Presidente da CNTBio vai beber glifosato?

Tempo de leitura: 4 min

OS AGROTÓXICOS E AS SEMENTES TRANSGÊNICAS

Prof. Athen Teixeira Filho, da UFPEL,  Pelotas-RS, junho de 2011

“Agrotóxico” é um tema sobre o qual poderíamos debater horas ou dias, manifestar opiniões favoráveis ou contra, recomendar o uso ou não, entretanto, independente deste fato, eles são o que são; venenos sintéticos de alta potencialidade produzidos pelo homem para “matar pragas”. Aliás, como negar o óbvio expresso no próprio nome? São biocidas – matam tudo o que tem vida!

Também é fato que “o mundo tem fome”, precisa ser alimentado e várias vezes ao dia. Não obstante, os informados sabem que a produção de alimento atende esta demanda global. Então, por que ainda tem gente morrendo de fome (de crianças ainda em úteros, suas mães, até velhos)? A resposta, tão simples quanto desumana, é que os governos/empresas não têm interesse/estrutura/não se preparam para a distribuição deste alimento produzido. Em alguns casos, como em grande parte da parcela de grãos que o agronegócio nacional produz, a preferência é de alimentar animais. Some-se a isto o fato de que, hoje, “grãos” não servem só para alimentar, mas passou a ser uma coisa chamada “commodity”, que equilibra ou desequilibra a “balança comercial”. É negócio!

A argumentação que discute diferenças entre “volume” e “quantidade” não passa de tergiversação e discurso ilusório. As doses são abusivas, criminosas, desproporcionais e só atendem os interesses delituosos das empresas.

“Pragas” surgem em ciclos biológicos naturais ou por conta do desfrute equivocado de plantios (mais comum), como nas lavouras comerciais (monocultivos) que destroem o equilíbrio predador/predado. Muitas “pragas”, assim como as “plantas invasoras”, são, na realidade, elementos próprios e fundamentais à vida de determinados biomas. Elas têm sua designação alterada visando enganar os menos atentos. Puro engodo de espertalhões.

Como professor de anatomia não possuo a melhor qualificação para dizer qual a forma adequada de plantar, mas já vi produtores familiares produzindo qualitativamente, sem agrotóxicos e devo salientar que este grupo não é pequeno. O interessante é que são combatidos e relegados à sua própria sorte, recebendo apoio irrisório — uma verdadeira afronta — por parte de programas governamentais.

Intelectualmente é pobre, e até grotesco, argumentar que para produzir precisamos anexar ao alimento altíssimas doses de venenos e, ainda insano, fazer com que o próprio alimento disponibilize a peçonha – como a toxina Bt.

E aqui já alcançamos outro crime – os transgênicos!

Publicações demonstram que esta toxina Bt ultrapassa a barreira placentária, indo agredir a própria segurança do feto (Aris, Aziz & Leblanc, Samuel. Maternal and fetal exposure to pesticides associated to genetically modified foods in Eastern Townships of Quebec, Canada. Reproductive Toxicology. Article in Press). Percebam que esta mãe nem precisa ir até a lavoura para se contaminar, pois recebe o veneno em sua casa, embalado e com data de validade. Este “alimento” fantástico também é chamado de “commodity”!

Já está comprovado que os biocidas necessitam aumentar sua dose de aplicação, pois as “pragas” se tornam resistentes — estão nos envenenando cada vez mais e mais. Temos, também, a troca de biocidas. A CTNBio já recebeu pedido de pesquisa visando a aplicação do famoso “agente laranja”, pulverizado por mercenários sobre o Vietnam durante a guerra, e que foi responsável pela morte em agonia de milhares de pessoas, pela mal formação e também morte fetal de outros tantos indefesos/inocentes.

E como o organismo recebe um veneno deste tipo? Com morte celular e alterações gravíssimas.

Alguns hormônios difundem-se nos tecidos orgânicos em valores expressos em “fentogramas”, valor igual a 10-15, ou seja, 0,00000000000001. Registre-se que a quantidade de agrotóxicos — e produtos presentes em transgênicos — que ingerimos via alimentar é muito superior e, assim, entende-se que a ingestão destes geram sangramentos no sistema digestório, espessamento de mucosas de células intestinais, proliferação celular desregulada (o que pode levar à câncer), náuseas, alergias gravíssimas, dificuldade de aprendizado, entre outros”.

