Ricardo Maranhão: Guedes, que agora ameaça tirar Brasil do Mercosul, vende ilusões sobre “choque de energia barata”

Tempo de leitura: 3 min
Foto: Válter Campanato/Agência Brasil

Da Redação

O ministro da Economia, Paulo Guedes, entrou hoje na campanha eleitoral da Argentina, em defesa de Maurício Macri.

Ele afirmou que se Cristina Kirchner — candidata a vice — vencer e “fechar” o Mercosul, o Brasil poderá abandonar o bloco.

“Bandidos da esquerda começam a voltar ao poder”, já havia dito Jair Bolsonaro sobre o resultado das primárias num dos maiores parceiros comerciais do Brasil.

Nas prévias, o neoliberal Maurício Macri tomou uma surra de mais de 15% da chapa Alberto Fernández-Cristina.

O primeiro turno da eleição presidencial na Argentina acontece no dia 27 de outubro e Macri anunciou medidas desesperadas para tentar reverter o quadro eleitoral que favorece a chapa Alberto-Cristina.

O partido de ambos respondeu em nota às declarações de Bolsonaro:

O Partido Justicialista (peronista) repudia o silêncio da chancelaria argentina frente às declarações do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que representam uma falta de respeito ao povo argentino que expressou livremente sua vontade soberana no processo eleitoral em curso.

Paulo Guedes, na esteira do chefe, faz declarações estapafúrdias enquanto, longe do foco da mídia, toma medidas que podem aumentar o desemprego e o preço do botijão de gás, como denuncia em artigo Ricardo Maranhão:

VENDENDO ILUSÕES, PARA ENTREGAR O PATRIMÔNIO PÚBLICO

por Ricardo Maranhão*

O ministro da economia, Paulo Guedes, vem prometendo, com alarde, um “choque de energia barata”.

Guedes, que nada entende de petróleo, não se cansa de criticar, de atribuir ao “monopólio da Petrobrás” e à ação do Estado na economia, todos os males do país.

Promete reduzir, em quarenta por cento, o preço do gás natural e, à metade, o valor pago pelos consumidores de GLP, o gás liquefeito de petróleo, mais conhecido como “gás de cozinha” ou “gás de botijão”.

Promessas sedutoras, cativantes.

Afinal, quem não deseja pagar menos pelo que consome?

Sobretudo os milhões de consumidores dos botijões de GLP, com 13 Kg, produto de amplo consumo no país, especialmente pelas populações de baixa renda, sacrificadas por uma política de preços cruel, entreguista, irresponsável, para os combustíveis, inaugurada por Pedro Parente e Ivan Monteiro, ex-presidentes, que tem sequência na gestão do atual presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco.

Esta política tem por objetivo viabilizar a entrega de metade do Parque de Refino da Petrobrás, ao capital estrangeiro, aprofundando a absurda desnacionalização de nossa economia, que Guedes promete “abrir”, como se fechada estivesse.

Promessas tentadoras, uma venda de ilusões, quando considerados fatos e números divulgados por órgãos oficiais.

Em Nota Técnicaa AEPET – Associação dos Engenheiros da Petrobrás, entidade de 58 anos, mais de 5700 associados, que representa o Corpo Técnico do Sistema Petrobrás, mostra a inviabilidade dessa proposição demagógica e inexequível.

Ao contrário, as privatizações já realizadas e outras, pretendidas por Guedes, com a entrega de ativos da Petrobrás a grupos estrangeiros, certamente elevará os preços.

Consideremos o botijão de GLP com 13 quilos.

O diretor geral da ANP, Décio Oddone, informa que o produto custa R$ 26,00 nas refinarias.

Os tributos somam R$ 12,00.

Teríamos, portanto, um custo de R$ 38,00.

O diretor da ANP, afirma que o produto chega aos consumidores, na média, por R$ 70,00, não sendo raros os mercados onde os consumidores pagam R$ 100,00.

Em 05.08.2019, a Petrobrás reduziu o preço na refinaria para R$ 24,00.

Logo o custo ex-refinaria, com os tributos passa para R$ 36,00.

De R$ 36,00 para R$ 70,00 temos uma margem de, 94,44%, a ser dividida entre distribuidoras e revendedores.

Para R$ 100,00, a margem seria de 177,77%!

