A quem interessa o “extremismo desestabilizador”?

Tempo de leitura: 4 min

Será que existem condições para que o Brasil possa enveredar para um extremismo desestabilizador, fora do jogo eleitoral, como já ocorreu com a ativa participação de grupos conservadores da grande mídia, por exemplo, na Venezuela, em 2002?

Venício Lima, na Carta Maior

Tenho dito e escrito reiteradas vezes que, apesar da inequívoca ampliação do espaço público do debate sobre a mídia no Brasil, sobretudo ao longo de 2009, a diversidade das posições e opiniões tem diminuído e há uma clara polarização e radicalização do processo.

São muitos os exemplos nos últimos anos. Lembro a proposta de criação de um Conselho Nacional de Jornalismo; a transformação da ANCINE em ANCINAV; o Decreto das RTVIs (retransmissoras de TV institucionais); o desequilíbrio evidente na cobertura sobre as novas regulamentações da mídia aprovadas em países latino-americanos e, talvez, os dois mais emblemáticos, a 1ª. Conferencia Nacional de Comunicação (CONFECOM) e a única diretriz de comunicação do PNDH3.

No caso da CONFECOM, como se sabe, os principais empresários do setor, através de suas entidades representativas, se retiraram da comissão organizadora; omitiram a cobertura do rico processo de preparação e construção do evento em todo o país; e, ao final, satanizaram os resultados da Conferencia, em alguns casos, referindo-se a propostas que sequer existiam. Em relação ao PNDH3, da mesma forma, houve – e ainda prossegue – uma violenta reação da grande mídia a propostas que, em boa parte, apenas se referem à regulamentação de normas da Constituição de 1988.

A realização, no início de março, em São Paulo, do “Fórum Democracia e Liberdade de Expressão” pelo Instituto Millenium – uma espécie de “think tank” da direita brasileira – que reuniu a nata dos empresários da grande mídia e de seus colunistas; e as recentes declarações da presidente da ANJ, assumindo, de maneira explícita, o papel de oposição ao governo que vem sendo exercido pela imprensa, revelam bem o “tom” de polarização e radicalização que alcançamos.

No Fórum, um dos expositores disse literalmente: “a imprensa tem que acabar com o isentismo e o outroladismo, essa história de dar o mesmo espaço a todos”. Outro afirmou: “a questão é como impedir politicamente o pensamento de uma velha esquerda que não deveria mais existir no mundo”.

No bojo deste processo, a liberdade de expressão tem sido não só identificada, sem mais, com a liberdade de imprensa, como a tese de que esta constitui um valor absoluto, passou a ser defendida, inclusive, pelo ministro Ayres Britto do STF.

E tudo isso, sempre, em nome da liberdade de expressão e da democracia.

Fenômeno universal?

Parece que o fenômeno da radicalização política, todavia, não está a ocorrer somente no Brasil. Juan Luiz Cebrián, fundador do “El País”, respondendo sobre o futuro dos meios de comunicação e o “fenômeno da desintermediação” trazido pela internet, comentou em entrevista recente ao “O Estado de São Paulo”:

“Estamos assistindo a um processo de radicalização das idéias políticas, que afeta o jornalismo. O que dizer do alinhamento da Fox com os republicanos para fazer oposição a Obama? O envolvimento da imprensa com a política é um fenômeno antigo. O que é novo é a instantaneidade, a globalidade e a capacidade de transmissão de dados que, por si só, configura um poder fabuloso.”

Estaria a radicalização política afetando o jornalismo ou estaria a crise generalizada porque passam os jornais – e consequentemente, o jornalismo – provocando alterações no comportamento da própria mídia dentro do processo político. Ou ambos?