Os resultados de pesquisas em ratos mostraram que o Glifosato Roundup foi responsável pela desregulação hormonal e diminuição significativa da produção de testosterona, corroborando efeitos tóxicos sobre o sistema reprodutivo endócrino (Romano, Renata Marino; Romano, Marco Aurélio, Oliveira; Cláudio Alvarenga. Arch Toxicol. 2010, 84:309–317), assim como indutor de más formações fetais (Romano, R. M. et al. Chem. Res. Toxicol. 2010, 23, 1586–1595). E, se ocorre em testículos, pode-se inferir que os ovários sofram iguais efeitos, já que ambos têm a mesma origem embriológica. Realço que as conseqüências para as mulheres são muito mais terríveis, pois elas não renovam seus gametas que, uma vez agredidos ou alterados, as gestações terão altíssima possibilidade de gerar problemas (morte fetal, mal formações, etc.). Outros estudos já relacionaram o mesmo produto ao câncer de próstata.

Recente notícia repassada em 25 de maio de 2011 pelo noticiário alemão “Exakt – Das Nachrichtenmagazin” (http://www.mdr.de/exakt/8640261.html), com o título “Glifosato – O perigoso veneno de plantas” (Glyphosat – Das gefährliche Pflanzengift) relata, em agricultores, doses de 5.6mg/litro de glifosato na urina — esta dose é elevadíssima se comparada com o volume acima relatado de fentograma com que os hormônios atuam. Alguns acham que está bem, como o presidente da CTNBio, que disse que beber um copo deste biocida não traz problemas (http://diplomatique.uol.com.br/artigo.php?id=745). Esta defesa apaixonada e irracional deste produto não combina com a investidura do cargo, mas a exigida isenção não ocorre, nem por fingimento.

Por fim, lembro que o DDT “veio para salvar a humanidade das pragas”, mas como praga/veneno em si mesmo, foi responsável pela morte de muitos, tem-se fortes suspeitas de ter contribuído pela diminuição na produção de espermatozóides da espécie humana, diminuição da própria qualidade de vida, matou animais silvestres — quase extinguiu a águia americana — ainda está presente em todo o planeta e serviu, de fato, só para enriquecer seus produtores. A mesmíssima coisa ocorre com o glifosato, e que não é biodegradável como mentiam as primeiras embalagens, e a Monsanto foi punida por isto.

Assim, mesmo que pudéssemos escrever muito mais, voltamos ao início. Agrotóxicos são o que são; biocidas gerando fortunas bilionárias aos seus produtores. E dane-se o mundo!

P.S. Notem que as crianças em gestação são extremamente agredidas, fato que parece não importar para alguns grupos, mas nada justifica tamanha sanha em busca de acúmulo financeiro.


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Comentários

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Câmara pode votar hoje fim da rotulagem dos transgênicos « Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] Presidente da CNTBio vai beber glifosato? […]

Wanderley Pignati: Uso excessivo de agrotóxicos está aumentando a incidência de câncer em todas as idades « Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] Presidente da CNTBio vai beber glifosato? […]

Cairbar Garcia

Quero apenas sugerir que alguém indique esta matéria muito lúcida e esclarecedora ao senhor Paulo Henrique Amorim. O coitado está tendo um ataque de insanidade, defendendo coisas e causas que sempre condenou. Definitivamente, com certeza, o homem está delirando ou fazendo uso de medicamentos que estão afetando sua capacidade de compreensão. E olhem que sempre admirei seu trabalho jornalístico!