As distribuidoras de GLP são algumas, mas quatro delas (Grupo Ultra, Liquigás, Grupo Supergasbrás e Nacional) controlam quase 85% do mercado, fortemente concentrado.

Os revendedores são 4.800, pequenos e médios empresários brasileiros, aos quais a Constituição Federal determina (Artigo 170, Inciso IX) seja dado tratamento preferencial, considerada a importância para a economia nacional.

E qual o remédio adotado pela ANP para reduzir os preços?

Simplesmente a revogação dos artigos 36 (Resolução nº 49/2016) e 27 (Resolução nº 51/2016), que vedavam a venda direta ao consumidor pelas distribuidoras.

É fácil imaginar o que ocorrerá.

As distribuidoras, de porte muito superior ao dos revendedores, comprando o GLP a preços de refinaria, mais baixos, irão aniquilar centenas de revendedores brasileiros, destruindo milhares de empregos.

Isto, quando temos mais de 12,8 milhões de desempregados e cerca de 27,6 milhões de subocupados.

Temos mais.

Também em 05.08.2019, a Petrobrás decidiu praticar, para os botijões de 13 Kg, o chamado “preço de paridade de importação”.

Ou seja, o consumidor brasileiro, de baixa renda, com IDH muito inferior aos dos países ricos, vai pagar preços internacionais, acrescidos de fretes, seguros, custos portuários, sujeitando-se, ainda, à volatilidade do câmbio e a riscos geopolíticos sobre os quais não tem qualquer controle.

Tenho convicção de que a democracia é a divisão de todas as formas de poder.

Poder político, militar, da mídia e, naturalmente, poder econômico.

Não será concentrando o poder econômico, em grandes corporações, que vamos aumentar a concorrência e melhorar a vida dos consumidores.

*Ricardo Maranhão, engenheiro, ex-deputado federal (PSB – RJ), é diretor da AEPET – Associação dos Engenheiros da PETROBRÁS e Conselheiro do Clube de Engenharia.


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Zé Maria

A Milícia do Dinheiro Sujo Continua no Poder

Relator da Defórma na CCJ do Senado é
o Dono do Jatinho que Não Paga IPVA

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) foi definido, dia 8, como relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019 na
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do
Senado, apresentada por Jair Bolsonaro (PSL).

A CCJ também definiu que nos dias 19, 20, 22
e 23 de agosto serão realizadas audiências públicas
sobre o tema.

A previsão é de que a votação do Relatório
na Comissão ocorra no início de setembro.

Dentre os 81 Senadores brasileiros,
Tasso Jereissati é o que tem a maior fortuna
declarada à Justiça Eleitoral, mais de R$ 389 Milhões.

É um dos fundadores do Grupo Jereissati,
responsável por uma das maiores redes
de shopping centers do país, a Iguatemi.

O tucano anunciou que vai trabalhar
pela manutenção da quase totalidade
da matéria aprovada pela Câmara.

Ironicamente, Jereissati, empresário milionário,
usa o discurso de “fim de privilégios” de
categorias de trabalhadores como justificativa
para defender a reforma.

(Com informações de O Sul e Agência Senado)

Eleitores do Rio Grande do Sul anotem aí:

Entre 7 e 8 de agosto, em meio à liberação,
por parte do governo, de milhões de reais
em emendas aos parlamentares,
a Câmara dos Deputados votou,
em segundo turno, a reforma da Previdência.

A reforma da previdência foi aprovada
por 370 votos a favor e 124 contrários.

Da bancada do Rio Grande do Sul, composta por 31 deputados,
22 votaram a favor da Proposta do Governo
e contra a aposentadoria digna de milhões
de brasileiros;
E 9 Deputados votaram contra a Reforma.

