Universidade nega apoio a aluno de Jornalismo ameaçado em programa policial

Tempo de leitura: 4 min

por Conceição Lemes

Quem se recorda do caso do estudante do estudante de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), ameaçado no ar pelo apresentador do programa policial da TV Vila Velha, um canal de TV a cabo no Paraná?

O Viomundo denunciou-o aqui há pouco mais de dois meses.

Para quem está chegando agora ou não se lembra bem da história, o apresentador é o Zeca (José Carlos Stachowiak), do Rádio Patrulha 2, ou RP2. O estudante, Lucas Nobuo Waricoda, 20 anos, do segundo ano de Jornalismo. Em texto feito para o blog Crítica de Ponta, que funciona como laboratório da disciplina Crítica da Mídia, ele criticou o conteúdo das notícias policiais veiculadas diariamente no dito programa.

O apresentador não gostou. Em 31 de março, reagiu agressivamente no ar. Atacou o estudante (o vídeo, dividido em duas partes, está aqui e aqui) e insultou a mãe dele.  Disse entre outras coisas:

“Vocês jornalistas que acham que são Deus, que nunca fizeram porcaria nenhuma por este país….vocês não fazem bosta nenhuma por este país …e a mamãe como é que tá e o chifre do papai, tá sendo bem polidinho? Então comece a polir…Safado , filho de mãe solteira!  isto aqui você vai engolir…posso fazer engolir o computador, normalmente a gente faz engolir papel e prá mim te achar, a partir de amanhã …programa policial já existia antes de a mãe dele sair com o vizinho…você arranjou o pior inimigo agora, eu arrebento com você agora…e eu vou te pegar!

“Foi uma reação desproporcional do apresentador, que revelou total incapacidade de receber críticas, pois o Lucas em nenhum momento foi agressivo”, repudiou à época o professor Sérgio Gadini, da disciplina Crítica de Mídia, que abriga o blog-laboratório da faculdade. “O Crítica de Ponta é um espaço para os alunos se exercitarem na profissão e repensar criticamente a mídia.”

“Uma violência gratuita, uma violação de direitos humanos”, condenou a professora Karina Janz Woitowicz, chefe do Departamento de Comunicação da UEPG. “O apresentador teria dito que faria uma visita surpresa ao curso de Jornalismo.”

QUEIXA CRIME AO MPF E À ANATEL E PROCESSO CRIMINAL

“Só fiquei sabendo em 1º de abril quando o programa foi reprisado”, conta Lucas ao Viomundo. “Inicialmente, fiquei bem assustado. Você não tem noção do quanto é horrível andar pela rua sob risco de levar uma ‘surra’ a qualquer momento. Nunca passou pela minha cabeça que isso pudesse acontecer. Achei que, por ser um programa polêmico, já tivesse recebido outras críticas.”

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Paraná saiu logo em defesa do estudante (veja nota aqui).

“Meus colegas e professores reagiram com espanto e repúdio”, continua. “Demonstraram solidariedade com a causa e entenderam que ele não só me ofende, mas ofende o Jornalismo enquanto atividade que deve ser exercida com respeito à ética e aos valores morais.”

Lucas fez boletim de ocorrência (BO).

“Encaminhamos a mesma queixa crime ao Ministério Público Federal (MPF) e à Anatel [Agência Nacional de Telecomunicações]”, revela. “Nela constava aquilo que o apresentador havia feito.”

O MPF de Ponta Grossa instaurou procedimento administrativo para apurar possíveis delitos de injúria e de ameaça cometidos pelo apresentador. A Anatel intimou a TV Vila Velha. Se  não tirasse o RP2 do ar, seus transmissores seriam lacrados. O programa saiu da grade e o apresentador demitido. Mas recorreu e já está no ar.

“Abrimos também processo contra o apresentador”, informa . “Alegamos que nos sentimos ofendidos. Eu, pessoalmente, intimidado para sair de casa, por exemplo, com medo medo de ser “pego” na rua.”

O nós a que se refere Lucas são ele e a mãe. “Eu abri processo por causa das ameaças e ameaças”, frisa. “E a minha mãe pelas ofensas que recebeu.”

UNIVERSIDADE: “CASO PERTENCE À ESFERA PRIVADA DO OFENDIDO”

“E a Universidade está te apoiando?”, perguntamos.

A resposta foi seca: “Não”

Os professores do Departamento de Comunicação enviaram ao setor jurídico do UEPG, solicitando inclusive desde medidas de proteção ao Lucas à abertura de processo contra o apresentador e defesa jurídica do estudante.

Em seu parecer, a procuradoria jurídica da UEPG afirma:

não se vislumbra ataque aos alunos do Curso de Jornalismo da UEPG e muito menos ataque à instituição, posto que o apresentador se refere a ‘alunos de jornalismo’ de forma genérica e também a fala reflete opinião legítima que qualquer um pode ter a respeito de qualquer categoria de profissionais, da mesma forma que todos taxamos os políticos de forma genérica, dos mais diferentes adjetivos.

Diz ainda:

O referido caso, passível de reparação civil e criminal, pertence à esfera privada do ofendido, o mesmo se dizendo quanto aos demais alunos que fizeram comentários em blog e que foram alvo dos mesmos ataques.

Professores e alunos questionaram essa interpretação jurídica da instituição. Em vão.