Felipe Comunello

Bom dia,
Em 2007, na FEAB, protocolamos no CREA-MG um pedido de cancelamento do registro profissional de Edilson Paiva (ver nota em http://www.idec.org.br/noticia.asp?id=8138). À época, uma das vozes que levantou-se contrariamente a nossa atitude foi a de Ênio Padilha, consultor "agronegocial" (ver http://www.eniopadilha.com.br/artigo/651/os-estud…. Na referida página houve uma série de reações, inclusive com a participação de Edilson Paiva. O argumento de Padilha foi de que Edilson Paiva não cometeu nenhum ato de desonestidade extrema, dentre os quais, desvio de dinheiro público, corrupção, etc. Já, os estudantes da FEAB, haviam sido truculentos, irresponsáveis, etc. Mas, o argumento que me parece ser o mais forte é o de que Edilson Paiva é um "renomado pesquisador", emitiu opinião "sobre um assunto sobre o qual tem conhecimento técnico profissional" e "quem discordar tem os recursos (da ciência) para desmascarar o seu trabalho e apontar os erros". Hoje, quatro anos depois do episódio (fiz parte daquela coordenação nacional da FEAB), baixada a poeira, algumas questões me vêem. Mas, uma delas gostaria de ressaltar aqui, qual seja, o quão complexo e profundo estão arraigadas as crenças na ciência. Pois, qualquer pessoa que não fosse pesquisador renomado, membro da CTNBio, ou mesmo todo técnico da área das agrárias, seria rapidamente taxado de irresponsável se sugerisse que pudéssemos beber glifosato. Com isso, a pergunta é, como a ciência legitima opiniões tais quais esta de beber glifosato? Vale observar que esta legitimidade vai muito além da postura de governos e empresas, pois cotidianamente vamos aos supermercados e compramos tomates & Cia, tratados com "agrotóxicos", alguns dos quais as substâncias estão visíveis na superfície.
Abraços

Zabs

A agricultura familiar produz 37% do total do que é produzido utilizando menos de 10% do total do veneno utilizado no País. A solução: Reforma Agrária !!!

    FranX

    Parabenizo-te pelo comentário porque ele é propositivo e isso é o que realmente importa. Espero que os números sejam verdadeiros por que já soam como uma boa notícia. No entanto se a Reforma Agrária não vier tão rápido quanto desejada (e ela pode demorar décadas) ficaremos à mercê dos outros 63% produzidos com noventa e alguns por cento de agrotóxico. Seria necessário, para o bem de todos, encontrarmos alternativas cabíveis, no mínimo atenuantes, dentro da situação em que vivemos.

Sargarana

"bota" esse sujeito para capinar soja sertão afora. Dessa forma diminuiriamos o consumo de glifosato e, consequentemente, os lucros da Monsanto. Vai capinar "doutor"!

    Elton

    Eis um comentário típicamente ruralista. E daqueles bem ignorantes.

    Sargarana

    Ignorante é quem prefere "comer" setoxidim, muito mais tóxico e caro. Ou o colega acha que existe soja no Brasil em que o controle de plantas invasoras é feito sem o uso de herbicidas? Ou o colega recebe uma graninha da BASF para atacar a Monsanto? Ou o colega é do tipo que pasta?

    Elton

    Não, apenas cuido de minha saúde. Não vou atrás do que dizem vocês ruralistas. Pessoas violentas.

    diogojfaraujo

    Isso é troll, e dos toscos…

Roberto Carlos

Não é de se surpreender, pois Edison Paiva, presidente da CNTBio, conhecido defensor dos organismos geneticamente modificados, fez sua pos-graduação na Fundação Rockefeller, conhecida fundação globalista de David Rockefeller, maior elitista que se tem conhecimento. Veja também na notícia abaixo como a CNTBio vem mudando o regulamento para facilitar cada vez a aprovação de transgênicos sem necessitar de testes:

CTNBio Muda Estatutos para Apressar a Liberação do Feijão Transgênico – Presidente da CNTBio é cria da Fundação Rockefeller http://www.anovaordemmundial.com/2011/06/ctnbio-m

FranX

Agrotóxicos são venenos! (?) Ok, são sim. E daí, o que vamos fazer? Vamos fingir que o povo tem grana para consumir alimentos in natura? Vamos acreditar que a face "commodity" dos alimentos deixará de ocorrer, assim, de uma hora para outra? Qual a alternativa para o uso de agraotóxicos que seja realista, praticável em escala, que não necessite de uma 'eternidade' para que a sociedade possa contar com seus frutos? Enfim, uma alternativa que não seja apenas mais uma "utopia hippie de mundo melhor", daquelas que duram apenas até que algum de seus profetas disperte ,de ressaca, dizendo: 'THE DREAMS IS OVER!'

