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FrancoAtirador

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Detalhe:

O Movimento Endireita Brasil (https://pt-br.facebook.com/endireitabrasil?v=app_2309869772&filter=3) faz parte da Câmara de Instituições do Instituto Millenium (http://www.imil.org.br/institucional/quem-somos).
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    Endireita, São Paulo: o depoimento de um pessedebista histórico sobre o governo Alckmin

    Por Kiko Nogueira*, no DCM

    A nomeação de Ricardo Salles, criador do Movimento Endireita Brasil, é só mais um sintoma da falta de rumo do partido.

    Um pessedebista histórico, ex-presidente de diretório em São Paulo, escreveu para o Diário um depoimento sobre a guinada à direita do PSDB e do governado Geraldo Alckmin. Ricardo Salles está na companhia de outros conservadores que têm cada vez mais espaço em um governo que tucanos amigos classificam de “feijão com arroz” e tucanos inimigos de “medíocre”:

    O advogado Ricardo Salles, criador do movimento Endireita Brasil, é a mais recente aquisição do governador de São Paulo no balaio da direita, mas não é a única e não será a última. Nomeado secretário particular do governador, Salles defende o regime militar, é contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, contra o aborto, abomina o Estado e se define o único direitista assumido do Brasil, seja lá o que isso quer dizer. Geraldo já havia imposto na presidência do diretório estadual um deputado obscuro que brilha no papel de mascate, na base de promessas, tapinha nas costas e benesses às lideranças de pequenas e médias cidades do interior. O libanês Pedro Tobias, médico radicado em Bauru e que ganhou notoriedade fazendo consultas e partos gratuitos, é conhecido no meio político por sua visão estreita de mundo e nenhum compromisso ideológico. Mas quem se importa com isso se a massa de prefeitos quer mais é saber de verbas para a Santa Casa ou a reforma das praças com fonte luminosa?

    Salles, de 38 anos, é o terceiro secretário particular de Alckmin desde a posse, em janeiro de 2011. Antes dele, passaram pela função o ex-deputado Marco Antônio Castello Branco e Fábio Lepique, este oriundo da Juventude Tucana, hoje instalado no Comitê Paulista da Copa do Mundo e na tesouraria do diretório do PSDB na capital. Conservador, raso intelectualmente e cheio de formalidades, é natural que Alckmin, diferentemente da maioria dos líderes populares do país, faça questão de manter um secretário para cuidar da sua agenda (o prefeito Fernando Haddad, por exemplo, não tem essa figura).

    Ignorando a base partidária e vendo Serra nos estertores da aposentadoria após a humilhante derrota na corrida para a prefeitura do ano passado, Geraldo (é assim que ele é tratado nas internas) está finalmente livre para agir por conta própria, levando seu grupo e mais o que restou do partido aonde lhe convier. Desde 2006, quando ele e Serra digladiaram nos bastidores pela candidatura à presidência, os dois vivem às turras, um puxando o tapete do outro e ambos dando sinais cada dia mais claros de que caminham para o abraço dos afogados. No comando do partido na capital, o escolhido foi o deputado federal licenciado e atual secretário Estadual de Planejamento e Desenvolvimento Regional, Júlio Semeghini. Semeghini tirou licença médica durante o fogo-cruzado da campanha municipal de 2012 – chegou a ser chamado de covarde por membros do partido, menos por virar as costas para a campanha de Serra (o que para estava longe de ser uma exceção) e mais por evitar reuniões e se omitir nos permanentes embates por espaços de poder dentro da sigla.

    Geraldo
    Chefe de um governo que os tucanos amigos classificam de “arroz com feijão” e os tucanos inimigos de “medíocre”, Geraldo aposta que, na hora do vamos ver, em 2014, vai sair às ruas e fazer prevalecer a sua fama de bom moço, o famoso picolé de xuxu. Na base da camaradagem, visitando pequenos comércios, tomando café em boteco, falando com os populares, indo a missas dia sim, outro também, garante que ninguém tira dele a chance de dirigir pela quinta vez o estado mais rico e mais importante do país.