Lucas é vítima pela segunda vez. Agora da própria Universidade, que, convém lembrar, é pública. A ofensa que sofreu não se restringe à esfera privada, individual. Atinge em cheio o coração de todos os professores e alunos do Departamento de Comunicação da UEPG. Consequentemente, a própria Universidade.

Pense nisso, professor João Carlos Gomes, magnífico reitor da UEPG.  Ainda há tempo de apoiar o seu aluno, que não fez nada de errado.  Reflita sobre estas questões também:

1) O senhor tem certeza de que o apresentador, ao atacar seu aluno por um texto publicado no blog da disciplina do Departamento de Comunicação, não está agredindo a própria UEPG?

2) O senhor esqueceu que o Lucas é apenas um estudante – está aprendendo! –, e a responsabilidade pelo texto veiculado é do Departamento de Comunicação da UEPG?

3) Como a UEPG espera formar jornalistas de qualidade, que resistam à pressão da profissão, se ela própria não lhe dá apoio numa situação em que ele é a vítima?

4) Ou será que concorda a virulência das ameaças à crítica polida do seu aluno?

5) Que lição Lucas e seus colegas levarão dessa lamentável experiência? Será que não vão achar que é melhor calar a boca em vez de exercer a profissão como se deve, buscando a verdade dos fatos?

6) Será que a UEPG ao negar apoio ao Lucas não está contribuindo para a formação de profissionais acríticos, sem qualquer compromisso com a realidade social?

7) Será que a UEPG vai esperar algo mais grave acontecer a Lucas ou a outro estudante para acordar para o seu papel?

“Não é fácil encarar essas ameaças, mas não há nada que me faça entrar em desespero e abrir mão de buscar e divulgar a verdade”, Lucas ensina. “Essa luta não é só minha, é dos jornalistas brasileiros.”


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Comentários

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Kandeiya

Universidade nega apoio. E por que deveria dar?

O aluno não sabe se virar sozinho? Foi ele quem arranjou sarna para se coçar. Agora que aguente.

    David

    Deveria dar apoio tendo em vista que a liberdade de expressão é assegurada constitucionalmente, e nenhuma pessoa que goza de privilégios ou poder pode intimar alguém por manifestar (de forma sadia) seu ponto de vista sobre algo. A Universidade como um centro que zela pela democracia tem a obrigação moral de apoiar qualquer estudante que seja ameaçado por expressar livremente seu pensamento, aliás, não só a Universidade como qualquer orgão estatal que zele por este valor. Criticar não é procurar sarna, é tentar melhorar.

Urbano

Nisso tudo, a grande 'genialidade' está em quem deu parecer favorável a que o programeco voltasse ao ar.

Jairo_Beraldo

Os responsáveis pela instituição ainda não se manisfestaram? Pobre ensino paranaense! Perdem até para SP do Zé!

Leandro

Passou no Top Five! http://www.youtube.com/watch?v=5Q9e2uZIQcA

Eduardo Guimarães

É vergonhoso a universidade em tela não se colocar ao lado dos alunos agredidos. É claro que é direito de qualquer um criticar a classe jornalística, mas não é direito de ninguém ameaçar a outrem de violência e, ainda por cima, dizendo que está se lixando para a lei à qual o agredido certamente iria recorrer. Cabe uma denúncia contra a universidade ao Ministério Público Estadual.

Teresa Silva

Protestem na Ouvidoria da Universidade: http://www.uepg.br/Ouvidoria/

jose carlos

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PONTA GROSSA:

CADA VEZ MAIS GROSSA E MENOS DE PONTA.

    Carlos

    Bartão de Itararé assinaria embaixo.

Yacov

Também concordo com quem disse que a Universidade não pode tirar o corpo fora. Essa é at uma questão de direitos humanos, além de ser uma questão ética. O Apresentador não pode utilizar a mídia televisia para resolver suas questões pessoais e frustrações. Se não gostou da crítica do aluno, que formalizasse uma reclamação junto à Universidade ou ingresse judicialmente contra o mesmo. A instituição perde uma grande chance de hastear a bandeira direitos humanos no país… Mas essa já é até uma questão cultural entre nós. Quando se fala em direitos humanos no BRASIL parece que estamos defendendo bandidos… É triste, mas é verdade… Seria esta mais uma herança maldita da maldita ditadura na qual vivemos amordaçados e com medo por longos 20 anos??? Com certeza que é.

"O BRASLI DE VERDADE não passa na glObO – O que passa na glOBO é um braZil para tolos"

Conceição Lemes

Jorge e Victor, entendo a indignação de ambos. Mas os comentários dos dois têm palavras pesadas. Mas não dá para liberá-los. Do conrário, é fazer o que apresentador fez com o Lucas. Pensem nisso. Abs

Carlos

O advogado Roberto Antônio Busato nasceu e vive em Ponta Grossa.
Ele tem algo e declarar sobre o episódio?

    clemes

    Carlos, vc ou alguém teria o telefone do Roberto Antonio Busato? Ele mandtém vínculos com a cidade? Abs

    Carlos

    Verificarei, mas pelo que sei é dono de uma faculdade de Direito lá.
    De qualquer forma, a ponte é a OAB, da qual ele foi presidente nacional em 2008-2009.

Carlos

Lucas nasceu e foi criado em Ponta Grossa ou é um "estangeiro"?

Gerson Carneiro

Agora vamos analisar a discrepância de tratamento e a ironia do fato, em outro caso, que ilustra como a sociedade "trata melhor quem se veste bem".

