Anastasia faz de conta que foge de Aécio Neves como o diabo da cruz; veja a propaganda eleitoral que ele quer proibir

Da Redação

“Não existe dúvida de que a expressão usada é cabível. Os dois candidatos ao Senado (Mendonça Filho/DEM e Bruno Araújo/PSDB) que estão no palanque dele (Armando Monteiro, candidato a governador de Pernambuco) foram ministros no governo Temer. Não existe crime quando falamos que eles formam a Turma de Temer porque eles atuaram mesmo”.

A frase é do advogado Carlos Neves, depois que o TJ de Pernambuco derrubou liminar que impedia o candidato à reeleição Paulo Câmara de utilizar a frase na campanha eleitoral.

Câmara, do PSB, concorre com o apoio do PT.

“Não houve nenhum pronunciamento oficial do Sr. Michel Temer no sentido de formar uma turma em Pernambuco”, alegaram os dois ex-ministros, mais Armando Monteiro e Fernando Bezerra, quando tentaram bloquear o uso da mesma frase pelo candidato do PT ao Senado, Humberto Costa.

“Não caracteriza notícia falsa publicação que denomina aliados políticos do presidente da República como A Turma de Temer em Pernambuco. Deve admitir-se linguagem informal, típica de redes sociais, com certa acridade e tom evidentemente crítico, próprios de campanha eleitoral, se a publicação não caracteriza conteúdo ofensivo nem ataque à honra dos representados, apenas exercício da liberdade de expressão”, opinou a Procuradoria Regional Eleitoral.

Em Minas Gerais, a situação se repete.

Alegando que o governador Fernando Pimentel (PT) nem aparece na propaganda, a coligação de Antonio Anastasia (PSDB) tenta proibir o comercial em que ele é associado a seu patrono, Aécio Neves (ver íntegra abaixo).

O anúncio faz uma brincadeira com duplas famosas e inseparáveis, como arroz e feijão, goiabada e queijo e Anastasia e Aécio.

O senador Aécio Neves foi o mentor do pedido de impeachment de Dilma Rousseff e Anastasia, seu afilhado político, o relator do processo no Senado.

O caráter radioativo de Aécio ficou claro depois que o candidato do PSDB ao Planalto, Geraldo Alckmin, disse que não pretende fazer campanha com ele em Minas Gerais, onde Aécio agora concorre para ser rebaixado a deputado federal.