Dino: Articulação com americanos em mensagem de Dallagnol é coisa de “vendilhões da Pátria”

Tempo de leitura: 2 min

Reprodução Intercept/GGN

Flávio Dino: é inaceitável ‘articulação clandestina’ entre Lava Jato e americanos

Ex-juiz federal e governador do Maranhão afirma que Sérgio Moro e Dallagnol comercializaram o país

Do Jornal GGN

Um dos trechos expandidos da troca de conversas entre o ex-juiz Sérgio Moro e o coordenador da operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, divulgados nesta quarta-feira (12) pelo site The Intercept Brasil revelam uma articulação não oficializada entre a força-tarefa da Lava Jato e órgãos dos Estados Unidos.

O trecho, de 31 de agosto de 2016, mostra que os procuradores pediram a cooperação das autoridades norte-americanas para prender o advogado brasileiro Tecla Duran.

Dallagnol explica que todas as investigações da Lava Jato tinham sido postergadas, enquanto não saísse a denúncia contra o ex-presidente de Lula, menos a operação Dragão, relacionada a Tacla. Isso porque, dependiam de “articulação com os americanos”.

“Em processos judiciais não se pode fazer clandestinamente “articulação com os americanos”. Existe um processo legal para que essa “articulação” seja possível. Estamos diante de vendilhões da Pátria. Se fantasiam de verde-amarelo como disfarce para suas ações antinacionais”, escreveu Flávio Dino (PCdoB), ex-juiz federal e hoje governador do Maranhão, em uma rede social.

O ex-magistrado indica que existe um projeto de poder por trás das ações da operação Lava Jato.

No artigo Como foi montado o golpe do século contra a Petrobras, publicado aqui no GGN, em 17 de março, o colunista Luis Nassif falou sobre os objetivos dessa cooperação entre a força-tarefa da Lava Jato e os Estados Unidos.

A implicação da Petrobras em um esquema de corrupção gerou processos de acionistas nos Estados Unidos.

A ex-ministra do Supremo Tribunal Federal, Ellen Gracie, é apontada como estrategista de um acordo entre a petroleira e os órgãos americanos Departamento de Justiça (DoJ) e a SEC (o órgão equivalente à nossa Comissão de Valores Mobiliários/CVM).

“[Enquanto isso, Rodrigo] Janot [ex-procurador-geral da República] e o grupo da Lava Jato foram pessoalmente aos Estados Unidos compartilhar provas e delatores contra a Petrobras. Com essa estratégia, a Petrobras deixou de ser tratada como vítima para se tornar ré: esta foi a chave do golpe. Por aí se entende, também, o desmonte implacável da imagem da Petrobras pela Lava Jato”, destaca Nassif.

A expectativa das multa a serem aplicadas pela SEC e pelo DoJ à Petrobras, somada a queda nas cotações internacionais de petróleo, que afetou todas as petroleiras, resultaram em uma derrubada tremenda das ações da companhia brasileira.

“Ou seja, parte da queda no valor das ações da Petrobras tem relação direta com a estratégia encampada pela PGR de Janot somada à campanha para apresentar a Petrobras como a empresa mais corrupta do planeta”, arremata Nassif.

Logo, as propinas, em si, não tiveram peso nos resultados negativos das ações da Petrobras, uma vez que esse “custo” foi embutido nos preços dos contratos fechados.

“Tudo isso poderia ter sido demonstrado para rebater as pretensões dos escritórios que decidiram processar a Petrobras”, reflete Nassif.

“O acordo [com as autoridades americanas] abriu espaço para um enorme butim, acertado entre três partes: a Petrobras, através de seu presidente Pedro Parente, as autoridades norte-americanas, e a Lava Jato.”