    João Bahia

    "Agrotóxicos são venenos! (?) Ok, são sim. E daí, o que vamos fazer? Vamos fingir que o povo tem grana para consumir alimentos in natura?" Não pode pagar, então dá veneno? A sua afirmação é uma aberração, um sintoma de que a humanidade precisa corrigir seus rumos com base na cabeça de pessoas mais equilibradas…

    FranX

    Me xingar não resove nada. O que resolve é apresentar alternativas viáveis, realísticas.
    No mais, perdão pelo 'disperte', o correto é desperte. Sem mágoas, abraço.

    Nelson

    Bem meu caro FranX. Eu impostei a resposta abaixo a um comentário do Márcio Gaúcho no post do dia 16, que também versava sobre transgênicos. Creio que você deve ler, pois há alternativa, sim, e plenamente viável. O que está faltando é a população se dar conta dos imensos perigos a que está exposta com essa alimentação venenosa que ingere diuturnamente e partir para cima dos governos para que se mude imediatamente a política agrícola. Isto mesmo, FranX, a briga é política.

    A resposta ao comentário do Márcio Gaúcho:
    Me parece que tu estás tremendamente equivocado. Dê uma olhada no que escreveu Stephen Leahy ainda em março deste ano:

    "En 10 años, la agricultura ecológica podrá duplicar la producción de alimentos en regiones enteras y además mitigar el cambio climático, según un informe de la Organización de las Naciones Unidas (ONU) divulgado en Ginebra."

    "Un viraje urgente hacia la "ecoagricultura" es la única manera de poner fin al hambre y de enfrentar los desafios del cambio climático y la pobreza rural, dijo Olivier De Schutter, relator especial de las Naciones Unidas sobre el Derecho a la Alimentación, tras la presentación de su informe anual, el martes, ante el Consejo de Derechos Humanos. "

    "Los rendimientos aumentaron 214 por ciento en 44 proyectos en 20 países de África subsahariana usando técnicas de agricultura ecológica durante un periodo de tres a 10 años, mucho más que lo que jamás logró ningún (cultivo) genéticamente modificado", agregó. "

    '"La evidencia científica actual demuestra que el desempeño de los métodos agroecológicos supera al del uso de fertilizantes químicos en el estímulo a la producción alimentaria en regiones donde viven los hambrientos", dijo De Schutter. '

    Para ler a íntegra do artigo "Ecoagricultura para comer más y contaminar menos", de Stephen Leahy, você pode acessar http://rebelion.org/noticia.php?id=124035.

    FranX

    Valeu. Li na íntegra e o texto é muito animador, porém se observarmos este trecho que fala sobre ecoagricultura: “…É ideal para pequenos agricultores e pastores pobres, que constituem a maioria do mundo 1.000 milhões de famintos…” fica a pergunta: O que se fará com o ‘grande’ agronegócio, que apesar de produzir menos, faz com que a contaminação chegue até nós, seja pelos alimentos que produz ou, indiretamente, por conta de contaminar mais áreas, mananciais e também a carne dos animais para os quais eles produzem rações?

    FranX

    Uma observação inconveniente: na homepage sob o título deste post está escrito ‘ O lucro a qualquer custo’. Vai daí que num site encontrei as seguintes informações: A nossa Agricultura Familiar responde por 70% da comida que chega à mesa do povo brasileiro; reponde por 80% da produção dos orgânicos; segundo o SEBRAE o mercado de orgânicos cresce 40% ao ano, este tipo de produção é MAIS BARATA e se PAGA MAIS pelos seus produtos. Sendo mais barata a produção deveria ser mais barato o produto o que permitiria ao povo uma alimentação saudável. Pelo visto, em se tratando de lucro, tanto pequenos como grandes produtores, tanto ecoagricultura como a convencional, seguem a mesma lógica.
    http://www.rts.org.br/noticias/destaque-2/agricul

