Parlamentares pedem inquérito: Petrobrás vende plataformas como sucata e encomenda da China

Tempo de leitura: 2 min

Marco Maia aciona PGR e TCU para investigar venda de plataformas petrolíferas como sucata

da assessoria do deputado

O deputado Marco Maia (PT-RS) solicitou nesta quinta-feira (8) à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Tribunal de Contas da União (TCU) que investiguem o desperdício e o prejuízo causado aos cofres públicos e à sociedade, pela Petrobras, por conta do cancelamento unilateral do contrato de construção e montagem de duas plataformas petrolíferas, a P-71 e a P-72.

As estruturas estavam praticamente prontas no Polo Naval de Rio Grande (RS), e agora estão sendo vendidas como sucata para a metalúrgica Gerdau.

Recentemente, a mesma Petrobras encomendou a uma empresa chinesa novo material para montar novamente as mesmas plataformas, desta vez no estado do Espírito Santo.

Na representação protocolada por Marco Maia na PGR, e também assinada pelo líder da Bancada do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS) e pelo vereador do PT de Rio Grande, Benito Gonçalves (Benito Metalúrgico), é solicitado à Procuradora-Geral Raquel Dodge a instauração de um inquérito criminal contra o presidente da Petrobras, Pedro Parente.

Ele é acusado de ser o responsável direto pelo prejuízo causado com a venda de 80 mil toneladas de peças e aço que seriam das plataformas P-71 e P-72, vendidas como sucata.

A representação acusa Pedro Parente de “jogar no lixo vultosos investimentos alocados para a construção das plataformas”.

“Por outro lado, novos e vultosos investimentos, serão feitos agora na China, e posteriormente no Espírito Santo, para a construção das mesmas plataformas que poderiam ser concluídas no Estaleiro Rio Grande”, diz o documento.

A ação afirma ainda que as condutas imputadas a Pedro Parente podem ser classificadas como “prática de improbidade administrativa, sem prejuízo do aprofundamento da investigação, até mesmo sob a perspectiva criminal”.

Além dos prejuízos aos cofres públicos, na outra representação entregue pessoalmente à ministra Ana Arraes, do TCU, Marco Maia e o vereador Benito Metalúrgico ressaltam que a paralisação da montagem das plataformas causou enorme prejuízos econômicos e sociais a cidade de Rio Grande e região.

Ao pedir investigação do órgão de controle, o documento afirma que a decisão tomada pela Petrobras causou “o desemprego de milhares de trabalhadores que agora não têm perspectivas de recolocação no mercado de trabalho, dívidas a empresários que investiram na expansão dos negócios e que estão sem dinheiro para honrar os compromissos firmados, além do aumento do índice de criminalidade”.

Para o deputado Marco Maia, o desperdício de recursos causado pela decisão do presidente da Petrobras é inadmissível em um País que passa por tantos problemas como o Brasil.

“Não é razoável que em um País que enfrenta tantas dificuldades em áreas como a saúde, educação e nas políticas sociais haja esse tipo de desperdício praticado pela principal empresa do País. Estamos firmes para impedir que esse crime aconteça contra o patrimônio e o povo brasileiro”, ressaltou.

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Comentários

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assim falou Golbery

acho que ficaria melhor transferir todo empresa para China. Pois tendo pena de morte para corrupto, em menos de uma anos teríamos pelo menos uma empresa livre de corruptos

robertoAP

Não vai dar em nada ,pois no Brasil a Justiça é aliada dos bandidos e contra as vítimas. Essa justiça é o Coringa usando a capa do Batman.

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