Leitor: Apoiar eleições fora de hora é deixar que Senado e STF saiam do golpe de mãos limpas
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20/04/2016 – 11h59
do leitor Ninguém, nos comentários
A emenda é pior que o soneto.
Apoiar o oportunismo de novas eleições fora de hora equivale a dizer que o governo da Dilma é ilegítimo e deve ser apeado. O que, para qualquer Democrata, é um absurdo inquestionável. É o mesmo que dizer: “Topamos dar o golpe, desde que o PR não seja o Temer nem o VP seja o Cunha.”
É isso o que pregam oportunistas como Marina e Luciana Genro (agora, lamentavelmente, com o apoio de Requião e PHA).
O que temos de fazer – sem deixar de lutar em todas as instâncias e de todas as maneiras legítimas, seguindo todas as formalidades jurídicas – é deixar definitivamente claro que o Congresso Nacional (Câmara e Senado) é formado majoritariamente por golpistas e traidores da Pátria.
O que temos de fazer é deixar definitivamente claro que o STF é formado majoritariamente por golpistas e traidores da Pátria. O que esses canalhas covardes (principalmente no Senado e no STF) mais desejam é que a Dilma seja afastada sem que eles sujem as mãos!
Se uma hipotética PEC de eleições presidenciais fora do calendário (inconstitucional, diga-se de passagem) for aprovada, o Senado e o STF se livram do abacaxi de ter de chancelar o golpe de Estado iniciado pelo bandido sociopata Eduardo Cunha no domingo. E, pior, além de livrarem o Senado e o STF da pecha de golpistas, contarão com a “mão amiga” de gente que, até ontem, defendia a Constituição, mas que, de uma hora para a outra, passou a apoiar um outro tipo de golpe.
O resultado final é o mesmo: encurtamento ilegal do mandato presidencial. Uma coisa é não estar satisfeito com a Dilma (nem eu estou), outra é buscar atalhos ilegítimos na Democracia. E, se o golpe for efetivamente consumado (e não duvido que isso não ocorra), devemos partir para a insurreição civil, pois tratar-se-á de um governo ilegítimo. E, contra governos ilegítimos, toda forma de luta é válida.
Apoie o VIOMUNDO
Por isso, devemos dizer não a qualquer tentativa de encurtar o mandato de Dilma, seja ela por meio do “impeachment”, seja por meio das “eleições presidenciais fora do calendário”. Ambas são inconstitucionais! Ambas constituem um golpe de Estado!
Apoiar uma emenda que encurte o mandato presidencial é deixar que o Senado e o STF saiam do golpe com as mãos limpas.
Repito: a emenda é pior que o soneto.
PS do Viomundo: Parlamentares do PT defendem a possibilidade de eleições já. Estão apenas sendo realistas. Se Dilma cair no Senado, o que é uma possibilidade, seria um contragolpe tirar Temer do poder, possivelmente com o ex-presidente Lula ou alguém apoiado pelo partido com chances reais de reconquistar o Planalto. Portanto, quem pensa com o fígado pode não estar de olho no cenário mais geral. O Viomundo apoia eleições já neste contexto de contragolpe.
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