Estou me referindo ao caso da garota do vestido vermelho, ex-Uniban.
Concordo que foi vítima no fato, que sofreu violência gratuita, que foi achincalhada, foi desrespeitada e etc…
Mas teve sua "recompensa", "se deu bem", virou "celebridade". Foi até convidada e desfilou em escola de samba. Tá "bombamdo" na mídia.

O caso do Lucas ocorre em uma cidade distante e menor. Lá aonde os horrores acontecem "e ninguém fica sabendo". Talvez por isso a UEPG finge que não é com ela, e que seu aluno é inconveniente ao ponto de expo-la ao ridículo.

    Antonio Leandro

    Olha Gerson, o que acontece é que a sociedade ocidental é completamene sexualizada. A garota é um atrativo para a mídia. Ela tem os ingredientes, que por exemplo, agradam aos olhos de quem vê Playboy. Não sei se ela saiu ali, é só um exemplo. Agora, um barbado não tráz nenhum atrativo, a não ser que seja deslumbrante aos olhos das mulheres. No final, na balança de quem dá ibope ou não é isso. Veja o caso daquela cópia de programa gringo, o BBB. As mulheres, no final, saem lucrando muito mais, tem mais vantagens e campo de trabalho.

    clemes

    Gerson e Antonio, são situações diferentes, embora as universidades tenhas sido omissas em ambas. Suponho que não seja a intenção de ambos, mas os comentários dois embutem machismo, preconceito, discriminação de gênero. Ao darem a entender que a Gisele conseguiu o sucesso porque é uma menina exuberante enquanto o Lucas, não,"por ser um barbado, demonstram o equivoco. Isso é perigoso. Ambos merecem ser defendidos, porque foram agredidos, tiveram violados os seus direitos humanos. A Gisele, na fcauldade por seus colegas. O Lucas, por um apresentador. Ponto. Abs

    Gerson Carneiro

    "Ambos merecem ser defendidos" (Lucas e Geyse Arruda).

    É exatamente esse o ponto que quero ressaltar. E por que igualmente não são defendidos?

    Existem sim machismo, preconceito, discriminação de gênero, nessa questão, mas não partem de mim. É exatamente isso que quero destacar.

    No caso da Geyse, por que embutir o apelo do uso de sua exuberância feminina? Não que ela seja culpada disso, não é isso (ela deve sim aproveitar as oportunidades que julgar boas para sua vida). É a sociedade que assim decide agir de forma diferente em casos semelhantes. E é aí que mora o perigo. Dois pontos :) Abs.

    Conceição Lemes

    Gerson, a Geyse (obrigada por corrigir o nome dela) estava em São Paulo no olho do furação. O Lucas, no interior no Paraná numa cidade menor. Talvez se o caso do Lucas tivesse acontecido teria tido outra repercussão. Daí o papel da internet de tornar o que aconteceu o mais disseminado possível. Concorda? Abs

    Gerson Carneiro

    Concordo, inclusive eu digo isso no final do meu comentário "lá onde os horrores acontecem…".
    Mas não concordo com o fato de que seja necessário estar em São Paulo para ter tratamento adequado. Senão, o que restará às pessoas no inteior de Roraima?

    Quanto à internet, é maravilhoso externar nossa indignação além de dentro de casa e para colegas do trabalho. Foi uma das melhores coisas que os americanos criaram (além do big mac).

    clemes

    Gerson, não é questão de tratamento adequado…Vc não entendeu. O fato é que por estar em São Paulo teve maior repercussão na mídia. Só isso. Nós temos de tratar iguais como iguais, com certeza. Ou vc acha que se o caso da Geisy tivesse ocorrido em POnta Grossa teria a mesma repercussão. Só isso, cara. Quanto ao BicMac, arghh. Sorry. Para mim, lembra um pouco isopor (rs). Abs

    Gerson Carneiro

    Eu prefiro um acarajé ou um abará, mas óia…. o bichim também é gostozim.

    @leumasocsalev

    Gerson, primeiro agradeço por seu apreço aos meus comentários, a recíproca é verdadeira.

    Tendo em vista meu primeiro comentário com relação à assistência estudantil da UEPG sinto a necessidade de oferecer entretanto um contraponto de defesa da universidade. Quando entrei lá em 2007 faltavam muitos professores, não sei precisar quantos, algo entre 120 e 150 (pelo menos). Logo no primeiro ano de jornalismo tínhamos 9 disciplinas teóricas e somente uma prática, o que fundava as bases de um bom curso, a despeito dos percalços enfrentados pela universidade. Me lembro ainda de aulas com grandes professores, como a Kelly, de Sociologia da Comunicação (doutora de Frankfurt, o berço da Escola Crítica), o Emérson de Estudos de Comunicação e Cultura e o Gadini (entrevistado na matéria da Conceição).

    O Gadini me ofereceu as chaves do carro dele no primeiro mês de aula, propondo que eu fosse acompanhar uma negociação do acampamento do MST Teixeirinha logo no primeiro mês de aula! Recusei polidamente dizendo que ainda não tinha carteira de habilitação. O mesmo me levou para conhecer, em companhia da professora Hebe, o acampamento. Meu primeiro contato com o MST. Uma semana depois a polícia desmanchou o acampamento de 70 famílias. Ponta Grossa é o olho do furacão da luta por uma distribuição mais igualitária de terras no Paraná, foi lá que se iniciou o Abril Vermelho de 2007, que paralisou 26 praças de pedágio no estado!!

