Jair de Souza: El País publica ficha falsa de Chávez

Tempo de leitura: 3 min

O jornal El País, a FSP e mais uma falsificação sobre Hugo Chávez

por Jair de Souza

Não é de hoje que a gente sabe o que as máfias midiáticas são capazes de fazer para criar “verdades” a partir de mentiras. Um pequenino exemplo disto, aqui no Brasil, foi a divulgação pela FSP do “prontuário” de Dilma, às vésperas das eleições de 2010. Qual era o objetivo? Nesse caso específico, pretendia-se espalhar a imagem de uma Dilma terrorista, perigosa, para, em consequência gerar temor em certos setores menos politizados e mais sensíveis a este tipo de campanha de amedrontamento. Buscava-se desviar seus votos em direção ao candidato da preferência da máfia midiática. O nome desse candidato eu vou manter em segredo. Só eu sei!

Em relação à Venezuela, esta prática chegou a seu ápice. No documentário Ponte Llaguno, as chaves de um massacre podemos constatar como buscou-se debitar na conta de Chávez e seus partidários os vis assassinatos que as próprias forças antichavistas tinham cometido. Com base nessa falsificação, foi desfechado o golpe de Estado contrarrevolucionário de 11 de abril de 2002. Se o povo não tivesse reagido a tempo (em conjunto com a maioria legalista das Forças Armadas), talvez, aquela monstruosa manipulação nunca tivesse sido desmascarada.

No entanto, quando se fala em manipulação anti-Chávez, não devemos nos limitar às máfias midiáticas da Venezuela. O conluio máfio-midiático neste caso é muito mais amplo, tem escala planetária. Um de seus principais centros de orquestração é o jornal espanhol El País, pertencente ao grupo máfio-midiático Prisa (donos da Editora Moderna, no Brasil).

Neste momento em que as forças oligárquicas da Venezuela e do mundo querem aplicar um novo golpe para deslocar Hugo Chávez do governo sob a alegação de sua incapacidade para exercer o cargo, o jornal mafioso da Espanha acaba de divulgar uma foto que retrataria o Presidente Hugo Chávez durante seu processo operatório. Trata-se de uma foto que busca reforçar a ideia de um Hugo Chávez totalmente acabado, sem condições inclusive de receber uma intubação de oxigênio. A partir desta divulgação, os meios máfio-midiáticos de todo o mundo se encarregam de sua repercussão. A FSP fez isto através de seu portal UOL no dia de hoje.

O que o jornal El País esconde propositalmente de seus leitores é que o que eles divulgam como uma foto de Hugo Chávez no processo operatório é, na realidade, um fragmento de um vídeo que fora postado no Youtube em 2008 (http://www.youtube.com/watch?v=DB4bIH0GsYU) e que o paciente em questão nada tem a ver com Hugo Chávez, a não ser uma certa semelhança física quando se extrai uma das imagens num ângulo específico.

Em seu programa Dossiê (Telesur), o jornalista Walter Martínez já havia desmascarado esta tramoia que estava circulando por redes sociais na Internet. Apesar disto, o jornal El País publicou a fraude em suas páginas como se fosse uma verdade incontestável. E, como não podia deixar de ser, seus aliados mafiosos do resto do planeta deram andamento ao plano.

É claro que em breve eles terão de reconhecer que se trata de uma fraude grosseira, mas, seguramente, encontrarão alguma desculpa para justificá-la. Eles sabem que algum efeito perverso será obtido com sua manipulação. É com isto que eles sempre contam.

Veja também:

Puente Llaguno: O documentário que poucos viram no Brasil


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Comentários

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Hélio Pereira

O Jornal da “Famiglia” Mesquita vem “fazendo escola” mundo afora!

Maurício

Ficha falsa?? Folha de S.P. fazendo escola…

Regina Braga

Vivem matando pra ganhar dividendos.O senador Tuma tbém foi morto pela Folha pra ajudar o Nunes.

Francisco

A diferença entre os petistas e os chavistas é que os chavistas imediatamente (e sem conversa besta) entraram com um processo contra o mau jornalismo.

Tem que ter “sangue na guelra”!

abolicionista

Prestem atenção: é assim que a mídia articula um golpe de estado.

José X.

Vindo do El País não é de surpreender. Cansei de ver o tal (se não engano) Juan Arias, correspondente no Brasil, dar sua contribuição ao “nosso” PIG.

Sergio

Na edição de hoje (25/1), na capa, a retratação: “La foto que EL PAÍS nunca debió publicar – El diario pide disculpas tras retirar una foto falsa de Hugo Chávez”.