Em entrevista publicada no Valor Econômico (9 de abril de 2010), o historiador e cientista político Luiz Felipe de Alencastro, professor de História do Brasil na Sorbonne, falando sobre a atual conjuntura política brasileira, constata:

O discurso (…) contra o sistema de cotas raciais nas universidades públicas indica uma guinada à direita da direita parecida com a dos republicanos nos Estados Unidos. Lá, esse extremismo empolgou o partido inteiro e pode desestabilizar o país. A falta de perspectiva da oposição cria um vácuo para o radicalismo. (…) Novamente, o exemplo americano: fico impressionado não só com o radicalismo, mas com a histeria. Obama é chamado de Anticristo… O Brasil pode enveredar por aí. Brasil e Estados Unidos são países conservadores e precisam ter um partido conservador à altura. A desarticulação da direita não é bom sinal. É preciso uma alternativa conservadora que mantenha a insatisfação no jogo eleitoral. (…)

E especificamente sobre a grande mídia, disse ele:

Normalmente, a imprensa defende a Constituição, reformas políticas, idéias. Não há nada errado, por exemplo, em apoiar candidatos. O “New York Times” apoiou Obama, mas tem um trabalho jornalístico sério e equilibrado. Esse é o papel da imprensa, o que é diferente de querer substituir partidos políticos. Fiquei perplexo com o texto de uma coluna regular num grande jornal carioca que continha uma proposta partidária para o PSDB. O papel do jornalista não é redigir programas partidários.

“Extremismo desestabilizador”?

Será que existem condições para que o Brasil possa enveredar para um extremismo desestabilizador, fora do jogo eleitoral, como já ocorreu com a ativa participação de grupos conservadores da grande mídia, por exemplo, na Venezuela, em 2002? A quem poderia interessar esse caminho não democrático?

A importância da grande mídia no mundo contemporâneo fez dela não só um ator fundamental, mas palco de disputas políticas e, sobretudo, eleitorais. Independentemente das estratégias de sobrevivência no mercado adotadas pelos grupos de mídia – uma delas, assumir a própria partidarização – os tempos são outros. É necessário que a grande mídia não continue na escalada da intolerância, estimulando o processo de polarização e radicalização da política.

Em ano de eleições, mais do que nunca, parece apropriado que se discutam publicamente essas questões. Ou o compromisso maior de todos, inclusive ou, sobretudo, da grande mídia, não é com a democracia?

Venício A. de Lima é professor titular de Ciência Política e Comunicação da UnB (aposentado) e autor, dentre outros, de Liberdade de Expressão vs. Liberdade de Imprensa – Direito à Comunicação e Democracia, Publisher, 2010 (no prelo).


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Comentários

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luiz felipe

Não há "grande mídia" no Brasil. Quando me graduei na década de 80, o inglês, ao menos para leitura, já era obrigatório: onde treinei, tínhamos que ler, a cada dois dias (naquela época jornais "físicos" chegarem ao Brasil em dois dias, era o máximo!): NYT, WP, FT e ELP – em treinamento. Nesse momento, me convenci que jornal brasileiro só serve para "marketing" da peixaria. É claro que gerentes em escala, produzindo algo, morrem de rir dos "balanços" dos jornaleco's.
A direita brasileira tem um grande defeito: não apropria investimentos em favor do balanço. É só trololó…Pior ainda: monoglotamente…
Abs a todos.

Alberto Santos Neto

Os donos da "grande mídia" no Brasil, não são e nunca foram partidário da Democrácia. Seus interesses estão acima de tudo e de todos. Para evitar que a Dilma seja eleita, são capaz de promoverem uma guerra civil e jogar este país numa ditadura pior do que todas as outras que já tivemos. Apoio para isso é que não falta, e pode começar exatamente pelo Poder "Judiciário" (que de justiça não tem nada) que deveria ser o primeiro dos poderes da república a rechaçar qualquer ação neste sentido. Prova disso o "Judiciário" já nos forneceu aos montes, votando sempre contra o povo em diversas ações que chegaram àquela Corte de Justiça, sendo que a última foi a votação de Lei da Anistia, quando votaram favoráveis aos torturadores.

José Malaquias

Fala-se de uma imprensa partidária num país de pessoas sistematicamente despolitizadas. É uma imprensa de uma nota só, de um dono só. Uma imprensa a serviço do neocolonialismo tentando convencer os despolitizados. Mas eles estão acordando. E essa imprensa rateja próxima do fim. Ela não cabe no novo Brasil. Nem os empresários a aceitam mais. Eles viram desvendado qual o jogo da direita neocolonial brasileira após 8 anos de Lula.
Bem disse o dono do Grupo Pão de Açucar: o Lula é 10, ele é meu candidato. Sinal dos tempos, sinal de profundas mudanças. Mas os neocolonialistas, que estão perdendo poder estão tresloucados e pelo poder fazem qualquer asneira.
Sua arma é essa imprensa partidária, igualmente tresloucada.

