mais fracos, e, de consequência, engordam as finanças, os rebanhos e a extração de minérios pelos poderosos nas terras indígenas.

Helenita

Uma boa lembrança do reacionarismo do STF, de como ele serve direitinho aos donos dos meios de produção e dos banqueiros é o número doloroso de ações judiciais que tratam de terras indígenas e sua invasão/usurpação por latifundiários, que estão MOFANDO cuidadosamente nas prateleiras e gavetas do STF. Enquanto isso, aquelas populações são esmagadas literalmente pelos autointitulados “produtivos”…
Enquanto os ministros-locutores reclamam de demora, de “chicana”, de recursos “protelatórios”, em suas mesmas mãos processos apodrecem, enquanto apodrecem as forças e as esperanças dos mais fracos, e, de consequência, engordam as finanças, os rebanhos e a extração de minérios pelos poderosos nas terras indígenas.

Bernardino

Saflatinho !NILVA SADER,essa foi OTIMA!

Que PRESENÇA DE ESpírito e ARGUCIA!!!

Bernardino

VIVIANE,esse senhor SAFLATEé da mesma estirpe do MarcoAntonio VILA aquele da TV Cultura que se acha JUrista e é apenas um Historiador medio.Esse pessoal adora discutir Fumaça e escrevem e falam com o FIGADO.No caso do SAFATLE escreve pra agradar o Patrao da folha de Sao Paulo ejustficar a coluna que tem.São MASTURBADORES sociologicos e vivem fora da real,quando muito fazendo o jogo da Direitona pra garantir apariçoes na Midia Bandida dominada pelo que temos de pior nas oligarquias.
Quando juristas do quilate de IVES GANDRA,apesar de conservador,Claudio Lembo e outros advertem para as falhas do julgamento,Vem esse Borra botas quaerer da aulas de Direito constitucional e penal.

É muita arrogancia e despreparo!!!

Nilva Sader

Saflatinho !

Valcir Barsanulfo

O Safatle se perdeu em pleno tiroteio.Falou o que não falou, e nem viu o que falou.

Danilo Morais

Safatle é um legítimo representante da nova geração da intelectualidade uspiano-esquerdista, aquela que é revolucionária em “prosa e verso”, mas sem compromisso com a efetiva transformação do real. Se o referido filósofo estivesse escrevendo na época do governo Jango, diria que faltava a este “vontade política” e que a “sede de justiça” contra o “mar de lama” tinha que ter uma resposta. Quando viesse o golpe de 1964, o STF declarasse a presidência vaga (olha quanta justiça!), provavelmente o eminente esquerdista sairia do país e o povão que se lasque! Não que a USP produza só esse tipo, pois Florestan Fernandes e Antônio Cândido (só para falar das primeiras gerações) também são de lá, mas realmente cada vez mais vejo a USP produzir ou esquerdistas inconsequentes ou direitistas de carteirinha. Esta é mais uma razão para nos engajarmos na campanha pelas cotas (para negros/as, indígenas e egressos de escolas públicas) por lá, pois espero que com mais POVO nesse ambiente, um pouco da realidade das maiorias seja considerada novamente para o pensamento crítico da USP.

elizabeth pretel

Gostaria muito que o satafle, assim como o stf, nominasse todos os parlamentares (câmara e senado) que receberam pelo apoio. Ai sim, acho que poderia de configurar o “apelido mensalão”. Porém, DÚVIDO muito que se consiga dar os nomes, pois o que efetivamente existiu, foi a prática comum de todos os partidos, ou seja, o caixa 2 e, por isso, não tenho dúvidas o PT tem que ser julgado (caixa 2), assim como todos que o fazem.

Nelson

Nessa aí, o Safatle pisou na bola.

roberto bohm

Brilhante análise!! Na realidade todos eles começam assim. Mario Vargas Llosa no Peru, Bernard-Henry Levy na França. Uns mais cedo outros mais tarde mas, todos acabam virando um Karl Rove. Prefiro a lucidez de um Claudio Lembo.

tcr

“Ou, de outro modo, se a preocupação de Safatle é a promoção de uma “esquerda renovada”, cabe indagar: o escândalo do mensalão, do qual o julgamento faz parte, com seus casuísmos e estigmas, tende a fortalecer uma esquerda renovada ou, na verdade, uma direita renovada?”

A famosa chantagem!

    BL

    se você ignorar tudo o que foi dito antes – assim como um ministro do supremo ignora princípios elementares do direito processual – cai nessa armadilha.