Alguma semelhança com a Folha?

henrique de oliveira

Pensei que esse negocio de publicar fixa falsa era uma especialidade da Folha.

Marcelo S.

credibilidade, é.

Zezinho

Como se fosse algo do outro mundo alguém em cirurgia em situação diferente…

Helder

Máfias midiáticas globais.

FrancoAtirador

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Tag: BANDITISMO MIDIÁTICO MUNDIAL

Não é por acaso que o ‘El País’ subintitula-se:

‘EL PERIODICO GLOBAL EN ESPAÑOL’
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“El País” também se diz um Jornal,
assim como os do Brasil dizem que fazem jornalismo.

(Ana Barbosa*, no Luis Nassif OnLine)
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24/01/2013 – 13h09

Cristina Kirchner chama “El País” de canalha

A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, atacou nesta quinta-feira o jornal espanhol “El País” por publicar foto falsa do mandatário venezuelano, Hugo Chávez.

A foto publicada era de um vídeo de outro homem no site YouTube.

Em mensagens no microblog Twitter, a chefe de Estado disse que ficou com o estômago embrulhado quando viu a capa do jornal, e chamou a imagem de “canalhice”.

“Na capa do ‘El País’ vi uma foto que, na verdade, não é uma foto. É uma canalhice”.

Ela se questionou sobre o autor da imagem e o editor que a publicou. “Como será a pessoa que montou a foto? Será que ela anda pelas ruas de Madri junto com homens e mulheres normais? E será que o editor escreve editoriais sobre ética, moral e bons costumes e aponta com o dedo sua próxima vítima?”.

“Imprensa canalha. Não há outro adjetivo. É igual em todos os lugares, o ‘El País’ em Madri, o ‘The Sun’ em Londres, envolvido em escândalos de corrupção e quem sabe outras coisas mais. Aqui [Argentina] é o ‘Clarín’. Sobre isso não faltam adjetivos, sobram e são bastante conhecidos”.

Ela deu apoio ao vice-presidente Nicolás Maduro e pediu às filhas de Chávez, Maria e Rosa, que continuem cuidando do mandatário, que fez a quarta cirurgia contra um câncer na região pélvica em 11 de dezembro.
FOTO FALSA

A foto falsa ficou por cerca de meia hora no ar no site do “El País” na noite de quarta (23) e foi publicada na primeira edição do jornal impresso desta quinta.

Em nota, o “El País” pediu desculpas aos leitores e disse que a foto foi vendida pela agência de notícias Gtres Online como se fosse de Chávez.

A agência não comentou sobre a acusação.

O jornal retirou de circulação todas as edições que mostravam a foto de Chávez e declarou que abriu uma investigação para determinar de que forma foi obtida a imagem que culminou com o erro.

(http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1219795-cristina-kirchner-chama-el-pais-de-canalha-por-foto-falsa-de-chavez.shtml)

*Comentário ao Post: A campanha do contra dos “profetas do apocalipse”
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Marat

Renato Russo explanaria melhor… ¿Qué ‘El país’ es ese?, ¿Qué ‘El país’ es ese?

Marat

O El País é uma espécie de “Estadão” espanhol, ou seja, um jornal antiquado, extremamente conservador, mentiroso, caudatário dos EEUU e do capitaliso internacional, e não tem compromisso com o fato. A mentira, para eles, é o que prevalece!

claudio a. ribeiro

O passado tem ensinamentos indesprezáveis. O ‘Plano Cohen’, por exemplo, urdido nos bastidores da mentira descarada, produziu consequências funestas. O descompromisso com a verdade é um dos mais sólidos alicerces de grandes tragédias históricas. Nunca devemos nos esquecer disso e tratar o episódio apenas como pitoresco, pobre de espírito, etc. As andorinhas não voam desacompanhadas. Os urubus da mídia também não.

Julio Silveira

Fazem parte da AMM – associação midiatica mafiosa.