Paulo

Aqui não acontece o mesmo que na Venezuela, por um simples motivo.
Aqui não se chocou de frente com o empresariado e setor financeiro.
Lula conseguiu criar uma parceria muito ampla entre estado e iniciativa privada, gerando uma situação em que ambos ganham, sem acontecer aquela confrontação que existe na Venezuela.
Aqui uma meia dúzia de velhas famílias antes poderosas, hoje não arrastariam a direita internacional, cia, militares e parcela minimamente significatica da sociedade civil organizada, parta tentar desestabilizar nada.
Se não conseguiram em 2002, não é agora com o país crescendo e gerando empregos é que vão conseguir.

    O vice do Lula?

    Paulo,o "livre mercado" não funciona se o Estado burgues,capitalista, não estiver nas mão do capital,este é o medo da elite,visto que,com o tempo o Estado "democratico" de direita pode "de repente" se estabelecer num Estado democrático de esquerda.O medo deles é aprofundarmos-mos a democracia no Brasil,e implantarmos em nosso pais um regime socialista,onde não havera mais a sociedade em que muitos trabalham e uns poucos se apossam do resultado do trabalho alheio.Caso aconteça de termos um governo socialista(de fato) e um parlamento com viés de esquerda,o bicho vai pegar,caso contrário,será mais do mesmo,ou seja,enquanto a burguesia se enriquece cada vez mais,os assalariados sobrevivem com salario miseraveis,melhor dizendo,ambos não ganham enquanto estivermos sob as ordens do capital.

    francisco.

Bonifa

Dornelles, balançado, está pensando em abandonar os bons:

Jornal do Brasil

DA REDAÇÃO – Em plena fase de busca por acordos políticos, o senador Francisco Dornelles, presidente do PP, é um dos políticos cortejados atualmente – de um lado, pelo o PSDB, que pode oferecer ao progressista a vaga de vice na candidatura de José Serra à Presidência; de outro, pela pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, cujo partido tem, desde 2002, o PP como aliado. Terça-feira, o alvo dessa disputa teceu elogios às duas legendas: enalteceu os feitos do governo de Fernando Henrique Cardoso, e disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi “competente” ao “consolidar as mudanças da gestão anterior”. Na prática, nenhuma decisão. Apoio a tucanos ou petistas, afirmou, só no fim do mês.
http://jbonline.terra.com.br/pextra/2010/05/04/e0

Pedro Luiz Paredes

Um ser humano bom é um ser humano justo.
Uma imprensa boa é uma imprensa justa, se trata de uma sociedade humana afinal e tudo deve seguir suas prerrogativas, até porque deve haver um fim, que não pode ser outro que não os anseios sociais.
O que acontece é que os interesses das personalidades jurídicas e corporativas ocultas ou não, estão se sobrepondo ao direitos sociais constantemente e ganhando um espaço que não é deles, muito menos previsto no nosso sistema constitucional com tais prerrogativas.
É a velha história de a corda arrebentar do lado mais fraco, esse plano tem sido colocado em prática com mais ênfase a partir do final da segunda grande guerra e agora é o ponto crucial.
Temos um EUA desesperado para manter seu plano de condicionamento populacional à sua ordem econômico-militar; no plano internacional o ordenamento.
Não se preocupam com o bem estar social antes dos interesses corporativos e segmentários que mais detém poder atualmente, e isso é evidente.
Se continuar dessa maneira provaremos voltar ao absolutismo mais do que despótico, digo extremo, com o controle de poucos sobre a maior parte da população como já acontece nos EUA. As massas de manobras políticas se unem não ideologicamente, mas na submissão, independentemente da posição política, mas fazendo parte de uma só massa. Isso cria o disfarce perfeito, como se tivéssemos democracia.

sergio

in suma: medo de perder contratos, se serra perde e mercadante ganha em sp, o mínimo que deve acontecer é cortar as verbas para a mídia tradicional, pulverização já

O vice do Lula?