    O movimento estudantil em Ponta Grosa é muito forte e digo com certeza que mais que na Unicamp. Talvez por causa da diferença entre a verba e os recursos de pesquisa disponíveis pra cada universidade, que vivem realidades distintas. Sem contar que a Unicamp é N vezes mais elitizada que a UEPG. Pra averiguar quão elitizada é uma universidade basta checar o valor médio do aluguel no entorno da mesma. Aí você vai ver pros filhos de quem a universidade é destinada…

    Com relação ao Núcleo Jurídico da UEPG, não sei se foi deles o parecer que está disposto nessa matéria ou se é da assessoria do reitor, gostaria que a Conceição me tirasse essa dúvida… o Núcleo Jurídico me ajudou muito quando a maior imobiliária da cidade me despejou verbalmente do apt que dividia com outros estudantes, possibilitando que mantivéssemos o apt barato, uma raridade naquelas bandas. Não cobraram nada e tudo foi resolvido muito rápido. Aqui em Campinas pra conseguir advogado preciso da PUC e 3 meses de espera! Os alunos não têm esse tipo de assistência.

    Enfim, eu diria que a UEPG é "cinza", complexa. Difícil julgar a universidade só por esse episódio.

    Abraço!

    clemes

    Caro, foi o núcleo jurídico da Universidade, que tem vários advogados. Que bom que no teu caso agiriam. Lamentável que tenham virado as costas para o Lucas. É inconcebível por qualquer ângulo que vc olhe, concorda? Abs

j,claudio henriques

O que esperar de uma sociedade com uma universidade publica com este comportamento? Ha alguma coisa errada nas entranhas mesmo do ensino brasileiro… Haveria como conseguir um e mail para q pudessemos protestar frente a esta instituiçao?

ricardo silveira

Não ficou nada bem para a UEPG negar proteção a um aluno agredido no exercício de atividade acadêmica. Acho que o problema é muito mais que jurídico, é de postura ética que a instituição tem que praticar como educação aos seus alunos.

priscila presotto

Esta universidade é um lixo e pelo amor de Deus ,que "jornalista"Zeca é esse?

Edmundo

AHAHAHAHA HA HAHA HA

O Reitor está se borrando e se molhando de medo do apresentador!

Acha que também vai levar uma coça no meio da rua se ajudar o aluno.

COVARDE!

Werner_Piana

Esse Zecão é um lixão, deveria ter sua licença(?) de jornalista(?) cassada.
Força Lucas Nobuo Waricoda!

Leonardo Câmara

Prezada Conceição,

É possível que vocês estejam cometendo a maior injustiça e não saibam.

Vou relatar o que acontece nas federais, supondo que seja análogo na esfera do estado do Paraná.

Acontece que, nas federais, o reitor não é senhor absoluto da instituição. Ele tem de consultar órgãos colegiados (em geral formados por muitos professores e alguns funcionários técnico-administrativos e alunos. Todos eleitos) e quando faz isso, em geral, recorre a um parecer da procuradoria (jurídica) da instituição.

Nas federais, repito, o procurador da universidade é um procurador da república lotado na instituição (membro do MPF, salvo engano). Em resumo não é o reitor que escolhe o procurador, mais o estado, no caso a união.

Sendo assim, o reitor não diz a ele o que deve escrever; ele fala livremente. Portanto, se o reitor desacatar essa recomendação, pode incorrer em ilícito administrativo e ser cobrado por isso mais tarde. O procurador está ali pra isso, pra orientar juridicametne os membros da instituição, no sentido de evitar que haja qualquer dano à mesma, por atuação temerária de seus representantes.

Por exemplo, sob consulta formal, eles atuam dando recomendações a reespeito da elaborações de editais, ou mesmo avaliam a legalidade de dispositvis internos tais como artigos de estatutos e regimentos, que são complementares a leis gerais e dispositivos assegurados pela contituição de 1988, uma vez que esta assegura autonomia das universidades na sua gestão.

Porém, coisa totalmente diferente é a postura do procurador. Isso é a opinião jurídica dele, não necessariamente o entendimento da justiça. É óbvio.

Ora, como se vê, os recursos humanos e a produção intelectual desenvolvidos pela instituição não representam nada de valor para esse procurador, o que demonstra total inaptidão para o exercício da função. É evidente o dano causado pela ameaça à qualquer aluno que pertença à instituição, quando se manifestando num projeto acadêmico, seja de pesquisa, ensino ou extensão.

Tripé fundamental das universidades públicas brasileiras. Pelo menos é esse o entendimento da academia.

O caso então é de interpelar esse procurador, seja na justiça, seja por meio de entrevista, pra ele dizer porque não protege alguns dos maiores bens da instituição, que são o material humano que ela forma e sua produção intelectual.

A seguir nessa linha, amanhã serão os professores os ameaçados e quem sabe em futuro próximo até o magnífico reitor. Será que, em seu parecer, o ilustríssimo sr. procurador não contemplou este lado da questão?

O caso é grave!

    clemes

    Leonardo, leia bem a matéria. O área jurídica da UEPG fez o parecer. A reitoria acatou. POr que a reitoria não questionou o parecer já queo fato diz respeito diretamente à Universidade? O texto não foi feito para o blog da esquina, mas para o BLOG-LABORATÓRIO da disciplina DO CURSO DE COMUNICAÇÃO. O fato de o jurídico dizer que é isso ou aquilo não significa que seja necessariamente o mais adequado, concorda? O que eu fiz foi cobrar do reitor uma reflexão sobre o assunto e uma revisão da decisão. Houve eleição recentemente para reitor da UEPG e isso foi cobrado dele também por alunos e professores. O Lucas não fez nada de errado, é um estudante, as ofensas decorreram de uma tarefa na escola. É inconcebível o que aconteceu com ele e a decisão da Universidade. Não importa que tenha sido o jurídico, o fato é que a Universidade o jogou às feras com esse parecer.