Maria

O Safatle é político e muito próximo do PSOL/PSTU/PCO. Faz uma análise de acordo com sua visão política.De acordo com a sua tendência ele jamais vai concordar ou defender ou justificar ou ficar do lado de nada que seja próximo ao PT. O resto é só procurar encaixar argumentos para justificar as suas análises, coerentes ou não. Ficará até do lado da direita, como é o caso, será contra a justiça até as últimas consequências,como é o caso e ficará contra a democracia, como é o caso, para escrever um artigo contra o PT. O objetivo maior desse pessoal que alinha com a “extrema esquerda” (????), é acabar com o PT. O ódio é visceral. Observem.

Vivianne

Quanto despreparo, hein rapá? Não conhece a fundo o processo, não questiona as provas, não aborda a utilização oportunista e descabida do domínio do fato, não foi checar onde está o dinheiro que os supostos quadrilheiros embolsaram, não questiona o não acesso ao direito penal e constitucional à ampla defesa, não aborda a flagrante e indecente manipulação da mídia… Ora ora menino, poupe-nos do seu papo furado.

Fabio

Safatle de um tempo para cá, se aproximou tanto do PSOL, que não consegue separar os questionamentos intelectuais, os políticos e os eleitoreiros. Muitos aproveitadores do PSOL, que se fizeram as custas do PT, inclusive utilizando o partido em sua própria formação intelectual, agora se unem aos mais reacionários e conservadores do país (e ao PSTU – que é um caso a parte), para apontar o dedo para os mensaleiros.
Espero que este intelectual retome a sua linha e, mais do que isso, reconheça os caminhos estranhos que começou a trilhar, para então poder contribuir com o surgimento de uma verdadeira esquerda.
Por ex.: por que não, Safatle que participou de um seminário sobre reforma política do Instituto Democracia e Sustentabilidade (de Marina Silva), não fez o caminho inverso, qual seja o de demonstrar os limites para a esquerda neste sistema político que vivemos. Ou ainda poderia ter analisado o papel conservador do judiciário em diversos países aliados e com governos de esquerda ou centro-esquerda da América Latina: o golpe branco, ratificado pelos juízes no Paraguai, o consórcio Clarín, direita, juízes na Argentina, ou o próprio judiciário brasileiro em relação a anistia etc.
Enquanto um setor da esquerda negligenciar a verdade e comprar o discurso da direita (no caso do “mensalão”), não podemos chegar as reais causas dos problemas que um outro setor da esquerda encontram ou entraram, para então poder questionar.
Parabéns Antônio David.

    Danilo Morais

    Pois é…. Se Safatle tivesse mesmo a intenção de discutir os limites do regime político brasileiro, inclusive para a atuação da esquerda, teria a coragem de considerar as denúncias ao PSol do Rio de Janeiro (um dos estados em que os psolistas são mais organizados), em que a presidenta do partido está sendo seriamente acusada de caixa 2. Mas sabe como é né, o PSol para ele é a “esquerda renovada”, não o “velho” PT, então as lideranças do PSol não podem ser pre-julgadas e criminalizadas, já as do PT podem… É muita incoerência!

Flavio Lima

A foia deve pagar mais que a Carta Capital, e o Safatle esta só garantindo o leite das crianças. Afinal, tem que pagar as contas…

francisco.latorre

safatle.

mais um. pet da sub-burguesia.

te cuida pondé.

..

Urbano

Em verdade, em verdade, eu vos digo que até a privataria perde para o escândalo do staf…

    Urbano

    E, por conseguinte, a dita justiça. Dois bons e rápidos exemplos: a) o criminoso acerta e mata uma das crianças que estavam agarradas ao pai, quando o criminoso atirou nele… aí prenderam o pai das crianças; b) o policial acerta uma facada nas costas de um motorista, lhe perfurando o pulmão; este é que teve de pagar fiança, a fim de que ao ter alta do hospital não ir direto para o xilindró. Expliquem esses dois sacos de ratos…

    Urbano

    E como sempre, salvaguardando-se as exceções, que vêm a ser a maioria, óbvio.

Matheus

Não entendi a choradeira. O que o autor queria, que Safatle fizesse coro com o adEvogado tributarista da Opus Dei? Ou com o ex-governador demotucano de São Paulo?

Eu gostei do artigo do Vladimir Safatle. Ele diz claramente que houve uma dupla moral, pois o mensalão tucano e demista, semelhantes ao mensalão petista, não foram investigados e punidos com o mesmo rigor. Se provocou a choradeira governista e se contrapôs ao Opus Dei defensor de executivos corruptos (uma aliança muito sintomática…), é um mérito a mais.

    Antônio

    Matheus,

    Você está partindo do pressuposto de que o “mensalão” existiu. Ocorre que não há provas.