Mais uma analise capenga,dentre outros,sobre o papel da imprensa numa sociedade dividida entre exploradores e explorados.A medida que a luta de classes se acentua,digo,que o capital não consegue se recompor através de seus lucros,a nivel local e mundial,a tendencia do capital e seu partido politico mor(PIGs,em geral) ,é fazer guerra de guerrilha a qualquer alternância de poder fora dos limites e dos interesses do capital.O pensamento unico, tem seus dias contados,conforme a classe dos colaboradores vai percebendo sua condição de explorado e manipulado, e o senso comum já não é tão comum,por isso, este papo de povo conservador,é furado,na medida que a massa vai deixando de ser massificada,ou seja,o equilibrio "democrático" burguês,foi e é contruido em cima de "especialistas" das mentes de classe média a serviço do pensamento burgues,que em suas analises enviesadas, está sempre a serviço da direita no espectro ideologico da luta de classes.O extremismo desestabilizador cresce na medida que o fermento da consciencia politica das massas aflora dentro da luta de classes,embora nem sempre as tenha.

francisco.

Aldo Luiz

Caro Azenha
Sugestão de uma visão ampla de a quem interessa uma "desetabilização", é a forma clássica para INTERVIR com SUCESSO e autorização dos próprios escravos não inssurretos… Uma tragédia sempre empregada com excelentes resultados. Assistam e reflitam sobre o que temos sido e não queremos admitir… [youtube nJCW6AbCoWQ&feature=player_embeddedhttp://www.youtube.com/watch?v=nJCW6AbCoWQ&fe… youtube]

Sou grato

Cunha

Já percebi uma semelhança entre o tipo de ações que certas mídias têm feito com os grupos dos Camisas Marrom,do início do nazismo. Tal mídia não vai às ruas para atacar,mas ,às bancas e procuram disseminar os ataques através de e-mails bem característicos. Não têm propostas,só ataques e manipulação. É uma atitude desesperada para conseguirem alguma atenção,pois não têm palavras convincentes.

yacov

Mas é justamente devido à falta de projetos da oposição, que não tem nenhuma nova proposta para contrapor ao ótimo governo das "esquerdas" que vem gerindo muito bem o país desde 2002, que "grande média, digo, mídia" propõe e alimenta este processo de polarização do embate político, colocando a si mesma como partido político representante da oposição e provocando este "extremismo desestabilizador". Em que pese a "sacralidade da liberdade de expressão como fundamento constitucional" e, portanto, a necessidade de um imprensa livre para para a manutenção do jogo democrático, creio que nossa imprensa ultrapassou todos os limites aceitáveis e esta atuação pouco democrática não contribui em nada para a politização e conscientização das massas no sentido de estimular seu senso crítico favorecendo a escolha de candidatos cada vez mais comprometidos com os interesses do país e não apenas com interesses particulares de um ou outro oportunista.____"O BRASIL DE VERDADE não passa na GLOBO – O que passa na GLOBO é um país para os TOLOS"

Apolo

Nada disso ele fará porque ele não ganhará.

Serra sem dúvida vai ter que privatizar as estatais caso ganhe essas eleições, pois as medidas anunciadas por ele, não vão lhe dar outra alternativa, se não, vejamos:

– Serra vai baixar as taxas de juros. Isso entre outras coisas provocará inflação.

– Serra vai desvalorizar o real. Essa medida além de cooperar para a volta da inflação fará com que aumente a dívida externa em reais.

– Serra vai acabar ou diminuir a importância do mercosul. Essa medida também vai prejudicar o Brasil no comércio com os vizinhos.

Essas iniciativas de Serra vão produzir uma crise brutal e essa crise o levará a vender as empresas estatais.

Além disso, ele vai acabar com as cotas nas universidades, pois como se sabe, eles acham que os negros não precisam de formação superior, pois nasceram para serem flanelinhas

Os evangélicos também não teram o que comemorar com uma possível eleição de José Serra, pois como se sabe alguns que o apoiam são membros de seitas contra-reformistas e irão promover fechamento de igrejas no Brasil, que aliás, começou desde do ano passado em São Paulo.

Por isso temos que nos alertar; eles querem nos levar ao passado de sofrimento e vergonha!