    Para dar visibilidade e, principalmente, dinamismo à sua gestão, convenceu o veterano João Carlos Meirelles, que já ocupou a secretaria de Ciência e Tecnologia e coordenou sua campanha em 2006, a devolver o pijama à gaveta e voltar para o front, agora na condição de assessor especial de assuntos estratégicos. Legítimo representante dos quatrocentões paulistas, Doutor Meirelles, como Alckmin faz questão de tratá-lo, ostenta um bigodão impecável, usa abotoaduras douradas e uma bengala de madeira de lei e de cabo prateado. Certamente uma figura de referência para o jovem Ricardo Salles.

    Agora livre da sombra de Serra, mas também sabendo que não vai contar com os serristas no ano que vem, o governador está testando sua capacidade de liderança e de estrategista. Nas duas últimas vezes em que tentou isso, em 2006 e 2008, o resultado não foi lá grande coisa, com a derrota para Lula no segundo turno da eleição presidencial e o vexame do terceiro lugar na corrida pela prefeitura com Kassab e Marta. Geraldo se considera ungido e não ouve ninguém. O staff que está sendo montado com a chegada do reacionário Salles é uma amostra de que não ouve nem Fernando Henrique Cardoso, que criticou as alianças do partido com “setores conservadores”.

    *Kiko Nogueira é diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo (DCM). Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

    (http://diariodocentrodomundo.com.br/endireita-sao-paulo-ricardo-salles-e-so-mais-um-no-balaio-da-direita-do-governo-alckmin)

    FrancoAtirador

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    Do Estadão, via Luis Nassif OnLine

    Tucanos criticam secretário de Alckmin que defendeu o golpe militar de 64

    Secretário do governador, Salles questiona a existência de crimes cometidos pela ditadura

    Por BRUNO LUPION e JULIA DUAILIBI

    SÃO PAULO – A permanência do advogado Ricardo Salles no posto de secretário particular do governador Geraldo Alckmin começou a ser questionada por tucanos que combateram o regime militar, causando mal-estar inclusive dentro do governo paulista. Também há pressão fora do partido. Nesta quarta-feira, 3, o escritor e colunista doEstado Marcelo Rubens Paiva pediu a Alckmin uma retratação pelas declarações públicas de seu assessor.

    Salles questionou a existência de crimes na ditadura durante um evento no Clube Militar, no Rio, no ano passado:

    “Não vamos ver generais e coronéis, acima dos 80 anos, presos por causa dos crimes de 64. Se é que esses crimes ocorreram…”, disse o advogado de 37 anos à plateia.

    O constrangimento dos tucanos aumentou com a participação de Salles, ao lado de Alckmin, do lançamento do acesso eletrônico a fichas do antigo Departamento de Ordem Pública e Social (Dops), central da repressão.

    Salles, fundador do Movimento Endireita Brasil (MEB), é hoje responsável por cuidar da agenda do governador.

    Além de questionar a existência de crimes de militares durante a repressão, ele é um crítico da Comissão da Verdade e já disse em uma entrevista que “felizmente tivemos uma ditadura de direita no Brasil”.

    O Palácio dos Bandeirantes informou ontem que não comentaria as declarações de Salles, por se tratar de opiniões de cunho particular que não refletem a posição do governo estadual. No entanto, integrantes do governo que combateram a ditadura atacaram, nos bastidores, as declarações de Salles e a manutenção dele no cargo. Para eles, o assessor de Alckmin joga contra o esforço do governador em contribuir para esclarecer o período da repressão.

    (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/ignorancia-de-alckmin-afronta-historia-de-covas)

FrancoAtirador

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FILHO DE RUBENS PAIVA EXIGE RETRATAÇÃO DE ALCKMIN

O Conversa Afiada reproduz artigo e documentos de Marcelo Rubens Paiva:

EXIGE-SE UMA RETRATAÇÃO

Por Marcelo Rubens Paiva, no Estadão

Nesta semana, na cerimônia de entrega de parte dos arquivos do DOPS-SP digitalizados, o governador do Estado, Geraldo Alckmin, apareceu com o novo secretário particular, o advogado Ricardo Salles, um provocador que já disse coisas como “felizmente tivemos uma ditadura de direita no Brasil”.