    AD

rodrigo

O Antonio David, não só desmontou os argumentos do Safatle como revela, sem declarar, uma clara influência editorial no texto do mesmo. O Safatle deve ter enviado o texto sentindo-se um gênio da manipulação. Chega a afagar não a esquerda, mas uma “esquerda”? renovada (o que seria isso? uma esquerda sem vínculos com a esquerda? os radicais sectários que acabaram com o movimento nas ruas permitindo e estimulando a expulsão de militantes da juventude do PT que estão acordados e nas ruas desde sempre? e permitindo sair dos esgotos os integralistas e nazistas de todo tipo?).
O Safatle podia ter dormido sem essa. Num país com internet e com blogueiros sujos não cabe pensar em manipulação leviana kkkk

Chris

Um texto com o dobro do tamanho da coluna do Safatle, abordando uma série de aspectos do caso do “mensalão” que justamente não foram mencionados pelo professor justamente este caso não ter sido nada de especial no modus operandi da política; e para finalizar, a cereja do bolo: Antonio parece que não entendeu que para o Safatle o “escandalo do mensalão” não é renovação para nada, nem para a direita nem para a esquerda. Poderia ter sido para uma esquerda, mas não foi. Só o seria para a direita para quem pensa que o PT é o suprasumo da esquerda no país (como parece ser o caso deste Antonio, que parece sempre fazer questão de escrever o contraponto petista aos textos em que Safatle corretamente coloca o PT dentro do saco da política da politicagem, para além dos reconhecidos avanços sociais dos últimos anos, avanços que não justificam o apodrecimento institucional e ideológico do partido).

juarez campos

O caso é simples. O Mensalão nunca existiu, pois onde há 513 Deputados, como se compra meia dúzia para votar à favor? E os outros? Só um imbecil faria tal artimanha.

    FrancoAtirador

    .
    .
    Pior é que metade dessa ‘meia dúzia’

    era do mesmo partido do ‘comprador’.

    A construção ficcional do ‘Mensalão’,

    pela Mídia, no imaginário popular,

    foi de dar inveja em Joseph Goebbels.

    Nem os nazistas teriam a capacidade

    de imaginar e aplicar um troço desses.

    Não Passarão!
    .
    .

    leprechaun

    é só comprar os líderes das bancadas, eles que determinam o que o baixo clero deve fazer sob pena de serem expulsos dos partidos, perderem as mamatas,etc, etc…. pergunte ao tiririca

andré

Aliás, concordando com o autor em gênero, número e grau, tenho percebido o mesmo tom nos textos do Luis Nassif.
Algo está acontecendo e é estranho. Igual ao apoio irrestrito às manifestações dos coxinhas.
Very Strangeeeeeeeeee!

Marco Vitis

O professor Safatle está desejoso por um elogio do Reinaldo Azevedo.

ricardo silveira

Depois de tudo que já se sabe do julgamento esse filósofo ainda vem com essa conversa? Será vaidade? Para ir contra o óbvio tem que provar que o óbvio é falso. Até os conservadores estão acordando para o absurdo do modo como esse julgamento foi montado e executado.

lulipe

No dicionário petista crime é “erro”, criminoso é “aloprado”, corrupção é “malfeito”, são peritos em eufemismo, quando convém, é claro!!!

    Mira

    pensei a mesma coisa. PT cometeu “erros”

    José Reinaldo Rosado

    Eu não sabia que o Yves Granda era petista!

Regina Braga

Todos temos sede de justiça!Mas de tipo de justiça falamos? Daquela que representa um grupo ou daquela que representa uma nação?Se for a de um grupo,com certeza o mensalão, existiu!Se for a que representa uma nação,não!Gostaria de ver o mensalão tucano sendo julgado…foi antes do PT…mas foi deixado para 2015.Regras do STF? Ou de grupos que atuam para ajudar o STF? Justiça,sim…cinismo e hipocrisia,não!

Karl

Sá cumé né. Tem que dar uma no cravo e duas na ferradura. Vai que eles, a globo, não deixa mais “eu”(Safatle) aparecer lá na TV “cultura”(?), vai ficar complicado né?
Ou seja, esses que transitam na DIREITA CAPITALISTA MIDIATICA, NÃO SÃO CONFIÁVEIS. Cedo ou tarde, eles mostrarão sua cara!
Como a própria DIREITA CAPITALISTA MIDIATICA gosta de falar: “OU NÃO”. “EM ALGUM MOMENTO”. “PÍFIO”. “MENSALÃO DO PT”.
Fica da seguinte forma:
“Nesta ‘PÍFIA’ análise de Safatle, ‘EM ALGUM MOMENTO’, sobre o ‘MENSALÃO DO PT’, “as favas os escrupúlos”, qualquer coisa é coisa contra o PT. ‘OU NÃO’!

É sempre tudo igual, dos mesmos iguais da Globo.

    francisco.latorre

    isso aí.

    os figura vende a mãe. e entrega.

    ..

    ô fome. ô pobreza.

    ..

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