Nada disso ele fará porque ele não ganhará!

É Dilma neles !!!

valmont

Realmente, não é novidade a apropriação do "mass media" pelos coronéis da política no Brasil. Cada oligarquia regional tem seu feudo midiático. Na Bahia, ACM; em Alagoas, Collor; no Maranhão, Sarney; enfim, cada coronel tem os seus castelos de comunicação para manter o poder sobre a plebe.
No Congresso, uma enorme bancada pertencente às mesmas oligarquias regionais garante a "desregulação do setor" (terra sem lei ou poder absoluto). É muito mais do que lobby, são os próprios parlamentares donos ou associados.
O que causa espanto é que, mesmo sendo um esquema de manipulação e dominação nada sutil, tenha demorado tanto tempo para ser questionado pela sociedade.
Como podemos ter democracia em meio a tão acintoso e arbitrário domínio da comunicação que se concentra nas mãos de tão poucos?
Vivemos uma grande farsa dirigida pelos neocoronéis do século XXI.

@ehnoisnaweb

por isso q devemos polarizar a campanha em torno de projetos;

e não entrar nas picuinhas e irracionalidades dos conservadores.

Bonifa

Dornelles, balançado, está pensando em abandonar os bons:

Jornal do Brasil

DA REDAÇÃO – Em plena fase de busca por acordos políticos, o senador Francisco Dornelles, presidente do PP, é um dos políticos cortejados atualmente – de um lado, pelo o PSDB, que pode oferecer ao progressista a vaga de vice na candidatura de José Serra à Presidência; de outro, pela pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, cujo partido tem, desde 2002, o PP como aliado. Terça-feira, o alvo dessa disputa teceu elogios às duas legendas: enalteceu os feitos do governo de Fernando Henrique Cardoso, e disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi “competente” ao “consolidar as mudanças da gestão anterior”. Na prática, nenhuma decisão. Apoio a tucanos ou petistas, afirmou, só no fim do mês.
http://jbonline.terra.com.br/pextra/2010/05/04/e0

Aldo Luiz

Caro Azenha
Sugestão de uma visão ampla de a quem interessa uma "desetabilização", é a forma clássica para INTERVIR com SUCESSO e autorização dos próprios escravos não inssurretos… Uma tragédia sempre empregada com excelentes resultados. Assistam e reflitam sobre o que temos sido e não queremos admitir… [youtube nJCW6AbCoWQ&feature=player_embeddedhttp://www.youtube.com/watch?v=nJCW6AbCoWQ&fe… youtube]

Sou grato

luiz carlos lando

com essa imprenssa predatoria ,mentirosa,pode ter um golpe sim principalmente, com apoi, estadounidense naõ e delirio e fato.

João

O que o autor aponta (o extremismo desestabilizador) não é de todo distante assim.
Estes dias li uma notícia na internet de que um grupo neonazista vai participar das eleições no Peru (lá, para participar de eleições regionais não precisa ser um partido, como o entendemos). Segue o endereço da matéria para quem quiser conferir: http://operamundi.uol.com.br/noticias_ver.php?idC
Temo, sim, que a direita, ao não ver possibilidades de voltar ao poder, utilize-se de subterfúgios para salvaguardar o "estado democrático de direito". Viram o que aconteceu em Honduras? Estão vendo a enxurrada de ações contra Lula? O golpe, a meu ver, será no judiciário. Este seria o grande referendador de um "golpe democrático".
Lembrei-me agora da entrevista do FHC no Canal Livre da Band.
Enfim, democracia com o povo participando é populismo! E isto, para as elites, é um risco à democracia deles.

francisco.latorre

a coisa tá meio venezuela mesmo.

se entrar o zé entregão então.. será um haiti.

..

Cecéu

Se a Venezuela bater, pisar, cuspir na cara (Glauber Rocha), ainda é pouco. Pelo fato de ter petróleo, elegeram por lá uma elite, a là Arábia Saudita, para conversar e negociar, e só. Quando o povo venezuelano finalmente assume o poder, querem continuar conversando apenas com aquela elite? Tenha paciência. E veja Azenha, que ninguém oficialmente no mundo pode dizer que a Venezuela não é uma democracia, uma democracia como eles, do alto de suas 5000 ogivas nucleares, exigem que exista.

