por Luiz Carlos Azenha
João Havelange renunciou ao “cargo” de presidente de honra da FIFA. Ficou livre de qualquer acusação formal por parte da comissão de ética da entidade. FIFA e ética não deveriam frequentar a mesma frase.
A impunidade vale também para o ex-genro de Havelange, Ricardo Teixeira, que renunciou ao cargo de presidente da CBF e hoje vive nos Estados Unidos.
O que “quebrou” Teixeira foi a separação da filha de Havelange, Lúcia, que foi à Justiça e congelou todos os negócios do ex-marido. Inclusive a sociedade dele com a Sanud, empresa através da qual a RLJ Participações Ltda — R de Ricardo, L de Lúcia e J de João — recebia as propinas pagas pela empresa de marketing ISL no principado de Liechtenstein.
O objetivo óbvio do relatório foi livrar o atual presidente da FIFA, Joseph Blatter, de qualquer acusação formal, permitindo que ele presida os próximos eventos da entidade como se nada tivesse acontecido.
O documento da Fifa confirma que os cartolas brasileiros devolveram 2,5 milhões de francos suiços da propina (cerca de R$ 5,3 milhões de reais). Como o total que receberam chega perto, em valores de hoje, dos R$ 20 milhões de reais, Havelange e Teixeira sairam no lucro: livres, leves, soltos e ricos.
Modéstia à parte, fomos os primeiros a divulgar no Brasil a lista das propinas, em junho de 2011:




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