Jotace

O PALANGRISMO É TAMBÉM NOSSO

Plena concordância ao texto do Jair de Souza, sobre a mafiosa conduta do jornal espanhol “El País” que funciona como uma alavanca aos propósitos que nutrem as transnacionais e seus governos neo-colonialistas na América Latina e Caribe. Trata-se aquele jornal de um expoente do piór da imprensa européia e defensor intransigente das multinacionais espanholas que pilham o Brasil. Assisti também, há cerca de 3 dias o programa “Dossier”do Walter Martinez, pela Venezolana de Televisión, quando aquele jornalista já desmacarava nos detalhes a chicana “palangrista”, como se diz na Venezuela do jornalismo pago para falsear notícias. Toda a imprensa pública da Venezuela com destaque para a Telesur, e órgãos da imprensa igualmente democráticos como Aporrea, denunciaram o ato criminoso. Apesar disso,na edição (on line) de hoje do Estadão figurava chamada da notícia onde estava posta entre aspas a expressão falsa foto, levando ao leitor desprevenido ou de boa fé, a impressão que a foto era verdadeira. Mais uma vez, assim, aquele integrante do PIG demonstra a quem serve ajudando a manipular as notícias e enganar os seus leitores. O caso é que Venezuela, assentada sobre a maior jazida de petróleo conhecida no mundo, com reservas de água de superfície estupendas como o Rio Orenoco e dotada de uma fabulosa riqueza de biodiversidade tem sido, como o é o Brasil, alvo constante da cobiça do neo-colonialismo que avassala o mundo. Jotace

FrancoAtirador

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BANDIDO DE MÍDIA É AGENTE DA CIA?

El periodista Tommasso Debenedetti reveló que al enviar la imagen a las agencias de noticias se hizo pasar por el ministro venezolano de Cultura, Pedro Calzadilla.
Pese a su confesión dijo que la foto por “extrañas circunstancias” apareció en la primera plana de “un diario tan importante como El País”.

“La falsa foto de Chávez, que tomé de un video de YouTube, la envié la semana pasada a una agencia de Costa Rica”, dijo el periodista italiano.

(http://www.telesurtv.net/articulos/2013/01/24/periodista-italiano-confiesa-haber-enviado-falsa-foto-de-chavez-a-las-agencias-507.html)
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JORNALISMO EM XEQUE

Twitter mata Fidel

Por Antonio Brasil, em 23/10/2012, na edição 717 do Observatório da Imprensa

“Já tentaram matar o Fidel com tiro, veneno e emboscada mais de 20 vezes. Agora matam o comandante pelo Twitter.”

Esta declaração, em tom de raiva e denúncia, foi proferida por um jornalista experiente, alguém que já viu quase tudo na profissão e que pediu anonimato. O desabafo também resume os problemas enfrentados pelo jornalismo dito “sério” diante dos novos desafios da era digital.

“Nós quase fomos à loucura aqui nas últimas duas semanas por causa desse fdp”, disse o jornalista. “Eu conheço Cuba o suficiente para saber que lá nada vaza. Vamos ter informação da morte de Fidel Castro quando eles anunciarem, e nem um segundo antes. Mas quando eu digo isso ninguém acredita. Preferem acreditar no Twitter.”

O jornalismo sério – aquele que ainda verifica, checa, confirma, recheca e, o mais importante, que pensa nas implicações ou consequências da divulgação de notícias importantes – pode estar morrendo.

Jornalista mentiroso

E um dos culpados pela morte do jornalismo sério pode ser o jornalista italiano Tomasso Debenedetti.

Semana passada, ele confirmou ser o autor das mensagens falsas pelo Twitter sobre a morte do líder cubano, Fidel Castro (ver aqui).

Nascido em Roma em 1969, casado e pai de dois filhos, professor de italiano e de história em uma escola pública de Roma, Tomasso Debenedetti conhece bem as fragilidades e vulnerabilidades do jornalismo tradicional. Afinal, ele foi, durante alguns meses, vaticanista do desaparecido jornal L’Independente. Desde 2000 ele conseguiu publicar cerca de 79 matérias, embora nem todas tenham sido entrevistas.

Com contas falsas no Twitter, Debnedetti conseguiu “anunciar” a morte do papa Bento 16, de Pedro Almodóvar e, agora, de Fidel Castro.

Em entrevista para o prestigioso (SIC) jornal espanhol El Pais, Debenedetti afirma: “Gosto de ser o campeão italiano da mentira. Creio que inventei um gênero novo e espero poder publicar novas falsidades e a coleção toda em um livro”.

Além de anunciar as mortes de personalidades públicas, ele também conseguiu publicar falsas entrevistas com Philip Roth, Gore Vidal e Bento 16.

A lista dessas falsas entrevistas do jornalista freelancer italiano continua crescendo. Ele confessa que tudo foi falso. Ou, mais precisamente, que foi um jogo. “Minha ideia era ser um jornalista cultural sério e honrado, mas isso é impossível na Itália”, disse.

Debenedetti confia no poder das redes sociais, na pressa generalizada da sociedade moderna e na ingenuidade do público para divulgar e justificar seu jornalismo de notícias falsas:

“O Twitter funciona bem para as mortes”, disse. “No Facebook você está limitado pelo acesso aos amigos, mas no Twitter você pode ter certeza que as pessoas irão segui-lo e usá-lo como uma fonte em tempo real, de informações sem checagem. A mídia social é a fonte de informação mais incontrolável no mundo, mas a mídia [tradicional] acredita nela por causa de sua necessidade de velocidade”, disse ele.