João

O que o autor aponta (o extremismo desestabilizador) não é de todo distante assim.
Estes dias li uma notícia na internet de que um grupo neonazista vai participar das eleições no Peru (lá, para participar de eleições regionais não precisa ser um partido, como o entendemos). Segue o endereço da matéria para quem quiser conferir: http://operamundi.uol.com.br/noticias_ver.php?idC
Temo, sim, que a direita, ao não ver possibilidades de voltar ao poder, utilize-se de subterfúgios para salvaguardar o "estado democrático de direito". Viram o que aconteceu em Honduras? Estão vendo a enxurrada de ações contra Lula? O golpe, a meu ver, será no judiciário. Este seria o grande referendador de um "golpe democrático".
Lembrei-me agora da entrevista do FHC no Canal Livre da Band.
Enfim, democracia com o povo participando é populismo! E isto, para as elites, é um risco à democracia deles.

Rodrigues

Esqueçam esta bobagem de Zeitgeist! Aquilo é o mesmo que teorias da conspiração e sequer apresenta novidades. Apenas fala algo que é de conhecimento geral de forma sensacionalista, enviesada e com um tom persecutório. Aliás, muito parecido com o que faz o PIG! "Zeitgeist" difunde um tipo de raciocínio simplista e persecutório que devemos dispensar. Há coisas melhores para se assistir e para se ler e aprender.

    francisco.latorre

    então indica aí..

    essas tais coisas melhores.

    ..

    Glecio_Tavares

    Latorre desconfio que o cara vai indicar a Veja.

    Edison

    Eu penso o mesmo que o Rodrigues, só que tudo ao contrário!

    Glecio_Tavares

    Muitos não viram Zeitgeist ainda. Muitos nem imaginam a manipulação que sofrem. Indique algo melhor ou cale-se para sempre.

Marat

Se formos analisar o contexto atual de uma forma bastante serena, veremos que o momento é delicado: Famílias desagregadas, igrejas às moscas, educação (em SP) falida. Ou seja, centros que poderiam dar um certo equilíbrio (deixando as manipulações de lado) estão em processo de transformação. O outro centro de poder, a imprensa, que deveria ser equilibrada e honesta, está dominada por empresários e pessoas do mercado especulativo, com forte tendência a apoiar aventureiros travestidos de salvadorees da pátria, tudo em nome do mercado!

Adilson

A mídia se tornou no PIG, portanto perdeu seu compromisso com a democracia, seu compromisso é com projeto de poder.
Ademais, há um fato curioso no Brasil que ainda não foi percucientemente discutido, qual seja: o maior partido do Brasil – o PMDB, curiosamente abriu mão do cargo majoritário, para garantir o poder comendo pelas beiradas, já a dita oposição o PSDB, abriu mão do discurso político de oposição, delegando essa tarefa para o PIG.

francisco p neto

Azenha
Eu fico pasmo de ver como os paulistas se comportam sem o menor escrúpulo com o governo Lula -lógica – influenciada pela mídia corporartiva, que ao menos em São Paulo parece que está surtindo efeito.
Um cidadão, produtor rural, classe média alta, veio reclamar para mim que teria que recolher 14 mil reais de IR de uma saída de gado da sua propriedade. Não foi venda não, porque venda sem ser para abate não recolhe impostos. A sua reclamação era "doída" porque não iria bater com o demonstrativo que os pecuaristas têm que apresentar mensalmente à receita estadual.
A frase do fulano foi simples e acusativa: "tá vendo, tive que recolher 14 mil reias de IR para o sr. Lula roubar".
Fiquei aturdido porque tenho menos posse do que ele, sou funcionário público e tive retido na fonte 12 mil reais e nem por isso saio por aí reclamndo!
Mas ele não perdeu por esperar! Teve a resposta que merecia. Resumo da história, abreviou a conversa e saiu de fininho. Mas não me engano, para esse fulano qualquer um que entrar no governo e mexer no seu bolso vai reclamar. A não ser que seja um candidato da grande mídia que consiga esconder e maquiar a desgraça que um possível governo conservador provocará no país.