    Leonardo Câmara

    Prezada Conceição,

    Com todo o respeito, mas ler bem é coisa que eu sempre fiz a minha vida inteira. E fui muito bem sucedido nisso. O que me parece que não aconteceu foi a recíproca.

    Se você tivesse lido até o final o que escrevi, teria visto que eu não concordo com a decisão do procurador, mas o reitor está de mãos amarradas. Vai recorrer a quem? Você por acaso poderia sugerir alguém? Isso nunca aconteceu. Isso não existe! Falo com conhecimento de causa e não como curioso.

    Você já viu algum presidente da república descumprir recomendação do advogado geral da união?

    O problema aqui parece ser falta de entendimento de como funcionam os órgãos da república. O pronome de tratamento para reitor é magnífico e não sua magestade.

    Se o reitor pede parecer pra outrem e recebe um parecer favorável e o segue, então ele, e somente ele, passa a responder pelo ato. Pois em caso de condenação da instituição na justiça, o próprio procurador da universidade vai acioná-lo judicialmente. Entendeu agora porque o reitor não o fez?

    Sei, por experiência prática, que muitos professores e alunos de instituições públicas desconhecem o ordenamento jurídico de uma universidade. Por isso, do ponto de vista estritamente jurídico, é perda de tempo colher estas opiniões indignadas no campus.

    Sendo assim, vou repetir: Em última instância, quem responde pela instituição do ponto de vista jurídico é o procurador. Logo, vocês estão pressionando a pessoa errada.

    clemes

    Leonardo, li, sim, todo o teu texto. E vi a sua preocupação. Obrigada. Abs

    Conceição Lemes

    Leonardo, vc faz referência ao uso do termo magestade. Em relação ao reitor á magnífico. Vc fez a observação por quê? Onde o termo foi empregado incorretament? Abs

    Leonardo Câmara

    Ninguém fez, fique tranquila, não se trata disso. A questão é que ele não pode tudo. Mesmo que ele não concorde, não é de bom alvitre manifestar isso publicamente, pode parecer que ele está querendo gerar turbulência se insurgindo contra o procurador. Então ele tem um rito a seguir. Enfim, eu estou dizendo que ele não pode tudo, tem amarras institucionais. Só isso.

    patrick

    Pede novo parecer a outro dos procuradores do quadro da Universidade.

    Leonardo Câmara

    Em geral, nesse quadro, tem um único responsável chefe. Ele dá a última palavra (ele deve ser do MPE). Entendeu agora? Conhece a estrutura do procuradoria geral da república? Isso se repete nos níveis intermediários. Agora só na justiça…

    Leonardo Câmara

    E tem mais, nem cabe ao reitor questionar, quem tem que interpelar judicialmente a instituição é o estudante. Isso pode forçar a justiça a reverter o parecer da instituição. Isso é o que pode ser feito. Mas é iniciativa do estudante, que é parte prejudicada e não do reitor.

    Conceição, o reitor pode ter a opinião política dele, mas administrativamente ele não pode agir de forma temerária. Senão quem responde é ele.

    Leonardo Câmara

    Muito bem então…

    Estamos do mesmo lado, mas pra resolver tudo isso tem o caminho mais apropriado. A própria associação docente, caso instada, poderia se manifestar neste caso. A associação deve ter um setor jurídico que poderia acionar a justiça estadual no sentido de fazê-la reverter a decisão da universidade de não se defender deste ataque.

    Se os professores estão mesmo indignados, poderiam, e creio mesmo que devam, levar esta questão até a associação docente pra ela agir em defesa da instituição.

    Penso que há como reverter esta decisão, mas é preciso que o estudante colabore neste sentido. Tem que ser cidadão, não é ficar chorando pelos cantos.

    Como ele deve ser um garoto, penso que caiba aos professores dele, de preferência os que o orientaram no projeto, levar esta questão pra associação acionar a universidade na justiça. Até porque, amanhã a ameaça pode se voltar contra eles.

    Parabéns pelo trabalho que você está fazendo.

    Errata: Eu escrevi “mais” e “magestade”, ao invés de “mas” e “majestade” em algum lugar aí. Minhas desculpas…

    Gerson Carneiro

    Sendo assim, para o reitor eu canto:

    ""Ê! Ê!
    Ele não é de nada
    Oiá!!!
    Essa cara amarrada
    É só!
    Um jeito de viver na pior
    Ê! Ê!
    Ele não é de nada
    Oiá!!!
    Essa cara amarrada
    É só!
    Um jeito de viver
    Nesse mundo de mágoas…"

    Cara Valente – Maria Rita – Composição: Marcelo Camelo

Ricardo

Esse apresentador idiota ainda vai fazer desse estudante um Herói. E que assim seja. Todo apôio ao Lucas Nobuo Waricoda!

pluralf

Vamos ser práticos: QUEM NOS CONSEGUE OS PRINCIPAIS EMAILS ADMINISTRATIVOS DA UFPG pra gente inundar de protestos?

voxetopinio

Conceição, vergonha. Só posso pensar nisso. Uma academia que se APARTA da sociedade. E você pode ver, eles vão falar para seus alunos da importância da EXTENSÃO como uma conexão universidade-sociedade. Vergonha, mentira.