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Marys

Qualquer estudante de direito podia ver desde o início as aberrações jurídicas feitas por conta da Lava Jato por juízes federais, procuradores e Delegados Federais:

_ condução coercitiva sem intimação;

– prisão sem processo, sem provas;

– delações premiadas pra liberar presos com crimes maiores do que o dos delatados;

– prisões preventivas com prazos maiores que os de lei;

– escutas ilegais;

– vazamento de decisões e de provas, muitas delas obtidas por meios ilegais;

– uso de depoimentos de delatores condenados e de reportagens de jornais pra abertura de inquérito;

– condenação por mera convicção, sem observância da tipificação penal que descreve expressamente o crime cometido;

– coação de testemunhas por meio de prisões ilegais e preventivas humilhantes e demoradas até que fizessem as delações desejadas;

– prisão antecipada antes do trânsito em julgado ( julgamento definitivo da condenação);

– uso da mídia e de entretenimentos como seriados Força Tarefa (2009 a 2011), Na Forma da Lei (2011/2012), A Força do Querer (2017), A Lei é para Todos (2017), muitos filmes e novelas bíblicas com nome de FORÇAS de justiça dos homens e divina, ambiente semiótico para criar FORÇAS E MITOS que iriam resolver toda corrupção no Brasil, sem falar em entrevistas e vídeos, lives de procuradores, blogs como o Antagonista, para onde vazavam os informes da Lava-jato,
demonstrando a existência entre a Força Tarefa e as mídias de um conluio para realizar PROPAGANDA DE MASSA Instituindo a ideologia para naturalização do fascismo jurídico;

– conluio entre poderes que integravam a força tarefa para enfatizar a corrupção de partidos aliados do PT e do ex-Presidente Lula com reportagens diárias de destruição da imagem do PT e deste, e não de pessoas que praticaram os crimes;

– palanque político ( prevaricação) para integrantes da força tarefa que depois se candidataram e alguns até foram eleitos ou indicados para cargos políticos;

Tudo faz parte de um mesmo complô de colaboração com os norteamericanos pra colocarem um governante no Brasil, alinhado com os interesses de Tio Sam e transformarem o país numa Colônia do mercado financeiro.

abelardo

A princípio eu entendo que Moro, Deltan, Ellen e Janot deveriam ter seus bens indisponíveis, antes que se desfaçam deles para não terem de cobrir parte do imenso prejuízo que causaram não apenas a Petrobras, mas em todas as empresas, investidores, acionistas e a própria soberania nacional. Seria de imediato, a primeira sensata medida a ser adotada, para resgatar a segurança da autoridade, da credibilidade, da lei e da justiça. Já é tempo de se acabar com toda transe coletiva de que mitos e super heróis de araque não possam ser incomodados por criticas, acusações, processos, investigações e condenações. Somos todos iguais apenas nas bonitas palavras, nos textos, nos discursos, nos poemas e frases. Porém, na prática a desigualdade é de uma diferença cavalar e estúpida. Basta pesquisar para vermos que só pobres, pretos e outros se acumulam nas prisões, nas favelas, nas filas, nas exclusões, nas misérias da fome, da falta de oportunidades, na ausência da educação, da saúde e da segurança. Onde está a igualdade? Qual a razão de políticos, celebridades, membros do judiciário, das polícias, das diretorias de grandes empresas e dos três poderes ganharem uma eternidade de tempo para se defenderem em liberdade, quando são acusados da prática de crimes, e o cidadão comum e trabalhador às vezes não ter sequer defesa, quanto mais um dia sequer de liberdade por qualquer acusação, mesmo que não se saiba se tem culpa ou não, mesmo que diga ter como provar a sua inocência. Nesses casos o preconceito é que se faz juiz de plantão e sua palavra não ganha um mínimo de valor. Se é assim que tratam os menos favorecidos, então por que defender, gritar, brigar e ofender suspeitos, apenas porque jornais e mensagens suspeitas (que ninguém sabe de onde vem) tenta convencer a todos que aquilo é coisa disso e coisa daquilo, só pra provocar um transe coletivo com a intenção de ajudar aqueles que não sabem e nem querem saber quem são vocês e muito menos o sufoco e dificuldade por que passam suas famílias. Eles só querem poder, status, dinheiro, vida fácil, mordomias e te usar, usar, usar e usar, com muitas enganações e bastantes mentiras.

Zé Maria

O Termo está Desgastado no Brasil.
Mas isso é um ESCÂNDALO!

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