    Cecéu

    Os paulistas estão definitivamente contaminados pela essência do pensamento neoliberal tucano, inoculada em seus cérebros pacientemente por anos e anos a fio. Esta essência se resume no seguinte: "Todo mundo rouba. Não existe ninguém, político, juiz ou empresário, honesto. Tudo se resume a grana. Quem não pensa assim é otário. É apenas um neobobo. E o resto (Pátria, amor, amizade) é papo furado." Esta é a essência do pensamento tucano que destruiu o cérebro e a alma da classe média de São Paulo.

Aldo Luiz

Interessante ler este texto, "antiqüíssimo", que demonstra a mágica da permanência da invisibilidade do perene milenar escravagismo, do novíssimo H.A.A.R.P. e dessa midiocracia nas Américas vigindo com toda "liberdade democrática" há mais de meio século. A quem interessa se não à Nova (velhíssima) Ordem Mundial escravagista e seu 4º Reich. A mente aberta está desafiando o que nos mantém presos no nada, longe da criadora verdade infinita.
Sinto muito, sou grato.

Jorge

Não, não há essa possibilidade, pois caso isso aconteça, o nosso dever patriótico será defender a Constituição e as Instituições de Governo Legítimo. E não há nada que o fogo não purifique!

    Arnold Bezerra

    Só há um caminho e este se chama Democracia. Esta bandeira será empunhada pelos brasileiros. Pode haver radicalização aqui e ali, mas , sem Democracia não iremos a lugar algum. Todos nós sabemos as consequências da radicalização. O bom senso sempre terá que prevalecer!

    Ivan Arruda

    Democracia implica em explicitar verdades, escancarar engôdos e respeitar a pluralidade cidadã. Para quem é sectário, manipula e mente, essa democracia não interessa. O maior risco contudo são as academias. Antes reflexivas e propositivas, agora apenas contemplativas. De títulos, diplomas, Ongs e Oscipls. Sob a ditadura dos bacharéis.

    O vice do Lula?

    Arnold,o que voce chama de bom senso,entre o explorador e o explorado,numa sociedade de luta de classes!!! Vivemos sob a ótica da ditadura do capital,mais conhecida por nós como capitalismo,ou seja,uma minoria(os capitalistas) ditam as regras para a maioria,estes,na condição de explorados pelo capital,conhecidos também como colaboradores.Estou de acordo com o Jorge "…não há nada que o fogo não purifique!" (revolução?). Ou seja,a história já nos mostrou que onde a burguesia perdeu o poder para a esquerda (de fato),ela não foi numa boa.Já esqueceu-se do golpe de 1964,Venezuela 2002,Bolivia,honduras,quer mais… eu falo…

    francisco.

Patrícia

Sempre gosto dos textos do Venício de Lima. Mesmo sendo um teórico, ele consegue escrever de forma fácil de ser entendida por leigos.

Tweets that mention A quem interessa o “extremismo desestabilizador”? | Viomundo – O que você não vê na mídia — Topsy.com

[…] This post was mentioned on Twitter by Conceição Oliveira and Hélio Sassen Paz, Edson B Camargo. Edson B Camargo said: RT @maria_fro: A quem interessa o "extremismo desestabilizador"? – http://tinyurl.com/389n6n8 (via @viomundo) […]

Glecio_Tavares

Vamos sacudir o coração dos esquerdistas?

Um pouco de musica venezuelana: Casas de cartón:http://www.youtube.com/watch?v=mxSyNhtcvJQ&fe

E uma que trata da guerra, o que acontece no Afeganistão poderia acontecer aqui?
Evanescence Vozes Inocentes o clipe toca fundo:http://www.youtube.com/watch?v=SlF9zRUfHJs&fe

Glecio_Tavares

Azenha e Conceição.
Com a devida licença gostaria de postar uns links de videos definitivos em varios assuntos de interesse do progressismo.
Alguns peguei no proprio site viomundo:
Os mestres do dinheiro:http://www.youtube.com/watch?v=Rcbq1dXMS6A&fe
Embargo aeronautico:http://www.youtube.com/watch?v=GURWeWJsyR8
Zeitgeist:http://video.google.com/videoplay?docid=-22821830
Zeitgeist 2 Addendum:http://video.google.com/videoplay?docid=-22821830

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