Indígena e terapeuta cearense: “Governo federal não se preocupa com a vida e o cuidar”

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“O Governo Federal não se preocupa com a vida, com o cuidar”, diz Fátima Tibiriçá, indígena e terapeuta cearense

Coletivo Rebento – Médicos em Defesa da Ética

“Infelizmente o Governo Federal não se preocupa muito com a questão da vida, do cuidar. Não coloca a vida em primeiro lugar. Se estivesse tendo mais cuidado, mais amor pela vida, com certeza menos gente estaria morrendo”.

Palavras de Maria de Fátima Castro Lima, a Fátima Tibiriçá, moradora do bairro do Jangurussu, em Fortaleza, índia da tribo dos Canindé, do município cearense de Aratuba, terapeuta holística, integrante do coletivo Articulação Nacional de Educação em Prática Popular de Saúde.

Ela foi uma das participantes da manifestação de profissionais de saúde e de diversos movimentos sociais e coletivos, realizada na manhã desta sexta-feira, 24/7, em Fortaleza, com atividades promovidas na sede da Associação dos Docentes das Universidades Federais no Ceará – Adufc Sindicato, seguindo todas as regras e os protocolos de distanciamento social e prevenção ao coronavírus.

A manifestação, com uma destacada programação cultural, denunciou as mais de 80 mil mortes por Covid-19 no Brasil, cobrou responsabilização do Governo Federal e enfatizou a defesa da vida, da ética, da democracia, da cultura, da ciência e do Sistema Único de Saúde (SUS).

Edinho Vilas Boas, Alan Kardec, Paola Tôrres, Rosa Primo, Andreia Pires estiveram entre os artistas participantes das atividades, registradas em vídeos para as redes sociais, sem presença de público.

A ação também angariou recursos para apoiar o Festival Gente é pra Brilhar… Não pra Morrer de Fome, que acontece até domingo, 26/7, para ajudar artistas, técnicos e produtores culturais que estão há quatro meses sem poder trabalhar em atividades presenciais.

A programação é promovida pelos coletivos Rebento – Médicos em Defesa da Ética, Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia/CE, Movimento #Eu Defendo o SUS/CE, Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares/CE, Coletivo Girassóis – Espíritas pelo Bem Comum, Coletivo Vida e Cidadania, Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular em Saúde, Associação dos Docentes da UFC, Centro Acadêmico XII de Maio e Coletivo CA XII de Maio para Sempre.

A saúde como missão

Fátima Tibiriçá tem quase 20 anos militando em favor da saúde:

“Entrei como uma missão, uma força e estou até hoje. Sempre tive essa defesa na área da saúde. Hoje, como terapeuta, coordeno o Espaço Oca de Saúde Comunitária, da Secretaria de Saúde de Fortaleza, onde a gente aplica práticas de cuidados. É um espaço muito bonito, que dá muito sentido à vida”.

Para ela, “a resistência na luta” é a marca maior da manifestação desta sexta-feira, unindo tantos coletivos e movimento “Isso é importante. Quando a gente não desiste nunca do que quer. Fiquei muito grata de ter participado. Orgulhosa de entrar nesse movimento e permanecer”.


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