22 Deputados Gaúchos que votaram
a FAVOR da reforma da Previdência
e Contra os Trabalhadores:

Afonso Hamm (PP)
Alceu Moreira (MDB)
Bibo Nunes (PSL)
Carlos Gomes (PRB)
Daniel Trzeciak (PSDB)
Danrlei de Deus (PSD)
Darcísio Perondi (MDB)
Giovani Cherini (PL)
Giovani Feltes (MDB)
Jerônimo Goergen (PP)
Liziane Bayer (PSB)
Lucas Redecker (PSDB)
Marcel van Hattem (Novo)
Marcelo Moraes (PTB)
Marlon Santos (PDT)
Maurício Dziedricki (PTB)
Márcio Biolchi (MDB)
Nereu Crispim (PSL)
Onyx Lorenzoni (DEM)
Pedro Westphalen (PP)
Sanderson (PL)
Santini (PTB)

9 Deputados Gaúchos que votaram
CONTRA a reforma da Previdência:

Afonso Motta (PDT)
Bohn Gass (PT)
Fernanda Melchionna (PSoL)
Heitor Schuch (PSB)
Henrique Fontana (PT)
Marcon (PT)
Maria do Rosário (PT)
Paulo Pimenta (PT)
Pompeo de Mattos (PDT)

Nelson Antônio Fazenda

O tal “choque de energia barata”, como diria meu pai, se ainda estivesse entre nós, “é conversa prá boi dormir”. E olha que o meu velho estudou pouco mais de dois anos na vida.

Mas, ao longo dos anos ele veio aprendendo com a “faculdade” da vida e desenvolveu a capacidade de observar as coisas e daí tirar conclusões acertadas sobre o que via.

Desenvolveu também o tino para enxergar a empulhação em meio aos floreios retóricos de que se utilizam os espertalhões, supostos, que querem “empurrar gato por lebre” no povo.

A conversa de Guedes só consegue ludibriar inocentes e incautos ou os que querem se deixar enganar. Estamos vivendo uma fase do sistema sócio-econômico-produtivo em que está metida a quase totalidade da humanidade, o capitalismo, em que são exigidos lucros cada vez maiores a cada período que passa.

Assim, existe uma incompatibilidade incontornável entre a necessidade do povo brasileiro – ou de qualquer outro povo – de ter acesso a energia barata – até porque o poder de compra dos nossos salários é, na média, bastante baixo – e esta lógica do sistema capitalista.

Se o duo Guedes/Bolsonaro quer privatizar, não é para garantir aos brasileiros produtos e serviços a preços e tarifas mais baixos e de melhor qualidade ou o de diminuir a dívida pública. FHC prometeu exatamente isso na década de 1990 e sabemos o que acongeceu; estamos sentindo na pele o resultado daquelas privatizações.

O objetivo real, e único, das privatizações é a abertura de espaços para que grandes, mega, grupos econômicos possam ampliar seus lucros. Então, a assertiva do meu pai está mais do que confirmada. A conversa do Guedes é, sim, “conversa pra boi dormir’.

Zé Maria

Pesquisa+Ciência x Brutalidade+Lucro Desmedido

ENTREVISTA: Ricardo Galvão, ex-diretor do Inpe,
Engenheiro de Telecomunicações pela Universidade Federal Fluminense,
Mestre em Engenharia Elétrica pela Unicamp
e Doutor em Física de Plasmas Aplicada pelo Massachusetts Institute of Technology, o MIT.

“Governo tem um claro posicionamento Anticiência”

“Para substituir o papel do Inpe no
monitoramento [do desmatamento],
ele [Ricardo Salles, Ministro do Meio Ambiente]
queria contratar a empresa americana Planet.

Revista Exame: Em entrevistas recentes, o senhor comentou que o ministro Ricardo Salles vem fazendo diversas críticas ao Inpe há alguns meses. Que tipo de críticas foram feitas e quando elas começaram?

Ricardo Galvão: As críticas eram voltadas principalmente à precisão de um de nossos sistemas, o Deter [Desmatamento em Tempo Real], que dá alertas sobre desmatamento. Foram falas públicas, na imprensa. Nenhuma das críticas chegou diretamente ao Inpe. Ele dizia que a precisão não era suficiente para que o Ibama tomasse atitudes, e que a periodicidade dos alertas não era satisfatória. Isso começou no início de janeiro com uma motivação que nós achamos muito estranha: para substituir o papel do Inpe no monitoramento, ele queria contratar a empresa americana Planet.

Esse posicionamento não se baseia em fatos: o Deter foi desenvolvido pelo Inpe em 2003 a pedido da então ministra Marina Silva, e usa um satélite próprio para fazer uma varredura sobre a Amazônia em uma largura de 800 km, com resolução de 60 metros por pixel. Isso é bastante suficiente, porque três ou quatro árvores derrubadas já geram alerta. O ministro Salles começou a dizer que as imagens não serviam porque tinham de ter dois metros de resolução, o que é uma infantilidade enorme.

