Depois de mentir, candidato de Eduardo Paes à Prefeitura do Rio agoniza: “Quem nunca brigou ou até saiu na mão com uma mulher?”
Tempo de leitura: 3 minpor Luiz Carlos Azenha
O protagonismo econômico do Rio de Janeiro em anos recentes — por conta do pré-sal, de investimentos federais, da Copa e das Olimpíadas — permitiu ao estado projetar lideranças políticas cuja blindagem foi garantida pela proximidade com os interesses da TV Globo, que é dona da cidade e do Estado. No Rio, a Globo faz e desfaz. Moveu guerra contra Leonel Brizola, mas abraçou Cabral, Paes, Pezão e muitos outros.
Primeiro abraçou Garotinho, para depois demonizá-lo.
Como explicou direitinho nesta entrevista o deputado Marcelo Freixo, do PSOL, a Globo é sócia de um projeto autoritário de cidade.
Dentre as lideranças do PMDB estão Eduardo Cunha, que “controla” — a que custo? — mais de 200 deputados na Câmara Federal.
Outra liderança, que até agora quase escapou do radar da mídia, é o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Jorge Picciani, cujo filho Roberto é o lider do PMDB na Câmara. O pai ficou famoso por fazer negócios com um defunto. O que não interessa à mídia descobrir é que Picciani, como sócio — através de uma empresa — da Tamoio Mineração, é fornecedor de brita para TODAS as grandes obras em andamento no Rio de Janeiro, como o Parque Olímpico e as obras viárias. É uma imensidão de brita!
Como é que é? Um cacique do PMDB fornece o material para construir as grandes obras tocadas por caciques do PMDB? É isso mesmo.
A essa altura vocês já entenderam a suspeita, repito, SUSPEITA. Um emaranhado de interesses econômicos turbinou a projeção nacional dos manda-chuvas cariocas do PMDB.
Dentre eles, brilha o prefeito Eduardo Paes, apontado como candidato do PMDB ao Planalto em 2018. Não, as obras do Parque Olímpico ainda não foram investigadas pela mídia. Não interessa à Globo detonar um evento no qual pretende brilhar. Uma comunidade local foi destruída aos poucos, de forma perversa, com todo o tipo de truculência, aos olhos da mídia — que se omitiu, quando não criminalizou os moradores: a vila Autódromo.
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Ela estava no caminho de um empreendimento imobiliário que é uma dádiva dos céus para as três empresas que foram escolhidas por uma PPP para fazer o Parque Olímpico: Odebrecht, Andrade Gutierrez e Carvalho Hosken.
Curioso, né? A Odebrecht foi acusada de desvios sempre que foi preciso fazer isso para demonizar o PT, mas NUNCA aparece associada ao evento no qual a Globo brilhará: as Olimpíadas de 2016. Será apenas coincidência?
Paes, com o dinheiro injetado pelo governo federal, fez a fama e deitou-se na cama. Quer emplacar a qualquer custo seu sucessor na Prefeitura: Pedro Paulo, o supersecretário municipal do Rio.
O homem que mentiu sobre bater na mulher. Primeiro, disse que tinha sido um episódio isolado. Depois, admitiu ter batido mais de uma vez. Na “vez” que omitiu, quebrou um dente de Alexandra Marcondes Teixeira.
O mais trágico foi ver, a título de relações públicas, Pedro Paulo aparecer ao lado da ex-mulher, para justificar as agressões.
De acordo com o blog do Mário Magalhães, afirmou:
Uma semana antes:
“É um episódio difícil, de uma discussão de casal. Mas é importante dizer que foi um episódio único na minha vida. Jamais tive qualquer atitude dessa com minha mulher, meus filhos. Nem briga de rua. Não tenho uma atitude de violência antes e depois desse episódio”.
Uma semana depois, ao admitir um segundo episódio:
“Quem não tem uma briga dentro de casa? Quem não tem um descontrole? Quem não exagera numa discussão? Fomos um casal como qualquer outro. Quem não passa isso? Quem às vezes não perde o seu controle?”
E mais:
“Quem nunca brigou ou até saiu na mão com uma mulher?”.
É, o PMDB carioca merece uma investigação equivalente à que foi submetido o PT ao longo dos últimos anos. Mas isso, obviamente, depende dos barões midiáticos que respondem às lideranças tucanas…
Quando é que eles vão se interessar por isso?
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