Mauro

O senhor João Carlos Gomes tentou expulsar um aluno de jornalismo no ano de 1991 quando foi reitor pela primeira vez. O dito aluno editava um fanzine onde criticava a igreja. Jornais da época e o bispo da cidade engrossaram o coro pela expulsão. A mobilização dos alunos junto ao DCE não deixaram que a expulsão ocorresse. Moral: João Carlos Gomes faz mal a jornalista.

Luiz Henrique

Aquele Deputado que resolveu voar com um Passat e assassinou dois coitados não tem família em Ponta Grossa? Lembro que a mídia local andou querendo colocar a culpa nas vítimas…

    Filipe

    Guarapuava…

    pluralf

    Moro em Sampa mas fui criado em Guarapuava, com parentada em Ponta Grossa… TODAS essas cidades antigas do Sul do Paraná respiram conservadorismo e/ou prepotência de algumas famílias e das "autoridades" que ou são das próprias famílas, ou lhes são submissas.

    Mas tem nuances: Guarapuava é prepotência brutal mesmo; acho que Ponta Grossa sempre pretendeu botar uma cara de mais civilizada, e cultiva o conservadorismo pelo gosto do conservadorismo – e isso dentro de uma mentalidade tacanha sufocante. Guarapuava até parece mais aberta, em sua brutalidade sem disfarce…

ARTUR 75

Um absurdo! Puro mêdo e conivência.Universidade (?), faça o seu papel que é defender e apoiar um aluno seu.

    Bruno

    Nessas horas o "progressista" Roberto Requião, chefe máximo da UEPG, não aparece…

    victor augusto

    pq q o roberto requiao vai se envolver num caso desse? se voce nao gosta do kra fale abertamente, mas nao com idiotices de frase como essa.
    todo apoio ao estudante.

    Carlos

    1) A universidade tem autonomia – não tem que pedir licença para autoridades externas.
    2) Requião deixou o governo em abril.

    Manifestações políticas de fora da universidade são necessárias, inclusive da Assembléia Legislativa – só que esta está mais suja que pau de galinheiro…

José Ricardo

Impressionante!
Eu sou Advogado, trabalho em um órgão público (Câmara de Vereadores). Elaboro pareceres jurídicos!
Fiquei encantado com o Parecer do 'colega'. Ele deveria ter sido mais direto e explícito e ter escrito simplesmente: 'estou com medinho'.
Tentar encontrar argumentos para justificar o seu medo é risível!
Ele tirou o 'corpo fora', da forma mais 'cara-de-pau' possível"
Pobre acadêmicos da UEPG!

    Jairo_Beraldo

    Tive meu primeiro comentario, por ter uma opinião parecida com a sua…vou tentar ser mais light agora. Pelo que tive entendimento sobre a tese do setor juridico da referida instituição, e vi que voce também teve o mesmo entendimento que eu, dá para ver que tipo de profissionais esta instituição forma e envia para o mercado de trabalho.

Hernán

Isso não é nada.
Recemente uma professora de uma universidade paranaense reprovou um aluno de mestrado por um trabalho que estava escrito com comentários caluniosos para com um professor de uma universidade federal de São Paulo. Moral da história, ninguém quis saber do assunto e o aluno defendeu sua dissertação.
Na nossa universidade é mais perigoso beber uma cerveja que caluniar uma pessoa.

Jo Rolex

O propósito da universidade é formar profissionais vacas de presépio para trabalharem nos órgãos do PIG.
A que ponto chegamos!

    Carlos

    E ainda há quem defenda a exigência do diploma para o exercício do jornalismo.

    Jairo_Beraldo

    Não é só nesta area…patrões querem que os profissionais sejam guiados por um cabresto, sem poder pensar, seguir as regras impostas pela cartilha escravagista..se quiser entrar no mercado, tem que ser assim!

Paulo Cavalcanti

Aqui é o país, onde a solução, vem sempre no sentido de acabar com o carrapato, matando a vaca.

Depois dessa, todos entendemos como anda a formação do profissional jornalista, em tempos que o "magnífico" Gilmar Mendes, decretou que cozinheiro também pode ser jornalista.

A Universidade se omite, o verme do Zecão volta, e continua tudo como dantes….

    Carlos

    Observe a seqüência, Paulo

    09.02.1967: Lei de imprensa – no. 5.250
    13.12.1968: AI-5
    17.10.1969: Decreto-lei 972 (link abaixo) – art. 4o.: exigência do diploma como pré-condição para o exercício do jornalismo (ditadura assumiu a chefia das redações…).
    http://www3.dataprev.gov.br/sislex/paginas/24/196

    Profissão de jornalista é destinada a uma casta que obteve diploma numa faculdade de zerda qualquer, Paulo?
    4 décadas de exigência do diploma pariram… o PIG, Paulo.

Carlos

Em meados dos anos 90, em especial na segunda metade, jornais pontagrossenses defendiam um privilégio: que as vagas na UEPG fossem reservadas, prioritariamente, para os nascidos na cidade, ou seja: para a elite local.
"Esqueciam" eles que a universidade é custeada com recursos arrecadados em todo o Paraná, e não apenas na cidade.