Ter essa resolução seria gerar uma quantidade imensa de dados, o que é caríssimo e desnecessário. O sistema foi utilizado pela Marina e por todos os outros ministros do Meio Ambiente para fazer uma redução violenta e substancial na taxa de desmatamento da Amazônia. Entre 2004 e 2012, a queda em desmatamento foi superior a 90%. Isso foi possível usando os dados do Deter.

Revista Exame: O que mudou na relação do Inpe com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e como isso culminou na crise com o Governo Federal?

Ricardo Galvão: O Inpe tinha um acordo de cooperação técnica com o Ibama: eles tinham acesso aos dados e, sempre que queriam mais detalhes, entravam em contato. Nunca tivemos problemas, apenas discussões técnicas sobre os dados. A partir deste governo, todo o canal de comunicação com o MMA foi cortado pelo ministro Salles.

No dia 19 de janeiro, publicamos uma nota técnica muito elegante em resposta às críticas do ministro, explicando como o Inpe fazia o monitoramento e nos propondo resolver todas as indagações, mas não houve nenhuma resposta. Em março, entrei em contato com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação (MCTIC).

Fui a Brasília com especialistas do Inpe para avisar que o confronto que o MMA estava tendo conosco não era bom para o Brasil, e que teria grande repercussão internacional porque eles não tinham noção da dimensão do Inpe no cenário científico estrangeiro. Propusemos um workshop com o Inpe e o Ibama para discutir e reatar o canal de comunicação.

Em vez de ter uma iniciativa do ministério, fui espinafrado por ter ido falar com um secretário sem antes ter falado com meu chefe imediato. Infelizmente, o MCTIC está dominado por uma mentalidade militar que é ortogonal à mentalidade científica. Tem que falar com o sargento, depois com o tenente, com o coronel. Não é assim que funciona em ciência, e eles não entendem isso.

As críticas continuaram, até que, em junho, o general Augusto Heleno [ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional] deu uma entrevista fazendo uma crítica muito ofensiva para nós, sem falar conosco. Disse que nossos dados de desmatamento eram manipulados.

Isso criou uma consternação enorme no Inpe, então enviei um ofício ao ministro Marcos Pontes em julho, novamente sugerindo reatar o canal de comunicação com o MMA, com o Ministério da Agricultura e com o Gabinete de Segurança Institucional, e propondo até o desenvolvimento de ferramentas computacionais para atender as demandas dos ministérios na análise dos dados, da forma como eles quisessem. Isso foi totalmente ignorado. Por isso a acusação do presidente Bolsonaro criou um trauma enorme no Inpe. Ele não teve a dimensão do que estava falando.

Quando ele disse que os dados eram categoricamente mentirosos, ele disse que os cientistas cometem crime de falsidade ideológica. É uma acusação criminal fortíssima. Recebi mensagens de pessoas indignadas, querendo saber qual seria a minha resposta. Por isso respondi de maneira tão contundente em entrevista ao Estado de S. Paulo. Para nós, cientistas, a soberania e a dignidade da ciência estão acima de tudo.

Já tivemos, no governo militar, cientistas que honraram seus nomes em defesa da ciência e foram perseguidos também. Eu sabia que minha resposta culminaria na minha exoneração, mas era necessário colocar um marco bem claro de resistência, porque não é possível que esse cenário obscurantista esteja retornando ao país.

Revista Exame: O que explica este desgaste
na relação com o MMA?

Ricardo Galvão: É uma questão ideológica. Em 2008, o Inpe teve um embate muito grande com o governo de Blairo Maggi, do Mato Grosso. O instituto mostrava que os dados do desmatamento estavam crescendo muito no estado, e Maggi dizia que os dados estavam errados. Isso também gerou ataques fortes ao Inpe, até o então presidente Lula estava a favor do governador.

A diferença é que a ministra era a Marina Silva, que estava preocupada com o meio ambiente. Houve uma reunião na Presidência, com representantes do Inpe, a Marina e o Lula, que foi quem deu a solução: pegar um avião e sobrevoar a área onde o Inpe acusava desmatamento, para confirmar. Foi só fazer isso para o Maggi perder toda a razão e o Inpe parar de ser atacado.