    FranX

    Ao que parece, mesmo sendo mais barato esse tipo de produção, produz-se apenas uma parte de forma orgânica, o que permite que o produto (orgânico) seja destinado a um público ‘privilegiado’ que, mais do que uma questão de saúde, também por uma questão de ‘status’, se propõe a pagar mais por ele.
    Uma idéia – se os dados do SEBRAE estiverem corretos, a produção de orgânico for mesmo mais barata, o governo poderia implementar uma política agrícola para a Agricultura Familiar, procurando conduzi-la a produzir, de forma orgânica, os70% da comida que chega à mesa do povo brasileiro e nos oferecer esse produto ao preço que nos é oferecido o produto convencional (o agro-intoxicado. rsrs); o que poderia forçar a mudança de paradigma na produção nacional.
    Mas, apenas reforçando, essa produção orgânica teria que ficar aqui, no Brasil, e acessível ao povão

    nadia

    Sugestoes PRagmÀticas? que tal:

    – uso de agroxotico que comprovadamente Nao provoque cancer?
    – uso em quantidades MUITO menores de agrotoxicos QUE comprovadamente NAO provoquem cancer e doencas terminais?
    – proibição imediata em territorio nacional do uso de substancias quimicas em produção de alimentos
    – cadeia para os que burlarem ou fraudarem a lei acima

    tá bom pra voce?
    Quer dizer que no mundo neoliberal idiotizado é ser hippie utopico desejar menor incidencia de cancer na população mundial. Voce certamente nao tem algum conhecido que tem ou teve cANCER aos 30 anos de idade. Mas seguindo sua (i)logica seu filho com certeza terá..

edv

Há uma edição da revista Time (acho que em 1988 ou 89) dedicada ao "Planet of the Year" (capa: "Endangered Earth"), onde fala sobre os riscos ambientais e o que nós humanos estamos provocando na Terra ameaçada.
Uma das surpresas que tive ao ler este número foi a reportagem cujo titulo afirmava que o mundo produzia DUAS vezes MAIS trigo do que o necessário para alimentar TODA a população mundial.
Ou seja, se centenas de milhões de pessoas passam fome no mundo, não é sempre ou exatamente pela falta de alimento, mas pela sua distribuição ou outros "motivos"…

Cesar Simas

Azenha,

Tem um estudo chamado Farms Here, Forests There (Fazendas aqui – nos USA – e florestas lá – Brasil e outros 'suburbanos') que explica melhor esta coisa da Monsanto e das Ong's internacionais de ecologia (?).
Para quem quiser se divertir com a grana que eles querem ganhar, as nossas custas, http://www.ucsusa.org/assets/documents/global_war

Abs

João Bahia

A situação é assustadoramente alarmante, seja pela presença desses venenos em nosso dia a dia, seja pela conivência das autoridades e dos nossos representantes… Me dá uma desagradável sensação de não conseguir separar os bandidos dos mocinhos…

operantelivre

Sinto-me indefeso.

    Bruno

    O produto "orgânico" está lá. Só tem preço mais alto e risco de contaminação bacteriana maior, mas ele está lá.

glapido

Saindo um pouco do tema principal, mas já que o Professor mencionou o fato de que a produção atual de alimento atende a todos, é curioso ver como agronegócio e governo estão em sintonia e ambos proclamam por um eterno aumento da produção agrícola, evidentemente, para exportação.
O pior é que parece que a candidatura de Graziano à FAO vai pela mesma linha. Pelo menos, é o que parece indicar o recente artigo de Lula no The Guardian, traduzido aqui.

O artigo de Lula no The Guardian: defesa da candidatura de Graziano à FAO (e, de quebra, um empurrãozinho para o agronegócio exportador) « Matutações

[…] como por exemplo o relator especial para o direito ao alimento da ONU, Olivier De Schutter, ou o Prof. Athen Teixeira Filho, da UFPEL. Essa interpretação, segundo De Schutter, é "uma forma superficial de remediar a falha […]

Antonio soares

E a ANVISA ainda existe ? E os Conselhos de Medicina ainda existem ? E o Ministério da Agricultura ainda existe ? E o Ministério da Saude ainda existe ? E aqueles palhaços da imprensa que, não faz muito tempo, defendiam os transgênicos com unhas, dentes (e verdinhas no bolso ?), ainda existem ?

