Acompanhe ao vivo os debates sobre as ações da esquerda diante do golpe
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por Ricardo Musse, especial para o Viomundo
Após a votação que aprovou o afastamento da presidenta Dilma, indagações percorrem pensamentos e conversas dos militantes: o que fazer? A esquerda conseguirá manter a convergência que demonstrou na luta contra o impeachment? Qual a frente de batalha prioritária: a parlamentar, a institucional, as demonstrações da rua? Quais bandeiras devem ser agregadas ao “fora Temer”: eleições diretas ou o retorno da presidenta eleita?
Se não forem dirimidas rapidamente, essas dúvidas e perplexidades tendem a paralisar a ação ou impulsionar movimentos descoordenados e conflitantes. No momento atual, é importante ouvir e dialogar com as principais correntes da esquerda sobre essas e outras questões conexas.
O seminário Caminhos da esquerda diante do golpe inicia-se na USP, no dia 23 de maio e estende-se até o dia 30, perfazendo um total de 12 mesas-redondas.
A primeira congrega sindicalistas da CUT, da CBT, da Intersindical, da Conlutas e da Fenametro.
Na tarde do dia 23, representantes de diversas posições internas do PT devem apresentar seus balanços e perspectivas.
À noite, políticos que assumiram a linha de frente contra o impeachment destacam suas estratégias para os próximos passos da luta.
No dia 24, pela manhã, haverá uma mesa de juristas que não terão como contornar o fato de que nessa instância a esquerda se deparou com um bloqueio que nunca conseguiu contornar.
À tarde a palavra estará com jovens representantes dos coletivos envolvidos nas ocupações que estão mudando a paisagem da escola pública.
A terça no horário noturno conta com a presença dos movimentos sociais que são a espinha dorsal da Frente Brasil Popular e da Frente Povo Sem Medo.
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No período matutino do dia 25, economistas discutirão os erros e os acertos da política econômica nos governos de Dilma Roussef e o programa a ser defendido pela esquerda.
À tarde dessa mesma quarta-feira alguns dos maiores especialistas brasileiros em relações internacionais devem ressaltar o papel e os impactos das forças geopolíticas na gestação e consumação do golpe.
Na noite do dia 25, o debate ocorrerá entre os diversos partidos e movimentos que não priorizam a via parlamentar e investem em outras formas de luta política.
Passado o feriado, o seminário retorna na segunda-feira, dia 30, com duas mesas sobre as minorias e a situação dos direitos humanos no Brasil, alvos prioritários da atual constelação golpista.
A noite do dia 30 fecha o evento com um debate congregando alguns dos principais intelectuais públicos do país. Espera-se uma reflexão que leve em conta e discuta as posições postas em cena ao longo do evento.
O seminário é promovido por dois centros de pesquisa da USP, o LeMarx e o GMarx, e conta com o apoio da Fundação Maurício Grabois.
Participam da equipe de organização: Adriana Matos, André Singer, Anouch Kurkdjian, Antônio David, Artur Scavone, Bernardo Ricupero, Caio Vasconcellos, Carlos Pissardo, Cilaine Alves, Felipe Futada, Fernando Rodrigues Frias, Fernando Rugitsky, Fernando Sarti, Gabriel Siracusa, Ilan Lapyda, Jean Tible, Leda Paulani, Matheus Ichimaru, Paula Marcelino, Priscila Figueiredo, Renan Quinalha, Ricardo Kobayashi, Ricardo Musse, Sérgio Cardoso, Ugo Rivetti, Vladimir Safatle e Walter Andrade.
Haverá transmissão ao vivo pela equipe da Mídia Ninja.




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