Hoje, Debenedetti se junta a uma nefasta galeria de jornalistas famosos e mentirosos que inclui nomes como Jason Blairdo New York Times, Stephen Glass doNew Republic, Janet Cooke do Washington Post e tantos outros.

Ou seja, é muito difícil fazer jornalismo sério e ao mesmo tempo competir com as redes sociais como o Twitter, Facebook e YouTube.Essas ferramentas digitais – que deveriam ser utilizadas somente como formas de socialização e confraternização – se tornaram a principal e muitas vezes a única fonte de notícias para parte da sociedade. E, o pior, para grande parte dos jovens.

Morte do jornalismo

Mas, apesar das tentativas de controle e verificação nas redes sociais, Debenedetti também comprova que o falso tuitar é uma indústria em crescimento. Principalmente tuitar utilizando contas falsas de celebridades.

Mas para complicar ainda mais o cenário, hoje também temos personalidades públicas – artistas ou apresentadores de telejornais, por exemplo – que contratam jornalistas ou ghost writers para escrever e divulgar seus próprios tweets. Não são tweets falsos, mas também não são verdadeiros.

O pior é que muitos acreditam, compartilham e divulgam essas falsas mensagens como verdade científica. Na era digital, assim como em outras eras, é muito fácil enganar quem quer ser enganado.

Com suas breves e simples mensagens falsas, Debenedetti consegue demonstrar a fragilidade e as vulnerabilidades de um jornalismo em crise. Mas talvez, pela primeira vez, ele tenha anunciado uma morte verdadeira: a morte do jornalismo sério.

E se você ainda quiser conhecer melhor este “jornalista” da era digital, veja aqui a entrevista completa de Debenedetti ao El País, divulgada em português pelo site da Folha de S.Paulo.

Mas, tenha cuidado. Como Debenedetti se declara um “grande mentiroso”, esta entrevista também pode ser falsa!

*Antonio Brasil é jornalista e professor da Universidade Federal de Santa Catarina.

(http://observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed717_twitter_mata_fidel)
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Leia também:

Jornalista italiano inventou entrevistas a 25 escritores

http://www.dn.pt/inicio/tv/interior.aspx?content_id=1553250&seccao=Media

Fabio Passos

A mídia-corporativa é um lixo que trata seus leitores como imbecis… em todo lugar. rsrs

    Luiz Moreira

    Bom!
    Na verdade, seus leitores são imbecis. E ela escreve para eles, leitores imbecis ou cretinos. Veja a foto da PROPRIEDADE do filho do LULA. Um centro de pesquisas agronômicas. E eles espalham sabendo que idiotas vão amplificar a INFORMAÇÃO.

Vlad

Los aristocratas arrogantes jamais vão digerir isso:

http://www.noticias24.com/fotos/noticia/5347/en-fotos-marea-chavista-tomo-caracas-para-conmemorar-el-23-de-enero/

O povo conquistado pelo coração.
Não tem “vintão” nem lanche como os “manifestantes” comprados de muitos comícios daqui e dali. O povo sabe muito bem porque está lá.

Tem é gente chorando porque queria ir à manifestação e não há ônibus suficientes para todos passando em sua comunidade, conforme me relataram de lá.

Mas mesmo após a morte de Hugo Chavez, continuarão pisoteando em sua memória. Ódio e medo é o que sentem. Triste será a velhice desses egoístas, se a razão não os abandonar antes, horrorizada por tanta iniquidade.

“Por que não te calas?”, vociferou a rainha das Astúrias (que caça elefantes com um batalhão de guarda-costas), incomodada em ouvir verdades que não devem ser ditas…poderíamos perguntar agora: por que não cuidam de sua vida, saqueadores genocidas? Não tem assunto para seus tablóides?

Roberto Locatelli

Caramba, eles nem se preocupam mais em disfarçar!! São urubus torcendo pela morte de Chávez e de todos os líderes de centro-esquerda da América do Sul.

wendel

E o grande CEO Luiz Cebrian, como está vendo isto!
Com a palavra, os fãs deste jornal em gerras tupiniquins.

MariaC

Sucursal da Folha.

Urbano

Nesses casos, o verdadeiro falseamento nem é tanto atributo das fichas, mas dos seus arquitetos…

FrancoAtirador

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“O conluio máfio-midiático
neste caso é muito mais amplo,
tem escala planetária…”

E o Departamento de Estado dos United States

não tem nada a ver com isso, claro… (Irony On)
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