Silvio I

O presidente da CNTbio diz isso porque deve de estar recebendo alguns, das produtoras de venenos, chamados agrotóxicos. E não e sô a Monsanto, tem mais multinacionais em essa jogada.

benedita da silva

Não sei por que nada fazemos em termos de mobilização. Todos sabemos que o glifosato é veneno. E todos sabemos que os transgênicos são contra a vida. Aliás, autorizados pelo CNTBIO quando Dilma dele participava como ministra. Na verdade Lula implantou os trangênicos no Brasil. Não aguentou a pressão e ferrou com a saúde do povo. Em que pese eu ser Lula e Dilma, pois não há outros melhores com condições de vencer e derrotar a ultra direita, entendo gravíssima a postura do PT e seu governo quanto à matéria. SAIAMOS ÀS RUAS PARA PROTESTAR DANDO FORÇA À DILMA PARA PROVIDENCIAR AS CORREÇÕES DA POLÍTICA EQUIVOCADA DO PT.

FrancoAtirador

http://www.consciencia.net/2003/10/19/glifosate%5B1

Regina Braga

Podemos propor para alguns políticos, uma dieta com milho e soja transgênicos,por apenas seis meses…Incluindo familiares…Será que a ganância,ainda,falaria mais alto…? O Monsanto é como o seu produto,um câncer.

    Ronaldo Cananéia

    Esses políticos e funcionários do governo são uns sem noção. Acham que estão protegidos evitando comprar farinha de soja, mas comem glifosato nos restaurantes, nas comidas processadas, no churrasco de boi alimentado com soja. E por aí vai.

    Se depender do PT autista e deste governo podem contar com seu cancerzinho.

    Panambi

    Carmen Leporace?

Eudes H. Travassos

Como seria ótimo se ele bebesse mesmo.

LUCIO FLAVIO

Onde estão as "ONGS VERDES"?, Onde está a blá blá Marina? Onde está o Greenpeace, que defende mata aqui e devastação lá? Temos que modificar a política agrícola no Brasil. Temos que insuflar a agricultura familiar (resta provado que é muito mais barata e rentável que o agronegócio), soja e milho só para o nosso consumo, não para gerar empregos lá fora. Aí sim seremos, realmente, um grande exportador de alimentos para o mundo.
LUCIO FLAVIO
Santa Maria – Cidade Universitária – RS

Mario Lobato

Comecei a acompanhar esta questão ha mais de 10 anos atrás. Estava em discussão uma deliberação do Conselho Estadual de Saúde do PR manifestando-se contrário aos transgênicos.
Eu era representante do ministério da saúde e relator da questão. Dentre os materiais que chegaram às minhas mãos, uma edição pirata, impressa em papel reciclado, de uma publicação respeitabilíssima, o "The Ecologist" com o título: "O Dossiê Monsanto".
Quem me passou foi o Horácio Carvalho, amigo, intelectual respeitado e militante das causas ligadas à Reforma Agrária (na ocasião era o presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária).
Horácio me contou a história daquela edição "pirata". O dossiê mostrava as barbaridades cometidas em todo o mundo pela Monsanto. Desastres ambientais, contaminação de agricultores, práticas comerciais desonestas…
Daí a Monsanto veio e simplesmente comprou toda a edição da revista, interveio na gráfica e impediu a circulação. Alguns ativistas resgataram exemplares "piratas" da revista e publicaram por conta própria.
Em resumo: Não se trata apenas de uma questão de saúde, mas sim, antes de tudo, é uma questão de soberania. Não se pode admitir que uma empresa, apenas e tão somente por ganância comercial, escravize agricultores com venda casada (indissociável) de agrotóxico e sementes, cobrando royalties até mesmo de polinização cruzada.

    O_Brasileiro

    E se duvidar, a hipócrita ainda tem direito autoral sobre o termo "santo"…

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