    @leumasocsalev

    É verdade, Carlos. Estudei um ano de jornalismo na UEPG e me lembro bem da "assistência estudantil" pros estudantes de outras cidades… era uma calamidade. Pra se ter uma idéia o primeiro local onde os estudantes eram postos na "moradia estudantil" era apelidado de "gaiola"! Um galpão com um amontoado de estudantes, sem móveis nem nada e banheiro coletivo. A universidade não se prepara pra receber estudante de fora.

    Será que ainda é o Madruga (advogado) que faz a assessoria jurídica do reitor? Esse parecer jurídico não parece do feitio dele!

    Gerson Carneiro

    Tu é um crânio, hein, minino!
    Estuda na Unicamp, estudou na UEPG… quando comenta fala um monte de coisa com coisa. Onde mais tu estudou, danado? Como a gente diz no nordeste: é um besta-fera (no bom sentido). E veio de escola pública (ele já falou aqui). Eu também estudei em escola pública e fico feliz e acho bonito isso, um danado desse proveniente de escola pública.

    Estudei em uma escola onde não tinha sala de aula, tínhamos horas a cumprir no mes. Então a gente pegava a carga horária do mes, dividida em x disciplinas e tinha que cumprir. Cada aluno programava individualmente que matéria estudar e quando estudar (dentro da programação de horas e disciplinas do mes comum a todos da turma), ia na biblioteca pegava os livros e após o estudo marcava um horário, no departamento da respectiva disciplina, para tirar dúvidas com o professor. E depois, discutia o assunto com o professor e dependendo do desempenho na discussão oral o professor liberava ou não o aluno para a prova escrita. (80% era o percentual mínimo para ser aprovado). Isso na Bahia, heim.

Albany Sampaio Jr.

Azenha, que o Governo do Paraná se manifeste, afinal de contas a UEPG é estadual.

    Carlos

    É contigo, Pessuti!

Oliveira

Qual seria a reação dessa Universidade e seu reitor diante de uma "ditabranda"?

    Joney

    Andar sem calças??

    Jorge Vieira

    Andar sem calças e de quatro.

Nelson Menezes

Houve um caso de repercussão nacional em que a estudante de uma Universidade de São Paulo que ao frequentar a aula com um vestido curto, causou uma revolução entre os alunos e até foi expulsa da Universidade escoltada para não ser linchada.
Agora este caso vergonhoso na UEPG, de ameaça contra um estudante que estava apenas cumprindo matéria dada,e os seus colegas estudantes ficaram sentados dando milho aos pombos.
Saudades de 1968.

    matintaperea

    Na verdade os seus colegas e professores não ficaram dando milho aos pombos. Foi a Universidade que lavou as mãos. Dos colegas e professores ele teve apoio, e do sindicato também. Ao menos isso…

Jordam

É muito triste vermos este tipo de ação ficar impune, a violação aos Direitos Humanos ficaram explicitas, o reitor da Universidade é um Bananas, e o estudante somente terá a solidariedade de todos nós que nos indgnamos junto com ele.

Agora uma recado ao Reitor, esta cadeira que você ocupa é temporária os fatos ficam para história.

V

Pior para a cidade de Ponta Grossa, que vai ficar com fama de impunidade.
Ameças podem ser feitas por um desequilibrado e nada acontece, nem a UEPG dá o devido, democrático e necessário apoio ao membro de sua comunidade. O mal vence nesta cidade?
Ponta Grossa é assim?

    Jairo_Beraldo

    Quem sabe se colocarmos esta sua forma de pensar, os cidadãos pontagrossenses não tomam uma providencia?

Janes Rodriguez

Caro Azenha,
das Universidades Estaduais do Paraná – um dos estados mais conservadores da Federação – a UEPG é a mais conservadora de todas. Durante o (des)governo neoliberal de Jaime Lerner, eseta instituição sempre esteve à frente para implantar as políticas mais danosas à educação pública,. Quando ele quis implantar ensino superior à distância, as demais se recusaram mas a UEPG apressou-se em aceitar e implementar. Quando todas as universidades estaduais entraram em greve por três meses, a UEPG foi a única que não aderiu. Não por acaso, é da UEPG a pŕofessora que conduziu o desmonte da educação pública no Paraná nos terríveis anos 90, que pelosm bons serviços prestados no desmonte da educação pública, ganhou o cargo de secretária de educação do município de Ponta Grossa, no governo demotucano local. A fama da UEPG no Paraná é largamente conhecida. Essa atitude é absolutamente condizente com o caráter privatista, conservador, de direita, despolitizado que marca a gestão daquiela instituição desde sempre. Não poderia ser outra a atitude a esperar dessa instituição. Seus dirigentes são a cara do seu projeto político-pedagógico. formar pessoas adaptadas ao sistema de poder, despoliticadas e copm uma visão de mundo centrada no próprio umbigo, sem compromisso político com a construção de um mundo justo, solidário, humanizado. Há nessa universidade PÚBLICA, setores que resistem contra esse conservadorismo, que sofrem perseguições internas, são sufocados, tem o acesso a recursos para pesquisa dificultados e outras práticas antidemocráticas, próprias de regimes autoritários. Esse estudante deve procurar outras entidades para apoiar sua luta, com certeza o movimento sindical, o movimento pela democratização da mídia que etá organizado em nosso estado, e outras organizações. Ele que não espere muito da direção da instituição. A resistência e a defesa está em outros lugares. Grande Abraço!

bissolijr

Lamentável. É por essas e outras que a mídia brasileira enquanto instituição é uma vergonha. Compare-a com a portuguesa e a africana. Anos de dominação do padrão Marinho nos corações e mentes dos brasileiros resulta nisso: vale tudo para se chegar ao main stream e por lá permanecer. Espero da Dilma Presidente uma postura diferente em relação a imprensa brasileira, se é que me entendem (e, claro, não tem nada que ver com censura). A sociedade já se mobiliza. Pela regulamentação do capítulo V da nossa CF! E punição ao doente do Zeca.