Por que não fizeram isso agora? Por questão ideológica, porque o governo tem um posicionamento muito claro, influenciado por gurus como Olavo de Carvalho, que é anticiência. Ouvem-se pessoas que contestam o aquecimento global, o que é vergonhoso para o país. Recentemente, o ministro Salles falou sobre exploração sustentável da floresta — o que está correto, mas não há um plano detalhado e estratégico de como fazer isso.

Nenhum órgão que conheça isso no Brasil, nenhuma universidade foi consultada. Quando se fala que vai explorar de forma sustentável, mas não se tem um plano, a mensagem é: vão lá e cortem as árvores, ninguém vai mexer com vocês. Existe um posicionamento ideológico quando o presidente diz “A Amazônia é nossa”. Primeiro que ela não é só do Brasil, é também dos países limítrofes.

E a Amazônia é um benefício da humanidade. O presidente se esquece que todo o clima brasileiro pluviométrico, até a Argentina, e a nossa agricultura dependem fundamentalmente da floresta. Não se pode brincar com isso, a única solução é científica e não pode estar abaixo de ameaças políticas, principalmente de pessoas que não têm formação suficiente para entender o problema.

Revista Exame: Esta ideologia explica o fato de o ministro Marcos Pontes ter ignorado os avisos do Inpe?

Ricardo Galvão: Não. Todas as vezes que ele foi questionado sobre meio ambiente, a resposta dele foi correta: diz que é um problema que deve ser atacado cientificamente. No entanto, ele está no governo e tem de obedecer ordens superiores. E ele tem uma formação militar, segundo a qual não se fala contra o chefe. Aliás, quando ele me exonerou, a conversa foi ótima. Ele disse que a minha posição ficou insustentável pela maneira que critiquei o presidente.

Nenhum militar teria feito o que fiz, mas eu sou civil. O primeiro ponto, para mim, é a ciência. O ministro Pontes nunca questionou dados ou metodologia do Inpe. Ele não respondeu sobre ter ignorado as comunicações do instituto, apenas disse que há problemas de comunicação dentro do ministério.

Revista Exame: Existiu, de fato, um erro na análise mensal de dados do Deter, o que só poderia ser feito com base nas informações do sistema Prodes, em comparação anual? De quem foi o erro de interpretação?

Ricardo Galvão: O Deter realmente não pode ser usado para comparação mensal, e isso consta no site do Inpe. Isso porque a resolução não permite esse tipo de análise, e também porque eu posso detectar um desmatamento em um mês, que não foi detectado anteriormente porque a região estava nublada, por exemplo. Mas o Inpe informa isso.

https://exame.abril.com.br/brasil/era-preciso-por-um-marco-claro-de-resistencia-diz-ex-diretor-do-inpe/

Zé Maria

Jair Bolsonaro não quer Dinheiro da Noruega …
É claro que não!
Ao contrário, quer doar o Petróleo do Pré-Sal
para a StatOil Petrolífera Estatal Norueguesa …
Afinal, o braZil está em Muito Melhor Situação
Sócio-Econômica do que a Noruega, um País Pobre e Gelado.
Os noruegueses têm até que usar gás
pra se aquecer e cozinhar, porque lá não tem
abundância de lenha como aqui, principalmente na Amazônia…

Zé Maria

Por falar em energia …
#ItaipuGate https://t.co/hiGnHgF6dX

Envolvido no “Itaipu Gate” abriu offshore no Panamá às vésperas da eleição. Suplente do PSL retirou participação em empresa de energia 10 dias depois da filiação e deixou filho no lugar
ermitido no pleito que passou.

No lugar de Alexandre Giordano na “Enfermade Empresa Brasileira de Bioenergia” ficou como único sócio o filho Lucca Giordano, então com 17 anos, emancipado pelo pai em registro no cartório.

O endereço da empresa é o mesmo do diretório do PSL na capital paulista

https://twitter.com/agsportlight/status/1162122271470829568
http://agenciasportlight.com.br/index.php/2019/08/15/exclusivo-envolvido-no-itaipu-gate-abriu-offshore-no-panama-as-vesperas-da-eleicao-suplente-do-psl-retirou-participacao-em-empresa-de-energia-10-dias-depois-da-filiacao-e/

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