Salles já concorreu duas vezes, a deputado federal e estadual, pelo PFL e depois pelo DEM, mas não conseguiu se eleger.

Meus colegas do ESTADÃO, Júlia Duailibi e Bruno Lupion lembraram ontem no jornal: Salles é fundador do radical Instituto Endireita Brasil, que, na rede social, entre outras pérolas, como criticar o casamento gay e a Comissão da Verdade, já publicou que Dilma é uma terrorista.

Comentou o analista Glauco Cortez: “Salles cuidará de toda a agenda do governador do estado mais rico do País. Aparentemente uma função burocrática, mas o fato é que, com essa nomeação, o político tucano instala, dentro do Palácio dos Bandeirantes, um movimento que exala obscurantismo.”

Mas a declaração mais chocando de Salles embrulha o estômago de muitas famílias vítimas da Ditadura, como a minha.

Segundo o assessor do governador de SP, “não vamos ver generais e coronéis acima dos 80 anos presos por crimes de 64, se é que esses crimes ocorreram.”

Sim, esses crimes ocorreram.

Nem precisamos citar a extensa biografia à respeito, nem os testemunhos colhidos há décadas, no projeto TORTURA NUNCA MAIS, da Igreja. Nem depoimentos de gente do partido do governador, como FHC e José Serra, cassados e exilados pela ditadura, ou de gente da liderança e base tucana que foi torturada.

Sou testemunha viva. Eu e minhas irmãs. Vimos nossa casa no Rio de Janeiro ser invadida por militares armados com metralhadoras em 20 de janeiro de 1971.

Vimos meu pai, minha mãe e irmã Eliana serem levados.

Minha mãe ficou 13 dias presas no DOI/Codi, sem que o Exército reconheça ou tenha feito qualquer acusação.

Meu pai entrou no quartel do Exército e não saiu vivo de lá. Também não sabemos o motivo da prisão, a acusação. Não entendemos as negativas posteriores de que estivesse preso.

Abaixo, documentos que provam que, sim, crimes ocorreram.

Em nome da decência, exigimos uma retratação do secretário e um pedido de desculpa do Governo do Estado.

Que está onde está graças aos que lutaram, foram torturados ou deram a vida pela redemocratização do País.

Brasileiros que merecem mais respeito.


DOCUMENTO DE ENTREGA À MINHA TIA RENNÉ PAIVA
DO CARRO QUE MEU PAI DIRIGIU ESCOLTADO ATÉ A PRISÃO


DOCUMENTO DA ENTRADA DELE [Rubens Paiva] NO DOI,
DESCOBERTO RECENTEMENTE EM ARQUIVO DO EX-CHEFE,
CORONEL REFORMADO JOSÉ MIGUEL MOLINA


ATESTADO DE ÓBITO DE 1996, 25 ANOS DEPOIS DO DESAPARECIMENTO,
POSSÍVEL GRAÇAS À LEI DE RECONHECIMENTO DOS DESAPARECIDOS POLÍTICOS,
ENVIADA PELO PRESIDENTE FHC AO CONGRESSO

(http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2013/04/03/filho-de-rubens-paiva-exige-retratacao-de-alckmin)

Urbano

Tive a informação do sequestro durante a madrugada, ao ouvir em ondas curtas, não lembro bem se na “doitedeli” da Alemanha, BBC ou ao que parece “Voz das Américas”, não lembro qual na verdade; mas foi em português, pois a maior parte do tempo as transmissões eram em língua espanhola. Agora, pura redundância eu dizer que vibrei…

Gerson Carneiro

Tão lindinho hoje em dia a imprensa de mãoszinhas dadas falando “daquela terrível ditadura que a gente não contribuiu”.

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