KNeto

É por aí que começa. O garoto, estudante, não sente respaldo da sua Universidade e, temeroso, começa a "aparar as arestas" do seu texto. Com o tempo, desiludido, acaba se conformando a ser apenas "escrivinhador" das opiniões de seus editores e patrões.

Omar

O Reitor amarelou. Está com medo do Zeca!

Gerson Carneiro

Um apresentador valentão, de um canal de TV a cabo, amedrontando uma Universidade Estadual Pública.

Fico sem saber o que dizer; ou melhor, sem saber o que dizer sem ser estúpido.

Gerson Carneiro

Estou tentando ser polido no meu comentário, mas não estou conseguindo: será que o professor João Carlos Gomes, magnífico reitor da UEPG, está com medo de levar uma surra do Zecão?

Marcelo Fraga

Por que aqui é sempre assim? Alguém tem que ser espancado ou morrer para alguém tomar providências.
Meu apoio ao aluno, que percebe-se que está precisando.

    Jairo_Beraldo

    Podemos dar solidariedade…apoio, tem que ser dos que sustentam a lei e a ordem….

Carlos

Aguardemos manifestação do advogado pontagrossense Roberto Antônio Busato, presidente nacional da OAB em 2008-2009.

André HP

Na UEPG não é a primeira vez que atropelam o curso de jornalismo. Recentemente ouve a tentativa de contratação de um jornalista não diplomado para trabalhar na universidade – o que abre um precedente complicado para o curso de jornalismo.

Abraço.

    Jairo_Beraldo

    Por ser uma instituição pública, é grave. Mas nas instituições privadas, chegam a contratar nivel técnico para dar aulas a academicos.

    Werner_Piana

    considerando que José Serra, sem ter concluido graduação alguma, deu aulas na USP…

Leandro Arndt

Ponta Grossa é uma cidade grande o suficiente para não ter que tolerar esse banditismo televisivo – e a UEPG uma instituição respeitada e que deve tratar de preservar sua imagem e de seus alunos. Eles querem ensinar o que, afinal? Que um apresentador de TV pode fazer no ar aquilo que bem entender?

Mario Lobato

Alguém tinha alguma dúvida sobre qual seria a reação da UEPG? Foi típica. Muito típica e muito previsível.

Carlos

Que a OAB-PR se manifeste.

antonio rodrigues

Que pena que os tempos são outros. Se um caso escabroso como esse ocorresse alguns poucos anos atras, a universidade estaria pegando fogo, com todos os estudantes mobilizados em apoio ao colega. Seria impossível a direção da universidade tirar o corpo fora.

Que mundo triste esta se formando.

    Jairo_Beraldo

    Mais acima, alguém disse que essa instituição é composta por um bando de b….. moles!

Baruch

Assusta também o fato de o apresentador ter recorrido e voltado ao ar com o programa. Eita justiça (com j minúsculo mesmo).

Milton Hayek

Parece que a universidade(com minúsculas mesmo) tem medo de perder alguma coisa maior do que o aluno.O que será???

MANO

ESSE APRESENTADOR, ZECA, SEM DÚVIDA É UM DESEQUILIBRADO…
A MÍDIA, EM GERAL, DEVERIA PRIMAR PELA QUALIDADE DE SUA PROGRAMAÇÃO.. QUANDO SE DÁ MAIS ATENÇÃO AO IBOPE, COLOCANDO NO AR TODO TIPO DE ASNEIRA, DÁ NISSO, UM PROGRAMA QUE SE PRESTA A OFENDER CIDADÃOS DE BEM, COMO O LUCAS..
ESSE APRESENTADOR TEM QUE SER RESPONSABILIZADO CIVIL E CRIMINALMENTE PELAS OFENSAS E AMEÇAS FEITAS. O MP TEM QUE TOMAR PROVIDÊNCIAS URGENTES.. NÃO É ADMISSÍVEL QUE ESSE CASO FIQUE IMPUNE.

    Jairo_Beraldo

    Pior, é quem assiste este tipo de porcaria!

Caetano

O Lucas deveria entrar com uma representação no MEC contra a Universidade. É inacreditável um aluno ter que passar por isso… uma verdadeira vergonha para a Universidade fazer corpo mole e querer tirar o seu da reta.

alcir rosa nunes

Com essa atitude, seria mais digno fechar as portas da universidade. Pra que ela serve? Que tipo de profissional forma? Parece piada!

Luiz Moreira

Se fosse um filho do Reitor, o tratamento seria diferente, pois atingiria uma figura "NOBRE" e sua esposa.

Tiron

A Universidade não pode se eximir. Ao criar uma disciplina Crítica da Mídia, se torna responsável direta de qualquer material produzido pelos alunos que satisfaçam o programa da disciplina.
Isto é um dilema: A universidade tem que ser crítica e incentivar o pensamento crítico. Mas "crítica" também é sinônimo de "perigosa"…
E esta questão tem que fazer parte dos autos…

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